Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Eu tinha dois problemas para ser resolvido: A excitação sempre crescente em meu corpo, e minha fantasia. Já tinha tomado dois banhos, e não tinha resolvido. Droga! Se arrependimento matasse, estaria caindo dura nesse momento. Não era possível, cara! Eu devia tê-la beijado, ao menos, agora não estaria com essa vontade incontrolável. Mas não. Eu tinha que bancar a esperta. Será que ela estava com essa mesma vontade que eu?

Fechei os meus olhos por um momento, e respirei fundo... Um beijo era tudo o que eu queria nesse momento. Tanta saudade de ter os seus lábios nos meus... Só do jeito que ela sabia beijar!

Foco... Foco... Foco... Ordenei a mim mesma, abrindo os meus olhos e olhando para as fantasias em meu tablet. O baile era na segunda-feira. Péssimo dia para o baile, mas como era o dia específico do Halloween, e os americanos adoravam esse dia, não iria deixar passar.

Depois de muito procurar... Já sabia que fantasia comprar. Era perfeita! E ainda por cima, poderia comprar uma peruca, pra disfarça mais. Reservei pelo site da loja a fantasia, e mais tarde, iria busca-la.

O meu celular vibrou. Olhei, e era a Audrey. Perguntando se eu queria ir para o baile com ela. Rapidamente inventei uma desculpa, disse que não estaria na cidade, que iria ir à casa de minha tia... Senti-me mal por mentir. Ela tinha sido uma grande amiga nesses dias difíceis, mas não podia dispensar a Dulce...

Escutei a porta da frente se abrir, olhei para trás e era minha mãe, segurando uma barra de chocolate na mão. Ela sentou-se ao meu lado e ofereceu o doce. Peguei um pedaço e comi. Minha mãe era viciada em comida, não sei como não era gorda.

Dobrei os meus joelhos e encostei os cotovelos neles, segurando a cabeça com as mãos. O meu corpo estava bastante dolorido, assim que cheguei da corrida, tinha tomado um relaxante muscular, mas ainda sentia um pouco de dor.

“O que faz aqui sozinha?” quis saber minha mãe, comendo mais do seu chocolate.

“Nada... Apenas passando o tempo. Cadê o papai?”.

“Escrevendo um artigo cientifico para faculdade”.

“Hum... Papai e seus artigos científicos” sorrir, ele era muito empenhado e inteligente, tinha muitos alunos que o idolatrava. “Mãe... Você vai para o baile á fantasia?” perguntei, como se não quisesse nada.

“Não” respondeu ela “Eu e seu pai estamos programando ficar em casa. Iremos nos fantasiar de Dom Pedro e Maria Antonieta. Vamos entregar doces aqui em casa mesmo”.

Eu rir pela fantasia deles. “Nossa mãe! Não imagino você de Maria Antonieta”.

Marichelo riu. “Eu também não. Mas estou encarando a ideia com diversão. E você vai ficar conosco ou irá para o baile?”.

“Para o baile. Já combinei com as minhas amigas”. Ela me ofereceu mais chocolate, porém, eu neguei.

“Imaginei” respondeu Marichelo, então o celular dela começou a tocar, ela tirou o seu celular do bolso, vi pelo visor que era a Dulce, franzi o cenho e estranhei. Por que Dulce iria ligar para minha mãe? Mordi meu lábio inferior nervosamente, e fiquei escutando a conversa. “Oi querida... Sério? Que ótimo! Vai ser uma noite de mulheres... Sim... Você vai adorar o lugar...” minha mãe deu uma risadinha “Hoje você descola...” Oi? Que história é essa? “Nada disso, mocinha, veremos! Até mais”. E desligou o celular.

“Quem era?” perguntei, olhando pra minha mãe.

“Dulce”, ela respondeu simplesmente, e esticou as pernas. “Iremos sair hoje á noite. Uma noite de mulheres. Irei leva-la ao clube”.

“Clube? Por quê?” questionei, franzido o cenho.

Marichelo me olhou estranhando a pergunta. “Porque é isso que as amigas fazem. Você no sai com os seus amigos? Então, irei sair com a Dulce. E eu a estou achando um pouco triste esses dias”.

“Triste?” perguntei, tentando manter um tom desinteressado.

“Sim. Ela chegou de viagem tão cabisbaixa, e parece que piorou nesses dias. Eu acho que é falta de uma namorada”. Ela sorriu, terminando de comer o chocolate, todo mundo sabia que Dulce era lésbica, então, não era segredo para ninguém. “Uma mulher precisa sempre de um carinho e uma boa companhia”.

Fiquei pensativa... Desde que ela voltou de viagem que as coisas estavam tortas entre nós. Será que essa era a causa da tristeza?

“Então, você a chamou para sair?” perguntei, olhando para frente, pra ela não perceber o meu semblante sério.

“Sim. E faz tempo que não saio para uma noitada. Estou até ansiosa” sorriu Marichelo, empolgada. “Você me ajuda a escolher uma roupa?”.

“Claro mãe”. Respondi com um meio sorriso.

Marichelo acariciou o meu braço e deu um beijo em minha bochecha. “Obrigada filha... Irei subir para já selecionar algumas roupas!” ela se levantou, e foi para dentro.

Senti-me agoniada. Coloquei o tablet no chão e levantei-me. Afastando-me um pouco da frente da minha casa. E se Dulce encontrasse alguém nesse clube? E se fosse do interesse dela? E se... E se ela deixasse de gostar de mim? A insegurança me acometeu. Eu simplesmente, não poderia deixar que isso acontecesse! Eu tinha que... Impedi? Não poderia fazer isso, não poderia privar de Dulce sair. Porém, eu podia observar. O outro problema era que: Nesse Clube, não permitia menores de idade... Porém, eu tinha a solução, foi com esse pensando que liguei pra única pessoa que seria louca o suficiente para me acompanhar nessa pequena aventura.

“Prepare as nossas identidades falsas” eu disse baixinho assim que a pessoa atendeu, olhei para trás, em direção da minha casa pra me certificar que ninguém estaria escutando. “Iremos quebrar a rotina hoje”.

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Huuuum... Parece que Anahí vai aprontar. O que será?