Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Alfonso. Quando mandei preparar as nossas identidades falsas, não foi exatamente para isso”. Reclamei depois que Poncho pediu duas doses de tequila dupla para o barman.

“Você acha que eu irei bancar o detetive sem ao menos um pouco de diversão? Tenha dó”. Ele disse, revirando os olhos, aceitou a tequila que o barman serviu e tomou em um gole, fazendo uma careta em seguida. “Vai beber não?” perguntou, apontando para a outra dose.

“Não. Fique á vontade. Alguém tem que ficar sóbrio essa noite”. Respondi, olhando na direção de Dulce e minha mãe. Estavam do outro lado do clube, tinha outras mulheres juntas com elas. “Quem são aquelas?” perguntei, fazendo Poncho olhar na mesma direção. “É a sua mãe!” falei, segurando o riso.

“Mamãe? Mas ela disse que ficaria em casa a noite toda!” disse Poncho irritado, ele morria de ciúmes de sua mãe. “Está ela e Katherine”.

“E quem é essa Katherine?”.

“Melhor amiga da mamãe”. Ele se levantou. “Eu vou lá saber o que ela está fazendo aqui e porque mentiu para mim!”.

Segurei em seu braço, fazendo-o voltar. O olhei séria. “Mas não vai mesmo! Está louco? Como vai explicar a sua mãe que estar aqui? Vai exibir a sua identidade falsa? Tenho certeza que ela ficará muito feliz com isso”. Eu disse com sarcasmo.

Ele reconsiderou e sentou-se, mas adquiriu uma carranca. “Ainda mais com uma roupa decotada. Ela tem quarenta anos! Onde está com a cabeça?”.

Revirei os olhos. “Deixa a sua mãe, ela está se divertindo muito”. Disse, olhando novamente para direção delas.

“E parece que não só apenas ela”. Ele comentou.

De fato. Todas estavam animadas. Marichelo levantou a taça com sua bebida e parecia fazer brinde alguma coisa. Ela estava bonita, tinha escolhido um vestido de alçar para ela que a deixava mais jovial ainda. As outras, a seguiram no drinque. Dulce ria... Comi Dulce com os olhos literalmente... Ela estava de calça legging negra, uma regata folgada com estampa de oncinha, um top preto, e saltos. Os cabelos estavam ondulados... E a maquiagem pesada nos olhos. Ela parecia extremamente feliz. E eu me senti invejosa por não poder compartilhar esse momento com ela.

Senti-me entristecida também... Pela nossa limitação. Se a história fosse outra, poderíamos estar juntas comemorando a noite. Não neste local, até porque Dulce não me deixaria vir pra esse ambiente, mas em qualquer outro lugar. Poderíamos andar de mãos dadas e ser vistas pelas pessoas e não ter nenhum problema com isso.

O clube era enorme. Parecia uma boate. Com jogos de luzes, globos suspensos nos tetos. Gogoboys dançando em gaiolas. E mulheres também. Tinha uma larga pista de dança, que se encontravam algumas pessoas, dançando no ritmo de música eletrônica. Ao redor da pista de dança, tinha algumas mesas espalhadas. E telões pendurados estrategicamente que mostrava alguns clipes da atualidade. O ambiente era escuro, em algumas partes quase não se via ninguém. Era nessas partes que os casais aproveitavam.

“Mona, não olhe agora, mas tem um boy magia olhando pra mim!” Poncho disse, sorrindo para o lado do boy.

“Você não perde tempo mesmo, não é?” eu rir, deixando dar um tempinho, para depois olhar em direção, fiz uma careta. “Cruzes! Você está precisando de óculos ou a bebida afetou a sua visão”.

Poncho deu um muxoxo. “Ele é lindo. Adoro um galego...”. Disse ele, com animação.

“Amanhã você vai me matar por ter lhe deixado ficar com esse carinha”.

“Porque você não se foca em sua professora e me deixa em paz?” ele disse “Eu vou dançar e aproveitar”.

Poncho foi correndo atrás do boy horror. O cara era realmente feio! Senti vontade de pegar o meu celular e tirar uma foto para depois zoar com a cara do Poncho. Mas me controlei, fiquei apenas rindo em meu lugar. Mas logo esqueci do Poncho, e voltei atenção em Dulce.

Mas fiquei chocada quando vi que Marichelo estava ganhando uma dança de colo! Ela parecia extremamente feliz em dar tapinhas na bunda do gogoboy, enquanto, colocava dinheiro em sua sunga. Se alguém me contasse, eu não iria acreditar. Era surreal a situação.

Dulce parecia tão sem graça como eu. Eu poderia imaginar o que ela estava pensando. Era a mesma coisa que eu estava pensando.

Depois do momento “esfrega-se com gogoboy”, minha mãe parecia mais louca do que nunca e foi para pista de dança juntamente com a mãe do Poncho e sua amiga. Levantei-me um pouco apreensiva, porque estava uns metros do Poncho e se elas o vissem, estaríamos ferrados!

Dulce não estava com elas. Ela ficou sentada em sua mesa, virando uma dose de bebida que eu não sabia o que era. Ela pegou o seu celular, e ficou olhando para tela. Parecia encantada com algo. Será que era alguma pessoa? Andei pela lateral da boate, ficando um pouco mais próxima, mas com cuidado para não ser vista.

Vi claramente quando ela acariciou a tela do celular e deu um sorriso abobalhado, sabe... Aqueles sorrisos quando estamos apaixonadas? E começou a teclar. Fui invadida por uma onda de ciúmes. Mil coisas passaram em meu pensamento. Mulher é sempre dramática, e já pensei que seria outra mulher. Que ela estava envolvida com outra, amando outra, sendo que não tínhamos nada! Mas mesmo assim, me senti traída e machucada.

De repente, senti o meu celular vibrar. Tirei do meu bolso e para minha surpresa, era um SMS dela! Agora quem estava sorrindo como uma boba era eu.

“Não vejo a hora de estar com você no baile... Saudade de você”.

Meu coração amoleceu completamente. Dei um alto suspiro e apertei o celular contra o meu coração, com os meus olhos voltando-os para ela. Eu iria fazer uma surpresa para ela. Ela ainda olhava a tela do celular, provavelmente, esperando a minha resposta.

“Oi loirinha. Quer ir para o quarto escuro comigo?” perguntou um rapaz, fazendo-me virar para ele. Até que ele era bonito... Porém, não me interessava.

Quarto escuro? Uau. Fiquei muito feliz em saber dessa informação. Era aonde eu iria com Dulce!

“Não obrigada” respondi, e voltei a olhar para Dulce, até que recebi uma tapinha na bunda do cara que me deixou louca da vida, voltei a olhar para ele, com os olhos furiosos. “Qual é, meu irmão? Tá doido?”.

Ele riu debilmente e disse. “Que gatinha selvagem... Vamos, gatinha. Você vai gostar”, ele tentou me pegar de novo, mas eu segurei um dedo dele e torci, ele gemeu de dor. “Que isso sua louca?” ele disse alto.

“Se você não sair agora, eu irei quebrar o seu dedo e depois enfiá-lo onde o sol não bate. Você me entendeu?” falei ameaçadora, fazendo mais pressão no dedo dele que fez uma careta.

“Sim. Sim” ele respondeu apressado.

“Ótimo. Agora vaza” soltei o dedo dele.

Ele ainda me deu uma última olhada e sai às pressas. Voltei atenção para Dulce que parecia entristecida ao olhar para o celular. Uma mulher morena muito bonita se aproximou dela, e cochichou algo em seu ouvido, mas Dulce a dispensou. A morena não gostou muito, mas saiu. Então, Dulce se levantou. Era a minha hora.

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HUM... O que será que vai rolar? Palpites?