Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O baile á fantasia era no Clube da cidade. Ou seja: Sem álcool. Já que a festa era organizada pela prefeitura. E achava um pouco difícil alguém batizar o ponche, já que eram servidos por voluntários politicamente corretos. Mas, mesmo assim, eu estava muito animada para ir, porque além de tudo, estaria ao lado de Dulce...

Dulce caminhou até o estacionamento na rua mesmo, com a mão dada a minha. Eu me sentia o máximo andando com aquela mulher maravilhosa ao meu lado. Sabe a sensação de mulher-super-poderosa? Era a minha sensação. Tanto que o sorriso não saia dos meus lábios.

Ela parou na frente do carro e soltou a minha mão, indo em direção da porta do acompanhante e abrindo para mim, como uma perfeita cavalheira. Mas, eu fiquei parada... Olhando para o carro. Pela minha demorada, Dulce franziu o cenho. “Algum problema, Anahí?”.

“Você trocou de carro!” exclamei com os olhos fixos ainda no carro preto.

“Sim. O meu estava muito velho, então, resolvi mudar”. Ela respondeu, com as suas mãos fixas na porta do carro. “O que foi? Não gostou?”.

“Ah... É lindo!” eu respondi, finalmente saindo do leve choque e fui até ela, dei um pequeno selinho, ela se afastou e eu entrei no carro.

Dulce fechou a porta para mim e deu a volta para o lado do motorista. Eu não poderia deixar de me questionar sobre o carro. Como uma professora que ganha cerca de quarenta mil dólares por ano, pode comprar um carro de quase duzentos mil dólares? Um Land Rover não era um carro para qualquer pessoa. Eu queria questioná-la, porém, não queria ser invasiva... O apartamento de Dulce era minúsculo, nem elevador tinha, mas, ela tinha um carro deste... Mordi o lábio inferior para tentar controlar a minha ansiedade. Não era da minha conta. Repeti isso diversas vezes em minha cabeça para não cometer a gafe e falar.

“Coloque o cinto, por favor,”. Pediu Dulce, e eu fiz. Fiquei observando, ela por o cinto e dar partida ao carro. “Você me olhando assim, não vou resistir... Vou ter que parar o carro e lhe beijar”. Ela avisou, me fazendo rir.

“Desculpe-me... É que está sendo impossível não olhar pra você. Já disse que está linda?” falei, ainda sorrindo.

“Sim. Mas é sempre bom escutar...” brincou Dulce, mas as suas bochechas ficaram coradas. “Eu tenho certo problema com elogios. Sempre fico acanhada com eles”. Comentou ela, ligando a seta e entrando na rua seguinte.

“Não deveria... Todo elogio que direciono a você é sincero”. Falei, passando a mão discretamente na sua coxa, vendo-a ficar tensa com o toque.

“Então, que dizer que anda soltando elogios falsos para outras pessoas?” perguntou ela, dando uma rápida olhada para mim.

“Pode crer que sim”. Eu respondi com um meio sorriso, recebendo um olhar torto de Dulce, então completei. “Claro que não, sua boba! Estou brincando com você”.

“Acho bom”. Resmungou Dulce, fazendo um biquinho muito lindo, que não resisti e roubei um selinho quando ela me olhou de relance, fazendo-a sorrir. “Ótima maneira de se desculpar”.

“Não se acostume. Não sou tão beijoqueira assim”. Falei em tom de brincadeira e tirei a minha mão de sua coxa.

Então, Dulce parou o carro no encostamento, tirou o cinto de segurança e virou-se para mim. Os seus olhos brilhantes, olhando para os meus lábios. “É mesmo?” perguntou ela, tirando o meu cinto, colocou as mãos em meu rosto e me puxou para si. “Vamos ver isso...”.

Automaticamente fechei os olhos ao sentir a respiração de Dulce em meu rosto, entreabrir os meus lábios ao ter os seus lábios carnudos sobre os meus... Nossos lábios se encaixaram, e iniciamos um beijo lento... Segurei os seus braços com as mãos, e fiz carinho neles, enquanto, recebia a sua língua, aumentando a intensidade do beijo.

Vibrei com o ritmo do beijo, nossas respirações se aceleraram, enquanto, as nossas línguas provocavam-se. Os melhores beijos de minha vida eram trocados com Dulce... Nossa conexão corporal refletia em nossas almas... Era incrível!

Depois de alguns minutos, o ar finalmente nos faltou e tivemos que nos afastar, antes que as coisas ficassem realmente sérias dentro daquele carro. Sorrir assim que olhei para o seu lindo rosto, e com a ponta dos dedos, limpei o batom que tinha borrado nas laterais, deixando os seus lábios mais inchados pelo beijo. Ela fez o mesmo com os meus lábios. Ainda bem que os nossos batons eram matte, então, a duração era maior.

“Pronta?” perguntou Dulce, referindo-se ao clube em nossa frente.

“Com você... Sempre”. Respondi, em seguida, me sentindo totalmente clichê com isso, mas quem se importava? Eu não.

Antes de saímos do carro. Dulce abriu o porta-luvas e tirou os ingressos. Então, saímos e dermos as mãos. Ela respirou fundo e murmurou. “Vamos lá... Vamos nos divertir...”.