Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Horas mais tarde... Os meus pais ainda não tinham voltado. Segundo a mensagem, demorariam mais, já que encontraram um restaurante com comida italiana digníssima. E conhecendo muito bem minha família, não ficariam satisfeitos até provar as maiores variedades de massas.

Breno já tinha retornado e estava jogado na cama, vendo uma partida de beisebol na televisão. Eu terminei de me arrumar, estava com fome e queria o sanduíche de um pub perto do hotel.

Eu tinha colocado um vestido tomara-que-caia, o decote era em formato de coração, ressaltando os meus seios, e deixando a marquinha do meu bronze á mostra. Coloquei uma jaqueta por cima e rasteirinhas. Como estava bronzeada, as minhas bochechas estavam coradas, não fiz nenhuma maquiagem, apenas coloquei uma camada de gloss. Perfume atrás das orelhas e na nuca. Deixei meus cabelos soltos, com pequenas ondulações. A hidratação que fiz mais cedo, deixou o dourado mais brilhoso. Sorri com meu reflexo no espelho. Estava pronto.

“Breno, vou comer alguma coisa.” Avisei, e ele apenas balançou a cabeça sem tirar os olhos da televisão. “Quer alguma coisa?”.

“Um pedaço de torta de chocolate”. Disse ele, sem ainda tirar os olhos do jogo.

“Certo. Até daqui á pouco”.

Como previsto, ele não deu a mínima. Peguei a minha bolsa e sair pelo hotel. Sentiria saudade do hotel, onde não tinha responsabilidade de arrumar o quarto ou fazer qualquer coisa pra mim, já que eu era sempre servida.

Andei pelas ruas movimentadas de Havaí, algumas pessoas caminhavam no calçadão, outras jogando conversa fora, outras ainda aproveitavam a praia. Não demorou muito para eu chegar no pub. Era um lugar aconchegante, pequeno e tinha a comida saborosa.

Sentei-me no banco e deixei os meus braços apoiados no balcão, enquanto olhava o cardápio. Eu não sabia que sanduíche pedir pra ser sincera, durante o mês já tinha provado uns dez sabores. E todos eram deliciosos.

“Se eu fosse você, escolheria o queijo do reino especial. Tem um molho irresistível”. Falou uma voz atraente ao meu lado, olhei em busca da dona da voz e quase perdi o ar ao ver quem era. A ruiva!

Respire Anahí. Respire Anahí. Disse a mim mesma, buscando manter o controle. Ela estava mais linda ainda! Usava um short curto, camiseta branca e Havaianas. Os cabelos estavam soltos e lisos, as suas bochechas continuavam avermelhadas. Estava natural... E linda. Eu já disse linda, mas não consigo parar de admirá-la.

Ela me olhava sorrindo... Que sorriso belíssimo. Estávamos apenas dois bancos de distância e o seu cheiro atingia em cheio os meus sentidos, me deixando quente.

“Me parece uma sugestão interessante”. Eu respondi com um sorriso, então, me virei pra o garçom e pedi. “Um sanduíche de queijo do reino e uma Coca-Cola, por favor,”.

O seu sorriso aumentou ao escutar que segui sua sugestão sem titubear. Ela segurava uma garrafa de cerveja. “Boa escolha” ela falou “Você não vai se arrepender”.

“Tenho certeza que não”. Respondi com um sorriso. “Pressinto que você sabe das coisas”.

“Nem tanto, o que preciso saber, não sei” ela falou, me olhando nos olhos “Como, por exemplo, o seu nome”.

Eu corei, mas mantive os meus nos dela. Não sei o que ela tinha em especial em seu olhar, mas me prendia, me arrepiava, me instigava, eu sentia vontade de olhá-la sempre.

“Anahí Giovanna” respondi “E o seu é?”

“Dulce Maria”. Rimos por ambas termos o nome composto “Seu nome é lindo, Anahí”.

“Obrigada. O seu também... Dulce... É doce em espanhol, não?” ela confirmou com a cabeça “É delicioso de se falar... Dulce... Derrete em minha boca”. Nesse momento, ela olhou pra minha boca, me fazendo umedecer os lábios. Ela voltou a me olhar nos olhos, seu olhar estava mais intensificado.

“Interessante. Ninguém nunca tinha me dito isso”. Ela sorriu, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, me fazendo acompanhar seu movimento. “De onde você é, Anahí?”.

“Rosewood. Vir passar minhas férias aqui...”.

“Rosewood?” ela demonstrou surpresa “Me mudei para lá recentemente”.

“Sério, por quê?” agora quem estava surpresa era eu, achando que poderia ter pegado mal a pergunta, tentei consertar. “É que... Sabe, Rosewood é o fim do mundo. Não tem nada de interessante. Não se tem muitas opções, como do lado de cá”. Expliquei.

“Acabei de constatar que Rosewood é um lugar de pessoas extremamente interessantes” ela disse e eu fiquei vermelha novamente. “Mas respondendo a sua pergunta, irei a trabalho. Vou começar a lecionar amanhã”.

“O que você ensina?” perguntei interessada, tinha percebido que Dulce era mais velha que eu, embora quase não aparentasse.

“Inglês”. Ela respondeu, dando um gole de cerveja. Nessa altura do campeonato, meu sanduíche já tinha chegado, mas eu não estava com fome, não mais, me concentrava mais em tomar minha coca. “E você o que faz?”.

“Atualmente, estudo. Eu acho que gostaria de ensinar. Meus pais são professores, estou sobre influência”. Eu sorrir e dei de ombros. “Mas tenho tempo pra pensar ainda”.

Dulce sorriu. Eu tomei um gole de coca, quando começou a tocar minha música preferida: I Want To Know What Love Is. Suspirei e falei. “Deus, amo essa música”.

“Foreigner: I Want To Know What Love Is”. Ela disse com o sorriso mais lindo do mundo.

Eu a olhei surpresa, e muito feliz por ela conhecer a música. Sorrir encantada.

“O que gosta de fazer no seu tempo livre?” perguntou ela, disposta não deixar o diálogo morrer.

“Escrever. Gosto muito de criar estórias, até contos. Mas nunca mostrei a ninguém. É algo que faço para mim”. Eu respondi.

“Talvez, um dia você possa me mostrar...” supôs ela, arrastando a cerveja pelo balcão e pulando os dois bancos, agora ficando bem ao meu lado. Isso me deixou nervosa, tipo... Eu acho que ela estar me cantando, não é a primeira vez que fui cantada, é claro, mas é a primeira vez que me sinto acanhada.

“É? Gostaria mesmo de ver?” perguntei, sem conter o sorriso nervoso.

“Sim. Você é inteligente, linda e tem um ótimo gosto musical”. Nesse momento rimos. “Gostaria de saber mais sobre o seu respeito”.

Nos encaramos por longos segundos, por mim, passaria a eternidade a encarando. Balancei a minha cabeça em positivo e sussurrei. “Tudo bem”.

E foi assim que nos conhecemos... E foi assim que uma hora depois, estávamos nos beijando no banheiro do Pub. Eu sentada em cima da pia, com a Dulce entre as minhas pernas, com suas mãos possessivas em minhas costas e minhas mãos em sua nuca, compartilhando de um beijo maravilhoso. A sintonia. A química era gritante. Nunca um beijo tinha mexido tanto comigo como esse... Nossas línguas se procuravam, se provocavam em uma dança enlouquecedora, que me sentia ter mais vontade de sugar aquela boca deliciosa. Oh céus, tô no paraíso! A puxei para mais perto, pendi a cabeça para o lado, encaixando ainda mais os nossos lábios e aprofundando o beijo. O seu beijo era maravilhoso. Eu estava tão excitada! Que senti vontade de avançar o sinal... Porém, me controlei. Eu era virgem, e não pensava que minha primeira vez fosse num banheiro de Pub. Em todo momento, Dulce foi bastante respeitadora, embora que seu beijo fosse avassalador. Ela deslizou os seus braços pelas minhas costas e me abraçou apertadamente. Senti a maciez dos seus seios contra os meus, me fazendo gemer entre o beijo. Ela sorriu, e foi diminuindo o ritmo do beijo, estávamos faltando ar... Maldição, não sei porque precisamos de ar! Ela parou o beijo, mas deixou os nossos lábios ainda conectados... Abrimos os olhos. Nos encaramos, ela sorriu e mordiscou o meu lábio inferior e puxou, me fazendo estremecer, em seguida, deu uma chupadinha, foi inevitável não puxar um pouco dos seus cabelos.

Não falamos nada... Não precisava, o momento já dizia tudo. Nossos lábios estavam vermelhos, e eu sentia mais vontade de beijá-la. Pelo olhar de Dulce, ela também queria e foi isso que fizemos... Nos beijamos. E depois de novo. De novo e de novo.

Quando dei por mim, já era quase nove horas e tinha inúmeras ligações da minha mãe. Eu estava ferrada! Despedi-me de Dulce com mais um beijo. Senti vontade de pedi o seu celular, mas fiquei sem jeito, bem... Era a primeira vez que sentia esse tipo de vontade e não sabia como agir. Ela também não me pediu, o que me desestimulou um pouco.

Então, depois de mais um beijo. Finalmente fui embora, sentindo-me feliz e ao mesmo tempo triste, minha vontade era continuar ficando com Dulce. Estranho, você sentir esse tipo de sensação por uma pessoa que mal conheceu. 

Como previsto, levei uma bronca daquela quando cheguei ao hotel. Mas sinceramente, eu não prestava atenção em nenhuma palavra. Inventei uma desculpa qualquer, disse que estava no calçadão e que meu celular estava silencioso. Breno ficou com raiva porque esqueci de sua torta, problema dele. Arrumei minha mala de volta, com a sensação de que essa foi a melhor férias de minha vida... E tudo por causa de uma ruiva...

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