Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Acordei na manha seguinte com uns braços aconchegantes envolta do meu corpo. Abrir os meus olhos, estranhando, porém, gostando daquela sensação, quando me deparei com Dulce ao meu lado. Ela já estava acordada e parecia que velava pelo o meu sono.

“Dulce?” perguntei confusa.

“Bom dia, gatinha”. Ela deu um suave beijo em meus lábios. “Como está se sentindo?”.

“Bem...” respondi, então, senti um leve latejar em minha cabeça. “Só minha cabeça que dói um pouco”.

“Então, irei providenciar o nosso café da manhã e darei um analgésico á você”. Disse ela, tirando os braços ao redor do meu corpo e se levantando, porém, eu segurei em seu braço. “Dulce... O que exatamente estou fazendo aqui?”.

Dulce acariciou os meus cabelos. “Você não se lembra? Fomos ao Burger King, então, fizeram uma brincadeira de mal gosto com zumbi, você se assustou, caiu por cima das mesas e bateu a cabeça. Eu te trouxe para cá, cuidei de você e dormimos”.

“Ah...” falei baixinho, me recordando dos acontecimentos. “Obrigada... Poncho deve estar morrendo de preocupação”.

“Não está. Liguei para ele, e informei que você dormiria aqui” ela disse, e se levantou, usava um baby doll curto, olhei discretamente o seu corpo. “Expliquei sobre o pequeno acidente, mas pela resposta dele, acho que ele não se focou em minha explicação, se focou apenas na palavra “cama””.

“Típico do Poncho...” eu respondi, dando um leve sorriso.

O apartamento de Dulce era pequeno. Então, da cama, eu podia vê-la na cozinha. O seu apartamento era de um vão, que ela tinha dividido graciosamente em compartimentos. O único cômodo extra era o banheiro.

Bocejei, e me espreguicei na cama, gelando-me quando percebi que não estava com minha fantasia. E sim com uma camiseta grandona. Não me recordo de ter trocado de roupa. Levantei-me, e fui para próximo de Dulce. Puxei uma cadeira, e sentei-me. Olhando os seus movimentos rápidos, perguntei como quem não quisesse nada. “Você trocou minha roupa?”.

“Sim. Achei que ficaria mais confortável de blusão. Eu tenho alguns blusões assim, são confortáveis para dormir”. Ela disse, enquanto, preparava os ovos mexidos com bacon.

“E tipo... Você viu...” minha voz sumiu nesse momento.

Dulce virou-se para mim, e respondeu. “Se for o seu corpo, sim. Fiquei surpresa ao perceber que não usava nenhuma roupa de baixo.” O seu olhar foi intenso, porém, ao ver minha vermelhidão, ela mudou de assunto. “Suco de laranja ou café?”.

“Suco de laranja”. Respondi, sentindo o meu estomago retroceder por saber que Dulce tinha me visto completamente nua. E eu estava apagada quando aconteceu.

Eu queria fazer mais uma pergunta, mas me sentia envergonhada. Ela estava completamente alheia ao meu dilema, entretida preparando as torradas. Dulce era realmente muito boa na cozinha, e só confirmei isso, minutos depois que ela nos serviu e sentou-se a minha frente. Provei um pouco dos ovos mexidos com bacon, e suspirei ao sentir o sabor. “Hum... Está muito delicioso!” elogiei, arrancando um sorriso dela.

Café da manhã não era algo que eu tomava com frequência. Não tinha o hábito, mas aquele de Dulce, me fez comer todo e ainda pegar um pouquinho mais. Dulce estava relaxada, enquanto tomava uma xícara de café e lia o jornal, automaticamente recordei do meu pai. Achei que era o momento certo. Então, a chamei suavemente. “Dulce...”

“Sim, meu bem?” respondeu ela, sem tirar os olhos do jornal, parecia compenetrada na reportagem.

“Você...” comecei a falar, mas fiquei muito envergonhada, o meu rosto ficou mais vermelho o possível, dei uma pigarrada para continuar “Gostou do que viu?”. Prendi a respiração depois que perguntei.

Dulce levantou a cabeça um pouco confusa, franziu o cenho, os seus olhos ficaram apertadinhos quando ela fez isso. “Gostei do que, especificamente?” perguntou ela ao me olhar.

Peguei o talher e fiquei brincando na mesa, eu não esperava outra pergunta na resposta. Respirei fundo e falei: “De ter me visto nua...”.

“Oh...” agora foi à vez de Dulce ficar vermelha. Ela dobrou o jornal totalmente sem graça e levantou-se para recolher os pratos, por um momento pensei que ela não iria responder. Até que ela me olhou nos olhos e disse com toda sinceridade “Não gostei. Eu amei... Muito...” e deu um sorrisinho malicioso, me fazendo sorrir também.

Eu me levantei, e a ajudei tirar as louças, e lavar também. Não podia ser muito folgada. Depois dos pratos lavados, Dulce me deu o remédio para dor de cabeça. Aproveitei para segura-lhe pelo rosto e lhe dar um beijo suave de agradecimento. “Obrigada por cuidar de mim...”.

Dulce me abraçou pela cintura, me dando um selinho e sorriu. “Cuidar de você é o meu eterno prazer. Eu poderia fazer isso sempre, gatinha”.

“Assim vou ficar mal acostumada...” falei, roçando o meu nariz no dela, que riu.

“Esse é o intuito, Srta. Portilla. Quero-a bem mal acostumada e viciada em mim. Esse é o meu plano diabólico para lhe conquistar”, brincou ela, me enchendo de selinhos.

“Já me conquistou. Que plano diabólico mais divino” eu disse, rindo.

Dulce riu pelas minhas palavras, depois de mais um selinho, me soltou. “Eu irei pegar uma calcinha nova para você. Se quiser, pode escolher uma roupa no meu closet, não somos exatamente do mesmo tamanho, mas acho que alguma vai servir”.

“Certo”. Fui até o closet de Dulce e o abrir... Bem, as roupas não faziam o meu estilo, tinha mais roupa de trabalhar do que qualquer outra coisa. Considerando o fato que eu teria que usar as minhas botas over, escolhi uma calça de couro preta e uma regata branca com os dizeres “Ramones”. Peguei um top também.

Dulce apareceu com uma calcinha ainda embalada, e com meu celular que vibrava, era a Marichelo. “Depois falo com ela”, disse, recebendo um olhar reprovador de Dulce. “Provavelmente, é pra saber se irei para o colégio”. Justifiquei.

“Você deveria atender, a sua mãe é bastante persistente quando quer”. Disse Dulce.

“Está falando isso, por?” perguntei, virando-me para ela com as roupas nas mãos.

“Por tudo. Não esqueça que trabalhamos no mesmo local”.

“E que são amiguinhas”. Eu comentei, sorrindo.

“É... A Marichelo é uma excelente pessoa. Eu gosto de sua mãe”.

“E eu gosto dessa amizade entre vocês. Assim, Marichelo pode enxergar o quanto você é maravilhosa. Ganhando a carisma dela, é um passo muito importante para o nosso relacionamento”.

“Hum... Já querendo me apresentar aos seus pais, Srta. Portilla?” perguntou Dulce, me envolvendo pelos quadris e depositando um beijo no meu pescoço que me fez arrepiar.

“Claro. Quanto mais rápido você for pra forcar, melhor para mim”. Disse brincando.

Dulce riu, e me beijou... Confesso que é muito bom ficar dessa forma com ela. O beijo não demorou muito, e Dulce se inclinou para pegar uma toalha limpa em seu closet. “Banho. Temos meia hora para chegar ao colégio”.

Depois de roubar mais um beijo... Corri para o banheiro, dando um gemido alto ao ver a situação precária da minha testa que estava com um galo acompanhado com uma bela mancha roxa. Sem contar que os meus olhos estavam inchados por ter dormido com a droga da lente de contato. Retirei-as. Abrir a porta do banheiro, e falei. “Oh Dulce... Vou precisar do seu estojo de maquiagem...”.

As roupas de Dulce ficaram um pouco apertadas em mim, por eu ter mais curvas. Porém, não ficou feio. Diria que ficou até sexy. Eu me demorei a arrumar mais do que Dulce, em dez minutos, ela estava pronta... Eu que tentei disfarçar inutilmente a marca na testa.

No meio intervalo, liguei para Poncho e pedi que levasse a minha bolsa. Já que o meu caderno e os livros estavam no meu armário. Dulce me levou para a escola, mas parou em uma rua antes para que ninguém visse. Ela usava um tubinho, como sempre. O seu cabelo estava preso em um coque. Deu-me uma vontade de soltar aquele coque e acariciar os seus cabelos sedosos...

“Sente-se bem? A sua cabeça não está doendo?” pergunta mais uma vez, Dulce.

“Está tudo bem, Dulce. Eu estou ótima, graças ao cuidado de certa pessoa, sabe?” sorrir, arrancando também um sorriso dela.

Era hora de descer do carro... Porém, estava com medo. Quando eu estava na companhia de Dulce, era uma realidade, quando nos separávamos, parecia que a realidade do mundo nos destruía. Já que sempre acontecia alguma coisa para nos separar. Ou a indecisão de Dulce, ou algum problema externo.

Abrir a porta do carro, mas ao invés de descer, voltei a fechá-la e respirei fundo.

Dulce me olhou. “Aconteceu alguma coisa?”.

Virei para ela, e com os olhos suplicantes, disse. “Dulce... Por favor, prometa que nada vai mudar entre nós quando eu sair desse carro. Estou com medo de sair, e voltarmos à estaca zero. De você... Você não me querer mais, de ter medo de tentar, de...” abaixei a minha cabeça, os meus olhos lacrimejaram.

“Meu amor...” A voz de Dulce era suave, ela soltou o cinto de segurança, e segurou o meu queixo com os dedos, fazendo-me olhar em seus olhos. “Eu prometo. Não tem o que se preocupar... Eu sei que fui um pouco idiota contigo em fugir do que sentia, mas não irá acontecer novamente. Gosto de você, muito! E realmente quero tentar... Desfrutar com você isso o que estamos sentindo”.

Suspirei com as suas palavras, e a abracei, com o meu coração acelerado. Afastei-me um pouco e coloquei as minhas mãos em seu rosto, sem esconder o sorriso abobalhado. “Seremos muito felizes... Prometo a você!”. E a beijei suavemente.

Dulce segurou o meu cabelo com a mão e aprofundou o beijo... Infelizmente, não demorou muito. Ela se afastou, e depositou um beijo em minha bochecha. “Mas, temos que ser discreta, pela nossa situação...”.

“Eu sei” acariciei o seu rosto e lhe dei um selinho. “Discrição é o meu sobrenome, não sabia?” Fiz uma carinha esperta, e Dulce riu. “Ah, você tem planos para essa noite?”.

“Não. Por quê? Está querendo me sequestrar ou algo do tipo?” perguntou Dulce, sorrindo.

“Irei cozinhar para você!” disse decidida, e abrindo a porta do carro.

“Cozinhar?” Dulce perguntou surpresa.

“Claro!” Pulei pra fora do carro, segurei a porta e me voltei para olhá-la. “Você vai comer o melhor miojo com batatas da sua vida!” e fechei a porta. Andei até a calçada e acenei para Dulce, que ria balançando a cabeça em negativa.

Eu também rir, e continuei andando. A escola não estava muito longe de mim, em cinco minutos, chegaria nela. O vento frio de Rosewood, fez com que eu abraçasse os meus braços. Nem parecia que a noite anterior tinha sido de Halloween. O carro de Dulce passou por mim, e ela buzinou. Exibida! Só porque tinha um carro maneiro. Eu estava com os meus pés doendo. Apesar de viver praticamente o tempo todo de salto alto, essa bota era nova, e machucava um pouco os meus dedos. Não sei como conseguir passar tanto tempo com ela ontem. Mas sabe o que dizem? Quando amamos, liberamos oxitocina, era a explicação aceitável.

Não demorou muito para eu adentrar na escola. Alguns alunos se encontravam do lado de fora, então, não estava atrasada. Encontrei Poncho no caminho que estava com uma cara amassada. Ele me entregou a minha bolsa.

“O que foi? Não teve noite?” perguntei assim que ele começou a caminhar ao meu lado.

“Estou de ressaca. Dormir que nem sentir! E eu jurei que passaria uma noite inesquecível com o Tony”.

“Quem manda você beber que nem um louco? Eu não o via bebendo, mas o seu comportamento era totalmente estranho” eu comentei, chegando em meu armário e o abrindo, mas me virei para o Poncho. “E você terá outro momento para ter uma noite inesquecível. Foi até bom, pra o Anthony não confirmar que você é fácil”. O provoquei.

Poncho fez uma carranca. “Falou à santinha que dormiu no apartamento da professora...”

“Poncho!” olhei em volta, mas não tinha ninguém próximo a nós “Calado! Dormir no apartamento dela, mas não aconteceu nada. Sofri um pequeno acidente no Burger King...” levantei o meu cabelo para ele ver o machucado.

Poncho fez uma cara surpresa e colocou a mão no peito. “Que horrível! Então, era verdade?”.

“Claro que sim!” me encostei no armário e respirei fundo. “Ela foi um amor! Cuidou de mim, me medicou, trocou a minha roupa e velou pelo meu sono, ainda fez um café da manhã maravilhoso esta manhã”.

“Um minuto” Poncho pediu, levantando uma mão “Como assim, trocou a sua roupa? Porque pelo o que me bem lembro, você estava sem roupa intima para não marcar a fantasia”.

“Trocou” dei de ombros, como se não fosse nada demais, e evitando ficar vermelha. “Eu não podia dormir com a fantasia, né? Ela foi muito cavalheira, e pare de fazer essa cara maliciosa!”.

“Sério mona que ela não se aproveitou nem um pouquinho?” conspirou Poncho, apertando os olhos. “Por que se fosse eu, trocando a roupa do Anthony, ia usar e abusar!”. Ele riu e eu fiz uma careta ao imaginar a cena. Ele se aproximou e murmurou. “Você estava depilada ao menos?”.

Bufei alto e revirei os olhos. “Ás vezes, você se passa!” virei-me para o armário e Poncho ficou rindo de mim, mas logo se cansou e foi para sala.

Terminei de pegar os meus livros necessários para a aula, quando a porta do meu armário fecha-se de repente, me assustando.

E uma voz feroz dizia “Se divertiu muito a noite anterior com a Dulce?”

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Ih, o que será que disse isso? Será que Anahí e Dulce foram descobertas? 

Eu estou muito feliz pelo número de favoritadas e também dos comentários! *-* Obrigada meninas, vocês são demais!