Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.
Marichelo era muito afobada! Chegou à enfermaria da escola como se eu tivesse morrendo, acho que a enfermeira pensou que eu necessitava de um desfibrilador acompanhado de noradrenalina só pelo espanto da minha mãe.
A enfermeira cujo nome era Débora, me recebeu muito bem. Pediu para que eu sentasse, e aguardasse alguns minutos para aferir a minha pressão, já que por ter andado, poderia influência no resultado. Senti-me e fiquei esperando os vinte minutos.
O mal estar persistia. Respirei fundo e encostei minha cabeça na parede, minha cabeça ainda borbulhava de pensamentos, e a única coisa que eu queria era sumir! Não tenho o hábito de rezar, mas estava rezando para que Audrey não fizesse nenhuma besteira. Eu não iria suportar se algo acontecesse com minha Dulce.
“Anahí?” sobressaltei ao escutar a voz da Marichelo, que estava parada no canto me olhando “Como foi essa queda?”.
“O salto escorregou no chão, mãe... Cai de cara” respondi com um suspiro e sem dar muitos detalhes.
“Também! Olha o tamanho dos saltos que você usa. Isso é uma arma, você poderia maneirar e usar algo mais baixo”.
“Já sou baixinha, mãe. Sem salto, é impossível ser percebida pelo mundo”. Retruquei, começando a me sentir um pouco sonolenta. O suor frio ainda escorria pela minha testa e minhas costas. Segurei minha mão na outra para controlar uma leve tremedeira.
“Eu liguei para você mais cedo” disse ela.
“Desculpe por não ter atendido. Eu estava me arrumando e como sabia que iria lhe encontrar na escola, não quis me atrasar” falei, fechando os olhos.
“Deveria ter atendido. E se fosse alguma coisa importante?” Relou ela.
“Você teria insistido e me ligando mais vezes”. Respondi com malcriação.
Marichelo ia responder quando a enfermeira surgiu novamente. Pediu pra deitar na maca, eu o fiz. Marichelo aproveitou para tirar as minhas botas e soltou no chão. Débora me fez algumas perguntas padrões, então, aferiu a minha pressão, que realmente estava muito baixa.
“60x40mmHg” informou ela “Está muito baixa. Irei administrar um soro fisiológico e você ficará de repouso aqui na enfermeira, certo?”. Balancei a cabeça em positivo, então, ela virou-se para Marichelo. “Irei dá uma declaração a suspendendo das aulas. Você leva na secretaria, Marichelo?”.
“Claro, Débora” respondeu Marichelo dando um leve sorriso e virando-se para mim, onde acariciou a minha cabeça e deu um beijo na minha bochecha. Sorrir. Um carinho de mãe sempre era bom, até sentia-me um pouco melhor. Débora deu uma saidinha da sala de repouso, e quando volto, já era com uma cuba rim com o soro e outros matériais em uma mão, e na outra mão a declaração que entrou a minha mãe. “Obrigada, Débora. Terei que voltar ao trabalho, acho que os meus alunos estão derrubando a sala.” Ela deu um suspiro cansado. “Querida, depois veio vê-la, ok?”.
“Certo, mãe”.
“Qualquer coisa, me avise, por favor,”. Pediu ela, olhando para enfermeira.
“Pode deixar. Não se preocupe, irei cuidar bem dessa mocinha”. Garantiu Débora, sorrindo.
Marichelo me deu outro beijo, agora na testa e saiu. Débora ainda puxou papo comigo durante o procedimento, mas eu não estava muito a fim de conversa. Virei minha cabeça para o lado quando ela passou o algodão com álcool na minha mão e puncionou minha veia. Confesso que senti uma leve dor, fechei os meus olhos e esperei que ela terminasse.
“Pronto, Anahí”. Informou Débora e eu abrir os olhos. “Está sentindo alguma coisa? Alguma ardência na mão?”.
“Não” respondi, olhando para minha mão com jelco e esparadrapo. “Obrigada”.
“De nada”. Ela sorriu. “Daqui a pouco, volto para aferir a sua pressão. Estarei na minha mesa, qualquer coisa, é só chamar, ok?”.
“Ok”.
Débora recolheu a cuba rim, me deu uma última olhada e saiu para o outro compartimento que era divido por um biombo. Olhei para o soro que gotejava lentamente, e bocejei. Como eu sabia que não iria sair nem tão cedo dessa enfermaria, fechei os meus olhos, sendo invadida pelo sono...
**
Tive um sonho horrível! Sonhei com Dulce sendo arrastada por polícias pelos corredores da escola, enquanto, os alunos e funcionários a olhava com surpresa e ao mesmo tempo asco, e eu correndo atrás, implorando para que a deixassem em paz. Porém, eles não obedeciam, e a imagem de Dulce completamente derrotada, martelava em minha cabeça.
Acordei com um sobressalto, até então, não tinha percebido que estava recebendo carinha na mão. Abrir os meus olhos, e encontrei os olhos da mulher que me arrancava suspiro.
“Dulce?” perguntei baixinho, depois olhei em direção do biombo, não tinha nenhum sinal da enfermeira, até achei que era um sonho.
“Oi gatinha” respondeu Dulce, então, olhou para direção do meu olhar e voltou olhar para mim. “Não se preocupe, Débora deu uma saidinha e eu fiquei encarregada de olhá-la”.
Respirei aliviada, mas logo fiquei preocupada. “Você não acha que é perigoso? Alguém pode entrar e vê-la aqui, e irão questionar”.
Provavelmente, Dulce entranhou a minha preocupação, sempre fui muito rilex em relação a nós. Ela acariciou minha mão com o polegar e sorriu levemente. “Sou uma professora preocupada com a sua aluna. Não há maldade nisso. Mas me fala... Como está se sentindo?”.
“Melhor... Bem melhor mesmo”. Apertei levemente a mão de Dulce, sentindo a sua maciez. “Dulce... Você se importa de cancelar a janta para amanhã?” perguntei.
“Oh não...” respondeu Dulce, sem parar de sorrir “Imaginei que gostaria de ficar em casa! Só tem um probleminha... Não poderemos jantar amanhã”.
“Por?” perguntei, franzindo o cenho.
“Depois de amanhã é o plantão pedagógico. Tenho uns trabalhos e provas para corrigir. E claro, preparar as cadernetas. Não quero nem imaginar se na hora do plantão não estiver com nada pronto. Os pais dos alunos me matariam e ainda pendurariam minha cabeça”.
“E seria uma grande perda para humanidade” respondi, fazendo um biquinho, que foi premiada por um selinho, o que me fez sorrir, segurei o rosto de Dulce com as duas mãos, fazendo-a inclinar sobre mim, colocou as suas mãos nos lados do meu corpo, nos olhamos, aproximei os meus lábios e dei vários selinhos longos. Fiz um carinho em seu rosto assim que nossos lábios se separaram. “Tenho tanto medo de perder você...”.
“Você não vai me perder” sussurrou Dulce, beijando todo o meu rosto “Estou aqui e sempre estarei ao seu lado”.
“Promete?” pedi, com os olhos marejados, lembrando-se do perigo eminente que estava batendo em nossa porta, por um momento, senti vontade de contar a Dulce, porém, não queria tirar aquela paz que estava presente em seu rosto.
“Prometo”. E me deu outro selinho, mas depois me afastou e olhou-me “Está acontecendo alguma coisa? Estou te achando um pouco nervosa”. Ela adquiriu um olhar investigativo. “Há algo que quer me contar?”.
“Não” respondi rapidamente.
Ela arqueou a sobrancelha esquerda. “Você tem certeza?”.
“Claro!” respondi, desviando os olhos. Ela ia falar novamente, mas escutamos a porta abrir, rapidamente Dulce ficou de pé, enquanto a pessoa adentrava a sala. Sorrir aliviada, e disse “Oi mãe”.
Marichelo segurou em sua mão uma bandeja. Provavelmente era o meu almoço. Ela olhou para mim e depois para Dulce e sorriu. “Oi Anahí. Oi Dulce, não sabia que estava aqui...”.
“Vi dá uma olhadinha na minha aluna exemplar” brincou Dulce, sorrindo naturalmente.
“Bons alunos sempre marcam nossas aulas” comentou Marichelo. Ela colocou a bandeja no meu colo. “Trouxe o seu almoço”.
“Obrigada mãe” eu disse, o meu estomago roncou quando vi a comida, não tinha percebido que estava com fome até o exato momento, provei a macarronada que estava deliciosa.
“Principalmente como a Anahí, que sempre tem participação nas aulas e os seus argumentos são bastante expressivos” falou Dulce, me fazendo dar um leve sorriso.
“Muito bom em saber disso. Já sei que o Enrique ficará muito feliz em ouvir isso no plantão” falou Marichelo, sentando-se na cadeira ao lado da maca.
“Papai para o plantão?” eu perguntei, com o garfo suspenso no ar.
“Sim. Eu estarei trabalhando, tenho os próprios pais dos meus alunos para dar conta” Marichelo e Dulce sorriram “Então, o Enrique se prontificou de vir falar com os seus professores e do Breno”.
“Hum...” respondi, olhando para Dulce que aparentava tranquilidade, seria a primeira vez que ela conheceria o meu pai, já que o tinha visto de longe, mas nunca falou com ele.
Comecei a pensar... Se meu pai fosse com a cara de Dulce, tenho certeza que a amizade não seria apenas da minha mãe, mas como também dele. E isso seria ótimo para nós, já que teria uma aceitação!
“Bom. Irei retornar para os meus afazeres. Muito bom ver que já estar melhor, Anahí”.
“Obrigada, Srta. Saviñón”. Falei formalmente, não poderia ser informal com minha mãe presente.
“De nada. Cuide-se... Marichelo” Falou Dulce, e Marichelo acenou com a cabeça, então, ela saiu.
Marichelo acompanhou Dulce com olhar, e assim que ela saiu, falou. “Fico feliz que tenha amizade com a Dulce. Ela é uma ótima professora, e sei que pode lhe orientá-la para as universidades”.
“Ah, você acha?” perguntei fingindo indiferença.
“Claro, minha filha. Dulce é inteligentíssima. Por isso que lhe digo, se apega aos seus ensinamentos” falou Marichelo “Agora coma, porque vai esfriar”.
Voltei a comer, internamente estava sorrindo, estava mais que claro que Dulce tinha aprovação da minha mãe. Só restava saber do meu pai.
**
Durante a tarde, tomei outro soro, minha pressão ainda estava um pouco baixa. Recebi a visita do Poncho também que tinha fugido da aula assim que soube do meu mal estar, aproveitei para contar o problema com a Audrey. Ele ficou deveras surpreso, e até ofereceu-se para ajudar, mas dispensei. Quanto menos se mexer nisso, menos problema. Ele me garantiu que ficaria de ouvidos atentos para qualquer fofoca direcionados a Dulce ou a mim. Mas por hora, não tinha estourado nada. E isso era bom, certo? Significava que poderia restar uma esperança.
Fui liberada da enfermaria, uma hora antes das aulas acabarem. Então, Débora achou melhor que eu ficasse esperando Marichelo, que não demorou muito. Ela tinha liberado os seus alunos mais cedo para que pudesse me levar para casa. Breno aproveitou o ensejo, e saiu mais cedo também, me usando como desculpa.
Chegamos em casa, e o meu pai nos esperávamos com o semblante preocupado que aliviou quando me viu entrando pela porta. Ele correu até mim e me abraçou apertadamente, murmurando em meu ouvido. “Minha criança, você está bem?”.
“I’m fine” respondi baixinho, abraçando o meu pai com carinho, me sentindo protegida com o seu aconchego.
“Fiquei tão preocupado, minha pequena. Não sei o que faria se tivesse acontecido alguma coisa com você!” ele segurou o meu rosto e me deu um beijo na testa, seus olhos estavam lacrimejados.
Acho que puxei do meu pai a minha incrível habilidade de chorar por tudo. Ele era uma manteiga derretida. Sabe aquela manteiga que colocamos no milho quente e ela sai derretendo toda? Era eu e meu pai assim! Eu sabia como ele se sentia culpado quando acontecia algo comigo e Breno e ele não estava por perto. Mas, eu o entendia... A comida não chegaria à mesa e as contas não seriam pagas se ele ficasse em casa.
“Não aconteceu nada demais e eu estou bem, pai. De verdade”. Respondi, o olhando carinhosamente.
“Certeza? Não está sentindo nada? Nenhum mal estar? Tontura? Ânsia de vômito?” disparou o meu pai, me apertando levemente nos braços.
Olhei para Marichelo disfarçadamente, que entendeu o meu pedido de sufoco e falou “Enrique... A Anahí está bem, mas você deveria deixa-la descansar um pouco, o que acha?”.
“Claro” Enrique me soltou e frouxou o nó da gravata, dando um leve sorriso. “Mas qualquer coisa, avise, ok?”.
“Pode deixar pai!”.
Breno assistia a cena do sofá com cara de tédio. Se eu não soubesse que esse era o estado normal dele, diria que estava com ciúmes. Porém, não tinha motivos. Meus pais nunca nos diferenciaram em carinho, presentes, ou qualquer outra coisa. Então, erámos tranquilos. Eu não sentia dos meus pais com ele, e tenho certeza que era da mesma forma com ele.
“Eu vou preparar a janta” avisou Marichelo, indo para cozinha.
“Eu vou para o meu quarto” disse já indo na direção da escada.
Subi as escadas e entrei no meu quarto. Soltei minha bolsa em cima da cama, e fui para o banheiro. Precisava de um banho e foi isso que fiz, enchi a minha banheira com água quente e sais minerais, e adentrei nela... Muito relaxante... Por longos minutos, me senti flutuando com a sensação que o banho me proporcionava.
Não sei como, mas dormir... E tenho a impressão que não foi um sono de minutos, mas de hora, já que acordei com o meu celular tocando, e minha pele estava toda enrugada, a água estava fria nesse momento. O frio atingiu rapidamente o meu corpo, me levantei, peguei o meu roupão, o vesti e corri para o quarto. Um sorriso escapou dos meus lábios ao ver que era Dulce... Minha Dulce...
Ela queria saber como eu estava. Tão atenciosa. Não tinha como não suspirar de amores com aquela atenção e cuidados direcionados inteiramente apenas a mim. Não nos prologamos muito, já que ela tinha que começar a corrigir as provas, e eu... Bem, eu estava com sono. Vou contar! O que dormir hoje, não era nenhuma brincadeira! Mas, nos despedimos. E eu me sequei, e vesti o meu pijama.
Coloquei o meu celular para carregar, e afastei as minhas cobertas, me aconchegando no calor da minha cama... Não demorou muito para que eu dormisse novamente, e desta vez, até o dia seguinte....
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Meninas, vocês estão me pegando em um lado muito bom viu? Porque to postando muitooooo. Pra compensar também que nesse fds provavelmene não darei a cara. E ai? Comente-me o que acham! As suas opiniões são extreamemente importantes para mim.
Autor(a): ThamyPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 789
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tryciarg89 Postado em 27/10/2023 - 12:11:12
Eu não tenho palavras pra descrever como esse final acabou com meu emocional,estou desidratada e muito triste.Essa fic foi simplesmente apaixonante,passei muito nervoso durante os períodos que elas não estavam juntas,mas em compensação o restante foi de tanto amor, foi linda essa história,muito linda mesmo, parabéns por essa história tão comovente!
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flowersportinon Postado em 25/03/2022 - 23:05:20
Eu poderia adaptar sua fanfic no wattpad? Os créditos seriam dados devidamente e se você quiser que eu apague eu apago :)
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Furacao Maite Postado em 05/12/2021 - 09:13:44
Thamyyy posso adaptar a sua fanfic com os devidos créditos, pleaseeeee??
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beedle Postado em 18/06/2017 - 20:59:14
Acabei de ler essa fanfic e que história incrível em todos os detalhes. Tentei não chorar, mas não pude evitar um lágrima escorrer pelo meu rosto. Você é incrível Thamy, parabéns por esse teu dom da escrita. Palmas pra ti, muitas palmas pra ti
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lika_ Postado em 17/11/2016 - 13:23:53
essa é a unica fic que eu li que me faz chorar toda vez que eu releio ela parabens Thamy portinon voce é uma grande escritora
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duda_kakimoto Postado em 29/05/2016 - 12:05:07
Que SDDS VEIII :(
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lua_portinon Postado em 17/05/2016 - 22:02:50
Fic perfeitaaaaaa <3
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ThayLosA Postado em 23/04/2016 - 23:19:54
chorei muito... simplesmente amei o final, mais estou um pouco triste. vc escreve muito bem. vou espera vc começa a posta na nova fanfic com muita ansiedade.
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Julia Klaus Postado em 23/04/2016 - 21:14:27
Amei a história. Parabéns :)
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Furacao Maite Postado em 23/04/2016 - 18:28:33
genteeeeeeeee que fic maravilhosa!!!! amei, amei, amei!!! triste , mas amei! gente! você escreve muito bem! estou maravilhada!! com certea vou ler a nova fic!!!! parabens