Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Três meses depois...

Três meses se passaram e muitas coisas mudaram. O engraçado que parece que foram anos que se passaram, devido às mudanças. Primeiro: Eu não estava mais estudado no regime integral, agora era apenas no período matinal. Eu adorei essa nova mudança, não apenas eu, mas como os outros alunos, dava mais liberdade e também horas livres. Nessas horas livres, comecei a trabalhar. Arranjei um emprego no Coffee Club, o que era maravilhoso para mim, já que agregava as duas coisas que eu mais gostava: Café e livro. Como eu estudava de manhã, o meu trabalho era meio período, mas o salário era ótimo e alguns momentos eram bastante tranquilo, o que significa que eu podia dar umas lidas nos livros.

O motivo de arranjar um emprego foi para completar o dinheiro pra comprar o meu carro, já que na minha poupança tinham apenas oito mil dólares e o carro que eu queria era nove mil e quinhentos. Consegui realizar a compra depois de dois meses de trabalho, porém, já tinha criado o hábito e sem contar que a independência financeira era boa demais! Podia pagar as minhas contas, abastecer o meu carro e ainda sobravam uns trocados para saidinhas. No final das contas, era lucrativo.

Com o meu empenho no trabalho, os meus pais devolveram o meu cartão, já que eu podia pagar. Apesar de estar trabalhando, não fiquei relaxada com os meus estudos. Continuava tirando notas boas. Eu tinha cronometrado o meu tempo em: Estudar. Trabalhar. Namorar. E ainda dava para ter um happy hour com os amigos.

O Poncho estava firme com Anthony. Assumidíssimos! E ciumentos também. Ás vezes, o meu amigo me procurava com os olhos inchados de chorar por ter brigado mais uma vez com o amado. Apesar de algumas turbulências, eles se amavam, muito. Era nítido isso. Então, buscava sempre ajuda-los. Geralmente quando a briga era séria e passavam dias sem se falar, tinha que recorrer a Dulce que marcava alguma programação com o Anthony e como fosse por coincidência, eu aparecia com o Poncho. No início, sempre ficava um clima tenso, mas depois fazíamos uma programação de casal.

Sim, de casal! Eu ainda estava com Dulce. Apaixonadas e felizes, obrigada.

As coisas mudaram com Dulce também... Ela não era mais a minha professora, o que era uma pena – por uma parte. Agora, Dulce era professora universitária. Cargo recomendado pelo Enrique que era amiguíssimo do diretor e apresentou Dulce á ele. Inicialmente, ela tinha ficado apenas em experiência, mas o diretor gostou tanto do seu desempenho que em quinze dias, redigiu o seu contrato. Para a nossa felicidade!

Em falar em meu pai... Meus pais... Estavam amiguíssimos de Dulce. Ela tinha se tornado a amiguinha do coração. O meu pai tinha uma admiração escancarada pela Dulce, sempre a elogia e exaltava as suas qualidades. E Marichelo, nem falo! Continuava adorando-a. Ás vezes, eles saiam, mas meus pais nunca me deixou ir. Dizia que era programação de adultos. Como se eu fosse criança!

Apesar de toda essa adoração pela Dulce, não tínhamos nos assumido. Por medo mesmo, não sabia como os meus pais reagiriam em saber que além de amiga, Dulce passaria a ser sua nora. Eu por hora preferia não saber.

Com Dulce sendo professora em Hollis, as coisas se tornaram menos complicadas. Ainda era por eu ser menor de idade, mas a inflação suavizava mais por ela não ser mais minha professora. E tínhamos a liberdade de sairmos ser ter aquela preocupação das pessoas acharem que era uma professora seduzindo a sua aluna. Embora que em Rosewood limitávamos o contato físico, o que dava a impressão que éramos apenas amigas. Agora, quando íamos para outra cidade, agíamos como namoradas. O problema de Rosewood era que: Cidade pequena, todo mundo se conhece. Eu não queria que meus pais soubessem do nosso namorado por boca de terceiros.

Eu estava completamente apaixonada. Isso não é mais nenhuma novidade, mas não me cansava de demonstrar isso a Dulce... E ela também não! Cara, eu tinha aprendido muito com ela. Tinha amadurecido e me tornado uma pessoa melhor, mesmo com pouco tempo, a transformação era nítida. Foquei-me no meu futuro, deixei de ser consumista e passei a ser economista. Percebi que queimava muito dinheiro com coisas desnecessárias.

A ideia do trabalho foi de Dulce. Ela abriu os meus olhos para algo que não me importava: Independência. Eu já estava com dezesseis anos, precisava sair debaixo das asas dos meus pais. Eu não queria ser futuramente aquela mulher de vinte anos que ainda morava na casa dos pais. Eu queria ingressar numa faculdade, me formar, ter o meu emprego, casar, ter filhos e meus bens pessoais e financeiros. Minha cabeça estava forcada no futuro, até porque eu mantinha um relacionamento com uma mulher madura de vida feita, não poderia ficar bancado a menina mimada.

Eu quero que Dulce se orgulhe de mim sempre.

Falando em minha ruivinha... Hoje estamos completando seis meses. Uau. O tempo realmente passou muito rápido, recordo-me que foi ontem que a tinha visto caminhando na praia do Havaí. Então, por isso estava muito animada para essa noite, como também nervosa.

Dulce não quis me dar muito detalhe apenas disse que iria ser uma surpresa e que eu usasse uma roupa leve. O tempo parecia estar ao nosso favor hoje, deu uma trégua dos dias frientos. Hoje em particular, Rosewood estava abafada.

Entre muitos pensamentos sobre o que Dulce estava preparando, apenas um fixou em minha cabeça: Sexo. Não sei por que estava pensando tanto nisso, talvez, por minha vontade de fazer amor com ela. Nós não tínhamos ainda feito sexo, porque sempre tinha algo para atrapalhar quando estávamos quase se aproximando do ato, o que era muito frustrante.

Mas, hoje... Eu, Anahí Giovanna disse a mim mesma: Irei fazer amor com Dulce Maria ou mudarei o meu nome!