Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Com esse pensamento em mente que estava olhando as lingeries na loja ao meu lado estava o Poncho que parecia surtar com cada lingerie que pegava. Ignorei todas as suas sugestões. Não é por nada não, mas acho que ele tinha uma tendência ao sadomasoquismo! Mesmo tendo um corpo em forma, não me imaginava usando aquelas coisas para Dulce eram escrotas demais.

“Eu não sei por que você me chamou para vir, já que não aceitou nenhuma das minhas opiniões”. Reclamou ele em certa altura, descontente com minha atitude.

Eu o olhei. “Não lhe chamei, você que se convidou”. O relembrei, estava com um sutiã meia taça nas mãos.

“Eu sei que intimamente você queria que eu viesse, mesmo não pronunciando em palavras”. Retrucou meio mal humorado, humor esse que passou rapidamente quando viu uma tanga transparente. “Acho que irei fazer uma surpresinha para o Tony” disse ele, com um sorriso malicioso.

Eu fiz uma careta ao imaginar a cena que não foi nada atrativa para o meu cérebro. O olhei torto. “Eu acho que não preciso saber disso”.

Ele deu de ombros. “Qual é o problema? Você vai fazer sexo e eu não posso?”.

Revirei os meus olhos e o ignorei. Andei mais um pouco pela loja com Poncho no meu encalce, que reclamava de sua irmã mais velha. “Ela se acha o máximo por ter se formado em medicina, por telefone é insuportável, não imagino pessoalmente. Nem acredito que ela voltará pra morar”.

Virei-me para o Poncho. “Se eu tivesse me formado em medicina numa faculdade prestigiada, tenha certeza que eu também estaria me achando o máximo. Na realidade, eu estaria me achando a melhor pessoa do mundo, humildade zero. Por isso Deus não me fez com aptidão para medicina. Ele não dá asas à cobra”. Voltei-me para os mostruários. “Além do mais, não acho a sua irmã chata”.

“Claro. Ela sempre foi muito doce com você. Eu não entendo porque Maite sempre fica outra pessoa quando você está por perto, é até estranho”. Ele ficou de lado do mostruário e fez uma careta.

Franzi o cenho com essa informação. Maite era a irmã mais velha do Poncho, sempre foi bastante centrada, inteligente e perfeccionista. Não se dava muito bem com o Poncho, apesar de que eu acho que no fundo, era louca pelo irmão. Assim como Poncho era louca por ela. Só não demonstravam! Assim como o irmão, Maite era homossexual. Confesso que em algum momento da minha infância tive paixonite por ela. Também, a mulher é muito linda! Branquinha de cabelos negros, olhos cativantes e um sorriso digno de parar qualquer trânsito.

E outra coisa, Maite tinha algo extra que fazia qualquer imortal cair por terra: Covinhas.

Caramba! Eu era louca por covinhas. Lembro-me que ficava parada, olhando feito uma tonta para as covinhas de Maite. Ela nunca me deu bola, a sua turminha era outra. Éramos quase oitos anos de diferença, então, no tempo que descobrir a internet, Maite já mandava nudes. Se é que entenderam o meu trocadilho.

Ela só começou de fato a falar comigo, depois que cresci. Como fazia faculdade em outro estado, Maite só vinha para Rosewood em férias ou feriados. Mas agora era diferente... Ela estava formada e iria se estabelecer em Rosewood, para desespero do meu amigo.

Na realidade, o Poncho era muito mimado por sua mãe. Acho que ele tinha medo de perder as regalias por sua irmã estar presente.

“Joanna deve está muito feliz com a chegada da Maite, não?”. Comentei.

“Sim. Não se fala de outra coisa. Já está pensando em mudar de consultório. Quer um consultório com duas salas, assim a minha irmã pode atender no mesmo recinto que ela”. Poncho revirou os olhos.

“Não se preocupe” eu disse, percebendo o ciúme nítido em sua voz “Daqui uns anos, ela mudará o consultório novamente para três salas porque você também vai atender junto com ela” sorrir e pisquei o olho quando o Poncho também sorriu.

“Que os anjos lhe ouçam”. Ele respondeu com um suspiro.

Depois de muito olhar, achei a lingerie perfeita em meus olhos. Era com estampa de oncinha, achei extremamente sexy. O sutiã era meia taça rendado com bojo, o que significa que daria volumes aos meus seios. A calcinha também era rendada de oncinha com as bordas em preto, e acompanhava uma cinta-liga. Peguei uma meia de renda negra.

Olhei para o Poncho e perguntei em expectativa. “O que achou?”.

“Magnifico! Ficará perfeita em você, amiga”. Ele disse com os olhos brilhando.

Sorrir alegremente e fomos para o caixa. Eu não tinha costume de provar lingerie, sabia muito bem o meu número, então, as peças ficavam boas em meu corpo. Paguei a minha compra, e esperei o Poncho pagar o dele.

“Então, o que faremos agora?” ele perguntou, caminhando comigo de braços dados.

“Buscar o presente de Dulce que encomendei para hoje” disse eu, lhe guiando o caminho, o shopping estava lotado àquela hora da tarde, as pessoas realmente não tinha o que fazer.

“O que você comprou?” perguntou Poncho curioso com os olhos voltados para as vitrines das lojas.

“Na hora você verá!” respondi, olhando para o meu relógio. Precisava dar uma apressada, ainda tinha que me arrumar.

Então, dei uma agilizada nos meus passos, ainda puxei o Poncho pelo braço quando ele quis ficar parado na frente de algumas vitrines. Ele reclamou um pouco, mas se calou quando falei que estava um pouco atrasada. Não demorou muito para chegamos a joalheria.

“Boa tarde. Vim buscar a encomenda de Anahí Portilla”. Informei a vendedora assim que coloquei os pés na loja.

“Boa tarde, senhorita. Um minuto que irei buscar”. Disse a vendedora simpática e retirou-se.

“Você encomendou uma joia?” perguntou Poncho num assovio ao deparar-se com as joias no mostruário e os preços no catálogo.

“Sim” respondi com os olhos fixos no anel de noivado “Eu queria uma coisa bastante especifica, então, tive que encomendar com um mês de antecedência”.

Poncho me olhou. “Lembre-se do meu aniversário”. E sorriu sexy.

Eu dei uma risadinha, acompanhada com um beijo na bochecha dele. O abracei de lado. “Isso é com Anthony. Não é pra mim que você veste uma tanga, é para ele”. Falei brincando.

Ele riu, mas o seu rosto ficou avermelhado. “Você sabe que é uma chata, não é?” perguntou ele, apertando o meu braço.

“Você me ama” falei convencida.

Ele revirou os olhos. “É. Fazer o que. É carma”.

Dei uma tapa no braço dele e fiz uma cara feia. Logo a vendedora retornou com a encomenda numa caixinha de veludo e abriu em nossa frente. O meu coração acelerou e senti-me emocionada ao vê-lo, o Poncho suspirou ao olhar a pulseira de ouro com alguns berloques.

“Belíssima” murmurei, me agarrando mais no Poncho.

“Posso emitir a nota?” perguntou a vendedora.

“Sim”.

A vendedora foi emitir a nota. O poncho ainda suspirava. “Muito linda! Estou babando por essa pulseira”. Ele disse.

“Dulce tem alergia à bijuteria. Não que eu fosse lhe dá uma”.

“Tem alergia á bijuteria? Que alergia mais de rico”. Brincou o Poncho.

Eu rir. “Eu também acho. Mas enfim, você prestou atenção nos berloques?” ele balançou a cabeça em positivo “Cada berloque representa uma fase do que passamos. Do início até aqui. Espero que ela goste”.

“Ela vai amar!” afirmou o Poncho.

Cruzei os dedos para ele e sorrimos. Depois fui fazer o pagamento da pulseira, depois de tudo feito, formos embora. Deixei Poncho na casa dele, e depois rumei para minha. Eu iria encontrar a Dulce em duas horas, queria ficar produzida para ela.

**

Eu tomei um banho prologando, queria que os sais minerais fixassem em minha pele para que quando Dulce sentisse, não resistisse. Na banheira, o pensamento exótico me deixava excitada. Acabei sorrindo com a malícia do pensamento, então, achando que já tinha ficado minutos o suficiente dentro da banheira, me levantei e pisei no tapete antiderrapante. Peguei minha toalha e me enrolei, abrir a porta do banheiro e me assustei ao me deparar com Marichelo em meu quarto, o pior que minha lingerie estava em cima da cama. Eu não imaginava que minha mãe iria entrar no quarto, se soubesse, tinha guardado.

“Mãe” a cumprimentei, mantendo o meu rosto pacífico e meus olhos em seu rosto com muito custo, por que eu queria olhar para minha lingerie exposta na cama.

“Oi turista” disse a minha mãe ironicamente, eu sabia que com a escola, o trabalho e o namoro parava muito pouco tempo em casa, mas não me considerava uma turista, se minha ausência fosse demais, tenho certeza que Enrique faria uma intervenção. “Eu não sei se você sabe, mas de acordo com a lei, eu e seu pai ainda temos autoridade sobre você até completar a maior idade”. Marichelo cruzou os braços, sem tirar os olhos de mim.

Franzi o cenho pelo rumo inesperado da conversa e me virei para o closet, lembro-me que Dulce me pediu para usar algo leve, então, estava á procura de um vestido de verão. “Claro que sei mãe. Por quê?” perguntei, sem deixar de mexer no closet.

“Porque nos últimos meses você não para mais em casa. Não me dá mais satisfação de nada, nunca sei onde está! A única coisa que você faz é chegar em casa antes de meia-noite como estipulado. Não sei por onde andar e nem com quem anda. E estou preocupada. Você está namorando, Anahí?”.

Peguei o vestido que tinha escolhido, e virei-me para Marichelo fingindo uma surpresa que eu não tinha. “Namorando? Eu? Não! Por quê?”.

“Você ultimamente anda com ares apaixonado. Vive de segredo no celular e sem contar que isso...” ela apontou para minha lingerie em cima da cama, me deixando corada.

“Oh não... Eu achei essa lingerie muito bonita e comprei. Apenas isso” tentei explicar, mas pela expressão de Marichelo, não acreditava nem um pouco no que eu dizia, completei “Uma mulher precisa se sentir sensual, independente de estar se relacionando ou não. Lingerie é feito maquiagem, sempre eleva a autoestima” joguei no ar, torcendo para que minha mãe caísse em minha desculpa.

Marichelo pareceu considerar o que eu dizia, olhou para mim depois para lingerie, depois para mim novamente, até que respirou fundo e perguntou. “Tem certeza disso?”.

“Claro que sim, mãe! Nunca escondemos nada uma da outra, se eu estivesse me relacionando, você seria a primeira, a saber!”. Senti-me mal pela mentira, desde que comecei a me relacionar com Dulce não contava mais nada a minha mãe e não podia, não por hora.

“Continuo preocupada, filha. Você mudou muito nesses últimos meses e não deixo de pensar que essa mudança seja por influência de terceiros.” Disse minha mãe, olhando diretamente para mim.

“Pensei que minha mudança era boa”.

“Sim, é. Maravilhosa! Porém, sou sua mãe e é meu dever me preocupar. Quem pode proporcionar mudanças positivas, também pode influenciar para negativas e isso me deixa um pouco nervosa”. Disse Marichelo, ao se aproximar e acariciar o meu rosto com a palma da mão, os seus olhos exalavam preocupação.

Segurei em sua mão e apertei firmemente contra o meu peito, olhei diretamente para os seus olhos, queria demonstrar segurança em minha voz, até porque me sentia segura em relação à Dulce. “Mãe, está tudo sob controle, você não precisa se preocupar com nada. Eu estou bem, na realidade, estou muito feliz com essas mudanças, sinto-me mais madura, segura de mim e confiante em minha capacidade, não há nada de mal acontecendo comigo, estou fluindo e a tendência é sempre progredir, acredite em minhas palavras. Eu estou bem, plena e feliz”.

Marichelo me olhou gravemente, se ela estava acreditando, não sabia. Porém, soltou a minha mão e deu um sorriso fraco. “Irei acreditar em você, confio em você, espero que não a desperdice”. Ela disse me causando um mal-estar por indiretamente está mentindo para ela. “Então, aonde vai hoje?”.

“Vou sair com Poncho e Anthony. Irei dormir na casa do Poncho, tem algum problema para você?”. Respondi, desviando o olhar para o meu vestido.

Ela pareceu considerar o que eu tinha dito. Demorou um pouco para responder, até que enfim, falou: “Certo, sem problema algum”. Marichelo se aproximou e depositou um beijo em minha bochecha. “Divirta-se, meu bem”.

“Obrigada mãe”. Respondi com remorso.

Marichelo me deu uma última olhada e saiu do meu quarto. Respirei pesadamente. Até quando iria mentir para os meus pais assim? Passei a mão nos meus cabelos molhados e fiquei parada me olhando no espelho. Estava orgulhosa e ao mesmo tempo decepcionada comigo mesma. As coisas deviam ser mais fáceis. Eu não podia ficar olhando-me sempre refletiva, então, fui me arrumar, sufocando qualquer pensamento controverso.

Depois de 45 minutos, estava pronta! Estava lindíssima, modesta á parte. Os meus cabelos ondulados que caiam em meus ombros e atingia os meus quadris, balançavam suavemente quando me movimentava, estava ondulado. Eu amava os meus cabelos ondulados, e tinha percebido ao decorrer do tempo que Dulce também. Usava o vestido leve de verão de cor amarela, que amarrava na altura dos quadris, deixando-o prensado. Como estava de cinta-liga, tive que colocar salto por conta de meia, e também, não combinava, não é? Meia, cinta-liga e sapatilha; Deus que me livre.

Realcei os meus olhos na maquiagem e coloquei um batom vinho que ficou um espetáculo na minha boca, segundo o Poncho que pirou no Whatsapp ao ver a minha foto. Perfumei-me nos lugares específicos. Peguei a minha bolsa e desci, encontrando Marichelo e Breno assistindo televisão, o meu irmão me olhou meio estranho, como se estivesse sabendo o que eu estava fazendo, mas logo desviou o olhar e se concentrou na televisão.

Despedi-me deles, e Marichelo pediu-me para ter cuidado. Peguei a chave do meu carro, iria encontrar com Dulce em seu apartamento, mas eu preferia deixar o meu carro em sua garagem.

Sair com a cara e a coragem. Hoje era o dia que entregaria para o amor da minha vida sem medo e sem medida.

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Próximo capítulo: Sexo. ÊÊÊ. Porém, só vou postar amanhã, no caso, na sexta. Já que já estamos na quinta e eu postei pra caramba! 5 cap. O momento tão esperado vai chegar!