Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O resto do domingo passou tranquilamente, os meus pais não me encheram mais. Segunda-feira tinha chegado com a ressaca semanal de sempre. As pessoas não pareciam muito animadas com isso. Eu estava de boa, apesar de ser semana de prova. Como tinha estudado com auxílio de Dulce, não tive problema com as questões. Pouco menos do meio-dia, já estava ao lado de fora do colégio, observando o Poncho que estava extremamente irritado falando ao telefone. Depois que sua conversa se encerrou, ele se aproximou com a expressão fechada.

“O que foi agora?” perguntei ajeitando a minha bolsa no ombro, ainda não tive oportunidade de contar sobre a minha comemoração com Dulce, já que o meu amigo estava consumido em seus problemas.

“Mamãe que quer que eu vá buscar a Maite no aeroporto. Por que ela não faz isso?” bufou, cruzando os braços, olhando para mim. “Eu tinha marcado de almoçar com o Anthony. Ele disse que tem algo muito sério para me falar, agora terei que adiar”.

“Que horas chega a Maite?” quis saber, sabia que Poncho e Anthony estavam em uma fase delicada.

“Meio-dia e meia. Marquei o almoço com Anthony de meio-dia em ponto”. Disse ele, olhando para o relógio com desgosto.

“Se você quiser... Posso ir busca-la”. Ofereci solidária com o meu amigo.

“Sério?” Poncho perguntou com os olhos brilhando.

“Sim. Só irei pegar no trabalho de duas horas mesmo. Fiz horas extras e tenho tempo sobrando. Não tenho nada marcado com a Dulce, ela está na faculdade preparando suas aulas”.

Poncho deu um gritinho, me agarrou, dando vários beijos em minha bochecha, arrancando risos de mim, depois se afastou. “Você é a melhor amiga do mundo! Eu fico devendo essa á você. Agora vou lá porque já estou atrasado. Beijos. Beijos”. Disse ele ao mandar um beijo para mim e correr para o seu carro.

Eu continuei rindo e balancei a cabeça em negativa, esse meu amigo não tinha jeito mesmo! Caminhei até o meu carro procurando a minha chave na bolsa. Não demorou muito e encontrei abrir a porta e adentrei. Soltei minha bolsa no banco do passageiro, coloquei o meu celular no suporte e coloquei o cinto de segurança. Olhei pelo retrovisor e dei partida no carro. O aeroporto era uns vinte minutos de distância, se eu tivesse sorte e não pegasse trânsito.

Esse horário era sempre complicado em Rosewood. Principalmente na estrada. Cantarolei uma música, enquanto, dirigia com atenção, mas às vezes, os meus olhos se prendiam para o meu anelar direito, o sorriso foi inevitável ao ver o anel... Eu estava programando uma visita para Dulce em Hollis. Ainda não tinha ido ao seu escritório, não por falta de curiosidade, mas sim por tempo.

Como era previsto, peguei um leve trânsito na estrada. Suspirei resignada, aumentei o aquecedor do carro por começar a sentir um leve frio. O meu celular começou a tocar, sorrir ao ver quem era.

“Oi meu amor”. Cumprimentei assim que atendi ao telefone e coloquei no viva-voz.

“Oi minha gatinha. Estou com saudade, como você está?”. Perguntou a minha namorada com voz melosa.

“Com saudade de você” suspirei melosamente “Mas bem... Sobrevivendo sem você ao me lado. E ti? Como está sendo o seu dia?”.

“Oh, meu Deus... Acho que vou te resgatar e grudar em mim!” nesse momento rimos. “Tranquilo. Acabei de planejar as minhas aulas e estou descansando para daqui a pouco dar aula. Já está indo para o trabalho?”.

“Não” mordi o meu lábio inferior “Estou indo buscar a Maite no aeroporto”.

“Quem é Maite?” perguntou Dulce, percebi que sua voz endureceu um pouco.

“Irmã do Poncho. Ele tinha um compromisso e não podia busca-la. Como irei pegar mais tarde no trabalho, ofereci para pegá-la”. Expliquei, ligando o alerta do carro e entrando na esquerda.

“Ah sim... Entendo! Queria muito vê-la hoje...” disse Dulce respirando fundo.

“Eu também, meu amor. Á noite pode ser?” perguntei, aumentando a velocidade do carro, já que o trânsito começava a fluir perfeitamente.

“Sim. Eu tenho aula até 18 horas, depois estarei livre. Irei passar naquele restaurante italiano que adoramos e comprarei a nossa janta”.

“Certo” parei o carro no estacionamento do aeroporto, estava dez minutos atrasada e pelo o que conhecia da Maite, ela não aturava atrasos, mesmo que fosse um favor. “Cheguei ao aeroporto. Nos vermos mais tarde, ok?”.

“Te amo”. Falou Dulce.

“Também te amo”. Respondei e a ligação foi encerrada.

Desliguei o carro, peguei a minha bolsa e sai apressada para o elevador. Não demorou muito para chegar ao andar superior, recebi o vento frio do ar-condicionado, me fazendo apertar o casaco no meu corpo. Andei pelos vastos corredores polidos do aeroporto, segurando firmemente os meus pés no chão para não escorregar. Olhei em volta e não encontrei a Maite. Onde ela estaria? Será que foi embora? Ou não tinha chegado? Olhei para a tela de desembarque e o seu voo já tinha chegado.

Caminhei para o portão de desembarque e olhei em volta novamente, sem reconhecer ninguém. Estava um fluxo ameno, os passageiros passavam por mim apressados, abraçando e cumprimentando seus retrospectivos conhecidos.

Encostei-me na parede e fiquei olhando para o portão. O aeroporto de Rosewood era pequeno, e só de sair do elevador até o portão de desembarque praticamente tinha percorrido o aeroporto inteiro e não tinha me deparado com a Maite. Será que ela tinha ido embora?

Poncho iria me matar se sua irmã chegasse em casa de táxi! Até porque a mãe dele iria surtar. Apertei minhas têmporas, sentindo uma leve dor de cabeça, até que vir uma morena de tirar o fôlego saindo do portão, chamando não apenas a minha atenção, mas de todos em volta...