Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Vocês transaram?” Poncho gritou com olhos arregalados depois de eu ter contado sobre a nossa comemoração no chalé e a masturbação no cinema, o seu grito chamou atenção dos alunos. Tive que colocar a mão em sua boca para ele se calar. Enquanto, lhe dava um olhar mortal.

“Você ouviu tudo. Eu não irei falar novamente!” Resmunguei, comendo uma trufa de morango.

“Eu estou passado! Finalmente, ein amiga? Estava quase subindo nas paredes por conta da senhora que não liberava o seu precioso”. Disse ele, rindo a me ver vermelha.

“Pare de ser escroto!” falei, procurando a chave do meu carro na bolsa, felizmente, já tínhamos largado.

“Amiga... Você poderia me dá uma carona?”. Perguntou Poncho.

“Oh, Poncho... Eu não irei na direção de sua casa. Vou para o trabalho, mas se quiser carona até o centro”. Falei, finalmente achando a minha chave. Eu tinha que organizar essa minha bolsa, estava uma droga!

“Não. Estou com preguiça de andar até a minha casa”. Ele suspirou, sentando dramaticamente no banco.

“Onde está o seu carro?”.

“Com a sonsa da Maite. Ela se apossou dele como se fosse à dona. E o pior que minha mãe deu razão a ela. E eu? Fico sem carro, dependendo de carona das pessoas”. Ele reclamou, balançando a cabeça em negativa e tirando o celular do bolso. “Vou ligar para o Anthony, acho que ele estar no horário do almoço”.

“Em falar em seu namorado. Como foi conhecer os seus sogros?”. Perguntei, ajeitando o franjão dos meus cabelos que caiam nos olhos, eu tinha que ter um tempinho de ir à cabelereira e antes do natal.

“Foi ótimo. São ótimos. No inicio, fiquei super nervoso, mas o Anthony garantiu que nada de ruim aconteceria. E não aconteceu! Até fui convidado para passar o natal com eles”. Comentou empolgado, mexendo em seu celular.

“Ah... Os meus pais estão programando uma ceia de natal e pediu para convidá-los. Na realidade, eles irão chamar também a sua mãe e irmã”.

“Que fofos! Eu iria, se não fosse o convite dos meus sogros. Você sabe né, amiga? Quanto mais interagir com eles, mais chance de conquista-los”.

Dei um beijo em sua bochecha. “Se é que você já não o conquistou”. Falei suavemente, feliz por ele. Ao contrário de minha sogra, que tinha me odiado. Ele sorriu e fez carinho em meu rosto. “Bem. Vou indo embora. Se não tiver no Coffee ás uma, o Michael me mata”.

“Mata nada. Aquele carrega um caminhão lotado de boi por você”. Poncho riu. “Ah, se ele gostasse da fruta, arrastaria para o meu mundinho, com aqueles olhos azuis perfeitos”. Ele suspirou se abanando.

Rir. “Ih, queria que o Anthony escutasse isso!”.

Poncho se benzeu. “Deus me livre! Esse acontecimento para bem longe de mim”.

“Você não tem jeito. Até mais”. Dei outro beijo em sua bochecha e partir.

Cheguei ao trabalho com meia hora de antecedência. Não daria tempo de sair pra comprar almoço. Então, troquei de roupa e coloquei aquele macacão horrível. Olhei o meu visual no espelho e reforcei o meu batom. Encontrei o Michael no caixa. “Boa tarde, Mike”.

“Boa tarde, Anahí. Chegou mais cedo, por acaso, pretende largar mais cedo ou pagar hora extra?”. Perguntou ele, me olhando desconfiado.

“Não. Apenas cheguei mais cedo, mas como você tocou no assunto, acho que sou merecedora de largar mais cedo, não?”. Abri um lindo sorriso que sabia que ele não resistia.

“Você abusa da minha boa vontade!”. Revirou os olhos. “Sim. Pode largar mais cedo!”.

Dei um gritinho e beijei a bochecha dele que ficou mais vermelho do que um tomate. Rir com a sua reação e fui atender um cliente que queria cappuccino. Eu adorava preparar os cafés, então, fiz uma bonita decoração na xícara e preparei o cappuccino, entregando ao cliente que sorriu em agradecimento. Guardei os ingredientes. Não gostava de nada espalhado. Como tinha algumas coisas organizadas, tratei de arrumar pra depois ir à sessão dos livros ver se tinha alguma livro fora do lugar, se existia uma coisa que era desorganizado, eram os clientes.

Estava compenetrada no serviço, quando o Michael falou afobado. “Não olhe agora. Mas aquela ruiva sexy está entrando...”.

Olhei instantaneamente para direção para me deparar com Dulce entrando no Coffee. Passei um olhar feio para Michael pelo o seu assanhamento! Ele devia ter alguma pontaria errada por lésbicas, não era possível. Desviei atenção do Michael para minha namorada que estava linda, como sempre. Ela usava uma blusa de lã, calça jeans e botas, por cima da roupa, sobretudo. Suas bochechas estavam coradas, mas eu sabia que era por conta do frio. Ela segurava uma sacola em sua mão. Aproximou-se e abriu um sorriso lindo que aguçou a minha vontade de beijá-la.

“Boa tarde”. Cumprimentou ela, olhando rapidamente para o Mike, depois para mim. “Trouxe o seu almoço. Imaginei que não teria tempo de almoçar nada e você é meio displicente com alimentação, ás vezes”. Ela disse e colocou a sacola em cima do balcão, o queixo de Michael quase caiu ao ver que nos conhecíamos.

Eu não podia tratar Dulce como namorada, até porque Michael era um pouco linguarudo e poderia falar alguma coisa para os meus pais. Nunca se sabe.

“Obrigada! Você leu os meus pensamentos. De fato, não almocei ainda e não teria tempo para tal. Pensei que estivesse em Hollis”. Sorrir suavemente para ela.

“Dia de folga forçada. Houve um vazamento na ala que dou aulas. Então, as aulas foram suspensas”. Disse ela, colocando o cabelo atrás da orelha e me olhando como se eu fosse uma boneca.

“Poxa. Que situação mais paia, ein?”. Comentou Mike se intrometendo na conversa, chamando atenção de nós duas. “A proposito, sou o Michael e você? Quem é? Uma sereia?”. Perguntou ele se insinuando com um sorriso débil nos lábios.

Dulce arqueou a sobrancelha esquerda e eu senti uma enorme vontade de rir. Se fosse uma mulher, morreria de ciúmes, mas como se tratava de um homem... “Sou Dulce”. Ela deu um sorriso sem graça e voltou atenção para mim. “Promete que vai comer tudo direitinho?”.

“Yeah. Prometo”. Falei com um enorme sorriso.

“Não vai querer nenhum café, Dulce? A Anahí é excelente nos cafés, posso lhe dá a sugestão de...”. Ele iria continuar falando, mas foi interrompido por Dulce que me olhava intensamente.

“Ela é boa em tudo que faz”. Fiquei corada e baixei a cabeça com aquele duplo sentido nas palavras que apenas eu percebi. “Vou querer um café expresso, então”.

Fui até a máquina de café. “Agora ou viagem?”. Perguntei, olhando-a rapidamente.

“Agora”.

“Que ótimo! Sinal que está com tempo livre? O bom que irei apreciar mais um pouco de sua presença”. Mike, sempre Mike voltou a falar. A cara de Dulce não foi das melhores para ele.

“Estou”. Ela respondeu com agastamento. “E a minha namorada está trabalhando, o que é péssimo para mim que fiquei com tempo livre e sem saber como gastá-lo”.

“Na-namorada?”. Perguntou Michael com uma expressão confusa.

“Sim. Sou lésbica”. O sorriso divertido de Dulce foi a melhor. Eu também estava sorrindo, a cara do Mike era impagável. Entreguei o café a Dulce que piscou disfarçadamente para mim e foi na fileira dos livros.

“Ih. Parece que você não deu sorte, Mike”. Caçoei e recebi um olhar feio. “Não faça essa cara! Daqui a pouco você se recupera”.

Michael me ignorou e continuou com sua expressão amuada. Guardei o almoço para mais tarde e fiquei atendendo mais alguns clientes, quando escutei a porta se abrir e ele dizer novamente. “Não olhe agora, mas tem uma morena de tirar o fôlego entrando...”.

Cara. Eu acho que Michael é virgem ou desesperado por uma atenção feminina. Levantei a minha cabeça e gelei ao depara-se com os olhos de águia de Maite... Que olhava para mim e sorria. Olhei de ela para Dulce que estava distraída nos livros. Oh meu Deus, não!

“Olá, menina mais linda do mundo...”. Falou Maite em bom tom, não chamando apenas a atenção do Michael que praguejava baixinho ao perceber rapidamente que a morena era lésbica, mas também da Dulce que olhava para Maite com cara péssima.

Droga! Eu estava muito ferrada!

**

Quero desejar á vocês, minhas leitoras... Um excelente Natal! Que seja um Natal repleto de alegria e amor, ao lado de quem se ama e apreciando cada momento juntos. Sem esquecer também, que o Natal não é uma simples festa para beber, comer e ganhar presente, mas também é a celebração do nascimento do Nosso Menino Jesus. Um Natal abençoado para vocês e suas famílias. Um beijo carinhoso.