Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Olá, Maite”. Respondi, ficando levemente acanhada com sua forma de tratamento. Até porque minha namorada estava poucos centímetros de distância e parecia que iria nos fuzilar a qualquer momento. “Deseja alguma coisa?”. Perguntei e pelo olhar que recebi de Maite, me arrependi completamente da pergunta.

“Como o que, por exemplo?”. Maite perguntou interessada, dando-me um sorriso provocativo com suas covinhas perfeitas.

Gaguejei. “Ca-café... Li-livros...”. Eu estava nervosa, até porque a Dulce tinha me lançado um olhar irritado.

Maite como sempre parecia se divertir com o meu embaraço. “Que pena. Pensei que seria outra coisa... Na realidade, vi lhe ver”.

“Me ver?”. Indaguei um pouco surpresa.

“Sim... Fiquei curiosa pra saber aonde você trabalhava, e também... Bateu uma saudade de você”. Maite me olhou penetrante, colocou a sua mão por cima da minha ao terminar de falar.

Michael resmungou algo sobre eu ter mel. O rosto de Dulce ficou transpassado de raiva e eu? Puxei a minha mão rapidamente e andei para trás com o meu rosto vermelho de vergonha.

“Ah-Ah... Bom”. Droga! Pare de gaguejar, idiota! O meu cérebro gritou comigo.

Maite iria falar mais alguma coisa, porém, uma voz soou mais alto que a dela. “Anahí. Você poderia vir aqui? Preciso de uma ajudinha, aqui”. Era Dulce que me chamava séria.

“Claro”. Falei rapidamente.

Maite se virou para olhar a Dulce. As duas se encararam e eu percebi um clima de tenso de ar. Oh meu Deus! Eu queria era me afundar a qualquer momento. Esfreguei as minhas mãos uma da outra e me aproximei de minha namorada. “Oi”. Falei baixinho.

Dulce estava com um livro na mão e abriu, ficando um pouco de lado. “Por que você não me disse que a irmã do Poncho arrasta um caminhão por você?”. Ela me perguntou com voz contida, quem visse, achava que estávamos falando sobre o livro, já que não tirávamos os olhos dele.

“Eu não sabia. Eu fiquei em duvida ontem, mas achei que era coisa da minha cabeça. Eu não queria lhe irritar também, Dul”. Falei com voz cansada.

Dulce me olhou por um breve momento e suspirou. “Por que eu fui namorar uma garota tão bonita? Ás vezes, você me dá uma dor de cabeça com esses amores platônicos”. Disse ela, provavelmente se lembrando de Audrey. “Sem contar que o babaca do seu gerente arrasta uma corda por você”.

“O Michael arrasta asa para todo mundo. Até pra você!”. Eu respondi, lembrando-me do episódio anterior.

“O que eu quero saber, Anahí. É se há algum motivo para me preocupar com essa mulher...”. A sua voz soou insegura e ela me olhou com medo.

“Claro que não, meu amor! Eu não quero nada com a Maite. O meu pensamento e meu coração são voltados inteiramente para você. Então, qualquer besteira que estiver pensando possa parar”. Garanti com toda convicção do meu ser.

O semblante de Dulce suavizou-se um pouco. “Se eu pudesse, lhe beijava agora e mostrava a essa imbecil que você tem dona!”.

“Hum. Tenho dona, é? Irei largar meia-hora mais cedo, por que você não me mostra como é ser minha dona e me doma?”. Dei a sugestão maliciosamente.

Dulce também sorriu maliciosamente. Nos olhamos cumplices. Mas o clima foi cortado com a voz de Maite. “Eu irei querer um café, Anahí”.

Dei um último sorriso para Dulce e me virei para voltar ao balcão. Maite não estava mais sorrindo, o seu semblante estava fechado. “Qual café vai querer?”.

“Café expresso para viagem”. Respondeu ela, olhando mais uma vez para Dulce e depois para mim. “O que irá fazer essa noite?”.

“Sair”. Respondi vagamente, enquanto, despejava o café no copo descartável. Tampei o copo e entreguei para Maite. “São cinco dólares; Pode pagar com o Michael. Obrigada”.

Maite me olhou por uns minutos, mas não tive tempo de ficar batendo papo com ela. Chegaram mais dois clientes e tive que atendê-los. Ocupei-me e quando terminei, ela não estava mais lá. E nem a Dulce.

“Cara. O que é que você tem o que eu não tenho?”. Perguntou Mike inconformado, terminando de passar troco para um cliente e voltando-se para mim.

“Vagina”. Respondi espontaneamente, depois fiquei vermelha ao perceber o que tinha falado.

Michael olhou para mim surpreso, depois começou a rir, suavizando o clima. “Você é demais, Anahí. Por que não vai almoçar? Acho que a falta de alimento está afetando o seu cérebro. Eu cuido disso aqui por uns minutos, só não demore”.

Agradeci e peguei o meu almoço. Salivei ao ver que era lasanha. Ah, Dulce. Eu te amo!

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