Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Eu estava comprando os presentes de natal quando me encontrei com Anahí”. Respondeu Dulce, forçando um sorriso.

Marichelo esboçou um sorriso. Olhou discretamente para mão de Dulce que estava com algumas sacolas do Sex Shop, provavelmente tinha estranhado, mas não foi indiscreta ao ponto de comentar alguma coisa. Então, olhou para mim. “E você?”. Indagou naturalmente.

“Vim almoçar e esbarrei com a Srta. Saviñón”. Comentei, tentando demonstrar naturalidade.

“Ainda mantém a formalidade, Anahí? Dulce deixou de ser a sua professora há um tempo! Eu acho que ela não se importaria se você a chamasse pelo nome”. Marichelo fez um gracejo, depois olhou para Dulce e gesticulou. “Ao não ser que você se incomode, Dulce!”.

“Claro que não. Não estamos mais no ambiente escolar e acho muito difícil ser novamente a sua professora. Ao não ser que seja na faculdade”. Dulce me olhou com um sorriso lindo, que me fez sorrir também.

“É uma opção. Então tá... A chamarei de Dulce, a partir de hoje”. Falei, como se nunca tivesse chamado antes! Mais uma formalidade quebrada na frente da minha mãe, consequentemente do meu pai também. “O que faz aqui, mãe?”.

“Vim almoçar e comprar algumas coisas para o Natal. Já que nos encontramos, você pode me ajudar”. Respondeu ela, ajeitando a sua bolsa no ombro, então, estralou os dedos como se recordasse de algo. “Dulce, antes que eu me esqueça... Você tem algum planejamento para o Natal?”.

Dulce olhou discretamente para mim, que estava balançando o meu corpo e com a cara de sonsa, apenas observando as duas. “Não. Até agora não planejei nada”. Respondeu por fim.

“Ótimo! Não planeje!”. Eu não tinha comentado antes, mas Marichelo era totalmente espaçosa e folgada, era o tipo de pessoa que tomava conta da situação se você deixasse. “Convido-a para ceia em minha casa no natal!”.

“Oh, Marichelo é muita gentileza sua. Obrigada!”. Agradeceu Dulce, sorrindo.

“Ótimo!”. Disse Marichelo, então, olhou em seu relógio. “Anahí, vamos? Você ainda tem que trabalhar hoje não é?” balancei a cabeça em positivo “... Ah, Dulce! Não que vir conosco? Iremos almoçar antes das compras”. Convidou Marichelo, apontando para praça de alimentação.

Tentei não olhar para Dulce, me focar em outra coisa. Já tínhamos passado da fase de ficarmos constrangidas com a presença dos meus pais, porém, eu tinha medo que meu olhar apaixonado denunciasse o quanto estou amando essa mulher.

“Obrigada, mas ficará para próxima. Eu terei que voltar correndo para faculdade. Só vim rapidinho comprar o presente mesmo”. Dulce declinou o convite e acenou para mim e minha mãe. “Até mais ver, Marichelo... Anahí”.

Marichelo despediu-se de Dulce e eu acenei com a cabeça, olhando-a se afastar de nós. Olhei despudoramente para sua bun\da que estava muito graciosa naquele vestido coladinho. Ah uma tapa naquela bun\da. Sorrir com o meu pensamento malicioso, viajei tanto no pensamento que nem escutei o que Marichelo tinha falado, até ela tocar em meu braço para chamar a minha atenção. “Né Anahí?”.

“O que mãe?”. A olhei, franzindo o cenho.

“Estou falando com você. Tá no mundo da lua?”. Perguntou, puxando o meu braço para que pudéssemos andar para praça da alimentação. Como previsto, ela não me deixou responder e continuou falando. “Estava falando que não quis ser indiscreta, mas Dulce estava com sacolas do Sex Shop. Ninguém presenteia outra pessoa com essas coisas, né? Ainda mais no natal! Era bem para alguma namoradinha dela... O que acha?”. Perguntou, me olhando de relance.

“Que você é muito curiosa e devia deixar isso pra lá, mãe!”. Recebi um olhar feio de Marichelo, o que me fez rir. “O que? É verdade, você não tem porque ficar olhando essas coisas são pessoais”.

“Se fosse pessoais, ela que colocasse as sacolas dentro da bolsa!”. Resmungou a minha mãe.

“Oh, deveria mesmo... Até porque sempre tem alguém muito curioso pra observar as suas sacolas”. Falei implicando, recebendo uma leve beliscada de Marichelo que me fez rir. “Então. Vamos almoçar aonde? Giraffas?”.

“Não. Eu quero comer algo suave. Já basta ontem que comi bastante comida chinesa. Vamos de salada?”. Marichelo apontou para um restaurante de comida vegetariana.

Eu fiz uma careta. Comer salada não era uma coisa que eu gostava de fazer constantemente, mas segui a Marichelo. Ela ainda queria fazer compras e eu não me iria prologar sobre almoço.

Depois do almoço, fomos às compras! Cara, confesso que não era muito divertido não. Meia-hora depois, liguei para o Michael falando que não poderia ir trabalhar hoje porque tinha acontecido uma emergência familiar. Eu nunca tinha faltado o trabalho, então, ele relevou, mas com a promessa de que eu iria trabalhar no sábado para compensar. Tudo bem! Eu supero. As pessoas estavam ansiosas por suas compras. Já era dezembro e faltava apenas pouquíssimo tempo para o Natal, às compras não poderiam ser mais adiadas.

Marichelo comprou tudo que tinha direito: Árvore de Natal. Enfeites. Pisca-pisca. Que foi amontoando em várias sacolas á ponto que não poderíamos carregar, então, recorremos a um carrinho. Depois dessas compras, se focamos em nós. Em nossas roupas e sapatos.

Fazer compras com a minha mãe era diferente de fazer com Poncho... Ela nunca me deixava usar uma roupa sensual e isso era um pouquinho chato. Como eu sabia que Dulce iria passar o Natal conosco, eu queria surpreendê-la.

Ela já tinha comprado as roupas para o Enrique e Breno. Homens sempre era mais fácil para isso! E o meu pai e meu irmão não curtiam as compras, então... Deixavam tudo nas mãos de minha mãe.

“O que acha desse vestido?”. Perguntou Marichelo, mostrando-me um vestido preto longa com decote em V.

“Vai passar o Natal com roupa preta?”. Perguntei e prendi os meus cabelos em um coque malfeito.

“Vou. Não sei se você percebeu, mas eu estou com uma gordurinha extra aqui...” apontou para os quadris “E acho que esse vestido será ótimo para disfarça, claro, agregado com uma cinta”.

Olhei com serenidade. “Para mim, você está magra, mãe! Isso é complexo teu e sobre o vestido, é lindo. Com uma corrente e brinco de ouros ficará excelente. Mas, experimente... Quero ver”.

Marichelo sorriu. “Só um minuto!”. E correu para dentro do provador.

“E você senhorita, não vai querer nada?”. Perguntou-me a vendedora ansiosa.

“Irei sim... Estou olhando”. Respondi, voltando-me para olhar os vestidos, procurando alguma coisa que me agradasse.

“Se precisar de ajuda, pode me chamar... Sou a Késia”. Disse a vendedora simpática.

“Obrigada, Késia”.

Continuei olhando os vestidos: Simplórios demais. Brega demais. Luxuoso demais. Formal demais. Suspirei a cada vestido que passava, nenhum enchia os meus olhos. Marichelo saiu do provador.

“Então?”. Perguntou, dando uma voltinha.

Eu assoviei, deixando-a vermelha. Rir. “Tá linda mãe! O papai vai ficar muito louco por você!”.

“Tem certeza?”. Perguntou insegura, aproximou-se de mim. “Não está achando decotado demais?”.

“Não. Existe uma razão para os vestidos serem decotados: Para serem mostrados. Tá maravilhoso! Coloca uns acessórios que falei anteriormente, um salto e acabou!”.

Marichelo sorriu. “Irei leva-lo. E você não escolheu nada para você?”. Perguntou ela, se dirigindo ao provador.

“Estou olhando ainda”. Respondi alto o suficiente para ela escutar.

Voltei a olhar o vestido. E o meu celular vibrou. Peguei-o e sorrir ao ver que era a minha ruivinha...