Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Dorme comigo hoje em nosso chalé? Perguntou ela por SMS. Olhei em direção do provador e minha mãe ainda estava dentro, então, me afastei um pouco para não ser pega de surpresa, enquanto, fingia olhar os vestidos. Antes que eu respondesse, chegou outra mensagem. Estou louca para usar o brinquedinho em você.

Eu rir com a abordagem da minha namorada. Dulce não era do tipo romântica. Você não a via com declarações de amor, porém, quando fazia, era totalmente sincero. E outra, eu também não era romântica! Acho que expressamos o nosso romantismo em sexo. Que proposta mais indecente, Srta. Dulce. Querendo usar e abusar do meu corpinho dessa forma? Cadê o romantismo? Enviei.

Enquanto esperava a sua resposta, vi o vestido perfeito. Os meus olhos brilharam quando se depararam com ele. Nessa altura do campeonato, a Marichelo já tinha saído do provador, aproximou-se de mim. “Então?”. Quis saber ela.

“Esse!”. Peguei o vestido no mesmo momento que o meu celular vibrou, antes que Marichelo questionasse quem era, fui dizendo. “É o Poncho”.

“Falando em Poncho... A irmã dele parece está bem interessada em você!”. Revirei os olhos quando escutei isso, mas Marichelo não percebeu, seus olhos estavam no vestido. “Ficará lindo em você. Vai provar?”.

“Aham”. Fui para o provador mais para ver a mensagem de Dulce. Estremeço ao pensar em lhe tocar... Nossas mãos unidas, olhares trocados, cheios de desejos, vontades... Nossos lábios encontrando-se para dar aquele beijo tão esperado, sonhado... Beijos ardentes, corpos quentes, línguas se procurando, nossos corpos roçando... Para o nosso prazer, fazemos amor, com tesão, paixão, alma e coração... Eu comecei a rir dentro do provador com esse poema. Então, fui bastante romântica pra você?

Você pegou isso da internet, né Dulce? Respondi ainda rindo. Coloquei o celular em cima do banco e tirei a minha roupa. Vesti o vestido e estava terminando de ajeitá-lo em meu corpo quando o celular tocou novamente.

“Anahí. E aí?”. Gritou Marichelo, apressada.

“Estou vestindo ainda. Um minutinho!”. Gritei de volta, antes de analisar o vestido, peguei o celular pra ver a resposta da minha namorada. Peguei! Você conseguiu cortar o meu romantismo! Mas agora sério, amor... Vem dormir comigo, vem. Tô com saudade de tu, meu desejo... Sorrir com essa última frase me lembrando de uma música.

Vai cantar pra mim agora? Mandei. Fazendo-me um pouco de difícil, apenas pra deixar a Dulce um pouquinho agoniada.

Olhei para o meu reflexo no espelho e aprovei o vestido. Definitivamente, não usarei botas no Natal. Acho que está na hora de dá um tempinho, ao menos, na ceia. Salto alto. Sapatos brancos para realçar com o vestido. Tratava-se de um vestido vermelho curto de cetim que tinha um decote em V, realçando os meus seios. Sai para Marichelo ver.

Marichelo analisou o vestido e depois de alguns segundos, soltou. “Aprovado!”. Eu bati palmas e dei um beijo em sua bochecha. “Agora tire e vamos agilizar nas compras dos sapatos. Já estou atrasada pra fazer a janta”.

Voltei para o provador e retirei o vestido. O meu celular já apitava. O olhei. Irei. Cantar no seu ouvido e demonstrarei todo o meu amor... Vem, gatinha... Preciso sentir o seu calor para dormir feliz.

Claro que eu vou, meu amor... Nos encontramos no chalé. Te amo. Respondi e rapidamente troquei de roupa, me encontrando com Marichelo já no caixa.

Fomos em outra loja, os sapatos foram mais simples de comprar. Tínhamos os pés pequenos, então, não era dificultoso. O difícil foi colocar as compras dentro do porta-malas. A sorte que eu também estava de carro, então, dividimos em cada carro. Sai primeiro que Marichelo, enquanto, dirigia, ficava imaginando qual desculpa daria para os meus pais. Hoje, Enrique estava em casa, então, era um pouco difícil despistá-los.

Cheguei em casa e logo depois a Marichelo também. Ela gritou para o Breno ajudar com as compras, já que Enrique estava com a coluna ainda machucada. Já dentro de casa, os meus pais conversavam sobre como iria decorar a casa, Marichelo estava cozinhando e eu a ajudava a preparar.

“Eu posso ir dormir na casa do Poncho?”. Perguntei com a voz suave.

“De novo Anahí? Você está passando muito tempo com o Poncho, não que não passasse antes, mas agora é quase 24 horas por dia! Tem alguma coisa a ver com a Maite?”. Questionou Marichelo, mexendo o cozido.

Eu ia responder, mas Enrique se atravessou. “Maite está interessada em Anahí?”.

“Sim”. Disse Marichelo.

“Não”. Rebati.

“Claro que está! Até perguntou para mim sobre você! É uma boa menina, sem contar que é médica e tem um futuro brilhante á frente”. Marichelo comentou.

“É um pouco velha pra você, não acha?”. Enrique perguntou.

“Sério que se importa com a idade?”. Perguntei, olhando dele para Marichelo que tinham quase vinte anos de diferença.

“Não seja rude”. Advertiu Marichelo.

“Eu só quero dormir na casa do Poncho. Apenas isso. Não tem nada a ver com Maite!”. Comentei nervosa.

“Tudo bem... Tudo bem! Mas apenas hoje, está bem? Não me importo que saia com ele, mas não quero que fique dormindo direto lá, para isso que você tem um quarto nessa casa”. Falou meu pai.

“Vou arrumar minhas coisas e irei para lá”. Disse, já saindo da cozinha.

“Não vai jantar?”. Questionou a minha mãe.

“Vou. Depois da janta. Quis dizer, com licença”.

Sai da cozinha, mas ainda pude escutar a minha mãe dizer: “Ela tá caidinha pela Maite”. Droga! Só faltava a minha mãe apoia um relacionamento com a Maite. Eu estava cansada de mentir, depois de um tempo, a mentira vai saturando. Se eles soubessem de Dulce, não precisava eu mentir e me estressar dessa forma.

Depois do jantar, fui embora para o chalé...