Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

Eu estava mergulhando no mundo da Netflix. Estava assistindo o último episódio de Prison Break. Não tinha o que fazer hoje... Era final de semana, Dulce tinha ido a Summer City conversar com os seus pais. E os meus amigos estavam ocupados em sua própria vida. Minutos depois, sentei-me na cama inconformada ao choro. Meu Deus! Como isso tinha acontecido? Que final era esse? Eu não conseguia digerir a morte do Michael. Por que ele morreu? Como uma mente tão brilhante e uma pessoa tão boa poderia ter morrido dessa forma? Que escreveu essa série? Eu queria processar por me causar essa angustia sem sim. Não sei quanto tempo fiquei me remoendo pela morte do personagem principal, mas quanto mais eu pensava, mas chateada e frustrada ficava. Até que a campainha tocou e sabendo que não tinha ninguém em casa, fui obrigada a me levantar, lavar o meu rosto e descer.

Abrir a porta e respirei fundo ao ver Maite parada em minha frente com um sorriso brilhante nos lábios. Ela levantou um pacote em minha frente. “Cachorro-quente. O melhor de Rosewood. É tão bom que comer sozinha não tem graça, então, pensei em você”.

“Maite. Eu acho que falei com você sobre...”. Comecei a falar, mas ela me interrompeu, colocando um dedo em minha boca.

“Eu sei o que você disse Anahí. Eu sei que você é comprometida. Estou aqui como amiga. Poderemos desfrutar apenas de um bom cachorro-quente e jogar conversa fora?”. Ela me perguntou aparentemente com sinceridade.

Olhei desconfiada, existia alguma coisa em Maite que não me inspirava confiança. “Tem certeza disso?”. Perguntei segurando a minha porta.

“Claro”. Respondeu Maite com convicção.

“Eu vou pegar alguma coisa para nós beber. Por que não sente e espera?”.

Maite meneou a cabeça e sentou-se no banco com estofado na varanda. Eu fui buscar refrigerante para bebermos. Algo dentro de mim, dizia que era uma péssima ideia. Porém, Maite tinha comprado cachorro-quente e vindo até a minha casa, não faria desfeita. Até porque eu tinha dado um papo reto a ela anteriormente, não?

Peguei dos refrigerantes em lata e voltei para a varanda. Eu estava descalça, com short curto e blusa de manga. O tempo estava frio, mas eu sentia mais frio em meus braços do que as minhas pernas. Sentei-me ao lado de Maite e dobrei as minhas pernas, aquecendo os meus pés no estofado do banco. Entreguei a lata para Maite que me deu um cachorro-quente.

“Realmente. É muito gostoso!”. Eu murmurei com prazer depois da primeira mordida.

“Eu sabia que você ia gostar”. Maite disse sorrindo e comendo o seu próprio cachorro-quente. “Por que você não me fala um pouco de sua namorada?”.

A olhei pelo canto dos olhos. “Por quê?”.

“Por curiosidade... Eu acho que tenho que saber com quem vou competir”. Disse Maite, tranquilamente.

“Maite!”. Exclamei, ficando chateada.

“Estou brincando”. Maite deu uma risada, fazendo a sua covinha parecer maior. “Já tirei o meu time do campo. Até porque sei que não tenho chance alguma”.

“Não tem mesmo”. Eu respondi com sinceridade. Fazendo Maite me olhar com indignação.

Ela tinha guardado o resto seu cachorro-quente e abriu o refrigerante, parecia refletir o que eu tinha falado. Eu continuei comendo o meu cachorro-quente, saboreando cada pedacinho daquela delícia calórica.

“O que estava fazendo antes de eu chegar?”. Perguntou ela, sem aprofundar no assunto.

“Assistindo o último episódio de Prison Break”. A minha expressão começou a ficar entristecida. “Eu ainda estou em choque, não sabia que Michael iria morrer”.

“Prison Break... Uma série antiga. Eu tinha acompanhado em tempo real. Faz muito tempo em que ela terminou. Uma série muito boa, também fiquei em choque com a morte com Michael, mas eu tinha desconfiança sobre isso. Aquela inteligência dele era suprema demais. Já assistiu o filme Lucy?”. Balancei a cabeça em positivo. Maite deu mais um gole no refrigerante. “Mostra claramente que usamos apenas 10% do nosso cérebro e que nenhum ser humano comportaria mais... E desconfio que Michael tinha uns 20%. E outra coisa... A série deixou bem clara sobre a sua morte na metade da quarta temporada”. Argumentou Maite, sorrindo ao ver minha surpresa.

“Quando isso? Eu assistir claramente todos os episódios e não me recordo”.  Falei, tentando buscar as cenas em meu cérebro.

“Quando a Companhia fez a cirurgia no Michael, a médica comentou que era um tumor maligno. Só que depois da cirurgia, ele não foi submetido a nenhum tratamento de quimioterapia. Isso já foi uma deixa”. Comentou Maite, se encostando na parede. “Quando você tem um tumor maligno e faz a cirurgia, o natural é fazer algum tipo de tratamento... Radioterapia ou quimioterapia, se não é propenso do câncer continuar e ocorrer à metástase”. Ela terminou de tomar o seu refrigerante e colocou a lata no saquinho, junto com as sobras do seu cachorro-quente. Nessa altura do campeonato, eu também já tinha terminado de comer e beber.

“Eu não tinha me atido a esse detalhe, que dizer, eu achei estranho, mas não me foquei. Faz sentido”. Respondi, colocando a lata e o papel do cachorro-quente também no saco.

“Foi o modo de eles dizerem: Preparem-se. Vem merda por aí”. Maite fez uma cara engraçada e eu comecei a rir.

Ficamos conversando por um tempo sobre a série. Era interessante falar com Maite sobre séries que acompanhávamos descobrir que tínhamos isso em comum, por que metade da série que eu assistia, ela também.

O tempo estava escurecendo. “Onde estão os seus pais?”. Perguntou Maite de repente.

“Foram assistir uma partida de vôlei do meu irmão”.

“E você não foi, por quê? Não gosta de vôlei?”.

“Não tenho muita paciência para esporte. Nem para fazê-los e muito menos assisti-los”.

Maite riu, mas depois fiquei séria, olhando-me com intensidade. Não gostei de aquele olhar. Levantei-me, peguei o saco de lixo e nas pontas dos pés fui até a lixeira e o joguei dentro. Era uma deixa que a conversa tinha terminado e que ela deveria ir embora. Quando me virei, Maite já estava atrás de mim, me assustando.

“Por que eu não teria uma chance com você? Pode parecer egocentrismo, mas ninguém resistiu a mim, sempre tive quem eu quisesse. E você, está inacessível. Eu não consigo simplesmente digerir isso”.

Respirei fundo. “Realmente. Isso é muito egocentrismo. Você tem que aprender a digerir, então... Eu tenho namorada. Eu a amo, sou louca por ela. Eu queria que você compreendesse isso e não ficasse insistindo. Eu gosto de conversar com você, posso até pensar em uma futura amizade, mas nada além disso. Não me faça se chatear e me afastar completamente de você. Eu sei ser fria e ignorar uma pessoa quando quero”. Fui novamente o mais sincera o possível.

Maite continuou me olhando por um longo momento. “É isso o que você realmente quer?”. Ela me questionou ao tocar um fio do meu cabelo.

Retirei a sua mão do meu cabelo. “Sim. É isso que eu quero. Obrigada pelo cachorro-quente e pela companhia, foi agradável. Mas não alimente falsas esperanças, é apenas isso: Amizade”.

Maite riu de nervoso. “Eu nunca levei um fora na minha vida. Acho que isso vai me consumir por um bom tempo. Mas eu vou tentar, está bem?”.

“Tente. Por que o que menos quero é problema para mim”. Respondi, de repente, cansada.

“Acho que é melhor eu ir, certo?”.

“Sim”.

“Boa noite, então...”. Ela se aproximou e deu um beijo em minha bochecha.

“Boa noite, Maite”. Respondi.

Ela meneou a cabeça e foi embora. As suas mãos estavam dentro de sua calça jeans e ela saiu caminhando de cabeça baixa. Por um rápido momento, fiquei com pena dela... Mas, a vida era isso com perdas e ganhos. Entrei correndo para dentro da minha casa, os meus pés estavam congelando. Banheira com água quente, já!

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Dias complicados vem vindo para Dulce e Anahí...

Bom, meus amores. Postei muito, porque não sei quando vou aparecer, se é sábado ou domingo ou segunda, então, pra não deixá-las na mão, postei um bocadinho.

MEUS AMORES. Eu quero deseja-lhes um boa passagem de ano! Que esse ano que estar por vir, seja um ano repleto de amor, paz, saúde, felicidade e muita, mais muita fic! Hahaha. Que Deus abençoe vocês e suas famílias! Feliz 2016. E que em 2016 estejamos juntos compartilhando muitos momentos! Bom reveilón!