Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O plano era o seguinte: Fingir que estou seguindo com a minha vida. Que meus pais estavam certos e que desistir de Dulce. Seria um pouco complicado fingir uma felicidade que não tinha, mas precisava. Por Dulce. Por mim. Talvez, não fosse certo enganá-los novamente, porém, não podia ficar sem a Dulce. Se era pra viver novamente numa mentira, iria viver.

Com esse pensamento. Levantei-me de manhã e me arrumei toda, como se fazia antigamente. Suspirei ao olhar para o meu reflexo, treinei um sorriso feliz e desci com as minhas coisas.

"Bom dia”. Cumprimentei, e sentei-me na mesa, atraindo atenção dos meus pais que me olharam com curiosidade. Comecei a me servir. Não tinha fome, mas era necessário.

“Bom dia”. Eles responderam. “Como você está?”. Perguntou-me Marichelo, tomando um gole do seu café.

“Bem. Animada para a volta ás aulas. Nunca pensei que sentiria tanta falta da escola!”. Comuniquei, com um sorriso alegre nos lábios. Atraindo atenção do Enrique.

“Algum motivo em especial para esse interesse nas aulas?”. Perguntou-me ele, me olhando com desconfiança.

“Não. Apenas estou animada. Irei rever os meus amigos!”. Respondi naturalmente, comendo um pedaço de bolo. “Está uma delícia esse bolo... Você foi que fez, mãe?”.

“Sim”. Respondeu Marichelo com um sorriso feliz.

Não demorou muito para o Breno descer. “Ei. Você quer carona para a escola?”. Perguntei a ele, para surpresa mais ainda dos meus pais, já que eu nunca tinha oferecido não desde que tinha comprado o meu carro.

“Vou querer sim”. Respondeu o Breno, tirando algumas uvas do cacho e comendo.

“Ótimo. Então, vamos!”. Disse, pegando a minha bolsa e colocando no ombro.

“Depois das aulas em casa, Anahí”. Ordenou Enrique, me fazendo morder a ponta da língua para não respondê-lo.

“Claro pai. Não se preocupe, não tenho pretensão de ir para qualquer lugar. Mãe, nos vermos na escola. Até mais tarde”. Mandei um beijo para eles, e toquei no braço do Breno para que ele fosse para o carro.

Eu podia ver nas expressões dos meus pais que eles estavam loucos para fofocarem sobre a minha mudança. Eu e Breno entramos no carro, coloquei uma música para tocar, enquanto, rumava para a escola.

“Você foi ótima! Acho que por essa, eles não esperam”. Comentou Breno rindo.

Sorrir. “Acho que não mesmo. Vamos ver quantos dias serão necessários para que a pais se estabeleça em nossa casa”.

Breno continuou rindo com a minha esperteza. Cheguei na escola e procurei os meus amigos. Na realidade, existia apenas uma pessoa que eu queria conversar, mas ele não tinha chegado ainda. Guardei as minhas coisas no armário e foi até a máquina de café para tomar, quando me esbarrei em Audrey. A cumprimentei com um abraço.

“Audrey. Que bom vê-la, como passou as festas?”. Perguntei, colocando adoçante em no copo de plástico e depois coloquei o mesmo na maquina acionando o cappuccino.

“Legal. Família sabe. E você? Como passou?”. Perguntou ela, encostada a parede.

“Bem”. Falei baixinho e abaixei a cabeça quando meus olhos começaram a lacrimejar.

“Ei”. Ela tocou em meu braço, me fazendo olhá-la. “O que aconteceu?”.

Suspirei longamente. Peguei o meu café e puxei a Audrey até a cantina. Sentamos nos bancos e eu comecei a contar tudo que tinha passado ás vezes, as lágrimas cortavam a minha fala. O sinal já tinha tocado, mas Audrey esperou pacientemente eu terminar de relatar.

“Poxa que barra, Any. Nunca imaginei que seus pais fariam isso com você. Quero que saiba o que precisar, pode contar comigo, ok?”. Ela disse carinhosamente.

Era disso que eu precisava. De conforto. Abracei-a buscando ainda mais o conforto. Ela me abraçou apertado, mas sem maldade. Tinha percebido que Audrey mudou o seu sentimento por mim e que agora, me via apenas como amiga realmente.

“O que vocês estão fazendo aqui?”. A voz de Marichelo nos interrompeu. Afastei-me de Audrey. “A aula de vocês já começaram há meia-hora. Vão para sala!”.

“Sim mãe. Já vamos”. Levantei-me e ofereci a mão para Audrey que segurou e também se levantou.

Fomos para sala sob olhar atento de Marichelo. Eu não sabia o que minha mãe estava pensando, mas... Contava interiormente que ela achasse que eu e Audrey tínhamos um caso... Assim que entrei na sala, meus olhos foram para o Poncho. Ele me olhou com carinho e eu sabia que depois da aula, ele me daria todo carinho e mimo que eu precisasse...

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