Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

E assim mais uma semana se passou... E as coisas poderiam ser consideradas normais. Marichelo já estava de boa comigo, o meu pai que continuava um pouco cético. Mas, já tinha relaxado um pouco mais. Eu usava o meu notebook apenas para trabalhos, mas, eu sempre conseguia mandar e-mail para Dulce. Como também falava com ela todos os dias de manhã pelo celular do Poncho que estava solidário conosco. Eu estava morrendo de saudade de minha namorada. A saudade aumentava sempre que falava com ela... Estava tão próxima, mas ao mesmo tempo tão longe de mim. Ainda estava pensando em um jeito de encontra-la, porém, não estava fácil. Aos poucos, eu conseguia sair para os cantos, como por exemplo: Coffee e shopping, apenas isso. E não tinha como me encontrar com a Dulce, já que Marichelo ia a tiracolo.

Eu estava mais apegada a Audrey. E não tinha maldade e nem interesse nisso. Ela estava me dando uma força muito grande, soube também que ela estava envolvida com a sua vizinha.

Hoje era um dos dias em que a saudade estava torturante em meu peito. Como eu queria pegar o meu carro e correr até o apartamento de Dulce. Suspirei longamente, estava no banco esperando Marichelo aparecer, tinha vindo com ela. Breno também esperava, mas estava um pouco distante conversando com uma guria. Fiquei observando o meu irmão, parecia que o seu encantamento pela Maite tinha passado, já que ele estava todo manhoso com a menina. Percebi que ele gostava dela e um sorriso surgiu em meus lábios. Estava feliz por ele.

Audrey se aproximou de mim com expressão aborrecida e sentou-se ao meu lado, toda displicente.

“O que você tem?”. Perguntei quando ela ficou calada.

“Os meus pais são bronca! Eu quero fazer muay thai, mas eles não deixam!”.

“Por que não?”. Perguntei, olhando para Audrey que mantinha a cara amarrada.

“Dizem que é perigoso. Que eu não posso me arriscar dessa maneira. Sabe qual é o problema? Que eles acham que sou de porcelana! Eu tenho cara de ser uma boneca de porcelana?”. Ela olhou bem para mim.

Eu rir. “Não mesmo. Está mais para Anabelle”. Recebi um murro no braço que quase me fez desequilibrar. “Ei! Não vem descontar sua raiva em mim”. Reclamei, passando a mão no braço.

“Você também é uma palhaça”. Ela bufou. Batendo o pé no chão.

“Onde é o muay thai?”.

“Em Summer City”.

“Quantas vezes por semana?”.

“Três”.

Olhei para a rua. Tinha alguns alunos saindo com os seus carros. Outros, dando um último beijo para ir pra casa. Outros iam embora com os seus pais. Até que uma ideia surgiu em minha cabeça. Olhei para Audrey com expectativa. “E se eu disser que tenho uma ideia maravilhosa para você fazer o seu muay thai?”.

“Tipo como?”. Perguntou-me Audrey, olhando-me para mim com interesse.

“Você que ir para muay thai e eu quero ver a minha namorada. Vamos unir o útil ao agradável. Marichelo percebeu que estamos coladas demais e até comentou com o meu pai. Eu escutei na espreita. E se fingimos que estamos saindo? Você pode me buscar em minha casa, deixa-me no caminho e ir para o seu muay thai. Depois, volta para me pegar e deixa-me em casa e pode ir pra sua casa, tranquilamente. E para os seus pais não desconfiarem, podemos tirar fotos juntas. Você manja de montagem de fotos?”.

Audrey me olhou surpresa pela minha ideia. “Que mente mais diabólica é essa que você tem, Anahí?”. Eu rir com a sua pergunta. “E sim, eu manjo de montagens”.

“Mente de uma psicopata”. Brinquei com um sorriso. “Ótimo. Podemos agregar as nossas fotos com imagem no fundo. Quando você pensa em ir para a aula?”.

“Hoje. De preferência. Agora só tem um problema... As aulas são á noite”.

“Melhor ainda. Esse horário a Dulce não trabalha. E vamos hoje! Estou tão animada. Você pode emprestar o meu celular? Preciso mandar um SMS”.

“Claro”.

Ela me emprestou o seu celular. Mandei um SMS para Dulce, pedindo-a que me encontrasse no nosso chalé a noite e devolvi o celular para Audrey. Não demorou muito para que Marichelo se aproximasse. Nos olhando com desconfiança. Era mais que óbvio que ela achava que estávamos tendo um rolo.

“Vamos?”. Perguntou ela.

“Vamos. Mas antes... Audrey me convidou para sair hoje á noite. Posso?”. Perguntei, com um sorriso lindo e para enfatizar, segurei disfarçadamente a mão de Audrey que se assustou, mas disfarçou bem.

Marichelo nos olhou. “Depende... Tenho que perguntar ao seu pai, mas acho que ele não vai se impor. Vocês estão de rolo?”. Perguntou a queima roupa.

“Mãe!”. Revirei os olhos. Audrey ficou vermelha de vergonha. O que para Marichelo era a confirmação do nosso caso.

“Certo. Mais uma coisa. Aonde vocês vão?”.

“Summer City”. Respondeu Audrey pela primeira vez, depois de clarear a garganta.

“Por que tão longe?”. Questionou ela, olhando para Audrey.

“Porque lá é melhor e tem mais opção para o divertimento”. Ela respondeu calmamente.

“Ok. Você pode ir, Anahí”. Eu dei um gritinho de animação e pude ver que Audrey também ficou aliviada, aliás, ela dependia de mim para fazer a sua luta. “Vamos Breno!”. Gritou a minha mãe para o meu irmão.

Marichelo se afastou de mim. E eu olhei para Audrey rindo. “Até a noite, linda!”. Pisquei e corri para o carro.

Dentro do carro tinha duas pessoas que estavam com o maior sorriso do mundo: Eu e meu irmão. Marichelo nos olhava vez ou outra pelo retrovisor e franzia o cenho ao se perder em pensamentos. Eu não sabia o que ela estava pensando e também não me interessava. Eu estava feliz por finalmente ir ver a minha Dulce.

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