Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

“Você deveria ter me avisado com antecedência, Marichelo!”. Escutei o Enrique reclamar nervoso com a minha mãe na sala. Eu estava descendo as escadas, mas parei para escutar o diálogo.

“Acho que você esquece Enrique que Anahí também é minha filha e eu posso tomar decisões sem lhe consultar”. Retrucou Marichelo com a voz irritada.

“Você sabe muito bem porque estou preocupado!”. Disse Enrique, aparentemente acalmando a voz. “Quem é essa menina?”.

“Audrey. Estuda com Anahí”. Suspirou Marichelo. “Sinceramente, Enrique... Para Anahí começar a sair com esses tipinhos, preferiria que continuasse com a Dulce”. Fiquei surpresa ao escutar a minha mãe falar.

“Não fale besteira! Dulce e Anahí não se enquadram em uma soma de mais”. Enrique falou irritado.

“Se enquadram, Enrique. Eu estive pensando e...”. Começou Marichelo, mas foi interrompida pelo meu pai.

“Cale-se, Marichelo antes que eu me irrite mais com você. Não acredito que está começando a considerar a loucura que sua filha queria nos impor! Eu não aceito esse relacionamento dela com a Dulce. Nunca vou aceitar. Prefiro ela saindo com esses tipinhos do que com a Dulce!”. Enrique falou enérgico.

“O mundo não gira em torno de você, Enrique. As pessoas têm vontades e não pode ser baseado naquilo que você quer”. Marichelo rebateu.

Uma buzina soou e eu tive que sair das escadas e descer. Marichelo mantinha o contragosto em seu rosto. O que era bom... Já que ela estava reconsiderando a ideia sobre Dulce. O Enrique tinha uma expressão irritada, mas tenho certeza que era pela conversa anterior.

“Algum problema aqui?”. Perguntei, fingindo que não sabia o motivo pelo clima tenso.

“Não”. Respondeu Enrique. “Aqui”. Disse ele, oferecendo-me o meu celular, quase não acreditei ao pegar, porém, minha alegria caiu por terra ao ouvi-lo falar. “O seu número continua o mesmo, mas mudei o plano. Agora o celular é pós-pago”.

O que significa que ele podia ter acesso as minhas ligações e minhas mensagens. Isso me irritou bastante. Olhei para Marichelo que estava sentada com os ombros encolhidos, sabia que ela estava irritada com o Enrique também. “Certo. Vou embora, a Audrey me espera”.

“Onze horas em casa, Anahí. Nem um minuto á mais e nem um minuto á menos”. Advertiu o Enrique.

“Tudo bem”. Respondi indo em direção á porta.

“Cuide-se Anahí. E, por favor, juízo”. Pediu Marichelo com a voz cansada.

“Ok”. Respondi e sai, deparando-me com o carro de corrida da Audrey. Foi impossível não rir. Entrei em seu carro e a cumprimentei com um beijo no rosto, ciente que meu pai observava pela janela. “Vamos!”.

Audrey deu partida no carro e eu fiquei impressionada e aterrorizada pela velocidade que aquele mostrava alcançava.

“Tem certeza que ficará aqui?”. Perguntou Audrey com preocupação quando parou na estrada deserta, minutos depois.

“Sim. Tenho certeza absoluta. Ás dez e meia aqui?”. Perguntei ao soltar o cinto e abrir a porta do carro.

“Sim”. Respondeu Audrey receosa. “Cuide-se, ok?”.

“Ok. Cuide-se você também e cuidado para não ter muitos hematomas”. Sorrir para ela e desci do carro.

Acenei para Audrey e adentrei a floresta. Caminhei com cuidado pela floresta. Uns dez minutos de caminhada, encontrei o chalé. As janelas estavam abertas e as luzes acesas. Sorrir animada era sinal que Dulce já estava me esperando. O meu coração abatia rapidamente. O sorriso e lágrimas já marcavam em meu rosto. Eu iria rever o amor da minha vida depois de quase 3 semanas de sofrimento.