Fanfic: Como tudo aconteceu. — FINALIZADA. | Tema: Portiñon, Dulce e Anahí. AyD.

O salário foi realmente muito bom. Era mais do que eu recebia no Coffee, eu estava desconfiada que esse salário fosse especial para mim. Depois, eu iria averiguar com Angelita, com cuidado, claro. Depois da entrevista, fui para casa. Encontrando os meus pais, o Breno ainda estava dormindo. Eram férias, ele podia fazer isso. Relatei aos meus pais sobre o trabalho e com quem iria trabalhar. Eles ficaram felizes por ser para os Perroni. No fundo, eu também estava feliz.

Passei a minha tarde, lendo o livro que Audrey tinha me dado de Natal. E eu estava enlouquecida pela estória. Estava apaixonadíssima pela vilã... Gretchen. Uma mulher muito malvada, mas ao mesmo tempo, cativante. Ela me lembrava um pouco a Maite. Claro que Maite não era nenhuma psicopata, mas era uma malvada conquistadora. Ficou um pouco sugestivo esse meu pensamento, mas eu não quero dizer que estou conquistada pela Maite... Apenas que o charme dela é... Enfim.

O tempo passou voando e quando dei por mim, já era hora de me arrumar. Tomei um banho rápido e me vesti. Coloquei um vestido de frente único e saltos. Eu adorava usar vestido quando estava com Dulce, por que ela sempre me acariciava em pontos adoráveis. Prendi meus cabelos, peguei a minha bolsa e desci. A Audrey já me esperava no carro.

“Vou indo. Boa noite”. Eu comuniquei ao passar pelos meus pais que assistiam televisão.

“Um momento, Anahí”. Pediu o Enrique, me fazendo grudar no chão. “Porque não convida a sua amiga, Audrey para entrar?”.

Olhei para o Enrique. “Por que estamos praticamente atrasadas para sessão”. Eu disse, e depois olhei de relance para Marichelo que parecia um pouco tensa.

“Um minuto á mais não vai atrapalhar vocês. Vamos, chame-a. Acho que está na hora de nos conhecemos oficialmente”. Insistiu Enrique, me olhando.

Mordi o meu lábio inferior e sair de casa. Soltei a minha bolsa no banco de carona e murmurei. “O meu pai que te conhecer...”.

Audrey arregalou os olhos. “Por quê?”.

“Não sei. Mas vamos logo? Quanto mais rápido fomos, mais rápido ficamos livres”.

Audrey saiu do carro e fomos para minha casa. Abrir a porta e Enrique olhou criticamente para Audrey que estava com calça jeans rasgada, regata branca e uma jaqueta surrada. O seu tênis também não estava nas melhores condições.

“Pai. Essa é Audrey... Audrey esse é meu pai, Enrique. E minha mãe você já conhece”. Apresentei com voz tediosa.

“Boa noite, Sr. Enrique... Marichelo...”. Acenou Audrey sem graça e em seguida, passou a mão pelo topete que estava roxo.

Marichelo acenou com a cabeça.

“Eu estava ansioso para conhecê-la, Audrey. Queria saber se minha filha estava em boa companhia”. Disse o Enrique, dava para ver o desagrado em seu rosto. Mas tenho certeza se fosse para escolher Dulce e Audrey, ele ainda preferiria com a Audrey.

“Oh sim... Ela está!”. Respondeu Audrey.

 “Você usa droga?”. Perguntou o meu pai com o semblante sério.

“Pai!”. Eu exclamei horrorizada, pela expressão de Marichelo e Audrey, elas também ficaram.

“Claro que não”. Respondeu Audrey ofendida. “Nunca usei e nunca irei usar. Tenho cara de drogada por acaso?”.

O clima tenso estava estabelecido. O Enrique deu um meio sorriso. “Não. Mas não custa nada perguntar. Aonde vocês vão?”.

“Cinema”. Falou Audrey contra gosto.

“Boa diversão, então. Não demore a voltar, Anahí”. Ele disse e nos dispensou com o olhar, voltando atenção para televisão.

Eu e Audrey saímos em silêncio e fomos para o carro. Eu estava morta de vergonha pelo comportamento do meu pai. “Desculpe-me por isso, Audrey. Eu não sabia que Enrique iria fazer esse papel ridículo”.

“Realmente foi ridículo. Sinta-se desculpada, nós não temos culpa pelas atitudes dos nossos pais”. Disse Audrey com as mãos no volante.

O silêncio foi inevitável. Audrey me deixou no centro... Dulce já me esperava no seu carro. Entrei no carro dela, a cumprimentei com um selinho e fomos para o restaurante. Eu estava calada e pensativa, ainda pensava na situação ridícula que o meu pai me submeteu. Audrey não precisava passar por aquilo e eu me sentia muito culpada.

Chegamos ao restaurante... Era italiano. Era pequeno e muito aconchegante. Sentamos e olhamos o cardápio, deixei nas mãos de Dulce a escolha. Ela pediu um vinho tinto e Penne alla Vodka. Eu não sabia o que era, mas parecia gostoso pelo nome.

Dulce colocou o cardápio em cima da mesa e me olhou. “Então. O que aconteceu para você ficar tão calada?”.

“Parece que aconteceu algo?”. Perguntei com um suspiro.

“Sim. Parece. Conte-me...”.

Contei a situação com o Enrique... Dulce também ficou horrorizada pela indiscrição do meu pai. Ela não tinha mais implicância com a Audrey, sabia que éramos apenas amigas e que Audrey não tinha mais interesse em mim. Fiquei reclamando do Enrique por longos minutos, só parei quando a entrada chegou: Bruschetta. Estavam deliciosas! E acompanhada de vinho... Hum... O meu humor estava melhorando, então, comecei a contar sobre o meu mais novo trabalho.

Na medida em que eu ia falando, o rosto de Dulce ia se transformando de calmo para irritado. “Você vai trabalhar pra aquela cachorra?”. Perguntou ela num tom alto.

Ops...