Fanfic: Adorável Cinderela *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Os aposentos que Alfonso mandou preparar consistiam de uma saleta para leitura e café da manhã, um dormitório enorme e um banheiro de mármore rosado, onde caberiam seu bar e sua casa juntos.

"Meu Deus, e ele tomou banho no chuveiro da oficina!"

- Espero que as flores sejam do seu agrado, senhorita. Não sabia bem quais escolher. - disse o mordomo que olhava para ela com uma ponta de diversão no sorriso amigável.

- São lindas! Muito obrigada. Eu não quero dar trabalho.

- Trabalho algum. Se precisar de alguma coisa, basta chamar.

- Eu grito seu nome? - perguntou ela imaginando como o homem ouviria alguém chamar por ele numa casa daquele tamanho.

- Aqui. - disse, indicando um botão ao lado da cama.

- Ah...

- Se me permite...

Ela olhou para ele atenta, ao ouvi-lo dizer:

- Não se deixe impressionar por tudo isto, - disse ele, fazendo um gesto indicando o ambiente. - é apenas aparência. No fundo, todas as pessoas são apenas... Pessoas.

- É o segundo que me fala isso hoje. - disse ela.

Ele sorriu, despediu-se, baixando a cabeça, e saiu do quarto, fechando suavemente a porta atrás de si.

- Meu pai do céu! Que lugar! - disse Anahí, admirando seus aposentos.

Abriu os armários e encontrou cobertores, edredons e travesseiros extras que não podia imaginar para que servissem. Havia uma profusão deles na cama. E não apenas travesseiros.

A cama estava cheia de almofadas de cores e tamanhos variados que combinavam entre si, sem falar na colcha de seda num tom absolutamente maravilhoso de verde. Tudo era fantástico ali: as cortinas, os tapetes, os quadros, os móveis.

Anahí admirou uma pequena estatueta em cima de uma mesinha que, segundo seus cálculos, era francesa, do século XVIII e devia ter custado mais do que ela ganharia em sua vida inteira.

Ainda admirando o objeto, imaginou como seria sua vida se tivesse conseguido ser historiadora. Gostava de objetos antigos, adorava História.

"Não adianta pensar nisso", concluiu, recolocando o objeto no lugar com todo cuidado.

Foi até a janela e descobriu que seus aposentos davam para a piscina, a qual era ladeada por um grande gramado e alguns canteiros floridos.

"Uau! Essa gente sabe mesmo viver bem!"

Estava um dia magnífico e um mergulho não seria má ideia. Mas mergulhar como, se não tinha trajes de banho?

Pegou seus poucos pertences e os arrumou no armário.

"Acho que vou tomar um banho de banheira. Já que estou aqui e a banheira ali, por que não aproveitar?"

Em um canto da parede encontrou toalhas e roupão de banho, todos brancos, com as inicial AH bordadas em negro. Admirou a qualidade do tecido e riu, pensando nas toalhas velhas que usava.

Dentro de um armário espelhado encontrou sabonetes, xampus, cremes, espuma de banho e mais um monte de frascos que ela não fazia a mínima idéia de para que servissem.

A banheira de mármore, grande o suficiente para caber umas três pessoas, olhou-a, convidativa. As torneiras, muito polidas e brilhantes, ficaram marcadas com suas impressões e ela pensou que teria de limpá-las depois do banho.

Enquanto a água quente escorria, despiu-se e olhou-se de corpo inteiro no grande espelho de cristal trabalhado, em frente à área de banho.

"Faz anos que não me vejo inteira!" Admirou-se e pensou se algum dia algum homem também o faria.

"Não em Little Spring, com certeza.", pensou.

Enquanto despejava na água o conteúdo de um frasco de vidro cujo rótulo dizia "banho de espuma", imaginou o que seus conhecidos lá da pequena cidade diriam se vissem aquele lugar.

"Bom, dinheiro para comprar as terras, ele tem.", concluiu.

Mas Alfonso tinha mais que isso. Suas maneiras, a educação, o jeito simpático com que tratara Loul, tudo contava pontos a seu favor. Além da noite passada, quando tinha caminhado de mãos dadas com ele...

O beijo carinhoso que deu em seu rosto deixou nela a impressão de que mais do que alguém que queria comprar as terras de Minerva, ele podia muito bem ser o homem da sua vida.

"Quanta besteira você pensa, Anahí Portilla!", disse para si mesma, enquanto mergulhava na água morna è sentia a delicada fragrância de a espuma encher sua alma de alegria.