Fanfic: Adorável Cinderela *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Meu Deus! Este lugar é um sonho! - exclamou ela, olhando para as prateleiras repletas de volumes de todos os tipos e gêneros.

Discretamente, o mordomo se retirou e deixou-a olhando os livros.

- Gosta de ler? - perguntou Alfonso, levantando-se.

- Muito! Adoro!

- Então fique à vontade para pegar o que quiser.

- Você já leu tudo isso? - perguntou, espantada.

- Uma parte. Hoje em dia não tenho mais tempo.

- O que estava fazendo? Atrapalhei alguma coisa?

- Trabalhando. - disse, indicando o laptop aberto sobre a mesa.

"Mas hoje é domingo! Ninguém trabalha aos domingos, nem eu!", pensou surpresa.

Que tipo de homem era aquele que tinha uma piscina e não nadava uma academia e não se exercitava uma biblioteca e não lia?

Anahí correu os olhos pelas prateleiras e escolheu um volume encadernado em couro vermelho, com a lombada escrita em dourado.

- Boa escolha. Gosta dos clássicos?

- Gostei dos que li. Vamos ver se gosto deste também.

"Que mulher é essa?", perguntou-se Alfonso. "É mecânica, tem um bar, usa roupas horríveis e de repente escolhe um livro de Shakespeare para ler?"

Ela olhou admirada para o quadro na parede e assobiou:

- Você tem um destes? É original?

Ele sorriu e fez que sim com a cabeça.

- Mas vale uma fortuna! Pensei que só existissem em museus! Não é perigoso ter um quadro destes em casa?

- É minha seguradora vive falando a mesma coisa... - comentou.

- Bem, não quero atrapalhar mais. Vou levar o livro comigo, se não se importa.

- Estava pensando... Talvez queira comer alguma coisa. Está com fome?

Ela assentiu.

- Então vamos pedir para Walfred preparar algo para comermos.

- Não podemos simplesmente abrir a geladeira e ver o que tem? - perguntou ela com simplicidade. - Você tem geladeira, não tem?

- Três, na verdade. - respondeu.

- Então vamos até a cozinha. Hoje é domingo, deixe o homem descansar.

Ele sorriu.

Por que não? Afinal, podia terminar de ler os relatórios mais tarde.

Mas não terminou.

Anahí preparou alguns sanduíches e abriu uma garrafa de suco. Depois que terminaram o lanche, ela o arrastou para fora e sentaram-se no jardim, aproveitando o sol do final de tarde.

Olhando pela fresta de uma das janelas, Walfred sorriu.

- Acha que Anahí está bem? - perguntou Minerva, preocupada.

- Acho. Alfonso é um bom sujeito. - comentou Loul, mordendo cuidadosamente um pedaço de bolo.

- Concordo. Meio engomadinho, mas um bom rapaz.

- Você falou com ele sobre passar as terras para Anahí?

Minerva disse que sim e também contou sobre as orientações que ele lhe dera.

- E o que vai fazer?

- Vou doar as terras em vida. Não gosto dessa coisa de testamento. Vai que alguma coisa saia errada e o governo acabe ficando com tudo? Se tenho de dar alguma coisa pra alguém, dou logo em vida.

- Anahí sabe?

- Não. Quando ela voltar, eu falo. Afinal, o que são alguns poucos dias?

Loul não respondeu.

Ele achava que alguns dias, nesse caso, podiam significar uma mudança completa na vida da moça.