Fanfic: Adorável Cinderela *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Martin correu atrás dele:

- O que está fazendo? Por que não me consultou?

- Quando meu avô abriu a Ernest Herrera, tinha um objetivo claro em mente, que era vender casas que as pessoas pudessem comprar. Ele não pensava em mansões e milhões. Eu fiz isso. E agora cheguei a um ponto da vida em que pensei ser a hora de retomar os objetivos iniciais desta empresa.

- Seu avô era um simplório! Você é um homem culto, de visão! Pelo amor de Deus! Tem idéia de quanto dinheiro está perdendo nisso?

- Não estou perdendo: estou deixando de ganhar. E quer saber, Martin? Eu não me importo nem um pouquinho! Ao contrário, pela primeira vez na vida, sinto que estou fazendo a coisa certa.

- Você ficou louco, isso sim. É aquela garota, não é? Olhe só pra você, pelo amor de Deus! Está até bronzeado! Perde a hora todo dia! Fala com todo mundo da empresa! Alfonso, caia em si! Essa mulher entortou sua cabeça!

Ele encarou o advogado:

- Não fale assim de Anahí!

- Uma qualquer criada no meio do mato! Tenha santa paciência! Uma caipira caça-dotes, uma...

Martin não conseguiu terminar a frase. Alfonso desferiu-lhe um violento soco, deixando seu olho igual ao da vendedora que Anahí acertara.

- Nunca mais fale assim dela! - Alfonso estava espumando, mas sua voz era baixa e ameaçadora. - Nunca mais, ouviu?

E, virando as costas, saiu, sacudindo a mão que estava começando a inchar. Aquele era o primeiro soco de sua vida e ele até que tinha se saído muito bem!

Martin levantou-se e lavou o rosto.

Quem aquela mulherzinha pensava que era? Quem ela pensava que ele era? Alfonso nunca, nunca, havia sequer levantado a voz para ele e agora tinha lhe dado um soco! E bem dado! Seu olho levaria semanas para desinchar.

Isso não ia ficar assim. Ela ia receber o que merecia.

E, como um louco, pegou as chaves do carro e saiu.

- Senhorita, há alguém aqui querendo vê-la. - disse Walfred, com sua habitual discrição.

Anahí estranhou e saiu da biblioteca atrás do mordomo.

- Quer falar comigo? - estranhou, pensando que Walfred tinha se confundido. - Alfonso está no escritório e...

- Quero falar com você, não com ele. Vim para lhe dar os parabéns.

Anahí olhou o homem, sem entender.

- Você conseguiu, não é? Conquistou o milionário e agora que ele está na sua mão fica fácil fazer o que quiser. Vai ter participação no negócio?

- Não sei do que está falando... - respondeu Anahí desconfiada.

- Claro que não! Afinal, é só uma caipira do mato. Conheço as mulheres da sua laia: são todas umas vagabundas com cara de santa!

Anahí fechou a mão, sentindo que o alerta em sua cabeça estava aceso.

- Vá embora! - disse com, raiva.

- O quê????? Já está mandando na casa? Já tomou posse do lugar? É rápida no gatilho, hein? Talvez possa me ensinar alguma coisa. Quem sabe até possa mudar de cama quando Alfonso se cansar de você...

Ela olhou para ele com os olhos azuis chispando de raiva e, sem pensar, armou o punho e socou. Mas desta vez o soco não foi rápido o suficiente e Martin não ia levar dois numa mesma manhã. Ele agarrou seu braço e o torceu, colocando-se atrás dela.

- Gosta de brigar? Gosta de bater? Então vem. Vamos ver do que é capaz.

- Por que está fazendo isso comigo? Eu não tenho nada a ver com os negócios de Alfonso!

Ele a largou e olhou-a de frente.

- Por que acha que Alfonso te trouxe pra cá? Trouxe pra seduzir você e comprar suas terras!

- As terras são de Minerva!

- Quanta inocência! As terras são suas! A velha passou tudo pra você e Alfonso sabia muito bem disso porque foi ele quem a ajudou na transação! - Martin sabia que aquilo não era exatamente a verdade, mas não se importava.

Anahí olhou incrédula.

Por isso ele não dizia que a amava! Era tudo mentira! Era tudo apenas dinheiro! Negócios!