Fanfic: Presos na Neve *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anahí o olhava atônita. E quando se levantou para tirar os jeans... Aquilo era demais. Poncho despindo-se diante dela!

Nervosa... e algo mais, precisou conter um suspiro.

A dor, o pensou, aborrecido consigo mesmo por sua quente imaginação. Colocou os jeans sobre uma cadeira para que secassem e quando se voltou para Anahí, viu que os olhos azuis estavam cravados em seu abdômen e mais abaixo...

- Oh.

Aquilo era pior que a Inquisição.

Nervoso, meteu- se na cama e se cobriu com a manta até as sobrancelhas.

Ela voltou à cabeça para olhá-lo, surpreendida.

- É peludo.

O comentário despertou uma gargalhada. E Alfonso o agradecia infinitamente porque desse modo podia dissimular uma muito incômoda ereção.

- A maioria dos homens são peludos, tola. Você sabe. - murmurou, rodeando a estreita cintura com um braço para lhe dar calor.

E nesse momento, com as pernas nuas da Anahí roçando-o, estava tão quente, suficiente para derreter o Ártico. O peito feminino subia e descia com cada respiração, suavemente.

- E é muito sexy.

Parecia incrédula. E era lógico, já que sempre o considerou um amigo.

Quer dizer, uma coisa sem sexo.

Alfonso a olhou, tentando esquecer sua ereção, mas com o desejo acendendo seu sangue.

- Anahí...

Ela o olhava com os lábios entreabertos.

- Poncho?

A forma de pronunciar seu nome era quase um convite. Estava a seu lado, quentinha e suave, com um aroma indescritível, o aroma de uma mulher misturado com o aroma da lenha.

Alfonso não podia dizer nada. O que saiu de sua garganta foi apenas um gemido rouco.

- Me dê um beijo para que não me doa.

Um beijinho, disse-se a si mesmo. Só um beijinho para distraí-la da dor. Mas Anahí abriu os lábios quando se inclinava e a suavidade de sua boca o afligiu.

Simplesmente, esqueceu-se de tudo. Esqueceu que estavam isolados em uma cabana, que a Anahí doía o ombro e que só queria lhe dar calor. Esqueceu que provavelmente esperava um beijo amistoso. Nada mais.

Quando passou a língua por seus lábios, ela emitiu um som de surpresa... e de aceitação. A maldita cueca era muito apertada, pensava Alfonso, suando.

Anahí parecia querer um beijo de verdade e o coração do homem estava a ponto de explodir.

Desejou-a durante tanto tempo... Imaginou aquilo muitas vezes para poder afastar-se.

Acariciando sua face com uma mão tremente, moveu-se para colocar-se sobre ela sem lhe fazer dano. Desejava-a, precisava sentir seu corpo.

Seus olhos se encontraram e neles havia uma confiança profunda, um respeito e afeto recíprocos. Uma ternura nascida do carinho.

Com um gemido rouco, devorou-lhe a boca, procurando sua língua, beijando-a como um homem beija a uma mulher quando espera uma noite de paixão desenfreada.

Beijou-a como sempre sonhou beijá-la...