Fanfic: Presos na Neve *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Que tal vão as coisas? - Perguntou, mudando de tema.

Via a Anahí ao menos uma vez por mês e falavam por telefone todas as semanas. Os dois se foram da Carolina do Norte à Ohio.

Como ele tinha três anos mais foi o primeiro em mudar-se, depois de terminar a faculdade, para trabalhar como economista em uma grande empresa. Anahí o seguira pouco depois, terminando seus estudos na universidade de Ohio.

Logo, encontrou trabalho em um salão de beleza muito moderno e da carreira de direito... Ainda não começara a exercê-la. Mas o resultado era que, além de ser vizinhos desde pequenos, não se separaram nunca.

Enquanto Alfonso estava louco por ela, Anahí o tratava como se fosse seu irmão. Um coleguinha. Alguém com quem podia ser ela mesma.

- Ainda não te falei como vão as coisas e você já está pondo má cara. - sorriu Anahí.

- Não é isso. Estava pensando em minhas coisas.

- Que coisas?

- Nada que te interesse.

Ela, brincalhona como sempre, deu-lhe um murro no ombro. Felizmente, usava uma jaqueta de couro e mal o notou.

- Porco. Tenho certeza que era algo suculento.

"Se você soubesse..."

- Não era nada importante.

- É humano, Poncho. Deve ter pensamentos perversos como todo mundo.

Alfonso se perguntou o que diria se soubesse que ela era a protagonista de seus perversos pensamentos. Anahí nua, em sua cama... Mas nunca saberia.

- Deixa de rodeios e me diga o que anda fazendo.

Ele ou mudava de tema ou teria que baixar o vidro para esfriar-se.

- Muito bem. Mas é uma viagem longa, então terminará contando isso tudo. - suspirou ela. - A verdade é que, ultimamente, aborreço-me um pouco. Não saio com ninguém, não há nada novo em meu trabalho... Tingi o cabelo de rosa durante uns dias, mas pensei que a minha mãe sofreria um enfarte se me visse, então retirei essa cor.

- Rosa, né? - sorriu ele. - Seguro que estava muito bonita.

- É óbvio! - riu Anahí, passando uma mão pelo cabelo. - Você tem um cabelo estupendo, Poncho. Se os deixasse um pouco mais longo, poderíamos fazer algo com ele.

Ao sentir o roce de seus dedos, Alfonso precisou clarear a garganta.

- O cabelo comprido não fica bem com a minha imagem.

- Pois poderia procurar uma nova. - sorriu ela, inclinando a cabeça a um lado, pensativa. - Que tal uma imagem de playboy?

- Sim, claro. Ninguém, e menos você, engoliria isso.

Anahí se aproximou um pouco mais, até ficar grudada em seu braço.

- Subestima meus talentos. Acredito que deveria considerar a ideia. Seria divertido.

Nesse momento, Alfonso pensou que poderia considerar tudo.

No interior do carro, com o aroma de Anahí rodeando-o... Aquele aroma que era tão atrevido e sensual como ela e que o deixava louco. Como sempre.

Ela tinha uma mão em seu braço, a perna dobrada e um sorriso nos lábios.

Como dissera, ia ser uma viagem muito longa. Seis horas pelo menos. E tinha a impressão de que iria sofrer todo o caminho.