Fanfic: Presos na Neve *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Aparentemente, Alfonso estava muito sensível aquele dia. Para acalmá-lo, Anahí apertou seu braço, disposta a pedir desculpas para pô-lo outra vez de bom humor.

Mas a desculpa morreu ante outro pensamento: "Que bíceps!".

Poncho tinha o braço de um lenhador, não de um economista.

Duro, com os bíceps bem definidos. Não se deu conta do grande e duro que se pôs ultimamente.

A ideia fez com que sentisse uma comichão no estômago. E mais abaixo.

"Passou muito tempo desde a última vez que tive pensamentos indecentes com o Poncho".

O músculo era tão duro como uma pedra e, surpreendida, não podia afastar a mão.

- Visto o que eu gosto, Anahí. Como faz você, suponho.

Mas ela se esqueceu da roupa porque estava concentrada em algo mais interessante.

- Vai ao ginásio? - Perguntou, esperando alguma explicação para a repentina mudança.

Alfonso não a olhou.

- Jogo tênis e vou nadar três vezes por semana. Já sabe.

- E de onde tirou estes músculos? - sorriu Anahí, deslizando uma mão por seu braço.

Mas Alfonso ficou tenso e ela decidiu recuperar seu aspecto moderado.

- Como a maioria dos de meu gênero, fiz-me homem ao redor dos vinte anos.

- Faz nove anos? Pois eu devia estar cega.

- Estava muito ocupada fazendo loucuras para te fixar em mim. - replicou ele.

Isso soava como uma queixa. Anahí sorriu.

- A partir de agora, prometo te dar mais atenção.

Poncho a olhou com uma expressão estranha e, sem dizer nada, ligou o rádio. O qual parecia um sinal para que deixasse de dizer tolices.

Nunca falou tolices diante de Poncho, pensou surpreendida.

Pararam duas vezes, uma para pôr gasolina e a outra para comer.

Felizmente, não houve mais tolices de sua parte. Conversaram como estavam acostumados a fazê-lo, brincando e contando-se coisas.

Anahí lhe falou sobre o último homem com quem terminou porque era um pesado, e Poncho pôs cara feia. Contou-lhe que comprou móveis novos.

Era como nos velhos tempos, agradável e divertido. Adorava estar com ele.

Uma hora depois, Anahí começou a bocejar.

- Importa-te se eu dormir um pouquinho? Ontem à noite me deitei muito tarde e precisei me levantar cedo para fazer a mala.

- Por que se deitou tarde? Ou não deveria perguntar?

- Estive numa festa. - explicou ela. - Seguro que você ontem à noite deitou as oito e deixou a mala feita às seis.

- Às cinco, na realidade. - sorriu Alfonso. - Anda, durma. Ainda nos faltam duas horas para chegar.

- Obrigado.

Entre a música baixa, o calor da calefação e o suave movimento do jipe, Anahí dormiu.