Fanfic: Você para sempre ♡ AyA | Tema: Ponny

CAPITULO 21

POV Maite

Cheguei ao quarto por volta das 6 horas e Anahí dormia profundamente. Fiz sinal de silencio para as crianças. William entrou logo atrás, falando alto. Fiz sinal para que ele falasse baixo, mas era tarde. Ela tinha acordado.

- Que surpresa boa! – disse se sentando na cama. – Cadê meu abraço? – abriu os braços. Fernanda e Lucca prontamente pularam na cama e abraçaram a tia. Coloquei Mateus sentadinho na cama junto deles.

- Dinda isso dói? – Fernanda apontou para o corte que ela tinha na testa.

Anahí fez uma careta. Ela estava ansiosa para ver a madrinha. Quando havia chego em casa a primeira coisa que ela pediu era sobre Anahí. Às vezes eu achava que tinha perdido minha filha para minha melhor amiga. Fernanda era doce e delicada. Tinha 6 anos. Amava a madrinha e a defendia de tudo e de todos. Ela se transformava em uma onça se alguém ousasse critica-la.

- Só um pouquinho – ela piscou.

- Vocês meninas são muito fracotes – disse Lucca.

Anahí franziu o cenho olhando para ele. Meu menino. Outro apaixonado pela tia. Às vezes me pergunto o que ela tem que as crianças gostam tanto dela. Talvez porque ela seja uma criança grande.

- Pois eu acho que é o contrário! – Anahí disparou e levou as mãos na cintura.

Eu sorri e lembrei de Manuela. Era incrível como eram parecidas.

- É mesmo dinda! – ela deu língua a ele e começou uma pequena discussão no quarto. Ela ficou entretida com as crianças. Um tempo depois Mateus dormia no colo de William e Fernanda e Lucca estavam entretidos na televisão. William se despediu e saiu levando as crianças.

POV Anahí

Ficou um silencio no quarto assim que as crianças saíram. Fitei Maite sentada no sofá.

- E cá estou eu e minha relação de amor com esse sofá branco – Maite disse fazendo piada me fazendo rir.

- Maite Perroni e sofazinho amor pra toda vida? – arqueei uma sobrancelha rindo. Ela fez uma careta e beijou o sofá. Balancei a cabeça rindo. Ela era louca. – fui ver o Poncho! – a mirei.

- E como ele está? – ela se levantou e sentou ao meu lado na cama.

- Pálido, cheio de aparelhos... – descrevi relembrando. Respirei fundo. – eu mal consegui sentir o cheiro dele Mai! - Já estava começando a chorar novamente. – eu não queria ter perdido o bebê... – enxuguei algumas lágrimas – eu queria dar outro filho a ele Mai – e a partir dai não consegui controlar as lagrimas.

- Alfonso vai acordar e vocês terão esse bebê – ela falou chorosa também.

Sempre era assim, se eu chorasse Maite chorava e vice versa. Não estava fácil. Ela sabia que eu estava sofrendo muito. Fiquei conversando com Maite por um tempo, coisas banais, perguntava algo sobre a empresa, até lembrar de perguntar sobre o acidente.

- Mai? – chamei e ela me olhou – e o motorista que colidiu em nosso carro... Alguma noticia?

- William procurou saber, pra entrar com um processo e foi ai que descobrimos que ele faleceu no local. Estava sozinho e embriagado... – explicou.

- E a família dele? – questionei, estreitando os olhos.

- Não apareceu... Ele tem apenas um tio que mora no exterior, não pode vir pra cá acompanhar os tramites fúnebres... 

Fomos interrompidas com o meu celular. Recebi a ligação de minha filha, que a todo custo queria vir pra ficar comigo. Fiquei por quase uma hora com ela. Me contava da escolinha, de um coleguinha novo que era bonito, dos desenhos que havia feito. Desliguei e voltei a conversar com Maite, até eu perceber que ela havia me deixado conversando sozinha. Deitei e fechei os olhos tentando dormir. Eu sabia que seria difícil.