Fanfic: Você para sempre ♡ AyA | Tema: Ponny

CAPITULO 55

POV Anahí

Uma semana depois...

- Vamos logo Manuela! – esperava impaciente no pé da escada.

- Estou indo mamãe! – ela desceu rapidamente as escadas e quando chegou do meu lado parou. – Esqueci o brilhinho! – deu um tapinha na própria testa. Ela ia se virar pra voltar quando a repreendi.

- Negativo mocinha! Já pro carro ou eu te deixo aí! – ela cruzou os braços, fez um bico enorme e saiu andando batendo o pé até o carro.

Ouvi Manuela reclamar até chegar no estacionamento do hospital por causa do brilhinho. Reclamava, chorava, resmungava. Essa era minha filha. Não queria buscar o pai sem seu brilhinho nos lábios. Ela abriu um sorriso enorme quando eu retirei da minha bolsa um batom e entreguei pra ela.

Manuela correu na minha frente, ignorando eu chama-la para ir devagar pra não cair. Estava animada porque finalmente o pai voltaria pra casa. Chegamos no quarto e Alfonso já estava vestido e muito cheiroso. Manuela correu até o pai e o abraçou.

- Posso saber aonde o senhor vai desse jeito? – brinquei me aproximando pra dar um selinho, que Alfonso intensificou para um beijo. Logo Manuela estava puxando a camisa do pai. Ele se abaixou para ficar da sua altura.

- Olha papai – fez biquinho – gostou do meu batom? – ele olhou pra mim e voltou a olhar pra Manuela.

- É lindo princesa! Mas sabe o que é engraçado? – ela balançou a cabeça – é o mesmo batom da sua mãe! – ele riu. Ela chamou com o dedinho para que ele se aproximasse.

- É o batom da mamãe – disse baixinho.

- Ficou lindo em você – sussurrou pra ela.

- Vão ficar ai de segredinhos? Estou indo embora! – fingi estar magoada e fui até a porta.

- Ciumenta, para de ser tão ciumenta! – Manoela cantarolou. Eu não aguentei e ri alto. E mais uma vez, palmas para minha querida amiga-irmã Maite. É, ela fica ensinando muitas coisas pra minha filha.

POV Alfonso

É bom demais poder ir pra casa. Não aguentava mais aquele hospital. Preciso voltar a minha vida como antes ou vou enlouquecer. Sei que para isso terei longas discussões com Anahí.

Cheguei em casa e fui recebido com uma festinha de boas vindas da família, amigos e colegas de trabalho. Como era bom ver todos outra vez. Cumprimentei todos e agradeci pela surpresa. Ficamos ali na sala conversando. Anahí me cutucou e gargalhou alto. Olhei para ela sem entender e ela apontou para um cartaz, que imagino foi feito pelas crianças pela grafia: “Bem vindo Ken”. Eu fitei Anahí que apontou para Maite que também ria.

- Só podia ser coisa sua cabecinha pervertida! – falei engraçado.

- Marido da Barbie é o Ken – ela deu de ombros.

Pouco a pouco foram se despedindo. Logo ficamos apenas eu, Anahí e Manuela. Subi para o quarto com Anahí e Manuela foi brincar.

Deitei na cama e pedi que ela deitasse comigo. Anahí deitou sobre meu peito.

- Fiquei com medo de nunca mais poder estar aqui contigo novamente – ela me abraçou.

- Eu sempre estarei aqui contigo. Sempre. – disse e beijei seus cabelos.

Uma hora depois Paty, uma das empregadas, veio avisar que o jantar estava pronto.

- Lasanha! – vibrei – hum, acho que vou me acidentar mais vezes pra ter tantas regalias – Anahí me bateu – au!. – esfreguei a mão no meu braço.

- Nunca mais diga essas besteiras – me olhou repreendendo.

Jantamos em família depois de tanto tempo. Sentia falta demais de tudo isso.

- Olha a sua netinha papai! – Manuela entrou no quarto com a cachorrinha nos braços.

- Olha, ela é branquinha igual sua mãe! – falei rindo enquanto pegava a cachorrinha no colo. Recebi uns tapinhas de Anahí e eu ria com Manuela.

Ficamos ali na cama os três brincando com a cachorrinha que queria morder Manuela e ela gritava pulando em meu colo. Quando a cachorrinha cansou, Manuela me olhou com uma mão no queixo.

- Já deu a sementinha pra mamãe papai? – perguntou e eu e Anahí caímos na gargalhada.

- Duas vezes filha... E hoje a noite vou regar muito – pisquei pra ela e sorri malicioso para Anahí.

- Pena que vai demorar... – fez um biquinho – a tia Mai disse que demora muitão pra sementinha ficar pronta e virar um bebê... Mas tem que ser uma sementinha de menina papai, você escolheu uma direitinho? A sementinha de menina é rosinha viu papai! Não pode errar!

- Filha, estava escuro e eu não vi qual foi a cor da semente – disse franzindo a testa e Manuela levou as mãos a cintura.

- Eu não quero uma sementinha de menino papai! Meninos não brincam de boneca!

- A mamãe brinca contigo se a sementinha for de menino princesa! – Anahí falou, entrando na conversa.

Manuela tocou na barriga de Anahí e aproximou o rosto dando um beijo demorado ali.

- Ei sementinha, eu sou a Manuela, sua irmãzinha! Vem logo pra brincar comigo, não demora pra crescer!

Observei ela emocionado assim como Anahí. Manuela era uma criança incrível e muito amada. Se eu pudesse escolher, queria todas as crianças que tiver com Anahí assim, tão perfeitas como Manuela, mas acredito que ela é única.