Fanfic: Amor correspondido | Tema: Dragon Ball

Com o susto, Gohan e Videl afastaram-se no mesmo instante.

- O QUE É QUE TU PENSAS QUE ESTAVAS A FAZER? – Continuou Mr. Satan a gritar com Gohan.

- Eu? Ah… Nada, não… - Disse Gohan envergonhado.

- Ora papá, mas que vergonha. É preciso gritar tão alto. Como se a gente estivesse fazendo algo de mais. Vamos entrar e a gente conversa lá dentro. Não quero dar espectáculo cá fora. – Videl referia-se a duas velhas coscuvilheiras que estavam a passar por ali e tinham parado para ouvir a conversa.

- MAS EU EXIJO UMA EXPLICAÇÃO AGORA MESMO.

- Sim mas não aqui fora papá. Vamos entrar.

- Bom, talvez seja melhor eu ir embora. – Disse Gohan preparando-se para ir embora.

- Oh não, tu vens connosco. – Disse Videl.

- NEM PENSES QUE TE VOU DEIXAR IR EMBORA SEM UMA EXPLICAÇÃO.

De seguida foram todos para dentro de casa, até Gohan, que tentou escapar do raspanete do Mr. Satan, teve que entrar também a mando de Videl.

Quando estavam na sala.

- Pois bem papá é bom que o senhor saiba de uma coisa. Gohan já contou para os pais dele por isso agora é a vez do senhor saber. Eu e Gohan estamos namorando.

- O QUÊ? NÃO, ISSO NÃO É POSSIVEL, EU NÃO VOU PERMITIR.

- E não vai permitir porquê? Um dia o senhor me disse que só ia aceitar o meu namorado se ele fosse mais forte que o senhor. Então, acho que Gohan já deu provas mais que suficiente que é mais forte. Até foi ele quem venceu o Cell. Se lembra do Cell papá? Aquele monstro que aterrorizou-nos há alguns anos atrás e que o senhor contou para todo mundo que foi o senhor a eliminar quando na verdade foi Gohan.

Enquanto falava Gohan e Mr. Satan suavam frio. Gohan não acreditava que Videl pudesse enfrentar assim o pai e este por sua vez via-se encostado contra a parede.

- E se não quer que todo mundo saiba que o senhor mentiu… - dizia Videl – o melhor mesmo é aprovar nosso namoro.

Pronto, agora sim Mr. Satan estava mesmo encostado contra a parede.

- Muito bem filha, ganhaste. Eu aprovo o vosso namoro. – Disse Mr. Satan e depois virou-se para Gohan. – Mas atenção meu rapaz tu podes ser mais forte do que eu mas se um dia magoares a minha filha eu mando o Boo te dar uma lição.

- E eu não vou permitir que ninguém magoe o Satan e a filha. – Disse Boo, afirmando o que o amigo tinha dito, mesmo sem perceber a que tipo de lição Satan se referia.

Gohan engoliu em seco.

- Sim Mr. Satan, não se preocupe eu não magoarei sua filha. Eu gosto muito dela eu prometo fazê-la muito feliz.

- E eu papá, também gosto muito do Gohan. E gostava que o senhor aprovasse de coração o nosso namoro.

- Pois bem filha, se é isso que queres, eu aprovo. Só quero mesmo é que sejas muito feliz.

- Obrigada papá.

De seguida pai e filha se abraçaram.

Enquanto abraçava a sua filha Mr. Satan dirigiu um olhar a Gohan que dizia claramente “fá-la sofrer e mando o Boo dar-te uma boa lição”. E Gohan voltou a engolir em seco 

- Bom agora que já está tudo resolvido podes ir embora meu rapaz. – Disse Mr. Satan

- Ah?! – Disse Gohan.

- Não papá, nós queríamos ficar um pouco a conversar. – Disse Videl.

- A conversar?! – Disse Mr. Satan. “Pois sim, eu também já fui jovem e já namorei” pensava. – Vocês não conversaram tudo durante o dia? Acho que um dia foi mais que suficiente para terem conversado. Conversam mais amanhã, ou na próxima semana ou quem sabe no próximo mês. Já está muito tarde e tens que ir dormir filha não te esqueças que amanhã tens de te levantar cedo para fazeres a tua viagem. – Dizia.

- É verdade. Já me tinha esquecido.

Videl já tinha arranjado emprego mas para começar deveria de fazer uma determinada formação com o período de um mês. Apesar do seu emprego ser perto de sua casa, a formação teria que ser dada numa outra ilha que ficava bastante longe. A formação ocupar-lhe-ia grande parte do dia e o restante seria para ela fazer relatórios de modo que optou por, durante esse período, ficar nessa ilha. Mas claro, na altura que planeou tudo isto não namorava e não imaginou que teria de ficar tanto tempo sem ver o seu amor. Poderia sempre vir visitá-lo mas aí perderia horas de sono ou atrasaria o relatório. Ia ser um mês muito complicado.

- É amanhã que partes para aquela formação não é? – Perguntou Gohan.

- Sim é amanhã. Gostava de poder adiar mas não vai ser possível.

- Não faz mal. Vais ver que o tempo vai passar num instante. – disse Gohan.

Depois ficaram os dois em silêncio a olharem-se. Ambos sabiam que ia ser um mês muito complicado, provavelmente não se veriam nesse tempo. Mr. Satan olhava ora para um ora para outro. Um silencio enorme reinava na sala, até que:

- Tenho fome. – Disse Boo. – Vou á cozinha ver o que há para comer.

- Sim vai mas não comas tudo o que há na despensa. – Disse Mr. Satan. – Bom vai lá rapaz, vai embora. A minha filha tem de descansar.

- Sim claro. Adeus Videl, boa viagem, adeus Mr. Satan. – Disse Gohan que de seguida caminhou para a porta e saiu.

Após Gohan ter saído, Videl despede-se do pai dizendo que vai dormir e vai para o seu quarto. Quando lá chega, senta-se na cama e fica a pensar que não era justo, ia de viagem no dia seguinte e nem sequer lhe tinham dado a oportunidade de se despedir do seu namorado. Então abriu a porta da varanda e voou em direcção a casa de Gohan. Mas não foi longe. Gohan tinha voltado para trás, ao encontrarem-se, abraçaram-se os dois no ar.

- Gohan, voltaste?

- Sim Videl, desculpa mas eu não podia ir para casa sabendo que só te verei daqui a um mês e sem me despedir de ti.

- Que bom Gohan. Eu também pensava o mesmo por isso estava indo na direcção de tua casa. Queria me despedir de ti. Hoje tivemos juntos o dia todo mas foi como se não estivéssemos porque os miúdos não nos deixaram ficar a sós nem por um instante.

- É verdade, desculpa Videl. Nunca mais me lembrei que amanhã ias viajar se não teria insistido com a minha mãe para me deixar estar contigo o dia todo sem os miúdos.

- E achas que ela deixaria? Tu conheces melhor a tua mãe do que eu e eu acho que ela não deixaria, não depois de saber que já estamos namorando.

- Pois, és capaz de ter razão, desculpa Videl.

- Não faz mal. Agora estamos aqui só nós os dois, sem ninguém para atrapalhar.

- É verdade. – Disse Gohan olhando para todos os lados, não fosse aparecer alguém de repente. – Escuta Videl, tens o teu celular contigo?

- Sim, ando sempre com ele. – Disse Videl enquanto o tirava do bolso. – Precisas?

- Sim empresta-me por um bocadinho por favor.

- Claro Gohan, estás á vontade. – Disse Videl enquanto entregava o celular a Gohan.

Gohan pegou no celular e marcou um número, de seguida ouviu do outro lado.

- Que é?

- Olá Vegeta, é o Gohan. O meu irmão está por aí?

- Mas que pergunta mais idiota, é claro que está. Esse moleque parece que mora aqui, agora vive sempre aqui metido, até parece que nem tem casa para morar. Qualquer dia os vizinhos pensam que ele é meu filho. Arrrhh.

- Pois… será que dá para eu falar com ele, Vegeta? Podes lhe passar o telefone.

- Humf. Ei moleque telefone para ti. – Disse Vegeta chamando por Goten.

- Alô. – Disse Goten pegando no telefone.

- Oi maninho tudo bem?

- Gohan!!! Onde estás? Tá tudo bem? Há muito que saíste daqui e ainda não voltaste, que se passou?

- É bom, eu… Sabes, é que apareceu Mr. Satan e tivemos a conversar, foi isso.

- Ah, ta bom então. Vais demorar a vir-me buscar para irmos para casa?

- Pois maninho, eu queria falar contigo sobre isso. É que sabes, eu talvez vá demorar ainda um bocadinho, de modo que o melhor é ires andando para casa. Eu depois vou lá ter.

- Ok. Tu é que sabes.

Depois os dois irmãos despediram-se.

- Agora já não tenho que me preocupar com o meu irmão. – Disse Gohan.

- Mas achas que ele fica bem sozinho?

- Achas que pode lhe acontecer alguma coisa de mal. – Disse Gohan sorrindo.

- Pois, tens razão. Ele é muito forte, de certeza que nada lhe acontecerá.

Gohan sorriu para a sua namorada e aproximou-se dela.

- Que tal se fossemos para tua casa? – Disse Gohan. – Eu sei que podemos ser outra vez interrompidos mas pelo menos o teu pai não terá um ataque se lá for e não te encontrar.

- Sim tens razão. Vamos voltar.

De seguida os dois voltaram para casa de Videl e entraram pela varanda do quarto de Videl que esta tinha deixado aberta ao sair.

Logo de seguida ouvem bater á porta do quarto. Gohan depressa se esconde na varanda.

- Videl querida, tas a ouvir-me. – Disse Mr. Satan.

- Sim papá. – Disse Videl com o coração sobressaltado. Tinham voltado mesmo a tempo.

- Já me vou deitar. Boa noite querida.

- Boa noite papá.

Assim que Mr. Satan se afastou da porta do quarto de Videl, Gohan voltou a entrar.

- Ufa! Do que nos livramos. – Disse Gohan.

- É verdade. Ainda bem que voltamos. Nem quero imaginar se ele vinha cá e descobria que eu não estava.

- Pois é.

Depois Gohan e Videl ficaram se olhando nos olhos e foram-se aproximando. Ao chegarem perto um do outro, Videl colocou as mãos no peito de Gohan e este abraçou-a pela cintura puxando-a mais para si. Depois Gohan desceu o seu rosto devagarinho enquanto Videl se colocava em bicos de pé. Finalmente os lábios de Gohan pousaram nos lábios de Videl e beijaram-se apaixonadamente.

- Vou ter muitas saudades tuas. – Disse Gohan assim que a sua boca se afastou de Videl.

- Eu também vou ter muitas saudades tuas. – Disse Videl abraçando-o. Depois deu-lhe a mão e levou-o até perto de sua cama. Quando lá chegou ela sentou-se num lado da sua enorme cama e disse para ele também se sentar ao lado dela.

- Não sei se devemos Videl.

- Ora Gohan, tas com medo? Não te vou fazer mal. Só quero ficar um bocadinho contigo. Não queres ficar comigo?

- Não é isso Videl, claro que quero mas…

- Não há problema Gohan, vem. – Disse Videl dando umas palmadinhas no colchão.

Gohan não resistiu e foi-se sentar na cama ao lado de Videl. Na cabeceira da cama tinha muitas almofadas e Videl fez com que Gohan se encostasse às almofadas e de seguida deitou a sua cabeça no ombro de Gohan. Gohan a princípio estava nervoso mas depois quando se acalmou abraçou a Videl e assim ficaram, abraçados, por muito tempo.

No quarto de Boo, este perguntava-se o que é que Gohan estava fazendo no quarto de Videl pois no calor do momento Gohan esqueceu-se que Mr. Satan não podia sentir a sua presença mas Boo conseguia e muito bem.