Fanfics Brasil - O telefonema Amor correspondido

Fanfic: Amor correspondido | Tema: Dragon Ball


Capítulo: O telefonema

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Ao mesmo tempo em casa de Goku, Chichi resolveu acordar Gohan da melhor forma possível.


- GOHAN, ACORDA. – Gritou Chichi.


Gohan, com o susto dá um salto tão grande que quase bate no tecto.


- Telefone na sala para ti. – Continuou Chichi a falar alto.


Gohan meio sonolento foi atender a chamada. Era o director da faculdade onde ele andou. Queria convidá-lo a fazer parte do grupo de professores que iriam leccionar este ano na escola. Pelos vistos um dos professores, por motivos pessoais, não ia poder dar aulas de modo que Gohan o substituiria. Mas para poder dar aulas Gohan teria de ter formação e passar em alguns testes. Essa formação iria começar na semana seguinte. Como Gohan não tinha mais nenhum trabalho previsto decidiu aceitar. Assim, com a formação teria o seu tempo mais ocupado e não sentiria tanto a falta de Videl.


Ao contrário do que tinha previsto, a sua mãe não lhe deu nenhum raspanete nem coisa que se parecesse. Pelos vistos, Chichi tinha decidido usar outro método para castigar o seu filho mais velho: passou a ignorá-lo.


Sempre que Gohan lhe falava, ela virava-lhe as costas e não respondia e isso deixava Gohan muito triste e frustrado. O pai simplesmente encolhia os ombros e o irmão apenas olhava para toda a situação sem perceber o porquê da mãe não falar com o irmão. Goten tinha perguntado ao pai o porquê mas este simplesmente tinha respondido “coisas de adulto”, o que não adiantou muito pois Goten ficou a saber o mesmo. Ao terceiro dia, Gohan resolveu falar com a mãe sobre o que se estava a passar. Esta estava no quarto a arrumar a roupa nos sítios.


- Mamã, preciso de falar consigo. – Disse Gohan enquanto entrava no quarto e fechava a porta atrás de si. – Eu já percebi que não quer falar comigo embora eu não entenda o porquê mas de qualquer forma eu vou falar. Eu gostava muito que entendesse que aquilo que aconteceu não foi de propósito. Eu e Videl começamos a namorar á pouco tempo. Finalmente depois de tanto tempo consegui declarar-me e para minha grande alegria soube que ela sentia o mesmo por mim. E a mamã sabe perfeitamente o que é namorar, quando namoramos com alguém que amamos só queremos ficar com essa pessoa. Foi o que aconteceu. No domingo quis ficar sozinho com a Videl mas como os rapazes estiveram sempre por perto para atrapalhar nem deu para nós conversarmos direito e depois á noite eu deixei o Goten em casa da Bulma para que eu pudesse ficar um pouco mais com a Videl. Mas nem isso eu tive sorte. – Continuou falando triste e virando as costas para o lugar onde estava a mãe e sentando-se na cama. – Quando eu ainda estava no carro me despedindo de Videl, quando eu finalmente, pela primeira vez naquele dia ia poder dar-lhe um beijo, aparece Mr. Satan. Ele deu a maior bronca em nós dois e pior que isso me ameaçou de se não me portar bem com a Videl mandar o Boo dar uma lição em mim.


A essa altura, Chichi não aguentava mais e começou a rir do dia desastrado que o filho tinha tido.


- Você está rindo de mim, mamã?! Não tem piada não.


Pouco depois Chichi ficou mais séria.


- Escute aqui Gohan, diga para o idiota do Mr. Satan que se ele ousar dizer ao Boo para dar algum tipo de lição no meu filho eu vou lá e quebro a cara dele. Nos meus filhos quem dá lição sou eu. – Disse com voz autoritária.


- Sim mamã. – Gohan engoliu em seco. Mr. Satan até podia ser o campeão mundial entre os demais terrestres mas tinha a certeza que ele nunca venceria a sua mãe. Depois ele decidiu continuar. – Mamã?!


- O que foi?! – Perguntou Chichi enquanto terminava de guardar as cuecas de Goku.


- Você ainda está zangada comigo? Eu não gosto quando a mamã fica zangada comigo. Eu prometo que não vai voltar acontecer.


- Tudo bem Gohan, eu não estou mais zangada contigo. Afinal vocês os dois são jovens e tenho a certeza que foi difícil para ti resistir ao convite da Videl para ficar lá com ela não é?! Eu compreendo.


- Mas mamã…


- Mas não penses que o facto de eu perdoar desta vez, que esta história pode voltar acontecer porque não pode. Se voltar acontecer tu, meu menino, estás em sérios sarilhos. – Disse Chichi enquanto saía do quarto.


- Sim mamã não se preocupe, não vai voltar acontecer. – Disse Gohan indo atrás da mãe.


- Já agora, posso saber o que o director da tua faculdade queria contigo? Algum problema?


- Não mamã, pelo contrário. Parece que um dos professores, por motivos pessoais, não vai poder dar aula e aí o director, por eu ter tido muito boas notas, me chamou para eu substituir esse professor. Vou dar aulas de Física. A matéria que eu mais gosto.


- Ai que bom meu filho, assim você já tem trabalho, não é como o inútil do teu pai que só pensa em comer, dormir e treinar.


- Por falar no papá, onde é que ele está?


- Ora que pergunta. Está treinando claro, com seu irmão ainda por cima. Como se não bastasse andar ele na vadiagem ainda leva meu pobre Goten. – Disse Chichi começando a choramingar.


- Ora mamã, não chore. O Goten também é muito novo e ele só quer saber de brincar e…


- Mas Gohan – interrompeu Chichi – quanto é que tu vais receber de salário?


- Ahhhh não sei. Nem perguntei.


- Como não perguntaste? Essa é a primeira coisa a ser perguntada.


- Ora mamã, pensei que o importante era eu arranjar emprego e já consegui. Por muito pouco que possa ser, vai dar para ajudar nas compras da casa.


- Bom por esse lado tens razão. Sempre é melhor que o inútil do teu pai que não faz nada para ganhar dinheiro.


Essa semana tinha passado a voar. Gohan tinha ligado algumas vezes para Videl mas não tinha tido sucesso pois o telefone a maior parte das vezes dava ocupado e quando conseguia finalmente chamar ela não atendia e Gohan, por timidez, também nunca lhe tinha deixado uma mensagem, de modo que nessa semana eles não se falaram.


No domingo á noite, antes do primeiro dia de formação de Gohan, o telefone toca e Gohan vai atender.


- Oi Gohan. Finalmente consigo falar contigo.


- Videl!!! Que bom ouvir-te.


- E eu digo o mesmo, meu amor. Liguei-te várias vezes na semana, sempre que tinha 5 minutinhos, mas o telefone estava sempre ocupado.


- Eu também te liguei várias vezes e também dava ocupado.


- Mas como é isso possível?! Eu nunca usei o telefone para nada a não ser ligar para ti. – Depois Videl reflectiu um pouco. – Claro já percebi. Possivelmente tu ligavas-me ao mesmo tempo que eu ligava para ti.


- Sim deve ter sido isso. Mas diz-me Videl, como te está a correr as coisas por aí?


Videl de seguida contou a Gohan como tinha sido a semana dela e que estava a adorar a formação apesar de ser muito cansativa e de a maior parte das vezes chegar a casa e adormecer logo que se deite, nem tempo tem para nada. Gohan por seu lado também lhe contou que iria leccionar na faculdade onde ambos estudaram. Videl aproveitou também para contar que Boo tinha dito, no dia da sua partida, á frente do pai dela, que Gohan tinha voltado para trás e tinha estado no quarto dela.


- Só não percebo como ele descobriu. – Disse Videl.


- Puxa, eu acho que sei. É que eu acabei esquecendo de baixar meu ki. Aí ele sentiu minha presença lá. Se fosse um simples terrestre possivelmente ele não notaria mas como meu ki é elevado ele percebeu que eu tava lá. Me desculpa.


- Não tem problema Gohan, agora já passou. Na verdade eu disse ao meu pai que tiveste lá pouco tempo e se o meu pai nem o Boo foram ainda te procurar, acho então que o Boo não contou a verdade para o meu pai. – Tiveram alguns segundos em silêncio que foi interrompido por Videl. - Gohan?!


- Diz Videl.


- Tenho muitas saudades tuas.


- Eu também tenho muitas saudades tuas. Mas pensa que uma semana já passou, agora só faltam mais três e quando perceberes já vais estar de volta. E eu prometo que nesse fim-de-semana vais ter uma grande surpresa.


- Serio?! Porquê?


- Ora depois vês.


- Ahhh vá lá Gohan, não me deixes curiosa.


- Desculpa mas vai ter que ser. Mas eu tenho a certeza que vais gostar da surpresa.


- Bom se tu o dizes, eu acredito. Gohan já está tarde. Gostava de ficar a falar contigo a noite toda mas amanhã tenho que me levantar cedo.


- Sim tens razão, eu também tenho. Nós falamos depois ta bem Videl.


- Sim ta bem. Gohan?!


- Sim.


Videl hesitou um bocadinho e depois disse:


- Eu amo-te.


Gohan ficou em silêncio durante alguns instantes, tinha ficado corado (claro que Videl não podia ver) mas depois acabou ganhando coragem e disse:


- Eu também te amo Videl.


Pouco depois os dois desligaram e foram dormir. Ambos dormiram muito bem, tinham finalmente conseguido falar um com o outro. Os próximos dias iam ser muito difíceis e longos, muito longos.



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Autor(a): orisandrinha

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