Fanfics Brasil - Você é uma Péssima Escrava Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: Você é uma Péssima Escrava

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Você é uma Péssima Escrava


 


Dulce’s POV


 


– Vocês dois, hein? No esfrega, esfrega, na maior promiscuidade! – Apontou Christian, enquanto os outros levantavam ainda rindo.


 


– Do que você está falando? – Perguntei sentada no chão.


 


– Christian! Não seja inconveniente! – Anahí sorriu, piscando um olho para mim.


 


– Espera, vocês não acham mesmo que eu e Dulce estávamos transando, acham? – Perguntou Christopher, me puxando do chão pelo braço, fitando o irmão mais velho que mantinha um sorriso de safado.


 


– Tudo bem, Christopher, não é da nossa conta, cara. – Alfonso, o suposto maconheiro, mantinha uma mão na boca, escondendo o sorriso idiota.


 


– É verdade, eu não transei com ela! – Christopher cruzou os braços.


 


– Cara, você falou a mesma coisa quando pegou a professora Gonzales, aquela coroa feiosa. – Acusou Christian, divertindo-se.


 


Christopher chacoalhou a cabeça e lançou um olhar incrédulo para o irmão mais velho.


 


– Christian, esse foi você!


 


O retardado colocou uma mão no queixo, em reflexão. Então, respondeu...


 


– Ah, é verdade!


 


Eu não sabia o que era pior, ser acusada de fazer sexo com Christopher, ou ouvir as duas antas dialogando. Tratei logo de me defender, pois Anahí me olhava como se fosse me obrigar a contar todos os detalhes de algo que nem aconteceu.


 


– Eca! Eu nunca aceitaria fazer isso com ele! – Resmunguei, chocada com os pensamentos asquerosos vindo das mentes daqueles três.


 


Christopher virou a cabeça para me encarar, carrancudo e com olhar cheio de dúvidas.


 


– Porque fala como se EU fosse querer dormir com você?


 


– Vamos embora, vai começar o lance masoquista mais um vez. – Disse Anahí, empurrando os dois Uckermann para fora do quarto e fechando a porta.


 


Eu não sei o que houve comigo, simplesmente não consegui responder à pergunta de Christopher, até porque eu nem sei como proferi aquelas malditas palavras.


 


Nossa atenção voltou-se para Christian, que enfiou a cabeça na frecha da porta, rindo com aquela cara de tapadão serial killer.


 


– Depois eu quero saber os detalhes, Christopher!


 


Luizinho empurrou a porta com força, fechando-a na cara do bizonhento.


 


Ambos bufamos no mesmo instante o que foi bem estranho.


 


– Tudo bem, chega de enrolação pequena escrava, vamos ao trabalho duro?


 


– Ei, não vou massagear mais nenhuma parte do seu corpo! – Falei dando um passo para trás, o que fez Christopher abrir um largo sorriso.


 


– Não se preocupe, o servicinho dessa vez não vai ser tão prazeroso pra você, lógico. É simples, eu quero que você limpe o meu quarto e o de Christian, menos o de Poncho, pois se você tocar nas coisas dele, vai fazê-lo esterilizar pela quinta vez essa semana. Depois vai lavar a minha moto e, por fim, cozinhar para todos. Acho que isso vai te ensinar humildade, coisa que Victor deveria ter feito você aprender a qualquer custo.


 


– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO! – Gritei, erguendo uma sobrancelha.


 


Christopher não estava brincando, e eu estava totalmente ferrada. A primeira coisa que fiz foi pegar meu Ipod com músicas da Avril Lavigne e Blink 182, e pôr no último volume. Em seguida, peguei umas cervejas na geladeira. Fazer aquilo sóbria seria a morte, então resolvi encher a cara para facilitar.


 


Comecei lavando a moto. Na verdade, eu apenas peguei uma mangueira no jardim. Joguei um jato forte de água na Suzuki, cujo descanso deveria estar mal apoiado, pois imediatamente desabou, fazendo um barulhão. Corri para levantar a pesada moto, coloquei-a bem apoiada dessa vez, alisei a pobre coitada que não tinha culpa nenhuma de ter um dono babaca e, então, vi o resultado da queda. Um enorme arranhão na lateral. Quando o idiota do Christopher visse aquilo ia ter um ataque. Tomei um gole grande da Heineken e continuei lavando a moto, apenas com a mangueira. Eu que não iria ficar esfregando!


 


Quando literalmente “acabei” com a moto, fui para o quarto de Christian. Precisei tomar outra cerveja para criar coragem de ficar apanhando as roupas do chão, com um pegador de macarrão. Joguei todas em um grande saco plástico. Sinceramente, nem a melhor máquina de lavar roupas do mundo, daria jeito naquilo. Então fui prática e joguei tudo no lixo. Passei o aspirador no quarto imundo e, quanto fui passar embaixo da cama, encontrei resto de comida e muitas revistas pornográficas. Porque será que não fiquei surpresa? Coloquei luvas grossas de limpeza e, só assim, consegui trocar a roupa de cama. O banheiro dele eu ia deixar por último, quando estivesse bem bêbada, a beira de um coma alcoólico.


 


No momento em que cheguei no quarto de Christopher, no Ipod já tocava Rock show Blink 182. Bufei e chutei um tênis que estava largado no chão. Fui direto para a tortura do banheiro e lá abri as torneiras da banheira no máximo. Nunca havia feito limpeza antes, não sabia o que colocar dentro da água. Então coloquei todo o material de limpeza que eu carregava. Não tive muita paciência ao fazer isso, rasguei a caixa de sabão em pó e joguei tudo dentro da banheira. Derramei todos os produtos o mais rápido que pude e decidi que deixaria a banheira enchendo enquanto adiantaria o almoço.


 


A cozinheira italiana saiu da cozinha furiosa, falando palavras em italiano como “stupiditê”, coisa que eu nunca ouvi antes, quando eu disse que iria cozinhar. Espero que ela volte, ou Victor é bem capaz de me obrigar a cozinhar todo dia.


 


Abri a geladeira sem ter noção do que eu cozinharia, não podia ser tão difícil. Afinal, até a mosca morta da Ale conseguia.


 


Peguei um grande pedaço de carne que estava no refrigerador, joguei dentro de uma forma de vidro, esfreguei uma porção de manteiga com as mãos e catchup (eu adoro catchup), enfeitei com cebolas interas, beterraba, pepino, tomates e laranjas. Nesse momento eu tive certeza que ia ficar uma delícia. Enfiei dentro do forno no último grau, sentei-me na mesa e abri outra cerveja. Eu já estava cansada, mas tinha uma estranha impressão de que havia esquecido alguma coisa.


 


Eu estava feliz, feliz demais por conta da cerveja, quando começou a tocar no Ipod Underclass hero Sum 41. Sobressaltei quando senti alguém puxando os fones de ouvido.


 


– Dulce, o que foi aquilo na minha moto? – Perguntou Christopher furioso.


 


A FICHA CAIU.


 


– O BANHEIRO! – Gritei ao sair correndo em direção ao andar superior.


 


Percebi que Christopher corria atrás de mim. Adentrei o quarto feito uma bala. Ao entrar no banheiro, escorreguei no chão molhado, mergulhando na espuma. A dor que senti quando minha cabeça bateu no chão foi indescritível.


 


Ouvi um estrondo ao meu lado. Christopher, que também entrou correndo, havia acabado de cair.


 


– DROGA! QUANTAS VEZES EU AINDA VOU CAIR?!


 


Mesmo eu ainda sentindo dor, ri. Naquele momento, eu riria de qualquer coisa. Que Heineken boa!


 


O banheiro estava cheio de espuma, não conseguia ver nada além das densas brumas produzidas pelo sabão e produtos de limpeza.


 


Engatinhei tentando achar a banheira para fechar as torneiras. Conseguia ouvir o barulho da água, mas estava meio zonza, não sei se pela cerveja ou se pela pancada na cabeça.


 


 


 


 *~*~*~*


 


– SACANAGEM! Que merda é essa no meu banheiro, Saviñón? – Perguntou o Uckermann, zangado. – Você só pode estar fazendo de propósito! VOCÊ É UMA PÉSSIMA ESCRAVA!


 


Gargalhei.


 


– Eu juro que não foi de propósito, deve ser um tipo de justiça divina pelo que você está fazendo comigo. – Provoquei.


 


– Fecha as torneiras, vai inundar a casa inteira! – Ordenou o paspalho.


 


– Estou tentando droga, não está vendo?


 


– Só vejo espuma!


 


– Aiii... – Gemi, sentindo minha cabeça latejar.


 


– O que foi?


 


– Minha cabeça. – Falei, sentando-me no chão com as mãos atrás da cabeça.


 


Não sei como, mas o Uckermann me achou em meio a toda aquela espuma.


 


– Onde dói?


 


– Atrás da cabeça. – Respondi em reflexo.


 


Christopher passou os dedos pelos meus cabelos, massageando levemente o couro cabeludo. Senti um súbito arrepio, que fiz questão de ignorar.


 


– O que está fazendo? – Perguntei, já não conseguindo conter a curiosidade.


 


– Procurando um ferimento, mas parece que você não tem nem mesmo um galo. Eu sempre soube que você é cabeça dura. – Respondeu divertido, mas dessa vez não senti seu típico humor zombeteiro.


 


– Eu estou bem, só meio zonza pela queda. – Afirmei respirando fundo.


 


– Ou pela cerveja. – Completou Christopher, ainda com os dedos envolvidos nos meus cabelos.


 


Me perguntei se era tão visível assim que eu havia bebido muitas cervejas, mas não importava. Afinal, eu não estava bêbada. Eu sei, todo bêbado diz isso.


 


Por algum motivo o Uckermann continuava a massagear minha cabeça, e isso estava me fazendo relaxar de um jeito que nem imaginei ser possível. Era simplesmente prazeroso.


 


– Hum... – Eu juro que não sei de onde veio esse gemido, fiquei corada imediatamente. Christopher parou e me fitou cerrando os lábios, mas seu corpo inteiro tremia em uma risada silenciosa.


 


– O que foi isso? – Perguntou, obviamente tentando se manter sério.


 


– Minha cabeça doeu um pouco, foi só. – Menti, baixando a cabeça, cheia de vergonha.


 


Por um segundo me perguntei o que ele pensaria se soubesse que, mesmo contra minha vontade, eu gostei da carícia.


 


– É melhor pedirmos à Victor para dar uma olhada. – Respondeu ele, obviamente acreditando na minha mentira.


 


– Eu estou legal, eu não me importo... – Dei de ombros – Ninguém se importa!


 


– Eu me importo. – Disse Christopher, em um tom sério.


 


Levantei a cabeça para encará-lo, não consegui disfarçar minha expressão de incredulidade. Fiquei extremamente confusa. Ele estaria falando a verdade ou zombando mais uma vez de mim?


 


Christopher pigarreou, coçou a nunca e quebrou o silêncio.


 


– Me importo sim. Afinal, quem vai querer uma escrava avariada? – Lá estava o sorriso torto filho da mãe que eu tanto odiava.


 


Levantei-me abruptamente, chacoalhando os braços para dissipar as espumas. Eu estava chateada, mas não sabia porque. Eu já deveria esperar aquele tipo de resposta vindo de Christopher.


 


Finalmente consegui achar a porcaria das torneiras, as fechei e caminhei lentamente para fora do banheiro, agora que a espuma estava menos densa.


 


Christopher também saiu do banheiro em silêncio. Nesse momento era para estarmos tendo uma daquelas discussões, mas pareceu que ambos preferíamos ficar calados.


 


– Dul...


 


– O que? – Perguntei, passando a mão no corpo para tirar os vestígios de espuma.


 


– Eu vou te liberar desse lance de escravidão. Você só tem que fazer mais uma coisa. – Christopher estava com uma voz tão amistosa que até estranhei.


 


– Fala! – Pedi. No meu íntimo eu estava eufórica por estar prestes a me livrar das torturas.


 


– Você tem que pedir desculpas a Ale por ter estragado o almoço dela.


 


Uma mistura de choque e revolta fervilhou pelo meu corpo.


 


– SEM CHANCE! EU NUNCA VOU PEDIR DESCULPAS ÀQUELA MOSCA MORTA INTERESSEIRA! – Gritei, cerrando os punhos.


 


 


 


*~*~*~*


 


– Quanta maturidade! Você me faz massagem, limpa os quartos, cozinha e não quer fazer um simples pedido de desculpas?


 


– Isso é diferente, eu não pediria desculpas nem se ela estivesse morrendo! – Eu falei sério, eu odiava profundamente Ale e, por nada no mundo me humilharia para ela. Christopher começava a mudar sua expressão serena para uma de pura raiva e eu soube que brigaríamos mais uma vez.


 


– Pois você vai pedir desculpas para a minha mãe, sim! Vai agora, Dulce! – Ordenou ele, apontando para a porta como se estivesse falando com uma criança. Aquilo mexeu com os meus sensíveis nervos.


 


Me aproximei do cretino até ficar a poucos centímetros, e disse lentamente em alto e bom som:


 


– Eu não pediria desculpas àquela interesseira e usurpadora fajuta nem se você estivesse vendendo todas as minhas coisas, nem se estivesse vendendo a minha alma!


 


Observei satisfeita o olho esquerdo de Christopher tremer, isso era sinal de que ele estava quase perdendo o controle.


 


Christopher puxou o celular do bolso, mexeu no aparelho como se procurasse um número na agenda e apertou a tecla verde, me encarando com a carranca mais negra que já vi vinda dele.


 


Minhas pernas tremeram levemente quando o vi pôr o aparelho no ouvido, mas me mantive imóvel retribuindo seus olhares de ódio. Ouvi baixinho alguém atendendo do outro lado da linha.


 


– Paolo, aqui é Christopher Uckermann, eu autorizo a venda da Fender. Pode fechar negócio agora!


 


Senti como se um fogo me queimasse o corpo inteiro, eu estava inflamando de ódio.


 


Suguei o máximo de ar que podia pela boca, a última coisa que consegui ver antes da minha visão ficar turva de fúria, foi Christopher desligando o celular. Foi a gota d’água pra mim.


 


Me joguei com toda a força em cima de Christopher. Tombamos no chão molhado do quarto. Eu não queria saber de mais nada, eu iria matá-lo. Agarrei com força seus malditos cabelos bagunçados e os puxei querendo arrancá-los.


 


– AIII, SUA LOUCA! – Gritou Christopher, tentando me tirar de cima dele.


 


Ele nos rolou no chão, numa tentativa de ficar em cima de mim para imobilizar-me. Evitei, impulsionando meu corpo e nos fazendo rolar mais uma vez.


 


– EU VOU MATAR VOCÊ, SEU ESTÚPIDO UCKERMANN! – Gritei, fincando minhas unhas no pescoço do babaca, enquanto ele fazia força para afastar meus braços. Eu não sei de onde tirei tanta energia, nunca me senti tão invencível. Eu era uma super-mulher!


 


Infelizmente, a sensação durou apenas alguns segundos, pois Christopher conseguiu tirar minhas mãos do seu pescoço, rolou nossos corpos outra vez, mas agora não consegui evitar que ele imobilizasse meus braços, apertando-os com força contra o chão.


 


– Seus pervertidos, se vão fazer sexo selvagem, pelo menos fechem a porta! Tem gente inocente aqui! – Falou Christian que apareceu do nada. Então, fechou a porta violentamente.


 


Aquele seria mais um na minha “lista da morte”.


 


Eu estava ofegante e o imbecil do Uckermann também. Nos encaramos mergulhados no mais puro ódio.


 


– Dá para parar agora, sua pirralha? – Perguntou ele, pressionando seu corpo ainda mais contra o meu.


 


Nem me dei o trabalho de responder. Em um ato de insanidade, lhe dei uma cabeçada violenta.


 


O quarto começou a girar rápido demais, e meus sentidos pareciam falhar. Ainda assim, ouvi um gemido vindo de Christopher e senti ele sair de cima de mim. Minha cabeça que antes doía, agora parecia que ia explodir. Coloquei as duas mãos na testa, tendo certeza que dessa vez se formaria um galo.


 


– Que droga, Dul! Minha cabeça está doendo muito. – Reclamou ele, também sentado no chão, com as mãos na cabeça.


 


Eu queria responder, mas não achei forças. Parece que elas tinham esgotado brigando com o calhorda.


 


– Não precisava ter agido como a garota do exorcista, eu só estava querendo lhe dar um susto. Eu vou ligar pro Paolo e dizer que desisti de vender a porcaria da guitarra! – Falou, levantando-se para pegar o celular, que foi parar no outro lado do quarto.


 


Eu queria fazer o mesmo, mas minhas pernas tremiam. Confesso que foi um alívio imensurável quando Christopher falou que ia ligar, cancelando a venda. Eu só queria que o pesadelo acabasse.


 


Acho que o Uckermann percebeu que eu estava zonza demais para levantar e me ajudou. Naquele momento eu não pude recusar.


 


– Eu vou lhe dar 5 minutos para trazer minha guitarra de volta, do contrário, você verá a homenagem ao exorcista mais uma vez. – Falei, cambaleando para fora do quarto, planejando ir à cozinha e tomar um analgésico, ou minha cabeça explodiria.


 


*~*~*~*


 


Eu estava sentada à mesa da cozinha quando Christopher se aproximou, pálido. Será que eu bati nele com tanta força assim? Eu ia perguntar pela minha guitarra, mas minha atenção estava voltada para o babaca que enchia um copo com água e colocava bastante açúcar dentro.


 


– Toma isso! – Disse ele, pondo o copo à minha frente.


 


– Por quê?


 


– Você quer ouvir primeiro à notícia boa ou a ruim? – Falou receoso. Isso me fez engolir seco. Eu sabia que algo de ruim tinha acontecido.


 


– A notícia ruim! – Respondi temerosa.


 


Christopher fez uma longa pausa e eu quase enfartei.


 


– Sua guitarra foi vendida por 4 mil euros. – Petrifiquei. – A notícia boa é que já consegui entrar em contato com o cara que a comprou, o problema é que ele só aceitará devolvê-la se lhe dermos mais 5 mil. Você vai arrancar meus cabelos novamente, não é?


 


Nem me preocupei em olhar para a cara do infeliz. Eu, simplesmente, não conseguia acreditar no que estava ouvindo.


 


– Antes que você coloque a casa abaixo, quero dizer que dei outro telefonema e arranjei um jeito de conseguir esses 5 mil. Dul... você está me ouvindo?


 


Eu bem conseguia ouvir, só não conseguia responder.


 


– Dul? Dul?? Você está tendo uma AVC? – Ouvi Christopher dizer isso, enquanto me chacoalhava os ombros.


 


– Como o futuro defunto acha que vai conseguir esse dinheiro? – Perguntei, lhe lançando um olhar assassino. Christopher deu um passo atrás.


 


– Eu tenho um amigo, o Jake, que organiza rachas, ele vai me encaixar no racha desta noite. O prêmio é 6 mil euros, eu vou ganhar e comprar sua guitarra de volta. – Christopher falou aquelas palavras, totalmente seguro.


 


– Um racha? – Ergui uma sobrancelha.


 


Christopher’s POV


 


Eu estava próximo à piscina, refletindo. Sequestrar a guitarra de Dulce resultou em um verdadeiro caos e inundação do meu quarto. Eu pretendia fazer a garota acordar para a vida, ela era muito mimada, sempre tendo tudo que queria, todo mundo sempre fazendo vista grossa para seus erros. Pensei que um pouco de trabalho duro e alguém que lhe tratasse com rédeas curtas fosse ajudar. Pelo contrário, isso desencadeou muita confusão e eu ainda fui agredido.


 


Bufei, esfregando o rosto, não via a hora do relógio marcar 22h para poder ir a esse racha, conseguir a grana e recuperar a guitarra estúpida. Para sorte de Dulce, eu sou muito bom piloto, o melhor, eu diria. Eu sempre participava de rachas em Massachusetts, era assim que eu pagava a faculdade de medicina, mas isso era um segredo meu e de Christian, meu companheiro de quarto. Ale nem sonhava com isso, era fácil de esconder, já que ela continuava a morar em Forks.


 


Eu tinha certeza que somente uma pessoa poderia me vencer, meu grande amigo, Jacob Black. Nós começamos a correr juntos quando ainda éramos moleques, disputávamos sempre quando morávamos em Los Angeles, aliás, disputávamos tudo, desde uma partida de vídeo game até mesmo mulheres. Ainda assim, eu adorava o cara. Quando ele completou 18 anos, sumiu pelo mundo após mais uma briga violenta com seu pai. Jake sempre foi rebelde, explosivo e odiava autoritarismo. Passei anos sem ter notícias dele, agora ele deveria estar com uns 22 anos. Quando cheguei à Itália, consegui seu telefone com um antigo colega, o Sam. Pelo que soube, agora os dois estão promovendo rachas pela Europa. Ele deve estar montado na grana. As habilidades de Jake como piloto são indiscutíveis.


 


Ouvi passos e quis me jogar na piscina quando vi quem era. Ah não, lá vem o Christian segurando seu laptop pré-histórico!


 


– Ah cara, eu estou deprimido! – Falou ele, sentando-se ao meu lado e entupindo a boca com jujubas.


 


– O que foi, Christian? – Perguntei à contra gosto.


 


– Não se ofenda, mas você que é viadão, conseguiu afogar o ganso duas vezes e eu nenhuma! POR QUE, DEUS? POR QUE? – Ele gritou nas últimas palavras. Dramático!


 


– Christian, eu não fiz nada com Dulce, cara! Põe isso dentro da sua cabeça, garanto que vai caber e ainda sobrar muito espaço. –Ironizei, tentando recuperar o meu bom humor.


 


– Tudo bem cara, eu não vou contar pra ninguém que você pegou uma emo! – Disse o idiota, dando um tapinha nas minhas costas.


 


– Caraca, que cheiro é esse?


 


– Não fui eu! – Respondeu Christian erguendo as mãos.


 


– Não é isso, é cheiro de queimado, está vindo de dentro da casa.


 


– AAAAAAAAAAHHHHHHHHH!


 


Nós nos assustamos ao ver Dul correndo com uma travessa em chamas. Ela jogou a travessa dentro da piscina e um pedaço de carne carbonizado ficou boiando na água. Dul nos olhou com desprezo.


 


– Cozinhei para você meu querido amo, bom apetite! – Disse ela antes de sair caminhando, como se nada tivesse acontecido.


 


 


 


*~*~*~*


 


Christian e eu nos encaramos e então, continuamos a conversa, ignorando os fatos bizarros que acabaram de acontecer.


 


– Você pode ter molhado o biscoito primeiro, mas logo, logo, vou pegar minha totosa Italiana que conheci no MySpace. – Christian abriu o laptop, orgulhoso por sua conquista.


 


– Deixa eu ver quem é. – Pedi, aproximando-me para ver no MySpace, a foto da garota.


 


– Ela é linda!


 


Quando vi a foto, me questionei se Christian sabia com que tipo de gente ele estava lidando.


 


– Christian, é essa aqui? Tem certeza? – Perguntei apontando para o monitor.


 


– Sim, tira o olho que já é minha!


 


– Christian, o que é isso na garganta da sua namorada? Um pomo de adão? – Perguntei, segurando o riso.


 


– Oh, é mesmo. Eu nem sabia que mulheres tinham pomo de adão.


 


Fiquei por uns 10 segundos encarando o pobre coitado, na esperança de que ele se tocasse do que eu estava falando. Não adiantou, eu ia ter que dizer para Christian que somente homens tem pomo de adão.


 


– Christian, pelo amor de Deus, acorda! Isso é um travesti! – Perdi a paciência.


 


– Não é não, cara! Eu teclei com ela a noite inteira! – Respondeu ele ofendido.


 


Eu gargalhei.


 


– CARA, ISSO É UM HOMEM! ACORDA, CHRISTIAN! MULHERES NÃO TEM POMBO DE ADÃO!


 


A burrice em pessoa ficou me encarando assustado. Como ele não notou que era um traveco?


 


ESPERA, ELE DISSE QUE TECLOU A NOITE INTEIRA?


 


– Christian, você não fez sexo virtual com sua namorada, fez? – Perguntei sério.


 


– DROGA! – Gritou ao sair correndo.


 


– QUEM É O VIADÃO AGORA? – Gritei alto suficiente para ele ouvir. Não podia deixar aquela passar.


 


Fiquei minutos rindo, enquanto imaginava Christian fazendo sexo virtual com um traveco.


 


Para o meu alívio, e, provavelmente, o de DULCE, a noite logo chegou. Fui direto para a garagem, vestindo minhas típicas roupas de corrida: calça jeans, camisa branca de mangas compridas e jaqueta de couro. Para o meu desgosto, Dulce já estava a minha espera. Christian e Anahí também estavam lá.


 


– Para onde vocês vão? – Perguntei temendo a resposta.


 


– Para o racha com você. – Respondeu Annie.


 


– Quem disse para vocês que eu vou a um racha? – Perguntei de idiota, pois Anahí e Christian apontaram para Dulce.


 


Revirei os olhos. Já sabia que, com aqueles três, minha noite ia ser uma verdadeira loucura


 


 


 


*~*~*~* 


 


 


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Autor(a): Anna Uckermann

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Capítulo 11 - Racha e Bolo Maneiro   Dulce’s POV   Christian, Anahí e eu ignoramos os protestos de Christopher, e o acompanhamos, loucos para assistir o racha. Eu fui na minha Ducati com Annie, e Christopher foi na sua Suzuki com Christian.   Demorou um pouco até chegarmos a uma estrada já quase fora de Verona. Ao longe, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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