Fanfics Brasil - 3ª FASE Capítulo 3: Sr. e Sra. PERRY. Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: 3ª FASE Capítulo 3: Sr. e Sra. PERRY.

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3ª FASE


Capítulo 3: Sr. e Sra. PERRY.


Dulce PDV


Tudo ficou embaçado, engoli um bocado de água. Com algum esforço, consegui impulsionar meu corpo até a superfície. Enraivecida, tentei socar Christopher que antecipou-se e abraçou-me com força, me imobilizando totalmente.


– Acordou com o ovo virado, foi? – Perguntou o infeliz.


– Me solta agora! – Ordenei zangada.


Ele soltou imediatamente. Saí da piscina mais parecendo um pinto molhado, a brisa fria me fez estremecer. Chacoalhei-me feito um cachorro, respigando água por todos os lados.


– Posso saber por que tamanha demonstração de afeto logo pela manhã? – O Uckermann insistiu, pingando ao meu lado com um sorriso cretino nos lábios.


Respirei fundo antes de lhe jogar a resposta na cara.


– Você mandou flores para Maite!


– O que? – Fingiu-se de desentendido.


– Isso é o que?. . . Um. . . tipo de piada pra me tirar do sério? Está se divertindo? – Coloquei as mãos na cintura, não dando importância aos hóspedes, que nos olhavam estranho.


Foi nesse momento que Christopher começou a gargalhar intensamente. Fiquei totalmente sem ação, em um misto de ira e curiosidade, enquanto assistia ele colocar as mãos na barriga, praticamente passando mal.


– O que é tão engraçado? – Perguntei em um fio de voz.


– Você. . . – Ele enxugou a lágrima que ameaçava escorrer de seu olho, enquanto esforçava-se para falar. – É tão burra!


– Cansou de viver? Quer que eu te mate agora? – Certo que eu não estava entendendo nada, mas não contive minha revolta.


– É difícil entender que as flores eram para você?


– Não eram, não! – Estava ficando mais calma, confesso.


– É lógico que eram, sua tonta! Mandei entregar no quarto 201 ea Maite deve ter se apossado delas.


– Ah. . . – Gemi, extremamente constrangida.


– Porque acha que eu mandaria flores pra sua irmã? – Questionou, erguendo uma sobrancelha.


– Eu sei que você acha ela gostosona! Além do mais, deu pra perceber as vezes que tentou ficar com ela. – Coloquei tudo para fora, enquanto tinha coragem. – Quando ela leu o cartão, não tive dúvidas. Dá um desconto, ok? Como ia imaginar que, justo você, me mandaria flores?


Christopher, sério, aproximou-se e tocou meu rosto.


– Bella, é verdade que me interessei por Rose no início, mas acabei percebendo que eu queria frango e não carne, entende?


– Não! – Cara, como ele queria que eu entendesse isso?


– Ok, vou explicar de outro jeito. Meu interesse por sua irmã foi passageiro, apenas empolgação porque. . . – Ele revirou os olhos. – Não acredito que vou falar isso, mas a verdade é que só você. . . tem a chave do meu coração.


Foi impossível conter o riso ao ouvir a última frase.


– Isso foi a coisa mais brega que eu já ouvi na vida. – Zombei.


– Eu sei! Aliás, ser romântico com você é perigoso, te enviei flores e quase me matou. – Gargalhou.


– Sabe. . . você também é um pangaré!


– Por que? – Enlaçou minha cintura.


– Assinou o cartão. Está boicotando nosso namoro escondido?


– Nossa! Tem razão, nem me dei conta de que outra pessoa leria o cartão. – O Uckermann coçou a cabeça, abobalhado.


– Com a nossa inteligência, esse namoro ainda acaba em. . . MERDA! – Quase gritei vendo Alfonso e Anahí indo para o bar próximo a piscina. Eles pareciam distraídos, mas o medo me atingiu em cheio.


Instintivamente, empurrei meu namorado na piscina, tentando evitar um flagrante. Corri para o quarto do hotel toda molhada, antes que Christopher resolvesse se vingar, ou que Fofolete desconfiasse de algo. Me sequei, troquei de roupa. Então, o celular jogado na cama vibrou. Ao pegá-lo, notei a mensagem de texto.


Para:Meu Frango


De:Tesudo


[O lance da piscina vai ter troco, pirralha. Vamos sair hoje pra explorar a cidade?]


Rapidamente, respondi.


Para:Metido


De:B.


[Só nós dois?]


Meio minuto depois, outra mensagem chegou.


Para:Meu Frango


De:Tesudo


[Não!Eu, você e o Toicinho!É claro que é só nós!Estou carente.]


Gargalhei querendo chutá-lo.


Para:Metido


De:B.


[Eu topo. Afinal, só você tem a chave do meu coração.]


Zombei, louca pra ver a cara dele ao ler o torpedo. A resposta logo chegou.


Para:Meu Frango


De:Tesudo


[Engraçadinha!O único problema é que seu pai planejou uma excursão por Veneza. Arruma uma desculpa para não ir, que dou um jeito de passar aí assim que todos saírem.]


A idéia do Uckermann me agradou muito. Também estava muito a fim de namorar. Sem pensar duas vezes, digitei sorrindo.


Para:Metido


De:B.


[Combinadíssimo! Beijo e um chute na canela!]


Sentei-me na cama, empolgada. O telefone vibrou em minhas mãos. Fiquei surpresa em receber outra mensagem de Christopher, achei que tínhamos encerrado a conversa. Li o texto com os olhos arregalados.


Para:Meu Frango


De:Tesudo


[Beijo e tapa na bunda!]


Fala sério!


Sobressaltei ao ouvir as batidas na porta do quarto.


– Quem é? – Perguntei, receosa.


– Posso entrar,Dulce? – Reconheci a voz do meu pai.


Desliguei o aparelho imediatamente e, só por garantia, o coloquei embaixo do travesseiro.


– ENTRA! – Gritei, pondo-me de pé.


– Preparada para conhecer Veneza? – Sorridente, entrou no quarto.


Olhei para um lado e para outro e fiz a primeira coisa que me veia a cabeça.


– AAAAAAAAAAAHHHHHHHH, QUE DOR! – Berrei, jogando-me na cama com as mãos na barriga.


– O que você tem? – Ele aproximou-se preocupado.


– Minha barriga. . . – Como eu era uma péssima mentirosa, achei melhor enfiar a cabeça no travesseiro.


– Me deixe examiná-la.


Tive vontade de rir quando Victor tocou minha barriga, dando leves batidas com a ponta dos dedos.


– Aíííí. . . – Gemi, achando que ia ganhar um Oscar.


– É melhor levá-la para fazer alguns exames, pois não noto nada de anormal.


– NÃO! – Gritei, sentando.


PENSA RÁPIDO, PENSA RÁPIDO!


– É só uma dor de barriga,Victor. Acho que comi algo estragado. – Me contorci.


– Mas nem desceu pro café da manhã. – Confuso, fitou-me.


É, FEDEU!


Olhei pro frigobar, me sentindo subitamente iluminada.


– Comi umas besteiras que haviam ali. – Apontei, fazendo cara de santa.


– Vou trazer-lhe um remédio. Logo se sentirá melhor.


Christopher PDV


Consegui evitar um encontro constrangedor com Maite e me enfiei dentro do quarto, o qual Christian e eu dividíamos. Troquei de roupa, obrigando-me a pensar em uma boa desculpa para não ir a excursão chata de Víctor.


Foi aí que percebi garrafinhas de vodka no criado-mudo, próximo a cama do meu irmão. Sem muitas alternativas, passei a bebida pelo corpo como se fosse perfume, e até bebi um pouco. Joguei-me na cama, amarrotando a roupa.


O bisonhento entrou no quarto sem bater.


– Porra! – Murmurou ele. – Eu não gostei dessa cidade idiota! E o Victor ainda quer fazer a gente conhecer ela todinha! Você já viu que Veneza está quase toda alagada? É óbvio que foi uma enchente! O que vamos fazer por aí no meio de uma enchente?


Ergui a cabeça, incrédulo.


– Cara, promete pra mim que no próximo semestre você vai estudar de verdade.


– O que está insinuando? – Carrancudo, alisou o porco dorminhoco, que estava com uma roupinha de marinheiro. Tinha até o chapeuzinho! Era a coisa mais ridícula do mundo!


– Esquece! – Murmurei, desistindo da conversa.


– Que cheiro é esse? – O bisonho aproximou-se de mim. – Vodka?Caramba, Christopher! Já está na maior manguaça?


– Bebi demais, avisa o Victor que não vou poder ir à excursão, estou de ressaca! – Coloquei as mãos na cabeça, dando maior veracidade.


– Ah cara, poxa! Ia ser legal se você fosse. – Ele tirou uma câmera digital do bolso. – Ia tirar altas fotos! – O animal apertou o botão da máquina e quase me cegou com o flash.


– Pára com isso, sabe que odeio! – Resmunguei esfregando os olhos.


– Relaxa, mano. É Veneza, Baby!


Bufei, aborrecido.


– Vai embora. – Pedi.


– Tudo bem, fica aí deitado curtindo sua bagaça. Vou deixar o Toicinho aqui pra te fazer companhia. – Quase vomitei quando o suíno bocejou perto do meu rosto.


– PUTA QUE PARIU! TIRA ESSE BICHO DAQUI! – Mesmo me esforçando, não tinha como não explodir.


O mascote do meu irmão roncou e me perguntei se ele havia entendido.


– Tá bom, tá bom. Não somos bem vindos aqui, amigão. – Christian saiu chateado, consolando o porco.


Fui para o banheiro no intuito de tomar banho, pois fedia igual a um bebum de rua e o cheiro de vodka já estava me deixando grog.


Dulce PDV


– Tenho mesmo que tomar isso? – Fiz careta, olhando para o líquido verde na colher à minha frente.


– Precisa sim! – Meu pai estava irredutível.


Fechei os olhos e coloquei a colher na boca.


– Hum. . . – Fingi cara de satisfeita. Assim que Victor virou o rosto pra guardar o frasco do remédio em sua maleta, cuspi o líquido amargo no jarrinho de flores que enfeitava o criado-mudo.


– Vou avisar os outros que o passeio está cancelado. Vou ficar aqui com você.


CACETETE!


– Não, pai – Apelei. – Pode ir, vou ficar bem. É uma dorzinha de barriga de nada. Além disso, se eu piorar, te ligo. Por favor, vá. – Sorri.


– Não, Dulce. Ficarei.


Porque os pais insistem em pegar no nosso pé nas horas erradas?


– Sério! Divirta-se. Vou dormir um pouquinho. – Bocejei, espreguiçando-me.


– Tem certeza? – Analisou-me.


– Sim. – Eu podia jurar que tinha uma auréola acima da minha cabeça.


– Tudo bem. Qualquer coisa, me liga! – Victor beijou-me a testa.


– Ligo! – Dei tchauzinho, vendo-o atravessar a porta.


Vinte minutos depois, caminhei impaciente pelo quarto à espera do meu Uckermann. Dei mais uma olhada no espelho e constatei que estava ridícula. Queria ficar bonita, mas a única peça em minha mala que eu tinha certeza que ele gostava, era o vestido que o próprio escolheu no dia que quase jantei com Jake. O tomara-que-caia preto não combinava em nada com meu tênis, mas ignorei. Afinal, não ia passar o dia inteiro de salto.


Peguei o celular, me preparando para mandar uma mensagem pro atrasadinho, quando o mesmo invadiu o quarto sem bater.


– Vamos embora, meu frango!


O homem à minha frente me surpreendeu. Vestia uma camiseta preta, calça caqui engraçadinha e óculos escuros. No geral, Christopher estava absolutamente lindo.


Minutos depois, já estávamos na calçada do Holiday Inn.


UCKERZINHU fez sinal para um táxi e logo ele veio ao nosso encontro. Porém, um ônibus estacionado ali perto me chamou a atenção. Vários casais adentravam o veículo, contentes. Uma moça, próximo ao transporte, segurava uma prancheta e, em sua camisa, estava escrito “excursão para casais”.


– Ei, vamos naquele ônibus!


– Você já não andou de ônibus o suficiente? – Perguntou ele, incrédulo. – Além do mais, é excursão para pessoas casadas.


Olhei novamente para a movimentação em volta do ônibus e notei que ele tinha razão. Remexi a boca por alguns segundos, refletindo.


Então, de forma espontânea, girei meu anel, escondendo o símbolo de guitarra, peguei a mão do Christopher , tirei o anel que estava em seu polegar e coloquei no dedo anelar.


– Prontinho, problema resolvido! – Sorri, achando-me um gênio.


– Estamos casados? Só isso? Não vai ter nem um pedido formal ou cerimônia na igreja? Olha, eu sou uma rapaz de família, não é só pegar e levar. – O idiota fingiu-se de ofendido.


– Não faz cena! – O puxei em direção ao ônibus.


Christopher e eu ríamos sendo os últimos da fila, a qual esperava para adentrar o veículo. Então, nossa vez finalmente chegou.


– Vossos nomes estão na lista? – Perguntou a moça de óculos, suspeitando.


UCKERZINHU me encarou como se dissesse “eu sabia que isso não ia dar certo”. Lógico que eu não ia deixar ele passar aquilo na minha cara. Sorri, me preparando para mais uma grande atuação.


– É lógico que está! – Puxei a prancheta das mãos da moça. Todos os nomes da lista estavam sublinhados, exceto o último: PERRY. – Aqui minha filha! – Apontei para o papel. – Sr e Sra PERRY!


– Vocês não são jovens demais para serem casados? – Disse ela puxando a prancheta das minhas mãos, ainda desconfiada.


– Somos casados há pouco tempo. – Mostrei a aliança de mentirinha rapidamente.


– Eu a engravidei, então, o pai dela nos obrigou a casar. – Encarei meu Uckermann perplexa, enquanto ele tentava ficar sério.


– Vamos logo, Mary, temos horário a cumprir. – Reclamou, mal humorado, o motorista.


– Tudo bem, entrem. – A mocinha chata nos deixou adentrar o ônibus.


Fomos direto para o fundo do veículo. Não era de se admirar a desconfiança dela. Os casais que lá estavam eram bem mais velhos que nós.


– Não acredito que estamos fazendo isso. – Sussurrou Christopher ao meu ouvido.


– Vamos passear de graça! Quer mais o quê da vida, Sr. Perry? – Respondi, feliz por meu plano ter dado certo.
O motorista deu a partida e a excursão iniciou.


– Olha aquilo. – UCKERZINHU apontou para trás.


Observamos, sérios, um casal de quarentões correr atrás do ônibus. Provavelmente, eram os verdadeiros Sr. e Sra. Perry. Logo, eles desistiram, pois o motorista aumentou a velocidade sem perceber o que estava passando-se. Sem nenhuma culpa, caímos na gargalhada.


– Peço um minuto da atenção de vocês, por favor. – Tagarelou a quatro olhos. – Me chamo Mary, serei a guia de vocês hoje, qualquer dúvida podem falar comigo. Desejo a todos uma boa excursão.


– Mary é uma ótima guia. – O homem de cavanhaque sentado próximo a nós falou, sorrindo. – Me chamo Cris e essa é minha esposa Nancy. – Ele abraçou a mulher grávida. – Somos dos EUA, e vocês?


– Também. – Christopher respondeu automaticamente.
Cris e Nancy aparentavam ter trinta e poucos anos. Típicos turistas, carregavam máquinas fotográficas e folhetos.


– Como se chamam? – Nancy, simpática, falou.


– Sr. e Sra. Perry. – Meu pangaré. . . aí. . . quero dizer, namorado, respondeu, divertindo-se.


– É legal ver um casal tão jovem casado. Hoje em dia, as pessoas fogem de relacionamentos sérios. – Disse a mulher. – Como se conheceram?


Tapei a boca do UCKERZINHU antes que ele viesse novamente com a história da gravidez acidental.


– No hospício. – Respondi, sem pensar. O casal de turistas arregalou os olhos. – Fui visitar meu avô, e o Sr. Perry estava lá, fazendo trabalho voluntário. – Terminei a explicação, antes que fôssemos taxados de loucos.


– Ufa, já estava começando achar que eram malucos. – Cris brincou, aliviado.


– Malucos? – Meu Uckermann perguntou, quando tirei a mão de sua boca. – Imagina. . . não existem pessoas mais sãs no mundo que nós. – Achei as palavras dele meio irônicas.


– Foi amor à primeira vista, então. Adoro essas histórias românticas. – Nancy suspirou.


– Sim, foi. – Gargalhei. – Assim que nos conhecemos, viramos amigos inseparáveis. – Agora quem estava sendo irônica era eu.


– Casaram com quanto tempo de namoro? – Cris questionou.


CARA! QUE CASAL CURIOSO!


– Uma semana. – Christopher surpreendeu-me.


– Uma semana? – Os dois turistas falaram ao mesmo tempo, embasbacados.


– Las Vegas! – Confirmei, sorrindo amarelo. Cutuquei disfarçadamente o paspalhão ao meu lado. Se ele falasse mais um absurdo, iria apanhar ali mesmo.


– E vocês? – Ele passou a bola pros curiosos.


– Nossa história não é tão emocionante quanto a de vocês. Trabalhávamos na mesma empresa, ficamos amigos e acabamos por casar um ano depois. – Nancy acariciou sua barriga de grávida, feliz.


– Está grávida de quantos meses? – Por algum motivo, aquilo me pareceu interessante.


– 4 meses, nós já sabemos que é um menino! – Respondeu, trocando olhares com o marido.


– Meus parabéns. – Murmurei com sinceridade.


– A Sra. Perry também espera um bebê. – Christopher riu, colocando a mão na minha barriga.


Quase tive um AVC ao ouvir aquelas palavras. Eu devia estar mais branca que papel. Nada podia me deixar mais sem jeito.


– Ah, que maravilha, nem percebi. Sua barria ainda não cresceu. – Cris pareceu interessado.


– É que. . . que. . . – Gaguejei, sem saber o que responder.


– Ela só está com dois meses. – O pangaré disse tranquilamente.


– CHEGAMOS AO PARQUE COLORATO – A guia turística gritou animada.


The Corrs - Irresistible


– O que foi? Você que quis brincar de casinha. – Defendeu-se rindo.


– Mas bem que podia ter sido mais coerente, né?


– Pra quem disse que nos conhecemos em um hospício, está dando pití à toa, Sra. Perry.


Gargalhei.


– Estive pensando. – Subi no balanço, ficando de pé, junto com o tonto. – Como vamos fazer para nos falar quando meu pai e os outros estiverem por perto?


Christopher olhou para a copa da árvore, refletindo.


– Não pensa muito, que isso não é o seu forte. – Brinquei.


– Podíamos enviar alguns sinais, gestos, não sei. . . – Ele me deu um selinho.


– Como um código secreto? – Ergui uma sobrancelha.


– Sim! – Empolgou-se. – Podíamos criar uma linguagem de sinais só nossa!


– Exemplo! – Pedi, ainda confusa.


– Tipo, estamos jantando, não podemos enviar mensagem pelo celular que todos desconfiariam. Então, eu mordo o polegar. Isso significaria que estou com vontade de te beijar. Precisam ser gestos fáceis de lembrar e que passem despercebidos. – Ele mostrou o gesto, o que me fez rir.


– Legal! Então se eu precisar falar com você, vou passar o dedo indicador na sobrancelha direita, o que acha?


– Perfeito. Mas precisamos criar respostas básicas como SIM e NÃO.


– Não sei como sinalizar isso! – Confessei.


– Lembra disso, puxar a orelha direita significa SIM e coçar o cotovelo significa NÃO.


– E como é o sinal para: QUERO BATER EM VOCÊ? – Mostrei a língua.


– É só estalar o dedo mindinho! –UCKERZINHU fez careta.


Para equilibrar as coisas perguntei. . .


– Como faço pra falar por código que está um gato?


– É só passar os três primeiros dedos no queixo. Isso vale para nós dois, esteja de sobreaviso! – Ele mordeu meu ombro desnudo.


– Ok, recapitulando: morder o polegar = quero te beijar. Dedo indicador na sobrancelha = quero falar com você. Puxar a orelha = SIM. Coçar o cotovelo = NÃO. Estalar dedo mindinho = quero te bater. Passar os três dedos no queixo = está um gato.


– Exato! – Disse ele, saindo do balanço.


– Vamos parecer dois retardados! – Gargalhei.


– Com certeza. – Meu Uckermann me obrigou a sentar no balanço rústico.


– Empurra! – Pedi contente.


Christopher empurrou e literalmente voei para longe, dando com a cara no chão. Pude até sentir o gosto da grama seca.


– Você está bem? – Me estendeu a mão, na tentativa de me ajudar a levantar. – Pelo amor de Deus Saviñón, é para segurar na corda do balanço! Será que precisa de um manual? – Zombou.


Sem paciência, dei uma rasteira no tonto, que caiu ao meu lado. Foi hilário vê-lo gemer.


– Você é mesmo impossível! – Praguejou.


Ignorei, colocando minha cabeça em seu braço.


– Dulce . . . – Com a voz mansa, chamou-me.


– Sim? – Coloquei parte do meu corpo em cima do dele e o encarei, séria.


– Como foi que descobriu que gostava de mim?


Pisquei os olhos rapidamente, tentando pensar nas palavras certas para confessar.


– Quando beijei Jake. – Falei baixinho.


– Como assim?


– Er. . . ao beijá-lo, não senti absolutamente nada. Muito menos as sensações especiais, que sinto quando me beija. – Virei o rosto, constrangida.


Meu Uckermann tocou meu queixo, obrigando-me a fitá-lo.


– É mesmo estranho estarmos aqui hoje, juntos. Parece até que estamos desafiando o destino.


– Se é um desafio, será que venceremos? – Questionei, lembrando-me de nossas diferenças e de meu ódio por Ale.


– Sinceramente. . . – Rolou, posicionando seu corpo acima do meu. – Eu não sei.


Fechei os olhos, sentindo os lábios quentes dele tocar a ponta do meu nariz. Em seguida, olhos, bochecha, queixo e, por fim, boca. O hálito de menta dele invadiu minha boca, o sabor de sua língua era simplesmente irresistível. Entreguei-me ao toque sutil do homem que me tirava o fôlego. Me forcei a continuar de olhos fechados, temendo que o momento se esvaísse, que a paixão de Christopher evaporasse, pois homens como ele, tendem a se cansar de mulheres facilmente. Se perdeu o interesse em Maite, que é a miss beleza da família, por que não se cansaria de mim, que sou a ovelha negra?


Edward PDV


Beijei minha pirralha delicadamente, sem pressa de aprofundar o ato. Queria apreciar o momento, pois não sabia até quando estaríamos dispostos a lutar contra a maré de incertezas e dificuldades. Não tinha dúvidas que a queria junto de mim, mesmo depois do verão, mas bem sabia que Dulce era imprevisível, poderia acordar um dia, simplesmente achando que não valia mais a pena manter o relacionamento. Com a proximidade do casamento de minha mãe com Victor, a garota podia surtar e voltar a odiar Uckermann, e principalmente, a mim.


Cansado de criar teorias em minha cabeça, me obriguei a esquecer o mundo e a beijei com paixão. Talvez, ela percebesse o quanto significava para mim.


Podia sentir as mãos de Dulce em minhas costas, por dentro da camiseta. Minha pele reagiu imediatamente, lembrando-me do quanto desejava o corpo macio abaixo do meu. Foi preciso um grande esforço pra não tocá-la mais intimamente, não só porque estávamos em público, mas, também, porque não sabia qual seria a reação dela.
The Corrs - Irresistible (tradução)


Não te quero por um fim de semana
Não te quero por um dia
Não preciso de amor dividido
Não quero sentir dessa maneira
Vê, eu quero que você me queira (do jeito que te quero)
Do jeitinho que te quero (o jeito que te vejo)
E eu quero que você me veja
Como ninguém antes


Irresistível - natural, físico
É indefinível - mágico, ilógico
Então te farei minha
Você é minha


Então você não pode ver que sou torturado
Oh, você não pode ouvir minha dor
Se você simplesmente me deixar te mostrar
Eu serei sua chuva de verão
Então você sentirá que me quer (do jeito que estou sentindo)
Do jeito que te quero (o jeito que te quero)
E você não sabe nada melhor
É como nada anterior


Irresistível - natural, físico
É indefinível - mágico, ilógico
Então te farei minha
Você é minha


Agora você sente o que to sentindo (você não sente o que sinto?)
Você não sabe que é mais que isso? (Isto pode levá-lo a lugares)


(Tradução site terra)


Alguém pigarreou. Saí imediatamente de cima do meu frango.


– O ônibus já vai partir. – Cris riu com sua esposa ao lado.


Dulce levantou-se, sacudindo o pó da roupa, ruborizada.


As horas a seguir foram incrivelmente divertidas. Conhecemos vários locais turísticos de Veneza, enquanto todos continuavam a acreditar que Saviñón e eu éramos casados. Fomos a Praça de São Marcos, Palácio Grassi, Ponte dos Suspiros e o mais interessante, passeamos de gôndola pelo grande canal. Foi uma comédia ver minha namorada maluca morrendo de medo de cair dentro d´água e até brigou com o barqueiro que riu dela. Cris e Nancy nos acompanharam, tirando várias fotos e fazendo vídeos. Eles eram um casal bem bacana, até me senti um pouco culpado por estar enganado-os. Dulce pareceu sentir o mesmo. Fizemos amizade com o restante dos passageiros, participamos de brincadeiras promovidas pela guia Mary e, por fim, fomos almoçar em um restaurante temático. Popular, mas muito aconchegante, com karaokê e uma decoração típica dos anos 60. Era interessante, fotos de artistas da época espalhadas, jukebox e um cadilac roxo pregado no teto. Uma mesa de madeira comprida estava reservada para o nosso grupo que tinha aproximadamente 26 membros. Almoçamos muito bem, enquanto conversávamos animadamente. O vinho era excelente e a música ambiente também.


Ri ouvindo a história que Cris contava sobre uma loucura de amor que fez no 5ª aniversário de casamento.


– Algum de vocês já fez algo parecido? – Nancy questionou.


– Esse aqui? – A pirralha apontou para mim, zombando. – Ele é metido a responsável, jamais faria algo ridículo em público propositalmente.


SE ELA SOUBESSE QUE ME VESTI DE MULHER UMA VEZ PARA VIGIÁ-LA, NÃO FALARIA ISSO!


– Verdade, sou responsável. Diferente de outras pessoas. – Provoquei, apontando para meu frango.


– Não sou irresponsável, só não me preocupo com o que vão pensar de mim. Nunca me preocupei, sou o que sou! – Orgulhosa, encarou-me. – Já você, se preocupa demais, sempre querendo manter a pose de bonzão!


O casal à nossa frente riu.


– Mentira, não estou nem aí pro que pensam de mim. Só não gosto de ficar agindo como um débil mental! Acha que banco o bonzão só porque não saio por aí batendo e xingando as pessoas? – Retruquei.


– Agir por impulso não é ser débil mental, é ter coragem de assumir os pensamentos e vontades. Isso não é pra qualquer um, é preciso ter fibra. Covardes não encaram a parada. Confesse, Sr. Perry, a opinião alheia é importante pra você! – Definitivamente, a garota estava querendo me tirar do sério.


– Não vou discutir isso! – Contrariado, encerrei o assunto levantando-me.


– Onde vai? – Dulce perguntou.


– Ao banheiro. – Saí chateado por ela pensar tais coisas de mim. Ser chamado de covarde não me agradava em nada.


Bella PDV


Assim que Christopher saiu da mesa, me arrependi de ter falado que ele se preocupava demais com a opinião alheia e, principalmente, insinuado que era covarde. Eu nem estava falando tão sério assim. Esperei alguns minutos impaciente, já começando a considerar a possibilidade dele ter me abandonado ali. O espasmo em meu peito me tirou o ar.


– PEÇO A ATENÇÃO DE TODOS, POR FAVOR. – Meu queixo caiu ao ver Christopher próximo ao karaokê, segurando o microfone. – ESSA MÚSICA QUE VOU CANTAR AGORA VAI PARA AQUELA GAROTA. . . – Apontou e todos olharam para mim, atônitos. – . . . QUE ACHA QUE NÃO CONSIGO AGIR POR IMPULSO. NÃO SOU COVARDE! PIRRALHA, VOCÊ ESTÁ ENGANADA!


The Contours (Dirty Dancing) - Do you love me


Quase não acreditei quando o Uckermann começou a cantar Do You Love Me. Coloquei as mãos na boca, bestificada ao vê-lo, até mesmo, dançar. O grupo em que estávamos de penetras o apoiou, cantando junto e batendo palmas. O ritmo da música era tão contagiante que os clientes das outras mesas envolveram-se e já estavam acompanhando também.


Meu namorado saiu dançando pelo restaurante mostrando-se totalmente despreocupado e sem constrangimento. Todos pareciam admirar isso, já que gritavam, incentivando. Alguém aumentou o som do karaokê no máximo, o que fez a galera vibrar.


Christopher estava cantando muito bem, não fazia idéia de que ele era tão afinado. Quando subiu na ponta da mesa em que nosso grupo estava, gargalhei alto. A essa altura ninguém mais estava sentado, ou dançavam ou agitavam com as mãos para o ar. O louco andava lentamente pela mesa, desviando da comida e disponibilizando o microfone para que outros cantassem parte da música.


Tive vontade de espancar umas garotas oferecidas que tentavam passar a mão no meu Uckermann. O que elas estavam pensando da vida? OFERECIDAS! Nem sei como, mas Cris, nosso novo amigo, já estava em cima da mesa, chacoalhando o corpo. Parecia que eu era a única em todo o restaurante que não estava me esgoelando e dançando. Pra falar a verdade, eu estava era chocada.


O cantor continuou andando pela mesa, aproximando-se de onde eu estava. Olhei para cima com cara de taxo, ao vê-lo rebolar bem ali à minha frente. Eu tinha que admitir, o cara não era covarde.


Ri feito uma boba no momento em que ele cantou segurando meu queixo, como se as palavras fossem somente para mim. Então, em um súbito, puxou-me pela mão. Nancy parecia se divertir ao me ver em cima da mesa, totalmente sem jeito.


Christopher pegou a minha mão e me girou. Em seguida, me puxou pra junto de si.


– Quem está se preocupando demais com os outros agora? – Sussurrou ao meu ouvido.


O maldito tinha razão, eu estava sendo otária de ficar envergonhada. Mandei tudo às favas e passei a cantar como todo mundo. Sério, estava pulando em cima da mesa, não dava pra resistir ao ritmo, muito menos ao homem diante de mim, totalmente sedutor! Era demais ver todas aquelas pessoas berrando, com as mãos para o ar!Juro que me senti em um musical.


Christian PDV


– Porque temos que comer aqui nesse lugar chato? Deveríamos ter ido para o restaurante do outro lado da rua. Parece super animado, dá pra ouvir a música daqui! – Murmurei, chateado.


– O local estava lotado, querido, conforme-se. – Minha mãe tentou me consolar.


– Será que Dulce está bem? – O comedor de mães perguntou, preocupado com a pentelha.


– Ela deve estar dormindo essa hora. – Anahí, atolada em um prato de macarrão, respondeu.


Eu estava entediado de ver a porcaria da cidade alagada. Não achei graça nenhuma no museu que visitamos. Só tinha osso velho e quadro esquisito.


– Engraçado, o vocal dessa música me lembra muito a voz do Christopher. – Falou minha mãe, navegando na maionese.


– É só impressão sua, querida. – Victor disse, de enxerido.


– Bonequinho, quer comer o meu? – A bichona estendeu o prato, com cara de sacanagem. – HU!. . . OHOHOHOHOH.


QUE VIADO ESCROTO!


Não agüentei, o “sem pregas” ia ouvir. . .


– ENFIA O PRATO NO SEU. . .


Christopher PDV


A tarde que partilhei com Dulce e nossos novos amigos foi sensacional. Eu nunca me diverti tanto, até jogamos uma partida de futebol. Homens x Mulheres, o que resultou em uma Saviñón, competitiva, liderando as pernas de pau. Quando a noite ameaçou cair, nos despedimos de Cris e Nancy, ficando com o número de telefone dos dois. Então, voltamos para o hotel.


Fingir que estávamos bem dispostos durante o jantar no restaurante do Holiday Inn com a família, foi um tanto difícil, já que estávamos exaustos. Felizmente, ninguém pareceu notar nossa situação. Após o jantar, tentamos voltar para os quartos, mas os funcionários alegaram que estavam tendo problemas com as portas dos elevadores, garantiram que o contratempo logo seria resolvido. O jeito foi subir escadas.


Após o segundo lance, Maite me deteve, segurando-me pelo braço. O restante do pessoal continuou a torturante subida.


– Preciso falar com você. – Disse ela, sorrindo.


Cocei a cabeça, já imaginando que tipo de conversa teríamos.


– Tudo bem. – Tentei ser educado. Precisava arrumar um jeito de explicar a garota que não estava a fim dela, como aparentava.


– Não tive oportunidade de lhe agradecer pelas rosas. – Tocou meu peito.


Eu não tinha como negar que havia lhe enviado o buquê, afinal, o que eu diria? O maldito cartão era demasiadamente comprometedor. Eu queria me chutar por ter enviado a droga das flores.


– Que bom que gostou. – Confirmei sério.


– Você também me enlouquece. – Sussurrou ao meu ouvido, enquanto sua mão descia pela minha barriga.


– Estão impedindo a passagem. – Dulce falou a alguns degraus acima de nós, carrancuda.


Fiquei tão surpreso e atrapalhado, que empurrei Maite para longe de mim com força demais.


– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! – Gritou ela, rolando escada abaixo.


Foi uma cena nada agradável de se ver.


(Continua...)










Mas um só pra vcs comentem


Gente pelo o que eu sei a antiga autora parou nesse cap pela a metade  e o site excluiu a fic e a conta da ingred que pena


 



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Autor(a): Anna Uckermann

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3ª FASECapítulo 4: DIA DOS NAMORADOS Christopher PDV Estávamos todos no hospital St. Catherine's onde na sala de espera aguardávamos notícias de Maite, que havia dado entrada na emergência minutos atrás. Somente minha mãe e Victor puderam acompanhá-la. Fitei Dulce, sentada em uma poltrona, ela me enviava olhares ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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