Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni
3ª FASE
Capítulo 4: DIA DOS NAMORADOS
Christopher PDV
Estávamos todos no hospital St. Catherine's onde na sala de espera aguardávamos notícias de Maite, que havia dado entrada na emergência minutos atrás. Somente minha mãe e Victor puderam acompanhá-la.
Fitei Dulce, sentada em uma poltrona, ela me enviava olhares mortais, estalando o dedo mindinho frequentemente. Engoli seco, pois sabia que isso significava: Quero bater em você!
Confesso que não sei se ela queria me bater por ter flagrado Maite me agarrando ou se pelo fato de eu ter empurrado sua irmã escada abaixo. Talvez fossem os dois motivos juntos.
Mordi o polegar sinalizando que queria beijá-la. O que ganhei foi uma revista jogada na cara.
Sentia-me extremamente culpado pelo acidente.
Temia que minha cunhada atirada estivesse mal, pois, quando adentramos o hospital, ela gritava mais que uma cantora de ópera.
Será que Maite me perdoará? Victor contratará alguém para me matar?Dulce voltará a falar comigo? Essas perguntas estavam me deixando louco.
Como se não bastasse, todos na sala de espera me olhavam estranho, até mesmo meus irmãos. Eles estariam pensando que eu tinha feito aquilo de propósito?
Christian PDV
Meu irmão cabeçudo havia se transformado num psicopata? Parecia a única explicação para ele ter empurrado uma mulher gostosa da escada. Porque em todo filme de suspense, quando o vilão quer matar alguém, sempre empurra da escada.
Meu Deus! Ele é um assassino sanguinário? Como eu não desconfiei? O Zé Ruela andava mesmo muito estranho ultimamente! E se Christopher o estripador estivesse procurando novas vítimas?
Como vou dormir no mesmo quarto que ele agora?
PENSA,CHRISTIAN, PENSA. . . OK, A DOR DE CABEÇA ESTÁ VINDO!
O jeito é eu revezar com o Toicinho. Cada um fica de
vigia uma parte da noite, enquanto o outro dorme.
Marius PDV
O pessoal na sala parecia se questionar o porquê do caçador gostoso ter empurrado a loira sebosa. Já eu, tinha certeza do motivo. Era óbvio.
CHRISTOPHER É GAY!
A bandolera com fogo no rabo devia ter tentado agarrá-lo e lógico, a flor do campo empurrou a maldita, escada abaixo. Não o julgo, teria feito igualzinho!
HU! . . . OHOHOHOHOHOHOHOH!
Tomara que a cara azeda da Maite tenha ficado toda deformada! Ia ser divino!
Dei uma piscadinha de olho pro o novo membro da irmandade das bibas. Infelizmente, me ignorou. Devia estar preocupado em manter a pose de machão. Tadinho, ainda tem dificuldades em assumir seu lado cor de rosa. Em nome de todas as purpurinadas do mundo, tenho que ajudar Christopher Uckermannn a sair do armário!
Anahí PDV
Mesmo sabendo que Christopher não era má pessoa, não conseguia engolir a história de “acidente”. Fala sério! Quais as probabilidades de alguém empurrar outro pela escada acidentalmente?
Podia farejar algo estranho no pedaço, mas não conseguia saber o que. Minha intuição apitava mais que trem na estação. Era preciso investigar o incidente a fundo, juntar as peças do quebra cabeça e, principalmente, ouvir a versão de Maite do suposto “acidente”. Afinal, o cara estava começando a me dar medo.
Sem dúvida, aquilo era uma missão para o F. O. D. A!
Christopher PDV
A espera estava me deixando ansioso. Começava a acreditar que minha cunhada estava gravemente ferida.
Foi então que o meu celular, o qual havia deixado em cima da mesinha de centro, tocou. Sobressaltamos ao toque. Tentei atendê-lo, mas Christopher foi mais rápido.
– Fala, comedor. . . quero dizer, Victor! – Disse, deixando-nos tensos. – Tudo bem, entendi! Já estamos indo.
Meu irmão mais velho desligou e o encarei, receoso.
– Como ela está? – Perguntei.
– Não sei, nosso futuro papi disse para irmos ao apartamento 16!
– Vamos todos? – Dulce abriu a boca pela primeira vez desde o incidente trágico.
– Espera, gente, não vamos de mãos vazias, é falta de educação. Tem uma banquinha fora do hospital onde vende flores e balões. Levaremos algo pra animar Rose. – A anãzinha pronunciou-se.
– Acho uma boa idéia. – Poncho apoiou.
Minutos depois, adentrávamos o elevador do hospital com vários buquês de flores e balões nas mãos. Eu achei um exagero, mas Anahí insistiu.
Apertei o botão para o quinto andar, como havia indicado Christian. Quando as portas se fecharam, o idiota começou a pular e gritar:
– SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! . . .
– QUE PORRA É ESSA? – Gritou meu frango, ranzinza enquanto todos nós o fitávamos, incrédulos.
– O que foi? Nunca tiveram infância? – Defendeu-se.
– Ele sempre faz isso dentro do elevador! – Afirmei sem vontade.
– Gente, estou só tentando aliviar a tensão. Olha a cara de enterro de vocês! Isso não é bom! Vamos, tentem, vão se sentir mais relaxados depois. Garanto!
Marius, Anahi e Poncho trocaram olhares. Então. . .
– SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! . . . – Arregalei os olhos. Eles estavam mesmo seguindo o conselho do bisonho!
– FUNCIONA, FUNCIONA! DULCE, CHRISTOPHER, TENTEM! – Poncho gritou.
Dulce pareceu curiosa e disposta a testar a teoria. Como eu não ia ser o único a ficar paradão, resolvi arriscar também.
– SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! SOBE! . . . – Sim, éramos um bando de retardados pulando dentro do elevador em meio a gritos.
As portas se abriram de repente.
– Afaste-se, marido. Esses devem ter vindo do andar da psiquiatria. – Sussurrou uma senhora séria para o homem ao seu lado.
Constrangidos, saímos do elevador sem dizer uma palavra. Saviñón até escondeu seu rosto atrás de um buquê de flores. O mais absurdo é que, agora, eu realmente me sentia mais relaxado.
– Christian, qual o número do apartamento? – Perguntei quando chegamos a um corredor extenso e vazio.
– 16! – Respondeu, seguro.
Procuramos até achar o quarto com o número 16, cravado em letras douradas. Ergui o braço para bater a porta, quando. . .
– Espera! – Me interrompeu a bichona.
– O que foi? – Contrariado e sem paciência, falei.
– O objetivo das flores e balões é animá-la, certo? Então, vamos entrar passando energias positivas. – Aquele gay tava achando o que? Estávamos em um hospital, não em um parque de diversões.
– Concordo! Vamos entrar gritando SURPRESA! – Lógico que essas palavras saíram da boca de Anahi.
– Tanto faz. – Murmurou a pirralha.
– Parem com isso, vamos logo entrar! – Abri a porta.
– SUPRESA! – Gritaram os sem noção atrás de mim, ignorando minha vontade.
– Lamento! Chegaram tarde demais ELA MORREU!
– MORREU! – Gritamos todos perplexos.
– Sim! – Disse a enfermeira melancólica, próximo ao corpo estirado na cama, todo enrolado com um lençol branco.
– QUE DESPERDÍCIO! – Christian, alarmado murmurou.
Ouvi um estrondo. Quando olhei para o lado, percebi que Anahi acabara de desmaiar.
– Fica calmo, a cadeia não é um lugar tão ruim, lá você vai fazer muitas amizades coloridas. – Marius pôs uma mão no meu ombro, tentando consolar-me.
O resultado foi justamente o contrário, comecei a me imaginar atrás das grades.
Dulce mais parecia uma estátua. Acho que nunca a vi tão pálida.
Aproximei-me trêmulo do corpo de Maite, sentindo-me um assassino. A enfermeira me lançou um olhar terno.
Armei-me de coragem. Então, puxei o lençol para encarar minha vítima.
– NÃO É ELA! FOI OUTRA PESSOA QUE MORREU! – Gritei, feliz ao ver o cadáver de uma velhinha toda enrugada. Saviñón e o bisonho vieram correndo checar, e, como eu, ficaram felizes em não ver o corpo de Maite ali.
– Levanta do chão, Fofolete, Anahí não morreu! – A pirralha, contente, puxou a prima que ainda recuperava a consciência.
– O que? O que? – Questionou confusa, enquanto era amparada por Poncho.
Gargalhamos, satisfeitos. A enfermeira, com a mão no peito, nos olhava chocada. Afinal, estávamos praticamente comemorando a morte de alguém!
Então, me lembrei do motivo pelo qual estávamos ali.
– Tudo culpa sua, seu imbecil! – Dei um tapa atrás da cabeça do irmão mais burro do mundo. – Quer enfartar todo mundo?
– AAAAAÍÍÍÍÍÍÍÍ! – Gemeu o animal. – O que eu fiz?
– Falou o número do apartamento errado, anta! – Eu estava com vontade de socá-lo.
– Mentira! – Se defendeu, afastando-se. – Fiz tudo certo!
– Liga para teu pai e pergunta onde ele está! – Ordenei para minha namorada.
Dulce pegou o aparelho no bolso e, em menos de um minuto, já estava falando com Victor.
– Tudo bem, estamos perto! – Ela fulminou meu irmão burro com os olhos. . . – Apartamento 26 e não 16! Ok, ok, até já!
– Opa! Nunca fui bom com números! – Christian riu, colocando o boné no rosto.
Minutos depois, bestificados, olhávamos para Maite, em uma cadeira de rodas com a perna engessada e o nariz machucado.
– Ela ficará bem, os ferimentos não são graves. – Victor informou.
Ao vê-la em um estado tão deplorável, a culpa me atingiu terrivelmente. Me aproximei cuidadosamente e lhe entreguei um buquê de margaridas.
– Me desculpe, foi sem querer. – Murmurei, sabendo que era o centro das atenções.
– Tudo bem. – O sorriso da loira aliviou parte do meu remorso. – Mas, agora, quem vai ter que cuidar de mim é você. – As pessoas na sala riram, com exceção de Dulce e Christian, que exibia, distraído, seus músculos para uma enfermeira.
– Vamos para casa! – Minha mãe, tranqüila, ordenou. – É tarde e amanhã será um dia agitado.
Dulce PDV
Estava trocando de roupa para descer pro café da manhã quando batidas na porta do meu quarto me surpreenderam. Fechei a calça bem rápido e me meti dentro de uma blusinha azul. Ao abrir a porta, me deparei com um funcionário do hotel.
– Sra. Perry? – Perguntou ele, olhando para o papel em suas mãos.
– Ah. . . er. . . – Realmente, eu não sabia o que dizer. Deveria responder que não? Por fim, decidi enrolar. – Do que se trata?
– O Sr. Perry me mandou entregar, em mãos, à Sra. Perry. É você? – Ele ergueu uma caixa média em minha direção.
– Sim! – Tomei-lhe a caixa, já me perguntando o que Christopher estaria aprontando dessa vez. – Cobra a gorjeta do grande Sr. Perry. – Ironizei, fechando a porta.
Como meu pai já havia buscado Maite para o café, pude, tranquilamente, analisar a encomenda. Era quadriculada, prateada e com uma fita vermelha enfeitando. Curiosa, tirei a tampa, já considerando a possibilidade de ser uma pegadinha.
Meu queixo caiu ao ver a caixa cheio de pétalas. A única rosa vermelha no meio, me chamou a atenção, próximo a um cartão. Estava brava com o Uckermann, não só por ter pego ele de intimidade com Maite, mas também, por tê-la empurrado escada abaixo. Afinal, eu é que queria ter feito aquilo. Tudo bem, exagero, eu sei. Mas, o fato da sebosa estar bem o suficiente pra dar em cima do meu namorado na minha frente, só piorava as coisas pro lado dela.
Forcei-me a dissipar o ciúme e li o cartão.
“Meu frango,
Jantar às 08:00.
Do seu tesudo!”
Peguei, sorridente, a rosa, senti seu doce perfume adentrar minhas narinas, e foi nesse exato momento, que me perguntei se UCKERZINHU estava tentando me passar a perna, distraindo-me com um jantar para não lhe dar um surra merecida.
Imediatamente, peguei o celular, preparando-me para enviar uma mensagem. Virei o cartão e, em seu verso, estava escrito:
“FELIZ DIA DOS NAMORADOS!”
– Dia dos namorados? Dia dos namorados? Oh, meu Deus! – Quase caí para trás com a surpresa. Eu não tinha dúvidas, ia pirar!
PUTA MERDA! NUNCA COMEMOREI ESSA DATA. O QUE EU FAÇO?
O ar parecia ter ficado rarefeito, minhas mãos trêmulas suavam e eu queria gritar por socorro.
– Calma, Dulce, não entre em pânico! – Dei um tapa em mim mesma. – Vou ligar para Anahí. Quem sabe, ela me ajude.
Quando estava prestes a discar o número, me lembrei do quanto a Fofolete era curiosa, iria me afogar em perguntas das quais eu não poderia responder.
– Pensa, Dulce, pensa! Você precisa comprar um presente pro uckergayzinho e arranjar uma roupa legal pro jantar. – Chacoalhei a cabeça pra misturar bem os neurônios. Quem sabe, não saía dali uma genialidade. – Quem eu conheço que não é da minha família, e estaria disposto a me ajudar sem questionar?
Uma hora depois. . .
– HU! . . . OHOHOHOHOHOHOH!
Sim, eu estava com Marius em uma boutique de shopping.
– Tem certeza que eu devo usar isso? – Perguntei, fazendo careta para o espelho à minha frente. O vestido rosa-choque de lycra não combinava nada comigo.
– Você está um luxo! – A bichona bateu palminhas. – Se você não estava dando pra ninguém, agora, com esse vestido, vai dar pra todo mundo!
Arregalei os olhos, perplexa.
– EU TENHO CARA DE QUEM QUER DAR PRA TODO MUNDO? – Berrei enfurecida.
– Tem sim, amigããããããã! HU!... OHOHOHOHOHOH!
Algumas mulheres na loja me olharam, enojadas.
CARA, ESSE VIADO TÁ ME SACANEANDO!
Corri para o provador, na intenção de tirar o vestido ridículo o mais rápido possível.
– Chapeuzinho. . . me diz uma coisa, quem é esse seu namoradinho, hein?
Eu estava redondamente enganada quando imaginei que o pavão não me encheria de perguntas.
– Er. . . você não conhece, ele é novo. – Respondi, fechando a cortina do cubículo na cara dele.
– Hum... Então, diz como ele é? Loiro, moreno, oriental... já sei! É um negão daqueles bem parrudos... ui! – Disse o tarado, empolgado.
Revirei os olhos.
– Marius, vai buscar outro vestido! – Ordenei.
Minutos depois, várias roupas caíram sobe a minha cabeça. Bufei, notando que a maldita bicha tinha jogado todas por cima do provador. Peguei uma e comecei a vestí-la.
– O que vai fazer na noite dos namorados? – Curiosa, questionei.
– Ah... nada demais... só arruinar, de forma maquiavélica e cruel, o encontro do meu bonequinho. – A biba fez pouco caso.
– Christian vai ter um encontro? – Surpresa, coloquei a cabeça para fora do provador.
Christopher PDV
Já passavam das 18h quando Christian, finalmente, saiu do banheiro, enrolado em uma toalha, cantarolando:
– Upside inside out
Living la Vida Loca
She'll push and pull you down
Living la Vida Loca!
– Qual o motivo da cantoria? – Falei rindo.
– Hoje vou ao cinema, depois jantar e, por fim, o mais importante, dar uma pimbada!
– Mesmo? Com quem?
– A enfermeira gostosa que conheci no hospital. – Ele aproximou-se e colocou uma mão no meu ombro. – É, cabeçudo, você vai ser o único Uckermann a ficar sozinho, descascando uma banana.
Ignorei aquele comentário infeliz e foquei a parte da informação que mais me interessou.
– Então, você não vai dormir aqui hoje, certo?
– Tá louco? Do jeito que estou matando cachorro a grito, vou ficar sumido uns três dias. Porque? – Perguntou, enquanto arrumava a gravatinha borboleta do Toicinho.
– Por nada... – Desconversei. – Posso te dar uma dica?
– Fala, Zé Ruela!
– Cara, não leva esse teu porco pro encontro! – Eu estava realmente querendo ajudar.
– Por que? Ele está tão empolgado!
Passei a mão no rosto, impaciente. Era melhor tentar falar a mesma língua absurda do bisonhento ou ele iria acabar se dando mal no encontro e estragar meus planos.
– Você não falou que o suíno tem jeito com as mulheres? Então, vai que a garota fica encantada com ele e esquece você? – Eu sei, perdi muitos pontos do meu Q. I. com essa frase.
– Nossa! É mesmo. Desculpa, amigão, você vai ter que ficar com Christopher, o estripador. – A anta ergueu seu mascote no ar. – Hoje não é um bom dia pra ter concorrência. Não fica triste, que te conto uns detalhes cabeludos quando voltar!
– Christian, o bicho não quer saber da sua vida sexual! – Revirei os olhos
– Alguém tem que saber! – Riu o gênio. – Christopher, posso te pedir um favor?
– O que?
– Quando estiver se sentindo solitário essa noite, por favor, não agarre o Toicinho! – Zombou.
Peguei um travesseiro e atirei no otário, que gargalhava feito um louco.
Fiquei animado em saber que meu irmão gênio iria passar a noite fora, assim eu poderia oferecer o jantar à minha pirralha no quarto, onde teríamos mais privacidade. Estava ansioso feito um adolescente, nunca havia comemorado a data dos namorados com ninguém, pois nunca tive um relacionamento sério, só pequeno casos. Torcia para fazer tudo certo e, com isso, contornar o mal entendido da escada.
Victor PDV
Verifiquei rapidamente as horas no relógio de pulso e já marcavam 19h. Por mais que minha dama Ale estivesse diante de mim linda, em um belo restaurante italiano às margens do grande canal veneziano, minha preocupação com Maite não cessava. Sentia-me, de certa forma, culpado por tê-la deixado sozinha no quarto do hotel.
– Não fique assim, Maite está bem! – Murmurou Ale, percebendo minha preocupação. – Todos estão. Se houver algum problema, nossos filhos telefonam.
A voz tranqüilizadora de minha noiva confortou-me. Acariciei sua mão suavemente.
– O que acham que eles estão fazendo? – Perguntei sorrindo.
– Anahí me falou que ela e Poncho iriam ao teatro, depois passeariam de gôndola. Christian, pelo que eu soube, vai encontrar-se com uma moça. Christopher, infelizmente, não quer sair do quarto. Acho que está mergulhado em remorso pelo que aconteceu com Maite. Já Dulce, me ignorou quando lhe perguntei sobre seu programa para essa noite, mas Marius não resistiu e me contou que ela sairá com um rapaz. Na verdade, ele usou as palavras um negão.
Não gostei nadinha de ouvir a últimas frases, as mudanças na vida de Dulce estavam me deixando receoso, não sabia como lidar com o recente interesse dela em garotos. Achava muito cedo para ela se envolver com alguém, poderia se decepcionar, se machucar e muitas outras coisas. De alguma forma, sentia-me de mãos atadas, já que ela rejeitava meus conselhos.
– Meu amor, evitei por anos uma conversa com Dulce sobre relacionamentos físicos, mas, agora, com ela ficando cada vez mais independente e conhecendo rapazes como aquele tal de Jacob, não há como fugir. Preciso ter uma conversa séria com ela. Não quero minha filha por aí agarrando-se com um vagabundo ou engravidando de um moleque qualquer. Aliás, pelo que depender de mim, Dulce não irá namorar até criar um pouco de juízo naquela cabecinha.
Ale riu docemente.
– Meu querido, imagino como deve ser constrangedor para você e para ela ter esse tipo de conversa. Por que não me deixa tentar primeiro? Talvez, por eu ser mulher, ela me escute. Se não der resultado, você tenta do seu jeitinho, ok?
– Obrigado! Não sei o que faria sem você! – Beijei-lhe levemente os lábios.
– Já que estamos nesse clima de romance, deixe-me lhe dar seu presente. – Ale colocou um grande embrulho em cima da mesa.
Rasguei o papel colorido cuidadosamente. Não consegui disfarçar minha surpresa ao pegar o álbum de família em minhas mãos. O abri e haviam várias fotos nossas e de nossos filhos.
– Algumas fotografias consegui com Christian, ele fotografou vários momentos nossos na Itália. Veja que, na maioria delas, estávamos distraídos sem perceber que o espertinho nos flagrava. – Disse ela, apontando para uma foto nossa em Verona conversando na cozinha.
– Meu amor, adorei o presente. – Fiquei emocionado em tocar aquele álbum, era como se fosse a esperança palpável de que tudo no fim acabaria bem.
– Olha essa! – Riu ela, apontando para uma foto de Christopher e Dulce discutindo na sala de nossa casa. – Será que esses dois um dia vão se entender?
– Eu não sei, brigam mais que cão e gato! – Sorri. – Mas, talvez no final de nossa jornada pela Itália eles acabem entendendo o sentido de amor entre irmãos.
– Quem sabe. . . – Meu amor suspirou.
– Agora é minha vez de presenteá-la.
– Oba! – Ale animou-se.
Tirei do bolso a pequena caixinha preta coberta com veludo e, assim como ela, pus em cima da mesa.
– Abre! – Incentivei.
Rapidamente, ela o fez e seus olhos brilharam ao ver o presente.
– São nossas alianças! – Disse com a voz embargada.
– Espero que tenha gostado.
Minha dama me abraçou fortemente e retribuí o abraço, sentindo-me extremamente feliz.
– Te amo, Ale!
– Também te amo, Victor! – Respondeu, encarando-me e lacrimejando.
Poncho PDV
Anahi e eu caminhávamos pelas estreitas ruas de Veneza, tendo como objetivo chegar ao local onde as gôndolas atracavam. Minha namorada estava incrivelmente contente, seu sorriso iluminado encantava-me.
– Espera um pouco. – Pedi, no meio de uma rua pouco movimentada, levemente iluminada pela lua.
– O que foi, Poncho?
– Quero te dar o meu presente do dia dos namorados. – Acariciei seus cabelos.
– Ah, eu não ligo pra esse tipo de coisa. Só de você estar aqui comigo já é um presentão.
– Tem certeza? – Enruguei a testa.
– Não, cadê o meu presente? – Estendeu as mãos, com os olhos fechados.
Ri, tirando da sacola a caixinha e pondo em suas mãos.
– Posso abrir os olhos? – Perguntou impaciente.
– Sim!
Ela chacoalhou um pouco a caixa e depois, desembrulhou, como se fosse uma criança.
– Oh, meu Deus! Chanel nº 5! – Pulou surpresa. – Esse perfume é tão glamuroso, AMEI, AMEI!
Anahí jogou-se em meus braços, quase me derrubando.
– Tão glamuroso quanto você. – Falei timidamente.
– Aí... tenho que te entregar o seu presentinho. – Minha namorada tirou de dentro da bolsa um embrulho com formato retangular. Ao pegá-lo, logo notei que se tratava de um livro, então, sorri.
– Vamos ver... vamos ver... – Desembrulhei, revezando olhares entre ela e o embrulho. Por fim, consegui ver o título. – Kama Sutra? – Sussurrei, sem ação.
– Er... é só um livro, dizem que é bom. – Baixou a cabeça, rindo. – Não estou pressionando. Que isso fique claro!
Engoli seco ao abrir o livro, enquanto ouvia as risadinhas de minha pequenina.
The Darkness - I Believe In A Thing Called Love
Marius PDV
Adentrei o restaurante do hotel onde meu bonequinho iria encontrar-se com uma lambisgóia qualquer. Olhei à minha volta e não avistei o gostoso. Então, sentei em uma mesa reservada por mim, ao lado da mesa que o meu amor reservou para a noite dos namorados. Acomodei-me para assistir o espetáculo de circo. O que me incomodava era o disfarce medíocre, era o único que poderia me garantir 100% de eficácia. Terno preto e cabelo lambido. Eu estava disfarçada de homem.
QUE HORROR! ABAFAAAAA!
– Em que posso servi-lo, senhor? – O garçom bonitinho falou.
– Ah, meu amor... – Parei quando notei que minha voz estava saindo afeminada. Dei uma tossidinha básica e continuei com voz grossa. – Whisky. – Soquei a mesa, feito macho, mas a voz afinou a seguir, quando senti o punho machucado. – E muito gelo.
– Sim, senhor.
Bastou o rapaizinho sair pra eu desmunhecar geral. Sacudi a mão dolorida, feito louca. Temia ser vista ali por alguma amiga, pois ninguém jamais poderia saber o nível baixo que cheguei, ao me disfarçar de homem. O único consolo era saber que o pokémon reprimido não iria traçar uma rachada xexelenta.
Quando meu bofe escândalo e a perua morena entraram no restaurante, tratei logo de cobrir o rosto com o cardápio.
– Estou morrendo de fome. – Christian sentou-se. – Vamos logo pedir!
– Por mim, tudo bem. – Respondeu a chucrute em forma de mulher.
– Senhor, aqui está sua bebida. – O garçom disse, colocando o copo sobe a mesa.
Sem tirar os olhos das minhas vítimas, dei um gole sinistro no whisky e me engasguei logo em seguida, cuspindo quase tudo no pobre rapazinho. Definitivamente, aquilo era bebida de macho, queimava mais que fogo.
– Tira isso daqui, antes que eu morra, pelo amor de Deus! – Quase gritei. – Me trás um drink de morango com vários guarda-chuvinhas pendurados. – Fui logo dispensando o bofe para não perder nenhum momento da conversa do meu muso.
– Gata, você me deixa sem eira nem beira. – Meu gostoso cantou a chucrute que riu feito uma hiena.
QUE INVEJA DA PORRA!
Nesse momento, uma mulher com seus 30 anos, de vestido estampado, grávida e com o cabelo black power, entrou marchando no restaurante, arrastando duas crianças melequentas pelo braço.
– SEU CANALHA! – Ela jogou a taça de água que estava sobre a mesa no rosto do Christian. – NÃO ACREDITO QUE ESTÁ JANTANDO NESSE RESTAURANTE CARO ENQUANTO SEUS DOIS FILHOS E EU PASSAMOS FOME!
Não agüentei.
– HU! . . . . OHOHOHOHOHOHOHOH.
– O que? – Confuso, meu muso encolheu-se na cadeira.
– Sim, Christian Uckermann, seu vagabundo. Vai negar também que o filho aqui na minha barriga é seu? – Gente, a mulher que eu contratei era um espetáculo.
– Está ficando doida, mulher, eu nem te conheço! – Defendeu-se.
– Você é casado? – A chucrute morena parecia horrorizada.
– NÃO SOU! Não que me lembre... – O burro coçou a cabeça.
Contente que nem um viado queimando a rosca, fiquei assistindo o show, chupando o canudinho do meu drink que acabara de chegar.
– MOÇA, ESSE HOMEM NÃO PRESTA! VAI FAZER COM VOCÊ O MESMO QUE FEZ COMIGO, EMBUCHAR E DEPOIS JOGAR FORA, FEITO UNS PANOS DE BUNDA!
– É mentira! É mentira! – Christian levantou-se, nervoso.
– Deveria ter vergonha na cara, vai cuidar dos seus filhos, cafajeste! Nunca mais me procure! – A chucrute, se achando gente, saiu do restaurante quase correndo.
Nem tentei controlar. Me esgoelei ali mesmo.
– HU! . . . OHOHOHOHOHOHO. . . HU! MUUUUUUAHAHAHAHAHAHAHA. . . . – Gargalhei alto, igual vilã de novela mexicana.
– VOCÊ! – Berrou o bonequinho, vendo-me passar mal. – Foi você que armou tudo isso, não é, seu viado sem vergonha?
Levantei-me, orgulhosa do meu plano e, em plenos, pulmões respondi:
– EU CONFESSO, BÊBE. . . CONFESSO TUDO. . . – Bati o pé no chão, rasgando a camisa branca de mal gosto liberando a mulher em mim, em prantos. – EU FIZ TUDO POR AMOR, MUNDIÇA!
Christian tremeu, cerrando o punho.
– SOCOOOOOOOOOORROOOOOOOOOOOOOO! – Gritei, vendo o He-Man moreno partir pra cima de mim, enfurecido. Eu, que não sou besta nem nada, corri feito uma louca para fora do restaurante.
This Is My Now - Jordin Sparks Lyrics
Dulce PDV
Imaginei que Christopher me enviaria uma mensagem de texto informando o endereço do restaurante onde o encontraria. Ao invés disso, me pediu para ir a seu quarto. Agora, estava diante da porta. Nervosa, ajeitei pela última vez, o vestido que Marius havia escolhido para mim. Passei o dedo nos dentes, tentando eliminar vestígios de batom. Então, finalmente, cheia de coragem, bati levemente na madeira.
A porta abriu-se sozinha. Rapidamente, entrei, fechando-a atrás de mim, pois não queria ser vista ali por ninguém. Fiquei parada, observando a escuridão. Tentei tatear algo, mas foi inútil.
– Christopher? – Sussurrei.
Foi aí que vi a chama de uma vela iluminar parcialmente o quarto. Quando o Uckermann acendeu a outra, consegui ver mais nitidamente ele e o ambiente à minha volta.
Meu namorado sorria absolutamente perfeito em um terno preto. Foi preciso muito esforço para tirar meus olhos dele e fitar o chão, que estava todo coberto com pétalas de rosas vermelhas, idênticas as que recebi pela manhã. As velas eram sustentadas por um castiçal dourado, bem posicionado em cima da mesa no meio do quarto, na qual estava servido o jantar. Fiquei completamente estupefata, tudo estava tão bem decorado e lindo que nem sequer me movi.
– Surpresa? – Perguntou ele, servindo-se de champanhe.
– Absolutamente. – Confirmei em um fio de voz.
UCKERZINHU aproximou-se de mim, passando os três dedos em seu queixo, que, em nossa linguagem de sinais, significava: você está uma gata. Andou à minha volta, analisando-me.
– Foi você quem comprou esse vestido? – Pude notar que ele prendia o riso.
– Por que? Não gostou? – Questionei, levemente ofendida.
– É que nunca te vi usando um vestido com estampa de oncinha antes. É engraçado! – O tonto gargalhou.
Ri pra não chorar, não acreditando que a maldita bicha tinha me convencido a usar aquilo.
Nota mental: Esganar Marius até ele virar homem! O que pode nunca acontecer.
– Não é tão feio! – Menti só para não dar o braço a torcer.
Christopher passou os dedos em minhas costas, próximo ao zíper. Tive duas reações instantâneas. Primeiro, minha pele arrepiou-se, segundo, meu estômago embrulhou. O que ele estava querendo?
– Não tirou a etiqueta! – Ele mostrou a mesma.
Boa,Dulce, se superou! Saiu com um vestido de oncinha e nem sequer tirou a etiqueta. Cara, será que estou sendo contaminada pela burrice de Christian?
MUDA DE ASSUNTO AGORA!
– Foi você quem fez isso tudo? – Apontei para a mesa.
– Na verdade... foram os funcionários do hotel, mas eu ajudei um pouquinho. – Bateu no peito orgulhoso. – Posso levar os créditos mesmo assim?
– Pode! – Mordi o polegar, e, no mesmo momento, ele entendeu que queria beijá-lo.
– De todos os sinais que inventamos, esse de morder o polegar é o que eu mais gosto. – Meu Uckermann ergueu-me para que pudéssemos ficar da mesma altura.
Dei-lhe um selinho, enquanto acariciava seu maxilar.
– O que temos para o jantar, Sr. Perry? – Brinquei antes de morder-lhe o lábio.
– Advinha.
– Frango? – Perguntei, erguendo uma sobrancelha.
– Sim!
– Meu Deus, UCKERZINHU, você é obcecado por frango! Tenho até medo! – Gargalhamos.
O jantar foi incrível. Para minha surpresa, meu namorado se comportou como um cavalheiro, juro que não sabia que ele era tão educado. Me serviu em tudo e até me deixou ficar com o último chocolate da sobremesa.
Jordin Sparks -This Is My Now (Tradução)
Teve um momento em que eu guardei meus sonhos longe
Vivendo em uma concha, escondendo de mim.
Havia um tempo quando eu tinha tanto medo
Eu pensei que eu tinha chegado ao fim.
Baby, foi então.
Mas eu sou feito de mais do que meus ontem.
Isto é meu agora,
E eu estou respirando o momento.
Quando dou uma olhada a minha volta eu,
Eu não posso acreditar o amor que eu vejo.
Meu medo está atrás de mim,
As sombras e a dúvida se foram.
Isso era antes.
Isto é meu agora.
Eu tive que decidir.
Eu ia jogar no seguro?
Ou olhar em algum lugar profundo,
Tentar mudar a maré.
Achar a força para dar aquele passo de fé?
Isto é meu agora,
E eu estou respirando o momento.
Quando dou uma olhada a minha volta eu,
Eu não posso acreditar o amor que eu vejo.
Meu medo está atrás de mim,
As sombras e a dúvida se foram
Isso era antes.
Isto é meu agora.
Eu tenho coragem como nunca tive antes, yeah.
Eu me conformei com menos, mas eu estou pronto para mais.
Pronto para mais,
Isto é meu agora,
E eu estou respirando o momento.
Quando dou uma olhada a minha volta eu,
Eu não posso acreditar o amor que eu vejo.
Meu medo está atrás de mim,
As sombras e a dúvida se foram.
Isso era antes.
Isto é meu agora.
E eu estou respirando o momento.
Quando dou uma olhada a minha volta eu,
Eu não posso acreditar o amor que eu vejo.
Meu medo está atrás de mim,
As sombras e a dúvida se foram.
Isso era antes.
Isto é meu agora.
Isto é meu agora.
Após várias taças de champanhe, já estávamos sentados na cama, rindo enquanto respondíamos as perguntas um do outro sobre o passado.
– Essa eu quero saber. Primeiro beijo, quando, onde e com quem? – Interessadíssima, interroguei.
– Acho que eu tinha uns 13 anos, estava no colégio. Nem me lembro o nome da garota. Mas sei que ela odiou, pois nunca mais falou comigo. – Riu, afrouxando o nó da gravata.
– Quem diria que o metidão já foi dispensado! – Ironizei.
– Eu já fui um nerd tímido, Dulce. Nenhuma garota chegava perto de mim no colégio. Christian até hoje me chama de viadão por causa disso.
– Não brinca!
– Sério! Mas aos 17 anos mudei e, aos poucos, me transformei no tesudo que hoje conhece. – O babaca piscou o olho.
Dei-lhe um tapa atrás da cabeça para que ele controlasse o próprio ego. Um barulho vindo do banheiro me fez sobressaltar.
– O que foi aquilo? – Não consegui disfarçar o espanto.
– Tranquei o porco do Christian lá! Se ele soubesse, me mataria. – Riu alto.
– Deveríamos deixá-lo na cozinha do hotel. Quem sabe ele não vira um delicioso leitão? – Não achei uma má idéia.
– E você? – Risonho, questionou.
– Eu o que?
– Primeiro beijo, não foge do assunto! – Cruzou os braços.
– Eu não sei... já foram tantos que nem me lembro! – Gargalhei, bebendo um gole de champanhe.
– Mas você não colabora nem hoje, hein? Que garota difícil! Vai lá, eu quero ouvir que eu fui o seu primeiro.
– Pára,Christopher! – Lancei-lhe o travesseiro na cara. – Tu é muito convencido. – Ambos gargalhamos.
– Tudo bem, agora, vou deixar você um pouquinho convencida também, pirralha. – Ele puxou-me para junto de si. Ficamos de joelhos na cama um de frente para o outro. – Fecha os olhos! – Ordenou.
– Por quê?
– Porque sim, fecha logo!
Fechei.
O senti erguer um pouco meu braço direito, minha mão ficou apoiada em seu ombro. Sorria ao tentar imaginar o que o maluco estava fazendo. Dava pra perceber algo em volta do meu pulso, isso atiçou minha curiosidade.
– Abra os olhos. – Sussurrou junto ao meu ouvido.
Os abri lentamente, bestifiquei ao ver a pulseira prateada em meu pulso, mas o que me chocou mesmo foi o pequeno pingente em forma de frango.
– Isso é um jeito romântico de me xingar? – Provavelmente, minha expressão facial denunciava a alegria que sentia.
– Um dia vai entender! – Meu Uckermann beijou a palma da minha mão e acabei suspirando sem querer.
– Tenho algo pra você também!
– Tem? – Pareceu-me confuso.
– Lógico, que tipo de namorada acha que eu sou? – Me fingi de ofendida.
Alcancei a bolsa de tigresa que Marius havia escolhido para combinar com o vestido. E de lá, tirei uma caixinha quadrada menor que um palmo.
– Feliz dia dos namorados! – Pronunciei a frase estranha pela primeira vez na vida, estendendo o presente.
Meu namorado o pegou, analisou a embalagem dourada e bem decorada, então, finalmente abriu.
– Um pote de gel? – Ergueu as sobrancelhas.
– Sim, não é legal? É para você continuar usando o cabelo ensebado. – Sorri amarelo, passando as mãos nas mechas bagunçadas dele.
– Obrigado! – Murmurou, provavelmente, fingindo gostar da surpresa.
– Tudo bem! Eu confesso! – Coloquei as mãos no rosto. – Passei o dia procurando algo pra te dar, mas não achei nada que fosse a sua cara. Só esse gel aí. Foi mal, eu não sou boa nisso, nunca comemorei essa data. – Realmente estava com a cara no chão. Parecia uma boa idéia dar a ele o gel, mas depois que vi a pulseira, me senti a pior namorada do mundo.
– Não esquenta! – Riu.
– O que você quer? Me pede, qualquer coisa eu compro amanhã, sério! Eu acho o que você quiser, daí eu embrulho e você finge surpresa. – Nervosa, pedi.
– Posso pedir qualquer coisa?
– Sim! – Respondi segura.
Christopher juntou seu corpo ao meu. Seus lábios quentes fizeram um percurso delicioso do meu pescoço até a orelha, então, sussurrou:
– Eu quero você!
Minha respiração parou de fluir ao som daquelas palavras. As mãos dele percorriam minhas costas, mãos ansiosas e firmes.
– Você me quer? – Perguntou ele, com a voz rouca e sexy.
– Sim! – Minha voz saiu mais baixa que um sussurro.
UCKERZINHU beijou-me. Me senti inteiramente embriagada, não de champanhe, mas de paixão. Minhas mãos subiram até sua nuca, onde lhe agarrei os cabelos, aprofundando o beijo quente e molhado. Podia notar a urgência de Christopher em me ter, a mesma urgência exalava de mim facilmente. Dominada pelo sentimento intenso que me possuía, beijei ardorosamente o pescoço do meu namorado, enquanto ele tomava em suas mãos meu quadril. Quanto mais carícias trocávamos, mas eu o queria para mim. Ele me deitou na cama, e pôs seu corpo sobe o meu.
Ofegante, me encarou ao passar a mão pela minha coxa. Totalmente seduzida, gemi baixinho. Algo explodiu dentro de mim, eu não sabia se era a vontade de tê-lo, ou o medo de perdê-lo. Trocamos outro beijo selvagem, então, rolamos na cama. Tentei abrir os botões da camisa do Uckermann, mas não tive sucesso por estar trêmula.
Desistindo, me ergui, ficando sentada em cima dele com uma perna em cada lado do seu corpo. Timidamente, coloquei as mãos para trás, na tentativa de achar o zíper do vestido.
Christopher limitou-se a acariciar minhas pernas, enquanto fitava-me com os olhos brilhantes e mordia o lábio inferir à espera de que eu me despisse. Já estava pronta para fazer tal coisa, quando. . .
– ABRE A PORTAAAAAA, EU VOU MORRER! CAÇADOR, ME SALVA, EU NÃO AGUENTO MAIS CORRER! – Reconheci o grito desesperado de Marius.
Assustada, tentei sair da cama rápido, perdi o equilíbrio e fui ao chão com tudo.
– AAAÍÍÍÍ! – Berrei, ao sentir minhas costas contra o chão.
(Continua...)
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Autor(a): Anna Uckermann
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23
Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34
posta por favor
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22
posta amore
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10
ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56
chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08
se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41
comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14
possta
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05
postta
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56
postaa