Fanfics Brasil - 3ª FASE Capítulo 5: “AAAAAAHHHHH!” Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: 3ª FASE Capítulo 5: “AAAAAAHHHHH!”

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3ª FASE
Capítulo 5: “AAAAAAHHHHH!”


Christian PDV


Quando cheguei ao corredor do vigésimo andar, avistei o “sem pregas” batendo desesperado na porta do quarto onde Christopher e eu estávamos alojados. Recuperei o fôlego antes de partir pra cima do maldito. Ele me encarou como se estivesse se despedindo da vida. Foi nesse momento que corri como um touro raivoso.


Estendi os braços em direção ao pescoço magricela, mas, para o meu azar, a porta do quarto abriu-se e ele adentrou, gritando:


– CAÇADOR, ME SALVAAAAAAAAA!


– NUM SALVA PORRA NENHUMA! – Berrei antes do meu queixo cair. – O que é isso? – Perguntei de olhos arregalados, já dentro do cômodo.


– Er... isso que você está vendo! – Meu irmão Zé Ruela respondeu, coçando a cabeça.


– Está namorando o porco? – Murmurou Marius, perplexo ao meu lado.


Toicinho estava sentado em cima da mesa, curtindo um jantar à luz de velas. As pétalas de rosas no chão e o clima romântico me fizeram perceber que meu irmão era um doente mental que curtia animais e meu porco, uma bambi! Oh, meu Deus, era demais para mim!


– NÃAAAAAAAAAAAOOOOOOOO! – Explodi com as mãos na cabeça. – VOCÊ ESTÁ PEGANDO O TOICINHO!


Christopher PDV


Não consegui deixar de rir da cena embaraçosa.


Dulce provavelmente estava tendo uma crise de riso, escondida embaixo da cama.


– Deixa eu explicar... – Tentei contornar a situação. – ... bem, ... eu, ... eu estava aqui sozinho com o Toicinho e... percebi que passávamos pela mesma tristeza: o dia dos namorados mais solitário de nossas vidas. Então, ... . resolvemos... pedir um jantar... meio que, ... que no clima da ocasião. Só para quebrar a rotina e sair da depressão. Não é nada do que você pensou, Christian. – Ao olhar a cara de espanto dos dois anormais, que ainda esperavam que eu dissesse alguma coisa, temi que eles não engolissem o conto da carochinha, mas logo fui confortado pelo comentário de Marius:


– Ai, amiga! Por que não me chamou? Eu estava tão... BUÀ! – Olhou para Christian. – ...solitária. – Ele fez um beicinho horrível e meu irmão fingiu não ter visto.


Christian foi correndo tirar seu porco daquela cena gay.


– Sai fora, cabeçudo, o Toicinho é ESPADA! Fica longe dele! – O porco mal conseguia respirar, escondido debaixo do braço do bisonho. O pior foi que ele ainda deu uma examinadinha no animal! O que ele esperava encontrar? Um chupão?


– Afinal, por que o escândalo? – Fiquei chateado ao me lembrar que Dulce quase fez amor comigo.


– Sabe que eu já nem me lembro? – O pavão sentou-se na cama e cruzou as pernas.


– QUE BICHA, DESCARADA, VOU TE FURAR TODINHO! – Gritou meu irmão mais velho, irado, pegando uma faca na mesa.


– UI! – O futuro defunto ainda provocou.


– Não vai furar ninguém, cara, larga isso. – Intervi contrariado, pondo-me à frente dele. Odiava ficar me metendo nas briguinhas de amor dos dois.


– Não sabe o que esse sem pregas me fez passar! – Christian estava hilário. Parecia um moleque chorão. – Acabou com minhas chances de dar uma pimbada. Joga ele escada abaixo, pode jogar que eu ainda piso em cima!


Virei-me incrédulo e encarei um Marius sorridente. O que aquele lunático queria? Acabar com a chance de todos os Cullens de dar uma pimbada... quero dizer... de fazer sexo?


– Você tem 3 segundos para se explicar! – Ameacei.


– FOI. POR. AMOR! – Enfatizou cada palavra, abanando-se.


Um súbito ódio percorreu meu corpo. Marius tinha o dom de matar qualquer um de raiva! Juro que tive vontade de fazê-lo em pedacinhos!


– Você o pega pelo braço direito que eu pego pelo esquerdo! – Murmurei pelo canto da boca para Christian, que logo moveu-se. Já nossa vítima, pôs a mão no peito, horrorizado.


Dulce PDV


– SOCORROOOOOOOOOOO! – Ouvi o grito desesperado de Marius.


MEU DEUS, OS UCKERMANN ESTAVAM MESMO ASSASSINANDO ELE!


Coloquei a cabeça para fora do meu esconderijo e, como não avistei os rapazes, saí cuidadosamente de debaixo da cama, enquanto ouvia o pavão gasguito se esgoelar. Na ponta dos pés, me aproximei da varanda. Ao ver a cena diante de mim, bestifiquei.


– ME SOLTA! ME SOLTA! – Berrou o viado de ponta cabeça no parapeito, sendo segurado pelas pernas.


– FICARAM LOUCOS? SOLTEM ELE! – Gritei assustada para Christopher e Christian, que gargalhavam.


– Soltar? Tudo bem, vamos soltar ele, cabeçudo! – Disse o serial killer, feliz.


– NÃO ME SOLTE! NÃO ME SOLTE! – Marius estava mesmo pagando todos os pecados.


– Pára com isso! Ele pode cair! – Não conseguia disfarçar o meu medo.


– A bichona vai virar chiclete, a bichona vai virar chiclete... – Cantarolou o bisonhento, balançando o corpo do infeliz no ar. O pavão até chacoalhou os braços.


– AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! EU NÃO SEI VOAR! – Marius entrou em pânico. – ME PUXA, CAÇADOR, ME PUXAAAAAAA OU EU GRITO O SEU SEGREDO PARA TODO MUNDO OUVIR!


Engoli seco, colocando uma mão no ombro do meu namorado, trêmula.


Christopher PDV


Minhas mãos fraquejaram e quase deixei o torturado cair.


– Do que está falando? – Murmurei.


– EU SEI DE TUDO! DE TUDO! – Berrou usando todas as forças.


– O que ele sabe? – Christian me questionou curioso.


– Nada, vamos puxá-lo. – Ordenei.


– Ah, não! Agora que está ficando divertido. – O ofendido reclamou.


– TIRA ELE DAÍ! – Gritou impaciente Dulce.


Obedecemos, colocamos o viado são e salvo no chão.


– Seus brutamontes, quase me fizeram sujar a calcinha. – Indignado o empata foda ajeitou-se.


– Você está bem? – A pirralha enxugou a testa suada.


– Não, eu quero colo! – Christian estendeu os braços para minha namorada.


– Não estou falando com você, seu imbecil! – Saviñón resmungou.


– Merda! – Meu irmão chutou o ar. – Aliás, o que está fazendo aqui?


Dulce empalideceu.


– Ah... – Ela olhou em volta, procurando uma desculpa, então, sussurrou. – Os gritos me trouxeram até aqui. – Sorriu amarelo. – Além disso, a porta estava escancarada.


– Gente, esqueci de dizer, FELIZ DIA DOS NAMORADOS! – Abriu os braços, o lunático zombeteiro.


Bufei insatisfeito, enquanto meu irmão e Dulce encaravam perplexos o viado mais cara de pau da história.


Cerca de quarenta minutos depois, estava com Marius em uma mesa no bar do hotel. Foi mais fácil do que imaginei driblar Christian e os demais, pois ninguém poderia saber da conversa que estávamos prestes a ter.


Quando minha cerveja e o drink cheio de frescurinha dele foram postos à mesa, iniciei minha tentativa de silenciá-lo.


– Você sabe porque te chamei aqui, não é? – Sério, dei um gole na bebida.


– Claro! Você quer se dar bem nessa data especial. HU! ... OHOHOHOHOHOH!


Revirei os olhos, me obrigando a ser um poço de paciência.


– Sabe mesmo o meu segredo? – Balbuciei receoso.


– Lógico, né, bofe escândalo? Não sou cega!


– É assim tão evidente? – Espantado, engoli seco.


– Bem... antes não era tanto, mas depois que você empurrou a loira sebosa pela escada, se entregou geral.


– Foi um acidente. – Me defendi. Quantas vezes ia ter que repetir aquilo?


– HU!... OHOHOHOHOHOHO. Sempre é, amigããããã, sempre é! – Senti a ironia das palavras dele. – Não te julgo, eu teria feito igualzinho.


– Teria? – Ergui as sobrancelhas.


– Na sua situação? Obviamente! A propósito, até teria esperado subir mais alguns degraus, só para a queda ser maior. Morte as rachadas sem semancol!


– Mas eu não estou aqui por causa disso. – Respirei fundo, antes de continuar. – Quero te pedir, bem... que não conte para ninguém... o meu segredo. Não até eu estar preparado para revelá-lo.


– Tudo bem, eu não conto, mas... até quando acha que vai conseguir esconder? Querido, você precisa se soltar. – Estalou o dedo, desmunhecando perigosamente.


– Não é o momento, ainda estou muito confuso. – Passei as mãos pela cabeça. – Estou me acostumando com a idéia, apesar de gostar muito, é algo totalmente novo pra mim, nunca me senti assim antes. É louco e surreal, mas também arriscado, como se pudesse acabar a qualquer momento. – Desabafei, sem me importar com os olhares estranhos do encrenqueiro.


– Eu sei exatamente como é. Já passei por isso! – Marius colocou as mãos no queixo e sorriu, achando-se um especialista.


– Já passou por isso? – Era mesmo difícil de acreditar.


– Dãaaaaa... você acha que eu sempre fui assim? Já fui igualzinho a você. Na época, morria de medo de alguém descobrir, mas um dia, cansei e mandei todo mundo à merda. A vida é curta demais, meu bem, pra ficar se escondendo.


Sentia uma leve impressão de que não estávamos falando sobre o mesmo assunto. Ignorei, focando o propósito de garantir o silêncio do indivíduo.


– Posso contar com você? Não vai espalhar meu segredo pra ninguém, certo? – Pedi, esperançoso.


– Pode deixar, não traio membros da irmandade. Minha boca é um túmulo. Prometo que vou te ajudar!


– Vai? – Arregalei os olhos.


– Christopher, minha flor, você logo verá! HU!... OHOHOHOHOHOHOHO!


Dulce PDV


Acordei tarde, por isso, tomei café da manhã apenas com Alice. Confesso que não consegui prestar a mínima atenção nas coisas que ela tagarelou. Estava preocupada com o fato de Marius ter descoberto meu namoro secreto com o Uckermann. Aquilo poderia me acarretar inúmeras dores de cabeça. Perdida em pensamentos, fui para a área de lazer do Holiday Inn. À metros de distância, avistei Maite em sua cadeira de rodas com Christopher ao seu lado, escrevendo algo no gesso colocado na perna dela. Pareciam alegres, já que gargalhavam como bobos. Puxei do bolso meus óculos escuros e marchei até lá, me remoendo de curiosidade.


– O que é tão engraçado? – Emburrada, perguntei.


– Olha isso, Christopher fez uma caricatura de toda a família. – Ela apontou para a perna quebrada.


Com o dedo esquerdo, puxei um pouco os óculos, olhando de forma esnobe o desenho. Em seguida, encarei o Uckermann, que estava abaixado como um cachorrinho, junto à minha irmã.


– Aquela sou eu? – Ergui uma sobrancelha, observando a figura de uma menina gritando com as mãos para cima, toda descabelada.


– Ela se reconheceu. – O idiota sussurrou para a loira sebosa e ambos caíram na risada.


Estalei o dedo mindinho, sinalizando minha vontade de chutá-lo. O otário apenas deu uma piscadinha de olho. Percebi ali mesmo que meu dia ia ser conturbado.


– Como você se sente, Maite? – Nem sei porque perguntei, ela me parecia melhor que eu.


– Não sinto dor, mas é incômodo ficar andando de um lado para outro de muleta, por isso, ficarei nessa cadeira de rodas por uns dias. Christopher concordou em me ajudar. – Passou a mão nos cabelos do meu namorado, divertindo-se. – Ele praticamente será o piloto. – Ironizou.


– Não me diga! – Coloquei as mãos na cintura. Já o piloto da sebosa, desviou o olhar em direção à piscina.


– O que fez no dia dos namorados, Dulce? – Maite pareceu interessada.


– Nada, saí só pra beber uma cerveja. Não viu quando eu cheguei no quarto?


– Não, papai me entupiu de remédio pra dor, então, apaguei completamente. O que é uma pena, porque só hoje pude presentear Christopher. – Ela o cutucou. – Mostra pra ela o relógio, meu bem.


Dessa vez, eu arranquei os óculos escuros do rosto, embasbacada. Sem me fitar, o futuro ex-namorado ergueu o punho, exibindo o presente sofisticado.


– Ah, vocês estão namorando então? – Fuzilei ambos com meu olhar.


– NÃO! – Quase gritou ele, pondo-se de pé.


– Só achei que meu piloto merecia um pequeno presente, afinal, todos os solteiros ficam deprimidos no dia dos namorados. É só uma pequena lembrança. – Ela acariciou o braço dele.


Não entendi o sentimento que ameaçava explodir dentro de mim, um misto de raiva, tristeza, possessão e dor.


O Uckermann passou o dedo indicador na sobrancelha, sinalizando que queria falar comigo. Chateada, cocei o cotovelo fortemente, sabendo que ele entenderia que isso significava NÃO.


– Está com coceira, Dulce? Cuidado que isso pode se espalhar pelo corpo. – A bobona falou.


– Já está se espalhando. – Murmurei por entre os dentes.


Após me olhar com cara de nojo, ela disse, manhosa:


– Christopher, me leva pra dentro. Quero tomar banho. – Pois não é que o imbecil se posicionou para obedecer? – Aliás, vou precisar de ajuda nisso. – Completou gargalhando.


Não agüentei. Minha paciência foi pro espaço.


– Não, deixa que eu te ajudo a tomar banho! – Sem pensar, peguei a cadeira de rodas e, com toda minha força, empurrei para dentro da piscina.


– AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! – Gritou a oferecida, ao cair na água.


Cruel? Eu? Imagina... foi ela quem pediu.


O Uckermann me reprovou com o olhar. Em seguida, mergulhou para salvar a nojentinha. Resolvi não ficar pra ver o draminha que ela ia montar. Voltei para o quarto irritada. Nem ia sair da cama. Se meu dia ia ser cheio de dramas e aborrecimentos, era melhor eu ficar por ali.


Avril Lavigne - Fall To Pieces


Me joguei na grande cama, sentindo certa dificuldade para respirar. Cerca de dez minutos depois, ouvi alguém abrir a porta abruptamente.


– Qual o seu problema? – Esbravejou meu Christopher, todo molhado.


Coloquei um travesseiro no rosto, ignorando-o totalmente.


– Dulce, estou falando com você! – Ele estava agindo como meu pai. O infeliz puxou o travesseiro de minhas mãos, obrigando-me a enfrentá-lo.


– Quer saber qual o meu problema? – Levantei-me ranzinza, ficando a centímetros dele. – Meu problema é você e a sebosa! Gostou de ouvir?


– Já percebi que resolve seus problemas jogando as pessoas na piscina. Não deveria ter feito aquilo, foi idiotice! – Respondeu irritadíssimo.


– Essas palavras vindo de quem empurrou ela escada abaixo, chega a ser irônico. – Coloquei as mãos na cintura, aumentando o tom de voz.


– É completamente diferente, foi um acidente. Não sou como você, que quer resolver tudo na base da violência e grito. O mundo não é o seu playground!


O cretino estava conseguindo me tirar do sério. Impulsivamente, o acusei.


– Eu não precisaria agir com violência se você não ficasse... ficasse... de rolo com minha irmã.


– Não estou de rolo com Maite, só estou ajudando-a a se locomover por uns dias. Não é nada demais! – Respondeu, rude.


– Percebe-se. – Gesticulei em direção ao relógio em seu pulso.


– O que você queria que eu fizesse? Que contasse pra ela que não posso aceitar por ser seu namorado? Se quiser, conto agora! Maite e eu somos apenas amigos, não precisa ter ciúmes.


– EU NÃO ESTOU COM CIÚMES! – Coloquei o dedo da cara dele, ofendida.


– Está sim, e é um ciúme bem infantil! – Cruzou os braços, achando-se o dono da verdade.


O ódio me queimava em brasas, queria esmurrar o homem diante de mim e a mim mesma.


– É isso que você acha que sou? Infantil? – Engoli seco. – Tenho quase 18 anos, e você tem 21! Grande coisa! Não é mais maduro que eu. – Nervosa, já não queria fitá-lo.


– Não é isso que estou dizendo! – Ele passou as mãos na cabeça, bravo.


– Quer saber? Não sei porque estou tendo essa conversa com você, é burro demais pra entender! Pode ir correndo ficar com a loira sebosa, ela deve estar precisando do piloto dela... UCKERZINHU! – Provoquei, cheia de dor no peito.


– Eu vou mesmo! – Esbravejou, ajeitando a gola da camisa como se fosse grande coisa. – Não preciso ficar aqui discutindo com uma cabeça dura.


– Espera, fica aqui no quarto, eu vou chamá-la. Assim, terão mais privacidade! – Falei, já pegando na maçaneta da porta.


– Ótimo! – Murmurou, carrancudo.


– Ótimo! – Repeti, antes de sair e bater a porta.


No corredor, fechei os olhos, sendo torturada pela dor e insegurança.


Edward PDV


Coloquei as mãos no rosto, não crendo que havíamos brigado por algo tão bobo e superficial. Me perguntei o porquê da desconfiança dela. Saviñón não percebia que eu era completamente louco por ela?


Tudo bem que Maite era direta e sempre lutava pelo que queria, mas ela não conseguiria nada de mim, além de amizade. Passei bastante tempo próximo à garota no início da viagem, trocamos flertes e alguns beijos. Isso gerou uma certa intimidade entre nós, intimidade da qual Dulce parecia não querer entender e muito menos, aceitar. Porém, eu sabia que precisava acabar com as esperanças de Maite a meu respeito, só não sabia como fazer isso, já que meu frango resmungão nunca aceitaria que eu revelasse a verdade para a irmã.


Queria a pirralha em meus braços sem obstáculos, sem preocupações. Mas, como ter isso, sem sorte e sem ajuda?


Dulce PDV


Bati a cabeça na parede, achando-me tola. Sabia que discutir com meu Uckermann não resolveria nada. O problema é que eu não sabia como explicar a ele que minhas atitudes infantis eram reflexos do medo de perdê-lo. Christopher e eu nunca fomos compatíveis, ele parecia um galã de Hollywood, enquanto eu era uma louca qualquer sem nenhuma beleza extraordinária. Quando nos beijávamos, nada disso importava, éramos apenas eu e ele, não existia mundo à nossa volta. Porém, quando via Maite, absolutamente linda, tentar envolvê-lo em sua sedução, meu coração apertava-se, lembrando-me que a qualquer momento, ele podia olhar pra mim e dizer: você não vale a pena.


Mesmo assim, era melhor ficar com ele insegura, do que sem ele.


Avril Lavigne - Fall To Pieces (tradução)


Cair Aos Pedaços


Eu olhei em volta
Então olhei de volta para você
Você tentou dizer
Coisas que você não pode apagar
Se eu tivesse o meu caminho
Eu nunca esqueceria de você
Hoje é o dia
Eu rezo para que possamos superar
Superar a queda
Superar tudo


Eu não quero cair aos pedaços
Eu só quero sentar e te olhar
Eu não quero falar sobre isso
Eu não quero conversar
Eu só quero chorar na sua frente
Eu não quero falar sobre isso
Porque eu estou apaixonada por você


Você é o único
Com quem eu ficaria até o final
Quando eu vou inacabada
Você me traz de volta
De volta abaixo das estrelas
De volta pros seus braços


Eu não quero cair aos pedaços
Eu só quero sentar e te olhar
Eu não quero falar sobre isso
Eu não quero conversar
Eu só quero chorar na sua frente
Eu não quero falar sobre isso
Porque eu estou apaixonada por você


Quero saber quem você é
Quero saber por onde começar
Eu quero saber o que isto significa
Quero saber como sentir
Quero saber o que é real
Eu quero saber tudo, tudo


Eu não quero cair aos pedaços
Eu só quero sentar e te olhar
Eu não quero falar sobre isso
Eu não quero conversar
Eu só quero chorar na sua frente
Eu não quero falar sobre isso


Eu não quero cair aos pedaços
Eu só quero sentar e te olhar
Eu não quero falar sobre isso
Eu não quero conversar
Eu só quero chorar na sua frente
Eu não quero falar sobre isso
Porque eu estou apaixonada por você


Eu estou apaixonada por você
Porque eu estou apaixonada por você
Eu estou apaixonada por você
Eu estou apaixonada por você
(Tradução site terra)


SUA BURRA, VOCÊ PRECISA LUTAR!


Quase gritei para mim mesma. Poderia eu ganhar uma batalha contra as dificuldades do nosso relacionamento? Contra a possibilidade de, no final do verão, nos separar definitivamente? Poderia minha beleza comum ofuscar a perfeição de minha irmã?


Só tinha um jeito de saber... tentando.


EU VOU FAZER ISSO DAR CERTO, DROGA!


Ofegante, chutei a porta do quarto violentamente. Meu namorado pareceu surpreso em me ver.


– Dulce...


Fechei a porta com o pé e, então, fui ao encontro de Christopher que me alcançou primeiro. Nossos corpos chocaram-se, mas a dor física não me incomodou, nem mesmo as roupas úmidas dele. A única coisa que me incomodava, eram nossas bocas distantes.


Agarrei firmemente seus cabelos, enquanto ele abraçava-me com extrema força. No momento que nossos lábios tocaram-se, a sensação de dor, frustração, desespero, incerteza e insegurança, simplesmente desapareceram, dando lugar a um êxtase inigualável. A ira que ambos sentimos durante a discussão minutos atrás, não comparava-se a fúria do beijo que partilhávamos. As mãos do homem que tira o meu fôlego, percorria toda a extensão do meu corpo como se fossem sua propriedade. O mesmo acontecia comigo, o tateava por inteiro para sentir que ele estava ali comigo, que não era uma miragem, ou delírio do meu coração sofrido. Tentávamos respirar em meio ao beijo, não querendo nunca desgrudar os lábios. Gemidos entrecortados eram apenas pano de fundo para a dança sensual de nossas línguas.


– Eu não... vou... pedir desculpas. – Zombei, entre beijos.


– Eu... também... não! – Riu, acariciando minhas costas por dentro da blusa. Minha pele reagiu, reconhecendo o toque único dele.


Christopher encostou-me contra a parede, pressionando seu corpo encharcado contra o meu. Eu não consegui parar de beijá-lo, delirava com o sabor delicioso de sua boca, então...


TOC, TOC, TOC... Alguém bateu a porta.


– Droga! – Sussurramos ao mesmo tempo.


– Dulce, abra, por favor. Quero falar com você.


– É a minha mãe! – Afirmou, confuso.


– NÃO ENTRE! EU JÁ ABRO! – Gritei nervosa. – Rápido, vai pro banheiro! – Ordenei.


– Ah não, vem cá. – O louco tentou me beijar.


Pálida, impedi, o empurrando até o banheiro. O sem noção não estava se importando com o perigo.


– Fica aí! – Falei, quase ameaçando.


Passei as mãos no cabelo e no rosto rapidamente. Então, abri a porta, sem jeito.


– Olá. – A mosca morta deu um largo sorriso.


– O que você quer? – Respondi sem muita vontade.


– Posso entrar e falar com você? – Perguntou, já invadindo.


Revirei os olhos e cruzei os braços.


– Qual a parada?


Após um longo suspiro, Esme continuou.


– É um papo de mulher, algo importante.


Ok, não estou entendendo nada.


– Papo de mulher? – Me sentei na cama, analisando-a.


A mosca morta puxou uma cadeira e sentou-se à minha frente, de costas para o banheiro, o que aliviou um pouco o medo de ser flagrada ali com Christopher.


– Fala logo, eu não tenho o dia todo! – Confesso, estava muito curiosa.


– Ok, eu vou pular todo o blá, blá, blá e ir direto ao ponto, já que você não é uma garota paciente.


– Acho bom.


– Vim falar com você sobre sexo.


O Uckermann, imediatamente, colocou a cabeça para fora do banheiro, pasmo. Acreditem, não mais que eu. Minha expressão de surpresa fez Ale rir.


– É brincadeira, certo? – Verifiquei.


– Não. Sabe, eu já fui da sua idade, entendo as coisas pelas quais está passando. É uma fase mesmo conturbada, cheia de novidades e dúvidas. Precisa ser uma moça bem informada e preparada. – Disse ela, tranquilamente.


Eu ia mandá-la dar o fora do quarto, mas não conseguia abrir a boca, devido o meu espanto.


– Não precisa ter vergonha ou medo de se abrir comigo, não vou te julgar. Estou aqui pra tirar suas dúvidas e te deixar por dentro do assunto, confie em mim. – Ela pôs uma mão no meu joelho.


– Eu... eu... – Ia soltar os cachorros em cima dela por tentar bancar a mãezinha pra cima de mim, mas fui distraída pela visão de Christopher sem camisa, encostado na porta do banheiro, enxugando-se com uma toalha.


Disfarçadamente, sinalizei para ele voltar a se esconder, mas o babaca fingiu não entender.


– Você tem alguma pergunta sobre sexo?


– Não! – Respondi imediatamente, constrangida.


– Deve ter algum dúvida, todo mundo tem. Tudo bem, vamos tentar de outra forma. Está envolvida com um rapaz, certo?


– Lógico que não. – Ri sem jeito.


– Vamos fingir que está, a questão é que nem sempre se deve ceder as vontades dos garotos. Eles são impulsivos, muitos deles banalizam o sexo, agindo como se fosse só diversão.


– Não brinca... – Prendi o riso, enquanto via meu namorado fazer uma careta hilária.


– Sim, homens conseguem ser bem estúpidos e cafajestes. Porém, existem algumas exceções e são a esses que vale a pena se entregar. Está me entendendo?


– Ér... está dizendo que... não devo... transar com um idiota? – Enruguei a testa.


– Exatamente! Viu só? Estamos chegando a algum lugar. – A mosca não tão morta animou-se. – Você é virgem?


Sinalizei um sim com a cabeça, extremamente constrangida.


– Ótimo, porque assim posso te aconselhar antes que decida mudar esse fato.


– Precisamos mesmo falar sobre isso? – A conversa estava começando a me deixar desconfortável, e, ver Christopher divertindo-se com isso, tornava tudo pior.


– Claro. Escuta, sua maior preocupação deve ser a segurança, se recuse a ter qualquer tipo de relação sem preservativo, deve ditar as regras. Sempre falei isso pros meus filhos.


– Você já teve essa conversa com eles? – Incrédula, questionei.


– Lógico! – Ale parecia satisfeita.


UCKERZINHU sinalizou com a cabeça, confirmando.


– E como foi? – Não ia deixar aquela passar.


– Eles ficaram tão constrangidos quanto você está agora. Com exceção de Christian, que fez umas perguntas descabidas, as quais deixaram Christopher e poncho corados.


O panaca na entrada do banheiro riu silenciosamente. Provavelmente, lembrando-se do episódio.


– Falando nisso, Christopher não teve nenhuma dúvida? – Descaradamente, perguntei. Afinal, não queria ser a única a morrer de vergonha.


A louca gargalhou alto.


– Que ele nunca me escute falando isso, mas meu filho era um bobão quando adolescente! Ele realmente acreditava que as cegonhas traziam os bebês!


– Mentira? – Perplexa, gargalhei junto com a mosca não tão morta.


Daria tudo pra ver a expressão de vergonha do meu namorado. Infelizmente, ele cobriu o rosto com a toalha.


TOC, TOC, TOC...


Minha sogra... DROGA! Quero dizer, Ale e eu levantamos ao mesmo tempo, ao som das batidas na porta. Meu Uckermann voltou a se esconder no banheiro, então, falei tensa.


– Pode entrar.


– Oi. – Meu pai entrou, tímido. – Não consegui ficar esperando, precisava saber como está inda a conversa. – Ele dirigiu a palavra apenas à nojenta ao meu lado.


– Está tudo bem, meu amor. – Ale se derreteu feito manteiga.


FALA SÉRIO! ELES NÃO SÃO CHATOS?


– Quer conversar sobre sexo comigo, Christopher? – Perguntou Carlisle, destampando uma garrafa pequena de água, sem conseguir me encarar.


Arregalei os olhos, ruborizando terrivelmente.


– NÃO! – Gritei. Pior que ter aquela conversa com minha sogra... MERDA! Quis dizer, com a mosca morta, era tê-la com meu pai. – Não precisa, eu já sei de tudo. – Tentei encerrar o assunto.


– Sabe? – Ele ergueu uma sobrancelha, pondo a garrafa na boca.


– Xi... há muitoooo tempo! – Banalizei sincera. Lógico que eu já tinha aprendido sobre sexo no colégio. – Você está atrasado alguns anos.


Victor pareceu entender errado minhas palavras e engasgou com a água.


– Meu Deus, respire, meu amor. – Ale apavorou-se.


Dei um tapinha nas costas dele, enquanto o observava ficar vermelho.


(...)


O resto da manhã foi tranqüilo. Todos nós visitamos alguns pontos turísticos de Veneza, e, logo após o almoço, voltamos para o hotel, no intuito de descansar.


Christopher e eu trocamos várias mensagens de texto, a maioria delas eram sobre nossa vontade reprimida de ficar juntos. Já passavam das 15h quando Anahí invadiu meu quarto, melancólica.


– O que foi, mulher, porque essa cara de enterro? – Perguntou Maite, deitada em sua cama. Ela ainda estava chateada pelo incidente na piscina, nem sequer me dirigia a palavra.


– Sério, olha pra mim... – Ela girou, exibindo-se. – ... sou tão feia assim?


– Fofolete, se veio aqui só para receber elogios, pode dar o fora. – Zombei.


– Qual o problema, por que a tristeza? – Minha irmã estava mais interessada que eu.


– Poncho não me quer! – A exagerada jogou-se na minha cama. – Sempre que estamos perto de consumar nosso amor, o loirinho foge. É frustrante.


– Talvez ele tenha medo de pegar alguma bactéria no... – Parei de falar, quando minha prima me fuzilou com os olhos.


– Por que não toma a iniciativa? – Sugeriu a loira sebosa.


– Mais do que já tomei? Eu não sei o que fazer. – Anahí resmungou, fazendo beicinho.


– Eu no seu lugar, armava o cerco e devorava a presa. – Não estava surpresa com a frase de Maite, era bem a cara dela.


– Como? Me ajuda! – A fofolete devia estar mesmo desesperada.


– Tem certeza? Porque eu já tenho um plano! – Enruguei a testa, com medo de ouvir o plano nada sutil da minha irmã safada.


Christopher PDV


– Olha isso, Kama sutra! – Jogou Poncho o livro em cima da minha cama, tristonho.


– NIGUÉM PEGA, É MEU! – Christian jogou-se em cima do livro, nem me deixando chegar perto.


– Ela te deu isso? – Gargalhei.


– Ri porque não é com você. – Reclamou ele, pondo a mão no rosto.


– Até quando você vai conseguir enrolar essa situação, cara? – Sério, eu estava com pena do pobre coitado. Anahí devia atacá-lo constantemente.


– É um voador, é um voador! – Provocou o bisonhento, folheando o livro, de olhos arregalados. >(kkkkkkkk é um voador jsnsjsjs Parei kkkk)


– Mano, você já está virando piada. Acaba logo com isso. – Incentivei.


– Eu quero! – Afirmou aborrecido.


– Eu tenho uma idéia... – Meu irmão mais velho falou entre assobios.


Poncho e eu o encaramos.


– Está desesperado o suficiente pra ouvir a idéia dele? – Questionei o virgem ao meu lado.


– A palavra desespero é pouco para definir o que estou sentindo.


Horas depois...


Poncho PDV


Andei nervoso de um lado para o outro no quarto dos meus irmãos. As velas aromáticas davam ao ambiente um clima sexy e romântico. Sentindo-me pressionado e mergulhado em desespero, aceitei a idéia de Christian de surpreender minha pequena, convidando-a para uma noite de amor. Sugeri que decorássemos o meu quarto e não o deles, mas os malucos afirmaram que Anahí desconfiaria do plano, acabando com a surpresa e deixando-me ainda mais nervoso. Ri sem humor, me perguntando se eu poderia existir nervosismo maior que o meu.


Então, Christopher adentrou o quarto sorrindo.


– Deixou o cartão? – Perguntei ansioso.


– Calma, cara, fiz como combinado. Deixei o cartão junto com a rosa em cima do criado mudo. Ela vai vir, não preocupe-se.


Ele se aproximou de mim e praticamente arrancou a gravata que eu acabara de colocar.


– Ei! – Resmunguei.


– Está parecendo um nerdão. – Bagunçou o meu cabelo, cuidadosamente modelado com gel.


– Acha que eu vou conseguir? – Sussurrei sem coragem de fitá-lo.


– Precisa conseguir, eu apostei uma grana preta em você! – Riu divertindo-se.


– Do que está falando?


Christian PDV


Avistei Dulce enchendo o bucho de bolo na cafeteria do hotel. Corri até lá, levando em meus braços, o Toicinho, que estava em um cestinho disfarçado de bebê, para evitar que a gerência do Holiday Inn barrasse a livre circulação dele. Sentei-me ao lado da Samara, sem cerimônias.


– Vai entrar na aposta? – Murmurei entre os dentes, verificando se haviam outros apostadores no local.


– O que? – Perguntou, confusa.


– Vai entrar na aposta? – Retirei do bolso uma caneta e a caderneta onde estavam o nome dos participantes.


– Christian...


– O que?


– Vai cagar rodando! – A pentelha desgraçada, zombou.


– PORRA, ENTRA LOGO NA APOSTA! VOCÊ ACHA QUE PONCHO VAI CONSEGUIR DAR UMA PIMBADA? – Berrei.


Ouvi os murmúrios chocados dos clientes, mas ignorei. Já Dulce, escondeu o rosto atrás do cardápio.


– Como você sabe disso? – Pareceu-me espantada.


– Eu sei de tudo! – Orgulhoso, bati no peito.


– Quem está nessa aposta?


– Todo mundo. Passei a tarde investindo nisso, até os funcionários do hotel estão dentro. Então, quanto vai apostar?


– 50 Euros que ele vai amarelar na hora H. – Sussurrou ela, passando-me a nota por debaixo da mesa.


Anahí PDV


No banheiro, terminei de vestir, ansiosa, a camisola sexy que Maite me emprestara. Não tinha como negar, eu estava um arraso de vermelho paixão.
Meu loirinho não teria como resistir a mim, trajada daquela forma.


Minhas primas e eu passamos a tarde decorando, escondidas, o quarto delas, para uma noite perfeita de amor. Flores, champanhe, velas, nada faltou. Coloquei todo o meu romantismo e esperanças naquele quarto, torcendo para, finalmente, me sentir completa ao lado do meu Alfonso. Animada, peguei o telefone e enviei uma mensagem de texto avisando-o onde me encontrar. Assim, ele seria totalmente pego de surpresa.


15 minutos depois...


Christopher PDV


Edward PDV


Após empurrar a cadeira de rodas da Maite até o salão de beleza no primeiro andar, fui em direção ao quarto da minha pirralha. Queria surpreendê-la lá e, lógico, dar uns amassos.


Girei a maçaneta e entrei sorrateiramente.


Já dentro do cômodo, meu queixo caiu. Embasbacado, observei o lugar decorado de forma sedutora. Sorri ao perceber que ela estava querendo retribuir minha atitude romântica do dia dos namorados. Era óbvio que meu frango queria terminar o que começamos na noite anterior.


Dulce PDV


Larguei o bisonhento promovendo o evento da pimbada e, praticamente, corri para o quarto de Christopher. Nossos momentos a sós eram tão raros que toda e qualquer oportunidade que surgia, merecia ser agarrada com unhas e dentes. Hesitei diante da porta, arrumando o cabelo e verificando se estava cheirosinha.


Sem bater, adentrei o local, torcendo para encontrá-lo em uma situação constrangedora, só para lhe zoar. Minhas esperanças foram por água abaixo quando vi ele deitado na cama, enrolado dos pés a cabeça, provavelmente, tirando um cochilo. Que hora meu Uckermann resolveu cair no sono!


Encostei a porta devagar e fui em direção às muitas velas espalhadas pelo cômodo.


– Que doido... quer incendiar o hotel? – Sussurrei, apagando todas.


Ele não via os noticiários? Não sabia dos muitos casos de incêndios trágicos que começaram com uma simples vela acesa?


Confesso que o escurinho me inspirou. Na ponta dos pés, me aproximei da cama onde meu namorado estava. Devagarzinho, levantei o edredom e me meti debaixo dele.


Sorri, achando-me uma assanhada.


Christopher PDV


Tive vontade de gargalhar, imaginando se o papo sobre sexo mais cedo tinha inspirado meu frango. Só eu sabia como a queria e, notar que ela estava tomando a iniciativa de se entregar pra mim, acendeu meu fogo mais do que qualquer outra coisa.


– Ouvi você entrar... está preparado para mim? – A voz de Dulcea veio de dentro do banheiro, o timbre estava estranho, mas devia estar tentando soar sexy.


– Quase! – Respondi, começando a tirar minha roupa.


Empolgado, me despi incrivelmente rápido, jogando as peças para o lado. Sim, eu estava desesperado e quase matando cachorro a grito. Apenas de cueca, me joguei na cama, contente.


– Vem pra mim, meu amor. – Pedi ansioso.


Anahí PDV


Não acreditava que meu loirinho estava realmente ali. Dei um pulinho, contente, ajeitei o decote da camisola e saí do banheiro, pronta para seduzi-lo.


– AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritamos ao mesmo tempo, eu e meu cunhado seminu.


Tremendo e quase chorando de vergonha, coloquei as mãos no rosto, enquanto girava no mesmo lugar.


EU QUERO MORRER!!!


Christopher PDV


Quase tive um AVC quando vi a anãzinha de camisola. Aturdido, me cobri com o cobertor enquanto ela rodava feito um pião descontrolada e aos berros.


Saí pelo quarto, caçando minhas roupas, já levando em consideração a possibilidade de ser considerado um maníaco sexual.


– Fica calma! – Pedi com as calças na mão.


– AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! – Não adiantou, ela berrou mais ainda.


PORRA, ONDE ESTÁ DULCE?


Dulce PDV


Levantei a barra da camisa de UCKERZINHU e fui subindo a mão pela sua cintura, enquanto ele continuava de costas para mim. A pele quente dele me deixou entusiasmada.


Christopher virou-se para mim, não via, mas sentia sua mão tocar o meu rosto, deslizando até o braço. O estranho é que minha pele não queimou de paixão. Sinceramente, não entendi. Pois, bastava a ponta do dedo dele tocar meu corpo para me fazer entrar em combustão.


Felizmente, o Uckermann rolou para cima do mim, fazendo-me esquecer os pensamentos banais. Abri as pernas para que ele ficasse melhor acomodado. Satisfeita, tateei seu corpo desde a coluna até a nuca, onde meus dedos entrelaçaram-se em seus cabelos.


ESPERA, DESDE QUANDO CHRISTOPHER TEM CAIXINHOS?


Verifiquei mais uma vez só para ter certeza de que não estava imaginando coisas. Sim, eram cachinhos, mas quem tem os cabelos assim é o...


Arregalei os olhos assustada.


– POOOOOONNNCHOOOOOOO! – Berrei aterrorizada.


A porta abriu-se abruptamente e a luz do corredor iluminou o quarto. Então, pude ver o suposto maconheiro em cima de mim, com cara de espanto.


– AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! – Ambos gritamos, tentando sair da cama ao mesmo tempo. Atrapalhados, ficamos cada vez mais perdidos em meio aos cobertores.


Já podia ver claramente, pois alguém acendeu a luz.


– O que está fazendo, Alfonso? – Reconheci a voz de Anahí, mas não tive coragem de encará-la, preferi esconder-me embaixo do edredom.


Infelizmente, alguém o puxou, deixando-me sem alternativas.


– Oi... – Sussurrei com um sorriso amarelo, enquanto UCKERZINHU me olhava atônito.


– QUE CABARÉ É ESSE? – A bichona entrou no quarto, feito um furacão.


– O QUE FOI? O QUE FOI? – Revirei os olhos vendo Christian chegar, largando o porco vestido de bebê no chão.


– Eu posso explicar! – Poncho, constrangido, balbuciou para minha prima que, estranhamente, cobria-se com um lençol.


– Acho bom. – Ela parecia que ia assassinar o maníaco por limpeza.


– Estava tentando fazer uma surpresa pra você, minha pequena, queria... te dar uma noite... especial, até decoramos o quarto. Nervoso me deitei ali... – Apontou ele para a cama onde eu ainda estava. – ...pra me acalmar e acabei cochilando. Foi um mal entendido. Agarrei Dulce achando que era você.


– Oh, Poncho, eu fiz o mesmo, meu amor... ou quase. – Ela o abraçou e quase vomitei devido o excesso de doçura.


– Como assim?


– Rola uma sacanagem e ninguém me chama! – O viado bateu o pé no chão, interrompendo.


– Não teve sacanagem nenhuma! – Quase gritei, pondo-me de joelhos na cama.


– A propósito, Dulce, o que você está fazendo no quarto dos rapazes? Quem você pensou que estava agarrando? – Fofolete me lançou um olhar de cobrança.


Engoli seco, enquanto todos me encaravam, aguardando a resposta. Ri, sem graça.


PENSA RÁPIDO! VOCÊ SE FUDEU!


Saltei da cama e me atirei, morrendo de nojo, nos braços de Christian.


– Ele! – O abracei com força.


– É isso aí, benzinho. – O animal correspondeu o abraço maliciosamente.


Todos me fitaram chocados. Eu sei, era impossível de imaginar Christian e eu juntos. O único que pareceu entender o meu desespero foi Christopher, que prendia o riso.


– Coisa boa é ser gostoso. – O bisonhento estava se achando.


– Ele é o seu negão parrudo? Sua mocréia falsa, eu vou dar é na sua cara! Vou te quebrar todinha, catiroba azeda! – A bicha veio pra cima de mim, enlouquecida.


– AAAAAÍÍÍÍÍÍÍ! – Berrei quando ele me puxou pelos cabelos.


Christopher interveio, arrastando a biba ciumenta para longe.


– Me solta, me solta que eu tô com a macaca! – Esbravejou, chacoalhando-se nos braços do meu Uckermann.


– PAREEEEMMMMMM! – Nossa! Alfonso ordenou com voz grossa. – Não estão vendo que estão acabando com minha noite com Anahí?


– Desiste, voador, você não consegue mesmo. Até o Toicinho apostou que tu não dá uma pimbada! – Christian alisou o animal imundo.


– Ele não dá mesmo, passa minha grana pra cá! – Pedi, estendendo a mão em direção ao


bisonhento.


– É MOLE... – A bichona gritou chamando a atenção. – ...OU QUER MAIS? HU! ... OHOHOHOHOHOHOHOHO. – Terminou o ditado, gargalhando.


– Tudo bem,Ponchito, não dê bola para esses aí. – Anahí, calma, tentou contornar a situação, mas o suposto maconheiro estava vermelho de raiva.


– CHEGA! – O cara estava zangado. – Não vou mais ser motivo de piada e nem de aposta. Vão se ferrar! – Terminou, apontando o dedo para nós.


Ele arrastou minha prima para meu quarto. Ficamos todos observando o doidão bater a porta com força.


– Poncho raramente perde o controle. – Christopher sussurrou.


Após um longo silêncio, Christian disse...


– APOSTAS NA MESA! QUEM VAI ARRISCAR? – Ele começou a contar o dinheiro.


(Continua...)











 


Ate amanha nenas comentem muito ***



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Autor(a): Anna Uckermann

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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