Fanfics Brasil - 3ª FASE Capítulo 8: LEMBRANDO Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: 3ª FASE Capítulo 8: LEMBRANDO

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3ª FASE
Capítulo 8: LEMBRANDO


Christopher PDV


Nem queria cortar o clima, mas foi inevitável gargalhar, pois nunca imaginei ver a Dulce problemática tão assanhadinha. Ela agarrou meus cabelos, puxando-me para perto de seus lábios rubros e afoitos. Os beijos trocados a seguir foram desesperados e sensuais. A essa altura, já nem ligava pra ações incomuns da pirralha, a queria todinha para mim. Foi a minha vez de a empurrar contra a parede do cubículo. A reação dela foi a melhor possível, ou seja, arrancou a gravata que eu estava usando, enquanto mordia meu lábio inferior. Minhas mãos impacientes e desejosas começaram a lhe explorar o corpo incrivelmente quente, enquanto ela ria sem parar.


Anahí PDV


– UUUUHHHHH-HUUUUUUU! – Girei pela pista de dança.


Michael Jackson - Beat It


E foi justamente nesse momento que Marius colocou pra tocar Beat It, do Michael Jackson. Devo admitir que não fui a única a ficar surpresa, pois a música mal tinha começado a tocar e Christian, que antes estava quietinho com Anna, levantou-se revoltado e gritou:


– TIRA ISSO, SEU VIADO DESGRAÇADO! TÁ QUERENDO RESSUSCITAR O HOMEM?


– RASGAAAAAAAA, FULERAGEM! – Respondeu ele no microfone, só pra causar alvoroço.


Nunca imaginei que uma festa de coroas fosse tão legal. Estava todo mundo agitando no salão, até mesmo as velhinhas caretas sacudiam os vestidos. Ponchito estranhava o ambiente. O bichinho é tão tímido!


Em questão de segundos, um trenzinho se formou na pista. Um senhor me puxou pelo braço e, como conseqüência, arrastei meu loirinho junto.


CARA, QUE DEMAIS!


Ficou todo mundo no embalo de Beat It. Juro que aquilo já nem parecia um baile de gala. O mais hilário era ver os coroas imitando os passinhos consagrados do Michael Jackson. Divertia-me pra caramba!


Infelizmente, um babaca com o copo cheio de ponche, deu aquela rodadinha já bem conhecida do rei do pop e o líquido veio todo pra cima de mim. Estagnei, ensopada.


– AAAAHHHHRÃRÃRÃÃÃ! – Não sei ao certo o que saiu da minha boca, foi um mistura de berro com choro. – Meu vestido! – Pense na raiva que senti!


– Está tudo bem, pequenina? – Ponchito indagou.


– Não! – Meu lábio inferior tremeu num biquinho. – Eu vou ao banheiro, já volto.


Adentrei o WC, triste e desanimada. Do que adiantou ter passado horas me arrumando pra, no final do baile, estar toda melequenta?


Encarei o espelho, analisando-me, antes de pegar muito papel toalha para passar pelo rosto e vestido. O resultado não foi nada satisfatório. Então, do nada, ouvi:


– VOCÊ ME DEIXA LOUCO!


Arregalei os olhos, atônita. Conhecia aquela voz!


Ok, Anahí, está ouvindo coisas, mulher.


– FICA QUIETA, DEIXA EU TIRAR O VESTIDO!


MEU DEUS! É O CHRISTOPHER!


Quando ouvi as risadas abafadas, a ficha caiu.


Meu cunhado safado estava pegando alguém dentro do cubículo.


– CHRISTOPHER! – Esbravejei, desaprovando.


Virei-me para as portas que, em sua maioria, estavam abertas. Rapidamente, encontrei o cubículo suspeito. Olhei para baixo e avistei apenas os pés do pervertido.


– Chris, o banheiro não é motel!


– Eu não sou quem está procurando. – Dá pra acreditar que ele ainda tentou disfarçar a voz?


– Pelo amor de Deus, eu sei que é você. Me economize! Agora, sai daí com sua amiguinha, antes que outra mulher entre aqui e arme um escândalo. – Estava muitíssimo curiosa pra saber quem meu cunhado malandro estava pegando.


– Tem que ser agora?


– Óbvio!


A porta abriu-se e ele foi empurrado para fora abruptamente. Não pude ver a mulher que estava lá dentro porque escondia-se. O máximo que vi foram as mãos, mesmo assim, foi apenas por um segundo.


Fiquei surpresa com o estado que Christopher encontrava-se:o cabelo... um caos, roupa amassada, desalinhada e a região da boca toda suja de batom.


– Gente, eu preciso conhecer a maluca que fez isso com você! – Provoquei, vendo-o totalmente constrangido e nervoso.


Minhas palavras causaram uma espécie de crise de riso na misteriosa sujeita.


Dei um passo em direção ao cubículo. Christopher, rapidamente, se pôs à minha frente, protegendo o local.


– É melhor ir embora! Não quero que a conheça. – Ele estava suando.


– Por quê?


– Por que... er... ela é muito... feia! Dá um desconto, eu estou meio bêbado e carente.


Ele sobressaltou quando a mulher chutou as paredes de madeira, indignada.


– FEIA É O CACETE!


– MEU PAI! – Assustada, coloquei a mão no peito, reconhecendo a voz. – DULCE?


– NÃO. – Responderam os dois ao mesmo tempo.


Minha prima gargalhou com vontade.


– AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! – Não contive a empolgação. Pulei em volta do meu cunhado, que coçava a cabeça, como se não soubesse o que fazer.


– Você explica, dessa vez. – Murmurou para dentro da cabine.


A Dulce que saiu lá de dentro era bem diferente da que eu estava acostumada. O cabelo despenteado, o vestido com um pequeno rasgo no decote e o batom todo borrado.


– AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH! – Gritei outra vez perplexa, mas feliz.


– AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! – Gritou ela de volta, chacoalhando as mãos pra cima, ridicularizando meu ato. Nem dei importância. Afinal, eram Dulce e Christopher. Entende?JUNTOS!


Christopher PDV


– AAAAAAAAAAAHHHHHHH, MEU DEUS! – Anahí não parava de berrar.


– AAAAAAAAAAAHHHHHHH, MEU DEUS! – A pirralha a imitou, gargalhando.


As duas ficaram pulando de mãos dadas aos gritos finos e ensurdecedores.


É, definitivamente, meu frango não estava no seu estado normal.


– Me abana, me abana que eu vou dar um pití! Estão namorando? – Perguntou a curiosa, fitando-me.


Dei de ombros sorrindo, sem saber o que responder.


– EU SABIA! EU SABIA QUE AS BRIGAS ERAM SÓ TESÃO REPRIMIDO! – Voltou a saltitar, como se eu tivesse anunciado um casamento. – Dul e Chris tão namorando, Dul e Chris tão namorando... – Cantarolou, e eu me senti na terceira série.


– CALA A BOCA! – Saviñón, muito doida, tapou a boca da prima, que continuou a comemorar.


Foi nesse momento que começou a tocar no salão Bad Reputation da Joan Jett. Minha pirralha pirou.


– MINHA MÚSICAAAAAAA! – Berrou, saindo desembestada, deixando Anahí parecendo uma palhaça com o batom todo borrado.


– Você está namorando! Está namorando! – Contente, ela veio em minha direção para abraçar-me.


Infelizmente, tropeçou na barra do vestido, caindo em meus braços. Nossos rostos ficaram bem próximos, nossas bocas quase se tocaram e eu revirei os olhos, enquanto ela ria do incidente.


– ANAHÍ!


Ambos olhamos pra entrada do banheiro, atônitos. Ela se afastou de mim rapidamente, enquanto eu era fuzilado pelos olhares acusadores de Poncho.


Fitei de relance minha cunhada. Em seguida, vi o meu reflexo no grande espelho. Minha boca estava toda suja de batom, da mesma tonalidade do de Alice.


– NÃO É NADA DISSO QUE ESTÁ PENSANDO, CARA! – Tentei me defender sem saber como, pois eu estava um trapo, devido aos amassos com Saviñón.


– TRAIDORES! – Disse ele, antes de sair irado.


– PONCHO, ESPERE! – A anãzinha perturbada o seguiu, correndo.


Era só o que me faltava mesmo, meu irmão achar que estou tendo um caso com a namorada dele! Limpei o rosto com um pouco de papel e tratei de me recompor.


Quando voltei para o salão, logo avistei Dulce, descalça, dançando feito uma doida, rodeada de gaviões. Cara, eu não posso tirar o olho dela um segundo? Não me lembrava dela ser assediada assim quando nos conhecemos... tudo bem, admito que antes ela se vestia e agia feito lésbica.


Bufei irritado e fui buscar meu frango, antes que algum engraçadinho a achasse com cara de lanchinho. Como eu já estava sem paciência, cheguei abrindo espaço no meio dos marmanjos. Bem no estilo homem das cavernas, peguei minha mulher, coloquei no ombro e saí sem dar satisfação. Dulce limitou-se a cantar alto a tal música que, pra falar a verdade, era bem a cara dela.


– I don't give a damn 'bout my bad reputation (Eu não tô nem aí sobre minha má reputação)
You're living in the past (Você está vivendo no passado)
It's a new generation (Essa é uma nova geração).


(...)


No dia seguinte, nos reunimos no restaurante para o café da manhã. Poncho evitava olhar-me e Anahí parecia-me desolada. Não precisava ser um gênio para notar que meu irmão ainda acreditava na ridícula traição. Pretendia esclarecer o mal entendido logo após o café. Christian remexia a comida, por incrível que pareça, calado. Devia estar triste, talvez, por causa da partida da garota que ele atropelou na recepção. Maite, indiferente, lia uma revista e minha namorada, nem acordada estava, com o cotovelo sobre a mesa, mantinha a cabeça apoiada em uma mão, enquanto ressonava segurando um garfo. Marius? Nem sinal dele.


– Estão quietos essa manhã. Se cansaram de Veneza? – Perguntou minha mãe.


– Sim! – Responderam Anahí,Ponchi, Christian e Maite em coro.


– Podemos voltar hoje para Verona. Estava mesmo pensando em comemorarmos o aniversário de Dulce lá. – Victor se pronunciou.


– Aniversário? – Confuso, falei.


– Sim, é daqui a dois dias. – Ele passou a sussurrar. – Nós não comemoramos essa data há muitos anos. Minha filha odeia a palavra aniversário e sempre se recusou a participar de um, já que foi nessa data que Blanca faleceu. Perdi a conta das vezes que Maite, Anahí e eu organizamos festas para ela. A cabeça dura some, ou resolve bancar a adolescente revoltada. Acredita que uma vez ela levou uma caixa cheia de baratas e aranhas pra festa? Isso, lógico, fez todos os convidados fugirem. – Blançou a cabeça reprovando, mas sorrindo.


– E por que acha que esse ano seria diferente? – Lembrei-me da carta escrita pela mãe da pirralha e consegui entender um pouco a repulsa dela pelo próprio aniversário.


– Tenho esperança que aqui na Itália ela se esqueça um pouco do que aconteceu em Forks.


– Além do mais, eu tenho um trunfo escondido na manga. – Anahí sorriu pela primeira vez no dia.


– Que trunfo? – Meu sogro se interessou.


Engoli seco.


Para minha sorte, a mão de Dulce deslizou e a cabeça desabou, fazendo-a cair de cara no prato de panquecas com mel.


– Detenção, não! – Despertou meio perdida, como se ainda estivesse sonhando. O seu rosto sujo fez todos rirem.


Christian PDV


Assim que a Samara-Winehouse entrou no quarto pra ver meu irmão cabeçudo, invadi o muquifo da Maite com o Toicinho disfarçado de poodle branco. Era uma nova estratégia pra fugir do preconceito, pois, viajar com um porquinho maneiro como ele é mais difícil do que se parece.


– Não se empolga com o disfarce, hein? Lembra que você é um suíno espada! – Sussurrei no ouvido dele, já dentro do quarto.


Meu chapa estrebuchou querendo ir pro chão. O soltei e ele correu pras roupas da totosa jogadas no chão.


– ECA! TIRA ESSE... ESSE... – Ela encarou o malandrinho. – ESSE PORCO-CÃO DAQUI!


– Esquece o Tocinho. Vem cá que eu quero um repeteco! – Fui logo agarrando por trás.


– Sai de perto, seu burro! – Afastou-me com força. – Já falei pra esquecer o que aconteceu.


– Agora, né, sua safada? Porque na hora, tu até pediu por mais.


A totosa revirou os olhos, me empurrando para fora do quarto.


– Eu tenho que arrumar minhas coisas, não vou perder meu tempo com você, cabeça ôca.


– Um dia você ainda vai me implorar por um repeteco. – Ironizei, passando a mão pelo peito.


– Espera deitado em um caixão. – Respondeu grossamente.


Quando ela ameaçou fechar a porta na minha cara, assobiei e meu porco veio correndo, passando por entre as pernas dela e deixando o rastro de peido no ar.


– Isso, Toicinho, se vinga! – Incentivei.


– CREDO! – Horrorizada, pôs a mão no nariz, batendo a porta na nossa cara.


– Essa bandida ainda nos paga, amigão. – Peguei o leitão nos braços e minha mente viajou nas lembranças.


### FLASH BACK CHRISTIAN ###


Depois que Christopher e eu torturamos o “sem pregas” na varanda do quarto, fui pra cafeteria, puto da vida, descolar um sanduba, pois estava morrendo de fome.


O dia dos namorados havia sido um inferno, eu não comi nada, nem ninguém. Sentei na mesinha pronto pra detonar. Ia comer metade do cardápio, e a outra metade pediria pra viagem.


Avistei Dulce sentada na última mesa, sozinha, escrevendo algo em um papel. Corri pra lá.


– Está fazendo o que? – Sentei-me, de olhão grande no papel.


Surpresa, ela escondeu o troço.


– Não é da sua conta. – Rabugenta, respondeu.


– Eu quero olhar assim mesmo. – Ri.


– Vai chupar um canavial de...


– EITAAAAAA! – Interrompi, pondo a mão na testa dela. – Volta pro poço Samara, volta pro poço. – Iniciei o exorcismo.


A miss simpatia rosnou, enquanto levantava-se. Foi pra outra mesa bem distante de mim. Pensei em segui-la e continuar o ritual sinistro, mas minha pança reclamava.


Comi tudo que vi pela frente, e quando não agüentei mais, enrolei o resto do sexto sanduíche num papel e resolvi levar pra Maite, que devia estar no quarto sozinha matando mosca.


Fui logo adentrando o quarto sem bater. Afinal, quem precisa de privacidade?


– Está viva, mulher?


– Mais ou menos. – Respondeu, mudando os canais de Tv com o controle remoto, muito entediada.


– Trouxe um presente pra você.


Os olhos dela brilharam.


– O que é? – Já foi logo estendendo a mão.


Tirei do bolso o resto do sanduíche e, educadamente, depositei em suas mãos. Não sei porque ela fez cara de nojo, estava tão gostoso.


– O que faço com isso? – Ergueu uma sobrancelha.


– Eu explico. – Puxei uma cadeira, sentando próximo a cama. – Desembrulha, morde, mastiga e engole. – Eu precisava ser bem detalhista, porque ela era loira!


Maite cerrou os olhos e trincou os dentes.


– Vou mudar de assunto antes que esfregue esse resto de comida na sua cara. Não está por aí comemorando a noite dos namorados?


– Prefiro não comentar! – Virei o rosto para a televisão onde passava uma propaganda de uma loja, falando sobre o maldito dia dos mela cuecas.


– Juro que se eu ver mais um comercial sobre essa data infeliz, me jogo da janela. – A engessada murmurou.


Gargalhamos.


– Eu também odeio, é sempre assim. Ficam colocando esse povo sorrindo, com cara de diarréia só pra vender um chocolatinho ou uma roupa de loja do povão. – Detalhe:compro minhas roupas na loja do povão.


– Nunca fiquei só nessa data. – Falamos ao mesmo tempo.


Nos encaramos espantados. Sabe quando seu olhar encontra com o da outra pessoa e rola aquele climinha romântico?Bem, não foi isso que aconteceu.


Mexi as sobrancelhas pra cima e pra baixo, sensualmente.


– Christian, sabe aquele ditado: antes só do que mal acompanhado? – Sorriu.


– Sim.


– Discordo totalmente.


Fui puxado com força pra cama.


EITA!


– É hoje! – Feliz, beijei a totosa que retribuiu, tão animada quanto eu.


Eu é que não ia perder a chance de traçar a Maite, tratei de revelar meu lado Don Juan.


– Você me deixa sem eira bem beira. – Sussurei romântico no ouvido.


– Se abrir a boca pra falar novamente, te coloco pra fora. – Ela definitivamente estava na minha.


– AAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIII, SEU CRETINO! – Berrou quando minha perna se chocou contra a dela no meio do esfrega-esfrega.


Maldita perna quebrada empata-foda.


– Viu como eu sou bom? Nem comecei e você já está gritando. – Gargalhei.


Maite não gostou da brincadeira e me beliscou na altura da costela.


– AAAAAAHHHHHH! SUA BANDIDA, NÃO FAZ ISSO! – Esfreguei o machucado. Cara, doeu! Aquelas unhas grandes deixaram marca.


Ambos bufamos chateados.


– Desse jeito, não vai dar certo. – Reclamou.


– Vai sim, é só ficar quieta!


– Quieta? Jamais! Anda, meu filho! É pra hoje, está enrolando demais! Você é uma tremenda propaganda enganosa, Christian. –


– O que? Não! – Me revoltei. – Prepare-se para conhecer a britadeira, sua vida nunca mais será a mesma! – Sorri partindo pro ataque.


Nos beijamos loucamente. E é BOOOOM!


Foi uma pimbada muito louca. Nunca havia feito aquilo com uma garota engessada ou tão exigente. A cama ficou pequena pra nós, então, fomos parar no chão. Como eu estava no atraso faz tempo, pirei total. Achei até que ia matar a mulher, mas a loira bandida era uma verdadeira devassa.


Cerca de uma hora depois, estávamos lá, largados no chão, olhando pro teto, sorrindo satisfeitos.


– É melhor você ir embora, Dulce deve estar chegando.


– Já? – Eu não queria ir embora.


– Sim!


Peguei minhas roupas e as vesti, Rosalie fez o mesmo.


– Christian, não pode contar... bem... sobre isso que aconteceu pra ninguém.


Parei e a fitei desconfiado.


– Por quê?


– Porque não, oras!


– Foi só sexo, não confunda as coisas! – Fria, explicou-se.


– Quer dizer que me usou? – Ergui uma sobrancelha.


– Entenda como quiser. – Deitou-se na cama já vestida.


Espera... fui mesmo usado? Se aproveitaram do meu corpo?


CARA, QUE MASSA!


– EU FUI USADO! – Comemorei fazendo a dancinha da vitória. Chacoalhei os ombros e balancei o popozão.


– Vai logo embora! – Ordenou a mandona.


– Calma, eu vou... – Terminei de vestir a camisa. – O que vai dizer pra galera?


– Direi que papai me entupiu de remédio e dormi a noite inteira. Arrume uma desculpa, mas não diga a ninguém que ...


– Que nós abalamos os alicerces do hotel? – Completei me achando o tal.


– Sai daqui antes que meus ouvidos comecem a sangrar, porque não consigo mais ouvir suas asneiras!


Como eu havia conseguido o que queria, saí na maior, deixando-a falando sozinha. Fechei a porta atrás de mim e quase gritei:


DEI UMA PIMBADAAA!


Recuperado da empolgação, abri novamente a porta, coloquei a cabeça para dentro, encarei Rose e falei com olhos semi-cerrados.


– BANDIDA!


Bati a porta antes que ela me jogasse o sanduíche que já estava em suas mãos.


### FIM DO FLASH BACK ###


Suspirei voltando a realidade. Confesso que bateu uma saudade daquela noite mais do que eu esperava. Maite dava sempre em cima do meu irmão cabeçudo. Não era cego, via isso. Ela não valia nada, mas eu gostava. Por quê?


Dulce PDV


Estava deitada na cama, observando Christopher arrumar as malas. Ele era organizado, diferente de mim que joguei todas as roupas na mala e sentei em cima pra poder fechar.


Ele estava lindo aquela manhã. Calça jeans, camisa cinza, porém, mantinha uma expressão de preocupação. Me perguntei o que o estaria preocupando. Infelizmente, não tive coragem de perguntar, temia a resposta.


Então, ele parou e me fitou.


– Dulce...


– Sim?


– Onde está a pulseira que te dei no dia dos namorados?


A gargalhada saiu sem querer.


Puxei a perna da minha calça e balancei o tornozelo exibindo-o. Ele sorriu, vendo a pulseira presa ali.


– Por que está usando assim?


– Para evitar perguntas. E você, não usa meu presente? – Brinquei.


– Todos os dias. – Apontou pro cabelo bagunçado.


Não agüentei, sobre a cama, engatinhei até ele. UCKERZINHU ficou de joelhos no chão.


– Já falou com Anahí sobre ontem? – Me deu um selinho.


– Não, anda toda agitada, não consigo ficar a sós com ela.


– Acha que a perturbada vai nos entregar?


Temia isso profundamente, mas tinha esperança que a Fofolete tivesse um pingo de bom senso e me procurasse antes.


– Não. Acho que ela tem medo que eu desça o braço nela. – Fui sincera.


– Você se lembra do que aconteceu ontem à noite? – Ergueu as sobrancelhas.


– Pouco, mas me lembro de rir muito! – Gargalhei, imaginando o quão patética devia ter ficado.


– Lembra-se de me atacar?


– Não! – Menti. Lembrava vagamente. Infelizmente, ele pareceu perceber e riu.


– Mudando de assunto... não acha que está na hora de contarmos para seu pai sobre nós? – Sua expressão agora era séria.


– NÃO! – Saí da cama dando as costas para ele. – Ainda não. – Diminuí o tom de voz.


Por que o Uckermann tinha que tocar naquele assunto? Eu não estava preparada, não queria deixar Victor e Ale delirando de felicidade achando que eu mudaria minha opinião sobre eles por causa do meu namoro. São coisas diferentes, continuo odiando Ale.


– Quanto tempo mais acha que vamos conseguir manter essa farsa? Está esperando todos descobrirem? Por acaso isso é uma tentativa de fugir da responsabilidade de contar? – Não gostei da forma que ele impôs aquelas palavras.


– Não estou fugindo. – Virei-me. – Vou contar! – Era difícil dizer aquilo.


– Quando?


– Espere mais uns dias. – Tentei lhe passar segurança, mas já me via fugindo só pra não encarar o cerco que se fechava à minha volta.


– Quando voltarmos à Verona, as coisas vão ter que ser do meu jeito. – Exigiu e eu não gostei.


– Como?


– É isso que ouviu, você vai ter que aceitar.


QUE FILHO DA MÃE!


– Vai à merda, UCKERZINHU! Está achando o que? Que vai se impor e vou simplesmente obedecer?


– Não falei isso. – Defendeu-se.


– É o que parece! – Coloquei as mãos na cintura, pronta para enfrentá-lo. – Está querendo se ferrar?


– Ah, e lá vamos nós de novo. – Murmurou, jogando-se na cama com as mãos no rosto.


Eu também não queria brigar, mas às vezes era inevitável. Discordávamos de muitas coisas, tinha horas que desejava, intensamente, matá-lo.


O silêncio tomou conta do ambiente. O tipo de silêncio que deixa qualquer um sem jeito. Me aproximei lentamente dele, procurando palavras em minha cabeça para contornar a situação.


Então, de repente, puxou-me abruptamente para a cama. Pondo-se em cima de mim.


– AAAAHHHHHHAHAHAHAHAHAHAHAHA! – Ri descontroladamente, enquanto ele me fazia cócegas na região da barriga.


– Quem é a pirralha mais teimosa e cabeça dura do mundo? – Questionou, ameaçador.


– Você, Chrisgayzinho! – Arfei depois da gargalhada.


Minha resposta não o agradou e fui novamente vítima das terríveis cócegas. Era demais pra mim, eu ia morrer gargalhando.


– Fala, Dulce!


– NÃO! – Insisti com medo de fazer xixi nas calças de tanto rir. – PÁRA! – Fui ignorada.


– Quem é a pirralha mais teimosa e cabeça dura do mundo? – Insistiu.


– AAAAAAAAHHHHHHH! – Já nem conseguia respirar. – SOU EU! SOU EU! – Cedi lacrimejando. Respirei por um breve momento, então, falei. – Como você é covarde!


– Eu sei! – Piscou o olho pra mim.


Meu dedos acariciaram os macios cabelos cor de bronze dele. Era uma sensação muito agradável.


– Por que está pegando nos meus cabelos? Eles não são ensebados? – Provocou.


– Não sei do que está falando. – Me fingi de desentendida, já sabendo o que ele queria.


– Ah, é?


Não é que o maluco pendeu a cabeça e passou a esfregar os cabelos no meu rosto, obrigando-me a cheira-los?


– ECOOO! – Protestei. – É sebo puro! – Brinquei.


Ri da estranha piada do destino. Tanto que eu critiquei os cabelos do cara, agora que os sentia em meu rosto, simplesmente adorava. Era tão cheirosinho.


Cessamos a brincadeira quando ouvimos batidas na porta. Rapidamente, meu Uckermann saiu de cima de mim. Nervosa, já ia me baixar pra me esconder debaixo da cama, só que a pessoa impaciente do lado de fora não conseguiu esperar.


– O que quer falar comigo? – Poncho adentrou emburrado. Paralisei.


– Já conversou com Anahí sobre ontem? – Christopher perguntou.


– Não quis ouví-la.


Meu namorado olhou pra mim e em seguida pro irmão. Após um longo suspiro, foi até ele.


– Quero esclarecer o mal entendido.


– Não há o que esclarecer, seu traidor!


Me aproximei, sorrateira e curiosa.


– Cara, foi um acidente. Não fizemos absolutamente nada.


– Que acidente? – Não resisti. Mandei na lata.


– Christopher e Anahí estavam de amassos.


– O QUE? – Gritei perplexa. – REPETE ESSA PORRA AÍ PRA MIM! – Estalei o punho, fulminando meu namorado com os olhos.


– Não é nada disso! – Deu um passo atrás. – Saviñón, você sabe com quem eu estava no banheiro do salão ontem. – Fez uma careta super estranha.


– Agora eu sei, com a Fofolete vagaba.


Ele passou as mãos no rosto, ficando vermelho de raiva.


– Mesmo? Tente aí se lembrar quem estava me apalpando, pelo amor de Deus!


É, lembrei!


– Ahhhh... – Sorri amarelo. Virei-me para o suposto maconheiro. – Por que acha que o UCKERZINHU estava pegando Anahí?


– Flagrei os dois agarrados, desarrumados e sujos de batom. – Cruzou os braços, parecendo um psicopata. Daqueles tipo Hannibal.


– Christopher? – Pedi uma explicação.


– Anahí, feliz, veio me dar os parabéns, tropeçou no vestido e caiu em cima de mim. Foi só! – Ele estava nervoso.


– E como explica seu estado e o batom nas bocas? – Jasper não estava engolindo a desculpa. Na boa, se eu fosse ele diante de tais evidências, também não acreditaria.


Meu Uckermann pigarreou, encarando-me.


– O que? – Revezei olhares entre eles. – Que eu tenho com isso, minha gente? – Tentei não rir.


– Conta pra ele a verdade Dulce Maria. – Christopher não estava feliz, ele nunca me chama assim.


Me senti no meio do fogo cruzado. De um lado a cara quase albina de Poncho achando-se corno, do outro, a carranca do meu namorado bravo.


Como o salvador da pátria, Christian, entrou no quarto roubando a atenção.


– Vocês não sabem da maior. O sem pregas está lá no quarto do Victor querendo contar uma novidade.


– Gente, vamos lá saber. Quem sabe ele não diz que está grávido? – Zombei, e fui a única a rir. Realmente, achava que a bichona era capaz de tudo, até mesmo desafiar as leis da natureza.


– Bella, fala logo! – Christopher não ia desistir fácil.


– Falar o que? – O bisonho animou-se.


Respirei fundo, coloquei uma mão no ombro do maníaco por limpeza, que me olhou enojado, então, disse-lhe:


– Tudo bem, eu falo. Ele precisa saber... maconheiro, você tem que serrar o chifre!


Meu Uckermamn resmungou algo que não entendi devido as gargalhadas altíssimas do bisonhento.


– PRECISAMOS DE UMA SERRA ELÉTRICA! – Christopher berrou. – PONCHO USA CHAPÉU DE TOURO!


– Bella! – O bobão do Edward ia ter um ataque de pelanca.


– AGUENTA UM POUQUINHO AÍ, ACHO QUE DÁ TEMPO DE PEDIR UMA SERRA PELA INTERNET! VAMOS PEDIR? – O criador de porcos foi correndo buscar o nootebok.


– GENTE, O MARIUS ENLOUQUECEU TOTALMENTE! – Alice apareceu na porta, ofegando e alarmada.


Ela fez uma cara de morte tão horripilante que todos nós fomos correndo pro quarto de Víctor.


– HU!... OHOHOHOHOHOHO! – O boiola estava agarrado com o negão michê.


– O que aconteceu? – Christian perguntou.


Victor parecia preocupado.


– Toddy e eu vamos voltar para Verona com vocês, e lá, vamos nos casar. HU!... OHOHOHOHOHOH!


– O QUE? – Eu e os irmãos Uckermann perguntamos em coro.


– Morram de inveja, mundiças! – Levantou o braço, exibindo a extravagante aliança.


A Fofolete estava certa, o viado tinha enlouquecido! Como é que se casa com alguém que se conhece há dois dias?


(Continua...)


***







Mas um gats ta acabando a 3º  temporada falta pouco pra a 4º e desisiva temporada aguerdem e comemtem


 



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Autor(a): Anna Uckermann

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3ª FASECapítulo 9: DVD COMPROMETEDOR Christopher PDV – Você sabe o que está fazendo, Marius? – Meu futuro padrasto questionou. – Lógico, Dr. contra esse remédio... – Alisou o negão. – ...não tem contra-indicação. Me esforcei pra não rir da mais nova insanidade do viado ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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