Fanfics Brasil - 3ª FASE Capítulo 9: DVD COMPROMETEDOR Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: 3ª FASE Capítulo 9: DVD COMPROMETEDOR

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3ª FASE
Capítulo 9: DVD COMPROMETEDOR


Christopher PDV


– Você sabe o que está fazendo, Marius? – Meu futuro padrasto questionou.


– Lógico, Dr. contra esse remédio... – Alisou o negão. – ...não tem contra-indicação.


Me esforcei pra não rir da mais nova insanidade do viado. Dulce, que não é nem um pouco discreta, caiu na gargalhada.


– Esse tipo de casório é permitido aqui na Itália? – Minha mãe ficou na dúvida.


– Bem... não é! – O michê pronunciou-se.


– Mas eu vou casar assim mesmo, vai ser uma festa de arromba, convidarei uma de minhas amigas escândalo para fazer a cerimônia. – Marius estava animado.


– ESPERA! – Christian gritou. – Isso significa que vai me deixar em paz?


O pavão virou o rosto, ignorando-o.


Meu irmão caiu de joelhos no chão com as mãos para cima.


– ALELUIA! ESTOU LIVRE!


– Se eu fosse você, não cantava vitória antes da hora. – Saviñón pôs uma mão no ombro do bisonho, rindo.


Dulce PDV


A viagem de trem, de volta à Verona, graças a Deus, foi tranqüila. Adentrei meu quarto, puxando a mala pesadíssima. Era bom estar em casa, o hotel já havia me cansado. Usei toda minha força para jogar a bagagem em cima da cama. Olhei em volta e tudo estava exatamente como eu tinha deixado. Sorri, sentindo-me confortável naquele local. Era melhor ali do que em minha casa, em Forks.


– Precisa contar a verdade pro Poncho. – Virei-me em direção à porta, só para dar de cara com a Fofolete.


– Não sei do que está falando. – Me fingi de desentendida.


– Droga! – Ela bateu a porta e, em seguida, veio em minha direção. – Estamos brigados por sua causa, vai ter que consertar as coisas!


– Por minha causa? – Enruguei a testa, ofendida. – O que eu tenho com isso? Não fui eu que te empurrei pra cima do UCKERZINHU.


– Se contasse à ele que era você que estava se agarrando com Christopher, com certeza, acreditaria.


– Olha, Anahí, vou te mandar a real. Não sei por que está me culpando desse jeito. O Uckermann já explicou a ele que foi um mal entendido. O problema aqui não é o que eu conto ou deixo de contar, e sim, a falta de confiança dele em você. – Precisei expor minha opinião.


Percebi que ela ia revidar, mas seu lábio inferior tremeu e, brava, saiu do quarto, melancólica. Esfreguei o rosto, confusa. Realmente não queria contar sobre meu relacionamento pra ninguém, nem mesmo pro suposto maconheiro.


Cada dia que passava, mais difícil era conviver com aquele segredo. Não ia saber como contar tal coisa. Desejava ter apenas um Uckermann em minha vida, pois assumi-lo como namorado, era o mesmo que assumir a mosca morta como sogra. Já não bastava ela querer roubar o lugar da minha mãe?


Passei a mão na testa, sentindo que ia ter dores de cabeça terríveis. Se Christopher continuasse me pressionando para revelarmos nosso segredo, iria acabar enlouquecendo.


Odiei a mim mesma por me importar que Poncho estava acusando Anahí de algo que ela não fez. Nunca dei importância a bobagens desse tipo. Meses atrás, teria mandado todos à merda. Porém, naquele momento, o remorso e culpa se faziam presentes dentro de mim. Chutei a cama, chateada por estar agindo feito uma sentimental patética.


Após respirar fundo, decidi contar tudo ao maconheiro e tirar minha prima da enrascada.


Christopher PDV


Invadi o quarto de Poncho com o Toicinho nas mãos, na esperança de ser ouvido.


– Sai daqui, eu já disse que não quero falar com você! – Esbravejou, antes mesmo de eu falar qualquer coisa.


Durante o trajeto Veneza-Verona, por várias vezes tentei convencê-lo a me ouvir, mas sempre fugiu. Dessa vez, eu não ia deixar passar. Aquela situação já beirava a palhaçada.


– Vai me ouvir sim... – Corri para a entrada do closet dele, que, por sinal, é muito limpo e organizado. – ...se não me deixar explicar, juro que solto o porco aqui dentro, ele vai fazer a festa!


– Não faria isso, traidor! – Falou de olhos arregalados e trêmulo.


– Duvida? – Me baixei, deixando o suíno tocar as patinhas no chão.


– NÃO! – Gritou desesperado. – NÃO FAZ ISSO!


– Vai me ouvir? – Ergui de volta o porco, que roncou, contrariado.


– Tudo bem... vou! – Ele não tirava os olhos das minhas mãos, provavelmente, temendo que eu deixasse o animal cair.


– Anahí e eu não temos nada, como eu disse antes, ela veio me dar os parabéns, tropeçou no vestido e caiu sobre mim.


– Sei... – Ergueu uma sobrancelha, incrédulo. – ...porque ela te daria os parabéns?


– A garota tinha acabado de descobrir que eu e... Dulce estamos namorando. Era nela que estava dando uns amassos no banheiro.


– Como? – Os olhos dele conseguiram ficar ainda maiores. – Dulce? A filha do Victor? A valentona?


– Essa mesma! – Ofeguei, imaginando a cara que ela faria quando descobrisse que Poncho também sabia do nosso segredo.


– Isso é muito estranho. Como assim, namorando? Há quanto tempo?


– É uma longa história. Está disposto a escutar?


– Lógico!


– Antes me diga: já tirou da cabeça aquele lance sobre mim e a anãzinha? – Enruguei a testa.


– Diante da revelação que me fez, sim. Afinal, você sempre odiou Dulce, e, agora me fala que a está namorando! Com isso, esqueci até o que estava pensando antes. Sei que é safado, mas não mentiroso.


– Que bom! – Sorri.


– Tenho apenas uma dúvida.


– Fala!


– Como você ficou com a boca suja de batom da Anahí?


– Se você tivesse prestado o mínimo de atenção na pirralha, teria notado que ela usava o mesmo batom que sua namorada, já que foi ela quem a produziu para o baile.


– Ah... certo! – Ele coçou a cabeça, sentindo-se bobo. – Me desculpe, cara, por ter desconfiado de você.


Gargalhei.


– Eu não sou o Christian!


– Não me lembre daquele episódio!


– Dá cá um abraço! – Eu sei, bem viado, mas, ficar brigado com um dos meus manos, mexe comigo.


Bastou eu me aproximar pra ele berrar:


– TIRA ESSE ANIMAL IMUNDO DAQUI!


O grito assustou o porco, que estrebuchou em minhas mãos. Não conseguindo contê-lo, o deixei ir ao chão. Felizmente, caiu de pé, o problema é que correu desembestado pro closet do Poncho.


– NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO! – O ex-virgem ameaçou enfartar.


Tentei agarrar o suíno, mas o bicho era muito rápido, seria mais fácil caçar galinhas. Olhei de relance e notei que Poncho já mudava de cor.


Dulce PDV


No corredor, caminhei em direção ao quarto do suposto maconheiro, armando-me de coragem. Foi aí que avistei meu namorado segurando o Toicinho. Ele acabara de sair de lá. Estagnei, pensando no que lhe dizer.


– Er. . estou indo... contar pro seu irmão, ... aquilo. – Gaguejei. Puta merda!


– Tarde demais! – Carrancudo, respondeu antes de sair, deixando-me para trás.


Podia ouvir gritos afeminados vindos do quarto do maluco por limpeza. Curiosa, abri a porta e a cena que vi me fez gargalhar. Ele estava armado com duas garrafas de álcool, borrifando por todos os lugares, principalmente na cama. Teria o Toicinho passado por ali? Fechei a porta rindo, deixando Poncho sozinho com suas paranóias.


Mantive distância quando Christopher soltou o bicho do Christian no chão. Achei que ele olharia para trás, talvez para verificar se eu ainda estava ali, mas, nem isso fez. Ao contrário, adentrou seu quarto, batendo a porta.


Suspirei antes de ir até lá. Dei duas batidinhas na madeira e nenhuma resposta veio de dentro do cômodo. Poxa, ele devia estar mesmo bravo!Insisti, batendo novamente. Como não respondeu, passei a chutar a porcaria da porta.


– Pára com isso! – Resmungou, abrindo-a.


– O que você tem?


– Nada. Por que não vai pedir desculpas a Anahí e me deixa um pouco sozinho?


Fingi que aquelas palavras não haviam me machucado, mas machucaram.


– Qual é, UCKERZINHU? Tudo isso porque eu zoei seu irmão? Ele supera! – Ri, sem humor.


– Sempre soube que você era egoísta, afinal, odeia minha mãe só porque ela está com Victor. Porém, ultimamente, cheguei a achar que tinha mudado, que havia se tornado uma pessoa melhor. Não precisei esperar muito tempo pra notar que estava enganado, pois permitiu que Poncho e sua prima ficassem separados só pra não revelar que estamos juntos. Cara, você só pensa em si mesma!


– Ei! – Esbravejei sem saber o que responder. O Uckermann cruzou os braços à espera de uma explicação. Como não consegui pensar em nada além de xingamentos, ele bateu a porta na minha cara. – VAI À MERDA! – Berrei furiosa.


Marchei até meu quarto e me tranquei lá. Sentia ira e dor ao mesmo tempo. Odiava quando as pessoas julgavam-me. Era fácil, pois ninguém estava em minha pele. Poxa, será que o imbecil não percebia que era importante para mim o segredo sobre nós? Que se dane! Se ele não quer falar comigo, também não falarei com ele. Joguei a mala que estava na cama pra longe e me deitei, preparando-me para esquecer qualquer coisa relacionada ao Chrisgayzinho.


Já passava das 1:23h da madruga. Rolei na cama, impaciente. O meu plano de esquecer Christopher havia se tornado um pesadelo, pois eu nunca pensei tanto nele como nas últimas horas. Enfiei a cabeça no travesseiro, com vontade de gritar. É enlouquecedor desejar não pensar em alguém e sua mente agir de forma irracional, obrigando-te a rever o rosto da pessoa o tempo todo.


Já não suportando, caminhei até a janela e a escancarei. A brisa fria da noite tocou meu rosto, intensificando a saudade que sentia do maldito metido. Nós havíamos terminado? A questão estava me torturando. Decidi acabar com minha dor e perguntar.


– Porra, Dulce! – Xinguei a mim mesma pegando o celular. Digitei rapidamente uma mensagem.


Para:Metido
De:B.


[Terminamos?]


Permaneci com o aparelho em mãos, apreensiva. Temia muitíssimo a resposta.


Christopher PDV


Li a mensagem de texto da pirralha e não tive coragem de responder. Não queria terminar, mas também, conseguia me aproximar dela. Dulce era muito problemática. Sempre que eu achava que as coisas ficariam bem entre nós, algo acontecia, mostrando-me que o futuro do nosso relacionamento era incerto.


Não consegui, de forma alguma, dormir. Sentia falta do cheiro dela, da pele, do sorriso. Era como se meu coração desafiasse minha mente. No fundo, sabia que éramos incompatíveis, mas todo meu corpo a queria mesmo assim.


Encarei o teto, na dúvida: quem ganhará a disputa? Minha mente ou meu coração?


Dulce PDV


Fiquei frustrada pela falta de resposta do Uckermann. O silêncio dele era um sim?


Perambulei pelo quarto, morrendo de vontade de gritar na cara dele que eu não era a figura que estava pintando. Tudo bem que não revelei a verdade a poncho quando ele pediu, mas isso não era motivo pra tanto drama.


Bufei, ansiosa e já com pontadas no peito. Pontadas bem conhecidas por mim. Elas sempre vinham quando eu queria chorar.


Seja forte, Dulce! Seja forte!


Olhei pro canto do quarto e avistei meu violão preto. Foi como se acendesse uma lâmpada acima da minha cabeça.


Ok, ora de apelar! Se eu não consigo falar. Vou cantar!


Peguei meu celular e o posicionei em cima do criado mudo, prontinho para produzir um vídeo. Em seguida, tomei em minhas mãos o instrumento, sentei-me no chão e comecei a tocar e cantar a música que mais se encaixava com aquele momento.


Avril Lavigne - Why


Avril Lavigne - Why (tradução)


Por Quê?


Por que, você sempre faz isso comigo?
Por que, você não pode apenas ver através de mim?
Como você pode agir dessa maneira
Como se você não se importasse totalmente
Você espera que eu acredite que eu fui a única a cair?


Eu posso sentir, eu posso sentir você perto de mim, mesmo você estando muito longe
Eu posso sentir, eu posso sentir você, porque?


Isto não era para ser assim
Eu preciso de você, preciso de você
Mais e mais a cada dia
Isto não era para machucar desta maneira
Eu preciso de você, preciso de você, preciso de você
Diga-me, eu e você ainda continuamos juntos?
Me diga, você acha que poderíamos durar para sempre?
Me diga, porque?


Hey, Escute o que nós não estamos dizendo
Vamos jogar, um jogo diferente deste que estamos jogando
Tente, olhar pra mim e ver o meu coração de verdade
Você espera que eu acredite que eu vou deixar nós nos separarmos?


Eu posso sentir, eu posso sentir você perto de mim, mesmo que você esteja muito longe
Eu posso sentir, eu posso sentir você, porque?


Isto não era para ser assim
Eu preciso de você, preciso de você
Mais e mais a cada dia
Isto não era para machucar desta maneira
Eu preciso de você, preciso de você, preciso de você
Me diga, eu e você ainda continuamos juntos?
Me diga, você acha que poderíamos durar para sempre?
Me diga, porque?


Então vá e pense sobre o que quer que você precise pensar
Vá e sonhe com o que quer que você queira sonhar
E volte para mim quando você souber como você sente, você sente
Eu posso sentir, eu posso sentir você perto de mim, mesmo que você esteja muito longe
Eu posso sentir, eu posso sentir você, porque?


Isto não era para machucar desta maneira
Preciso de você, preciso de você
Mais e mais a cada dia
Isto não era para machucar desta maneira
Preciso de você, preciso de você, preciso de você
Me diga


Isto não era para ser assim
Eu preciso de você, preciso de você
Mais e mais a cada dia
Isto não era para machucar desta maneira
Eu preciso de você, preciso de você, preciso de você
Me diga, eu e você ainda continuamos juntos?
Me diga, você acha que poderíamos durar para sempre?
Me diga, porque?


(Tradução Site Terra)


A canção simplesmente fluiu, não precisei lembrar da letra, muito menos dos acordes, era como se cada palavra fizesse parte de mim. Sabia que precisava tentar a reconciliação, pois permanecer juntos era um desafio diário. Não fomos feitos um para o outro como muitos casais, qualquer escorregão poderia nos levar a um rompimento definitivo. Logo, enviei o vídeo, pedindo a Deus que Christopher o visse.


Encostei o violão na parede, deitei-me na cama de lado e me cobri, dos pés à cabeça. Fiquei com os olhos fixos no visor do telefone à espera de uma resposta, qualquer que fosse.


Os minutos se passaram lentamente, meus olhos cansados ameaçavam fechar-se. Foi nesse momento que senti o edredom ser parcialmente movido. Virei-me assustada e quase não acreditei quando vi Christopher deitar-se ali, nos cobrindo por inteiro.


Com um braço, segurei o edredom, formando uma tenda para poder encarar o homem diante de mim.


Meu coração acelerou. Estaria ali para terminar comigo?


– Janela? – Perguntei em um fio de voz, já que não era a primeira vez que ele entrava no quarto daquele jeito.


– Sim.


Ficamos alguns segundos, apenas olhando um para o outro. Então, meu Uckermann tocou a ponta do meu nariz com dedo.


– Sabe por que eu te chamo de meu frango?


– Não. – Murmurei.


– Nunca gostei de frango. Vou exemplificar, digamos que eu vá a um restaurante...


– Sim. – Interrompi, sem saber onde ele queria chegar.


– Vou pedir carne, porque é mais a minha cara. Daí, o sujeito da mesa ao lado pede frango. Quando o pedido dele chega, percebo o quão lindo e tentador é aquele frango. No início, podia ser um pouco de inveja ou algo parecido. Mas depois que roubei e provei o frango dele, notei que nunca havia comido algo tão gostoso. Me satisfez, deixou-me feliz. Passei a adorar frango, mais do que qualquer coisa. Se eu ficar sem ele, sentirei fome, sabe? ...aquele vazio, que te perturba a todo segundo? – Sorriu torto. – Você é bem assim, te odiava no início, Rosalie fazia mais o meu estilo. Porém, quando começamos as aulas para você conquistar Jake, percebi o quão linda e encantadora é. Não havia mais como resistir, te queria para mim, e fui atrás disso. Consegui a minha pirralha, e, uma vez que estou contigo, ficar longe de ti é como abrir um buraco dentro de mim.


Fiquei emocionada. Por mais casca grossa que eu fosse, diante do homem que me tirava o fôlego, me transformava em uma boba apaixonada.


– É isso que eu sou? – Ri. – Seu prato predileto?


– Não, é quem me faz esquecer que existe outros tipos de comida no mundo, porque eu só quero frango todos os dias.


Não consegui me conter, joguei-me em cima dele, louca para beijá-lo.


– Nós somos tão românticos. – Sussurrei em seu ouvido.


Aproximei minha boca da dele, mas Christopher virou o rosto.


– O que foi? – Perguntei, confusa.


– Só ganha beijo se falar algo pra mim. – Sorriu malicioso, acariciando minhas costas.


– O que?


– Diz que é meu frango!


Revirei os olhos.


– Não vou falar um negocio estranho desses.


– Tudo bem, vou voltar pro meu quarto... – O cretino estava fazendo chantagem barata, enquanto tentava levantar da cama.


– Ok! – Eu já tinha pagado mico antes, podia pagar novamente.


Nós rolamos na cama e, dessa vez, meu Uckermann ficou por cima.


– Fala! – Pediu ansioso.


AI, MEU DEUS, O QUE EU NÃO FAÇO POR ESSE CARA?!


Suspirei e, então, disse:


– Eu sou... – Espero que ninguém ouça isso. – ...seu frango.


Ele gargalhou, como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo.


– Repete. – Pediu quase sem ar.


– Eu sou seu frango! – Nossa, que tosco!


Outra vez gargalhou. Ao menos, agora, eu sabia o que dizer pra fazê-lo rir.


– Quero meu pagamento. – Exigi.


Ele parou de rir e passou a língua sensualmente em meus lábios. Minha pulsação acelerou. Qualquer dia esse homem me mata!


Para minha felicidade, Christopher, finalmente, me beijou. Sua boca quente contra a minha, me fez arrepiar. Levei as mãos até seu cabelo, os quais, agora não tinha mais a coragem de insinuar que eram ensebados. A língua dele passou a roçar docemente na minha, lembrando-me de quão maravilhosos eram seus beijos. Estávamos ofegantes, mas nenhum de nós ousava parar aquilo. Era como mergulhar no mar e não querer emergir. Tudo no Uckermann me enlouquecia, seu cheiro, hálito, mãos (que já apalpavam minhas coxas), boca, olhos, voz, uma armadilha perfeita. Envolvida pelo beijo abrasador, gemi involuntariamente.


– Acho que vou pedir pra você dizer que é meu frango mais algumas vezes. – Sussurrou rouco no meu ouvido.


Lambi o pescoço dele percebendo que Chrisgayzinho não estava com intenções nada decentes. Um bom momento para mostrar-lhe como eu era uma boa aluna e tinha aprendido direitinho “a última aula”.


(...)


Acordei um pouco mais cedo que o de costume, deixei meu namorado dormindo e fui em busca de Anahí que, à essa altura, já devia me odiar. Passei pelo quarto dela e nem sinal da maluquete. Desci para tomar café da manhã e logo a avistei, sentada sozinha na mesa, remexendo a comida.


– Bom dia, Fofolete. – Cumprimentei amistosa e fui ignorada. Puxei uma cadeira e sentei-me próximo a ela. – Eu sei que está brava comigo, tentei falar ontem com Poncho, mas Christopher tomou a minha frente. Sinto muito. – Era difícil pedir desculpas, pois não estava acostumada com aquele tipo de atitude. Ficamos caladas por alguns segundos, até que não agüentei mais e implorei.


– Ai, poxa, fala comigo, não agüento esse clima entre nós. Vamos lá, eu conto o que quiser pro maconheiro, digo até que eu puxo unzinho só pra ele não se sentir deslocado! – Minhas últimas palavras despertaram uma risadinha nela. Fiquei aliviada por vê-la sorrir. – Estou desculpada? – Não quis perder a chance.


– Sim, está. – Saiu do seu estado petrificado e abraçou-me. Anahí é meio perturbada do juízo, mas não existe pessoa melhor no mundo.


– Então, se reconciliaram?


– Não.


– Como não? – Arregalei os olhos.


– Poncho veio me pedir desculpas, e eu o desculpei assim como acabei de fazer com você, porém, não reatamos. Você tinha razão, ele não confia em mim!


– Xi... vou levar culpa por isso também, né? – Cocei a cabeça, fazendo careta.


– É impossível manter um relacionamento assim. Só porque fiquei com Christian quando estava doidona, não significa que ficarei com toda a família dele. Falei que só o aceitarei de volta quando provar que confia em mim. Sem confiança, sem namoro. – Nunca vi minha prima se expressar de forma tão determinada.


– Tem certeza do que está fazendo?


– Absoluta! Amo o meu loirinho, mas não vou ficar pisando em ovos, sempre com medo de ele entender algo errado e já sair achando-se corno. Digo e repito: sem confiança, sem namoro.


– Coitado! – Ri, com pena dele.


– Agora você, Sra. Dulce, não vai escapar de mim. – Fofolete me lançou um olhar pra lá de bizarro. – Lembra-se no início da viagem, quando pediu minha ajuda para encher as roupas dos Uckermanns de pó de mico?


– Lembro. O que tem isso? – Ergui uma sobrancelha.


– Naquele dia, concordei em participar do seu plano, tomando sua palavra como garantia de que me retribuiria o favor, até me disse que eu poderia pedir o que eu quisesse.


Não estava gostando nada na conversa.


– O que quer?


– Maquinei isso por muito tempo, não quero desculpas. Irá se comportar como a melhor aniversariante do mundo na festa de amanhã.


– NÃO! – Levantei-me surpresa.


– Nem vem, você me prometeu! – Retrucou.


– Tudo menos isso, tudo! – Só de me imaginar em uma festa de aniversário, meu estômago embrulhou.


Não havia nada que me magoasse mais do que meu aniversário. Não existia tortura pior para mim, pois cada segundo do dia, lembrava-me de Blanca. Por anos, fugi daquilo como alguém foge do inferno. Era inconcebível ficar diante de um bolo, sorrir para uma foto em família ou fingir alegria se eu revivia em minha memória cada segundo do fatídico dia, o qual eu fechava os olhos e conseguia ouvir a voz da minha mãe, suas poucas palavras envolvidas em melancolia e dor. Minha vida havia virado de cabeça para baixo após a morte dela e, comemorar aquilo era como tirar todas as defesas que fui obrigada a criar durantes anos, deixando-me totalmente indefesa para ser consumida pela tristeza que eu nunca superei.


– O que ela tem? – Perguntou o Uckermann que acabara de chegar. – Está tão pálida.


– Estou bem! – Assegurei, soltando a cadeira para não demonstrar mais nenhuma fraqueza.


– Contei a ela sobre a festa de aniversário. – Anahí fez uma caretinha, como se eu estivesse fingindo passar mal.


– Já disse: nada de festa! – Gesticulei severa.


– Vai ter sim, primeiro, porque prometeu que eu podia pedir o que quisesse, segundo, posso contar para seu pai que Christopher está lhe traçando e terceiro... terceiro... porque eu acabei de lhe perdoar. Posso muito bem voltar com a palavra como está fazendo agora.


– Não é justo! – Esbravejei. – Garanto que saio na rua fantasiada de barbie, deixo pintar minhas unhas com aqueles esmaltes ridículos com purpurina, mas nada de aniversário, por favor.


– BOM DIA, RAXAS!... – Gritou Marius, praticamente se materializando na entrada da sala de jantar. – ...e bofe escândalo! – Sorriu para Christopher.


– Você não tem casa? – Mandei na lata.


– Vou fingir que não ouvi! – Colocou a mão à frente do meu rosto, me ignorando.


– Vim pra organização da festa.


– O aniversário da Dulce? – Meu namorado indagou.


– Não vai ter aniversário. – Murmurei.


– Anahí mona, já fiz a lista de convidados. – Tirou da bolsa transpassada rosa, um rolo de papel, em seguida, o desenrolou diante de mim. A lista correu pelo chão, mostrando-se enorme. Arregalei os olhos, incrédula.


– QUE MERDA É ESSA?


– Eu sei, chapeuzinho, a lista está pequenina, mas eu não faço milagre, o babado já é amanhã.


Tomei-lhe o papel das mãos e rasguei em protesto.


– Pense numa raxa uÓ gente, tive o maior trabalho e a mocréia ainda rasga! – A bichona revoltou-se. Colocou o dedo indicador na boca, em seguida, apontou pra mim, cheio de saliva. – Eu te afogo aqui, carniça! Mal agradecida, eu ia até convidar a Gisele Buchun... bichê... bitchu...


– Engasgou, Marius? – Christopher riu.


– Enfim... a modelo Bichêm.


– Não vai ter modelo de nome estranho, não vai ter nada! – Quantas vezes eu ia ter que repetir?


– Já pensei na decoração. – Anahí intrometeu-se.


– Ainda bem que esse não é o único evento que estou promovendo, minha festa de noivado vai sair rapidinho. Botei todas as bibas para trabalhar. Quero estourar até virar purpurina no céu. – Ergueu as mãos para o ar.


Ótimo, agora sou invisível!


– Já comecei a procurar um barman. – Virei-me para o Uckermann, não crendo que ele estava envolvido no complô contra o meu direito de escolha.


– Eu conheço um que ainda faz um striper básico. Minha flor do campo, tu vai gamar! UH!... OHOHOHOH! – O viado animou-se, piscando para ele.


– Eu tive uma idéia super fashion para o evento. – Maite apareceu, andando normalmente sem gesso. Christian veio logo atrás.


– Olha sua perna! – Fofolete apontou. – Está recuperada?


– Uns 70%. – Passou as mãos pelos cabelos oxigenados.


– Ei, posso produzir um vídeo bacana da Samara, com efeitos especiais e tudo, bem dark? – Falou Christian.


Quer saber? Chega de ser racional.


– NÃO VAI TER FESTAAAAAAAA! – Berrei com todas as minhas forças.


Como se nada tivesse acontecido, foram para a sala, planejando meu velório em forma de aniversário. Que cretinos!Estavam mancomunados e eu, palhaça, totalmente de fora.


Peguei um pedaço de pão na mesa, na tentativa de me acalmar, pois me tiravam do sério. Ao me aproximar dos infelizes, percebi que a conversa já estava em outro nível.


– Anahí, minha nossa, que noite, hein? As paredes da casa tremeram. – A loira sebosa zombou.


– Como assim? Eu não fiz nada, Poncho e eu estamos dando um tempo. – Respondeu inocente.


Mordi o pão, não entendendo o papo.


– Então, quem estava gemendo horrores? – Questionou ela.


Christian, Anahí e Christopher fitaram-me. Foi nesse momento que o pão ficou preso em minha garganta, me fazendo engasgar. Tossi, nervosa, já ficando sem ar. Chacoalhei os braços, em um pedido de socorro silencioso. Christian foi o primeiro a chegar até mim. Rindo, me deu um grande tapa nas costas. Em vez do pão voar, quem voou foi eu. Caí no chão, provavelmente, ficando roxa.


– RESPIRA, DULCE! – Anahí berrou, aflita. Se eu pudesse, respiraria, né? Nessas horas, dá vontade de descer o braço em alguém.


Christopher me levantou rapidamente, abraçou-me por trás e, com os braços, forçou a parte superior do meu abdômen.


– FIQUE LONGE DA LUZ, FIQUE LONGE DA LUZ! – Escandaloso, o pavão ficou à minha frente. Se aquela bicha fosse a última coisa que eu ia ver antes de morrer, iria voltar à terra só pra me vingar dele.


Revirei os olhos, totalmente sem fôlego. Então, depois de mais uma tentativa do Uckermann de me tirar do sufoco, simplesmente expeli o pão semi-mastigado, o qual voou direto para a cara do Marius.


Ele fechou os olhos e, lentamente, tirou a melequinha do rosto, respirou fundo e disse, alterado:


– Desde que conheci vocês, fui ameaçado de morte várias vezes, mordido por um cachorro na bunda, assaltado no bairro da bala perdida, atingido por um tênis do mal, quase fui jogado de uma varanda, tentaram enfiar um garfo no meu cérebro e agora, isso? CHEGA, NÃO TEM BICHA QUE AGUENTE!>(e eu to aqui rindo que nem um jegue hahahahaha pronto parei)


– É só ir embora, não vai fazer falta. – O bisonhento cruzou os braços.


– É que eu gosto daqui. – Sem um pingo de vergonha na cara, jogou-se no sofá, mordendo o dedinho e sorrindo. – Que horas sai o almoço?


FALA SÉRIO!


Christian PDV


– Gente, espera. Eu estou dizendo, o filme é bom. – Corri pelas escadas, deixando minha família na sala. Depois do jantar, eles queriam ver um filme, lógico que sugeri um bem massa que baixei da internet. Porque comigo é assim, tá na net? Eu baixo! É bom? Eu baixo! É ruim? Eu baixo! É CRIME? EU BAIXO MESMO ASSIM! Faço isso só pra rir da cara dos otários que compram na lojinha por uma fortuna. E daí que o vídeo fica sem áudio? E daí que vem pela metade ou trêmulo? Como eu já disse... EU BAIXO!


Entrei no quarto do meu irmão cabeçudo, doido para pegar ele no flagra com a Winehouse. Infelizmente, ele não estava lá. Devia estar arrochando ela em algum outro lugar da casa, pois os dois nem foram para o jantar. Comecei a procurar nas coisas do meu mano, minha bolsa de DVDs. Ele havia guardado pra mim, já que na minha mala não cabia mais nada, pois roubei do hotel as toalhas, sabonetinhos e até um travesseiro.


Empolguei-me, vendo dois porta-DVDs idênticos em cima do criado mudo. Peguei os dois, confuso. Qual era o meu?


Caguei pra isso! Vou levar ambos.


Voltei o mais rápido que pude para a sala, antes que a galera desistisse de ver As Criaturas parte 2.


– Espero que não seja nem um filme indecente, Christian Chávez. – Minha mãe achava mesmo que eu ia pôr um vídeo pornô na sala? Lógico que não. Ia esperar ela sair primeiro!


Abri o porta-DVDs e peguei o primeiro, devia ser aquele. Se não fosse, ia colocar um por um no aparelho até achar.


– Como é mesmo o nome do filme? – O comedor de mães fingiu-se de interessado. Devia estar querendo ver também um videozinho proibido.


– Calma, vai começar. – Chateado, apertei o play do controle remoto.


– Sai da frente da Tv, carne de burro não é transparente. – Encarei a bandida da Maite com vontade de afogá-la no balde de pipoca em suas mãos.


– Calem a boca, vai começar. – Anahí bateu palminhas, enquanto Poncho ficou largado num canto, feito sapato velho.


Christopher PDV


Dulce e eu estávamos na garagem. Ela permanecia sentada em minha Suzuki, enquanto eu verificava o motor.


– Você nunca me deixou andar nessa belezinha. – Sorriu, alisando o painel da moto.


– Nunca pediu.


– Tem ciúmes dela?


Gargalhei.


– Muito.


– Nossa! Que exagero! – Tirou as mãos, imediatamente, da Suzuki.


– Irônico dizer isso, pois morre se alguém tocar na sua guitarra. – Precisei lembrá-la.


– É diferente.


– Sei... – Torci a boca pra teimosa.


– Participa de muitos rachas?


– Na faculdade, sim. É como pago a mensalidade. – Não haviam motivos para esconder aquilo dela. – Falando nisso, o que vai fazer depois do verão? – A tempos, queria lhe perguntar aquilo, porém sempre adiava.


A pirralha suspirou, pensativa.


– Eu...


– DULCEEEEEEEEEEEEEEEEE! – A resposta dela foi interrompida pelo grito estranho vindo de dentro da casa.


– Ouviu isso? – Indaguei.


– CHRISTOOPHERRRRRRRRRRRRR!


Largamos tudo e fomos correndo para a casa. Podia jurar que os berros vinham do meu futuro padrasto. Saviñón empurrou a porta violentamente, assustada com os gritos. Confesso que eu também estava. O que teria acontecido?


– Eu e o UCKERZINHU? NAMORADOS? Oh, sim, sim. UCKERZINHU, QUER NAMORAR COMIGO?


Meus olhos quase saltaram para fora ao ver o vídeo de Dulce e eu tatuados, nos beijando loucamente. Nossa família, embasbacada, não tirava os olhos da tela. Me arrependi profundamente de ter passado o vídeo para um DVD antes do meu celular ser roubado. Logo, eles assistiriam também Saviñón, drogada, dançando macarena. Me preocupei logo com meu frango, que parecia ter visto um fantasma.


Dulce PDV


EU VOU MORRER, SEI QUE VOU MORRER! JÁ MORRI?


Minhas pernas tremiam e gotas de suor se formavam em minha testa.


– Er... – Tentei começar a explicação.


Minha voz tirou todos do transe. Enfileirados, revezaram olhares entre mim e UCKERZINHU. Os que já sabiam sobre nós, ficaram surpresos com as tatuagens e com a cena do Uckermann me agarrando, já que isso era algo que nenhum deles havia presenciado. Quanto à Victor, Ale e Maite, pareciam chocados o suficiente para duvidarem da própria sanidade.


– Fala alguma coisa. – Murmurei pelo canto da boca para Christopher.


– Estou pensando. – Sussurrou de volta.


– Isso... é... algum... tipo de... brincadeira? NAMORADOS? – Meu pai gaguejou. Isso nunca aconteceu antes, não que me lembre. Engoli seco.


A mosca morta colocou as duas mãos na boca, fitando-me como se eu fosse um E. T.


– SUA GALINHA, ELE É MEU! – Maite berrou, vindo na minha direção, aumentando o estado de choque do nosso pai.


– Nunca foi seu! – Respondi, irando-me.


A sebosa agarrou meus cabelos e puxou com força. Rapidamente, reagi, envolvendo minhas mãos nas mechas baratas de farmácia dela.


Christian PDV


Empurrei Poncho pro lado, para ter uma melhor visão da loira e Dulce se atracando.


– BRIGA! – Gritei empolgado e fui reprovado pelos olhares de Anahí e minha mãe.


As duas sacudiam os cabelos uma da outra em meio a gritos de dor, girando pela sala.


– Parem com isso! – O comedor de mães mal conseguiu falar.


O Zé Ruela tentou separá-las, mas foi empurrado para longe.


AINDA BEM!


A bandida deu um tapão na cara da Samara, que devolveu a afronta, chutando-a.Maite caiu no chão e sua irmã lhe arrastou pelo piso, puxando-a pela perna. Victor deteve a filha. Nesse meio tempo, a totosa levantou-se e esbofeteou outra vez a Dulce.


– Sua esquisitona nojenta, eu vi ele primeiro, não vai levar a melhor. Agora entendo porque me jogou na piscina!


– Você que pensa! CARA, EU VOU É QUEBRAR A TUA CARA. DÊ ADEUS A VIDA! – Meu padrasto não conseguiu conter a força sobrenatural do chamado e deixou a filha maluca escapar.


Maite arregalou os olhos, notando que a tal estava totalmente fora de si.


– AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! – Gritou, correndo em direção à sala de jantar com a moleca em seu encalço. O bobão do Christopher ainda foi atrás das duas.


Agora os três corriam em volta da mesa sem parar. Eu tava ficando tonto.


– Christian, me ajuda! – Pediu o Zé Ruela, ofegando.


– Deixa elas. Vamos ver quanto tempo agüentam? – Respondi, já tirando algumas fotos.


Pulei, empolgado. Adoro uma briga, principalmente de mulher.


Christopher PDV


Meu irmão burro não servia de nada. Poncho também não ajudou, ficou só assistindo, confuso. Droga, por que ninguém estava colaborando?


Victor tentou intervir, mas foi impedido pelo vaso de flores arremessado, em direção à minha namorada.


– Tudo bem! Tudo bem! Você não vale todo esse esforço. – Saviñón parou, arfou com o rosto cheio de marcas de dedos. Sua irmã também deixou de correr, cada uma ficou de um lado da mesa, encarando-se mortalmente.


– Se quer saber, ele ficou comigo primeiro. – A loira provocou, me delatando.


Dulce, possuída pelo ciúme, jogou-se em cima da mesa, diminuindo a distância entre elas, agarrou-lhe o braço e mordeu com força.


– AAAAAAAAAAAAAAAÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍ! – Caramba! Minha cunhada ia ser devorada viva!


O mais rápido que pude, puxei a pirralha, tirando-a da mesa e prendendo-a em meus braços. Precisei de toda a minha força para contê-la. Ela chacoalhava muito, nunca imaginei que pudesse ser tão forte, já que era tão pequena.


Maite, não aceitando perder, veio em nossa direção, pronta para o ataque. Felizmente, Victor a impediu, empurrando-a para a sala.


– ME SOLTA! – Ouvi ela gritar. – Me larga, quero sair daqui!


Segundos depois, a porta da frente foi fechada com força. Respirei aliviado. A confusão havia cessado, aos menos, por enquanto.


Minha mãe, bestificada, encostada na parede perguntou:


– Vocês tem mesmo as tatuagens?


Me virei e lhe mostrei minha nuca, enquanto soltava a pirralha, que tremia rosnando feito um cão de briga.


Victor voltou vermelho, suado e extremamente bravo.


– VAMOS CONVERSAR! – Seu tom denunciava a seriedade do assunto.


Dulce deu os primeiros passos em direção à ele e foi, abruptamente, interrompida.


– Você não, ele! – Apontou para mim. Depois, foi para o escritório.


– Cara, tu mexeu com as duas filhas dele. Me responde uma coisa: deixou algo pra mim no seu testamento? – O bisonho não calou a boca. Isso serviu pra me deixar mais nervoso.


(Continua...)


***






Esse é o penultimo e ultimo jajaa aparece comentem ok


 



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Autor(a): Anna Uckermann

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3ª FASE Capítulo 11: ÚLTIMO CAPÍTULO Dulce PDV Pisquei os olhos, confusa, tentando descobrir de onde aquele homem havia saído. Ouvi os passos do Uckermann atrás de mim. Até que ele estacou ao meu lado. Jake me estendeu a mão cordialmente, oferecendo ajuda. Em um impulso, aceitei, ainda encarando-o. – O-o que est ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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