Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni
Capítulo 6 - Balada e Confusões
Christopher’s POV
– AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Gritei em desespero, sentindo todo o meu corpo pinicar como se estivesse sendo perfurado por agulhas minúsculas, fazendo-me ter uma coceira que jamais senti em toda a minha vida! Saí do quarto ao ouvir mais gritos e corri em direção a sala em busca de ajuda.
Pude, então, perceber que mais duas pessoas corriam atrás de mim com gemidos sem nexo!
Só quando cheguei na sala foi que percebi o que se passava atrás de mim.
– MEU DEUS! FAZ ISSO PARAAAAAAR! – Berrou Christian, esfregando as costas na parede da sala e enterrando as unhas nos braços.
Fiquei surpreso com aquela cena. Afinal, eu Christian estávamos sentindo a mesma coceira insuportável?
– ME AJUDEM! – Gritou Alfonso pulando e sacudindo o corpo inteiro. – ESTÁ COÇANDO MUITO!
– EU SEI CARA, NÃO ESTÁ VENDO QUE EU TAMBÉM ESTOU SENTIDO ESSA MALDITA COCEIRA? – Berrei atordoado por sentir minhas partes íntimas pinicarem.
Foi uma sensação horrível. Eu não estava suportando, ia coçar ali mesmo na frente dos meus irmãos, mas meu plano foi por água abaixo quando chegaram Dul e Annie, que vinham da sala de jantar. Ale, Victor e Maite desciam as escadas assustados com os gritos.
– O que está acontecendo? – Perguntou minha mãe apavorada com a cena.
Ferrou! Ia ter que suportar a coceira nas minhas partes íntimas. Me contorci o máximo que pude, tentando aliviar minha situação.
– MÃE, ME COÇA! – Implorou Christian. Ale, confusa, lhe coçou as costas.
– Christopher, será alguma alergia? – Perguntou Victor.
– EU NÃO SEI! PORQUE SÓ NÓS ESTAMOS COM COCEIRA? – Perguntei em vão, Victor não parecia saber a resposta.
Anahí estava com uma cara estranha, como se fosse chorar a qualquer momento. Estávamos em um estado tão deplorável assim a ponto de fazer alguém chorar? Ou rir? Porque Dulce estava quase ficando roxa por estar prendendo uma gargalhada que seus olhos arregalados não disfarçavam.
Eu me contorcia, Poncho pulava e Christian se coçava nas paredes. Parece que sentimos a coceira se intensificar ao mesmo tempo, tornando-se insuportável.
– AAAAAAAAHHHHHHHH, EU NÃO AGUENTO! – Berrou Christian, começando a tirar a camisa na frente de todos.
Era isso, só podiam ser as roupas! Porque só comecei a sentir a coceira dos infernos após ter me vestido.
– TIREM AS ROUPAS! – Gritei já tirando as minhas, meus irmãos me acompanharam e nossas roupas voavam pela sala enquanto tentávamos aliviar a sensação enlouquecedora que sentíamos.
Maite gargalhou. Me senti um idiota, estava vivendo o momento mais constrangedor da minha vida.
Estávamos só de boxers, mas a coceira persistia. Eu já estava ficando vermelho de tanto me coçar.
Foi muito estranho ver Victor tampando os olhos de Dul e Annie. O que era um pouco irônico, já que Dul, pouco tempo atrás, havia me visto completamente nu.
– NÃO ESTÁ ADIANTANDO! – Disse Alfonso, vermelho que nem um tomate.
Ele tinha razão, a coceira não diminuiu. Christian, em puro desespero, saiu correndo em direção ao jardim. Todos nós o seguimos só para vê-lo pulando na piscina. Minha mãe colocou a mão em seu peito, achei que ela fosse ter um infarto. Felizmente, Christian gritou...
– PASSOU! PASSOU! A COCEIRA PASSOU!
Poncho e eu não perdemos tempo e também nos jogamos na piscina.
Pareceu um sonho quando a coceira sumiu, nunca me senti tão aliviado.
(...)
Eu estava pronto para descer pro jantar, quando esbarrei com meus irmãos no corredor. Nós chegamos à conclusão que algo nas roupas provocou o ataque de coceira e, por isso, todos nós agora vestíamos roupas emprestadas de Victor. Elas couberam perfeitamente em mim, mas não podia dizer o mesmo dos meus irmãos. As roupas ficaram largas demais em Poncho e extremamente justas em Christian. Tenho que confessar, Christian ficou muito engraçado com roupas tão apertadas.
Quando chegamos à sala, avistei Dulce jogada no sofá, olhos fechados e Anahí ao seu lado, lhe abanando com uma revista.
– O que ela tem? – Perguntou Poncho para Annie.
– Passou mal de rir. – Respondeu ela tristonha.
Aproximei-me, e a fitei. Ela, imediatamente abriu os olhos e começou a gargalhar.
Fui direto para a sala de jantar bufando. Lógico que ela devia estar adorando aquela situação.
Passei o jantar inteiro com uma pergunta martelando em minha cabeça: o que causou a coceira? Eu não sabia, mas podia apostar que havia um dedo de Dulce nisso, pois ela me encarava satisfeita. Bem, a palavra satisfeita não faz jus à expressão em seu rosto. Ela mais parecia está delirando de felicidade.
Todos esses pensamentos se esvaíram quando senti um pé roçando em minha perna por debaixo da mesa. Deixei escapar um sorriso ao perceber que Maite à minha frente era dona daquele pé.
ESSA NOITE ELA NÃO ME ESCAPA.
(...)
Dividimos-nos em dois táxis. Os nossos veículos ainda não haviam chegado dos EUA. No primeiro táxi, fomos eu, Maite e Christian. No outro, foram Dulce, Anahí e Poncho.
O Pazzo Club era muito popular em Verona. Estava lotado e quase não conseguimos entrar. Eu estava animado, a noite prometia surpresas agradáveis e não via a hora de tomar uma boa dose de vodka com soda. Maite, com sua simpatia, nos conseguiu uma mesa perto da pista de dança. Eu já havia percebido que ela era do tipo que sempre conseguia o que queria.
O DJ era muito bom, o som era contagiante e eu já estava louco para cair na pista de dança para liberar todo o estresse.
– DELÍCIAAA! – Gritou Christian, virando duas doses de tequila.
– Vai com calma Christian, não vamos exagerar. Victor deixou bem claro que somos responsáveis hoje por toda essa pirralhada. – Sussurrei no ouvido dele.
– Relaxa, Ucker! Tudo sob controle. – Respondeu ele, sinalizando com o polegar para cima.
Maite continuava a me provocar com sorrisos maliciosos e olhares cheios de segundas intenções. O que vocês acham? Eu não conseguia entender como ela poderia ter ficado tão interessada em mim após o triste episódio da coceira.
– Vê se sorri um pouco, Dul! Essa sua cara de pitbull está espantando os gatinhos. – Pediu Anahí. Eu quase ri preso no pensamento de que Dulce espantava os homens com qualquer cara que ela fizesse.
Dul estava carrancuda novamente. Ao que parece, sua crise de riso havia ido embora completamente. Afinal, ela deveria estar mesmo odiando a nossa companhia. E pra falar a verdade, eu pouco me importava.
– VAMOS DANÇAR! – Gritou Maite para que todos entendessem, pois a música estava muito alta.
Nós, os Uckermann e as garotas Saviñón, entornamos toda a bebida que havia nos copos, com exceção, lógico, da garota mais antipática do mundo: Dulce Maria.
Nos levantamos animados para nos esbaldar na pista de dança. Não sei por que dei atenção a isso, mas pela minha visão periférica, vi Annie tentando arrastar Dul para nos acompanhar. Felizmente, a garota anormal se recusou e ficou lá, sozinha na mesa.
O DJ soltou o som de “Fatboy Slim, Rockafellar Skank”. Foi quando formamos um círculo e dançamos juntos. Me senti muito bem, e dancei sem constrangimentos. Mais uma vez não querendo me gabar, vou admitir: sou muito bom dançarino.
Pulamos, agitamos e curtimos por cerca de 40 minutos. Então, percebi que minha sorte começava a voltar quando uma música romântica começou a tocar, “Black Balloon,do The Goo Goo Dolls”.
Não perdi a chance de chamar Maite para dançar. Ela, prontamente aceitou e os outros dispersaram-se. Já não os podia ver, e nem queria, eu estava muito a fim de dar uns amassos em Maite.
Minha mão estava na cintura esbelta dela, seus braços em volta do meu pescoço. Não precisei aproximar meu corpo, ela mesma colou seu atraente corpo contra o meu. O clima estava aumentando, nossos corpos mexiam-se no mesmo ritmo. Maite me fitou com seus olhos castanhos em expectativa.
É agora! Pensei, aproximando meu rosto da minha nova “rainha da beleza”. Seus lábios vermelhos já esperavam os meus, entre abertos, então...
– Christopher, temos uma emergência. – Disse Alfonso apertando meu ombro.
PORRA, LOGO AGORA QUE EU IA ME DAR BEM?
Bufei ao sentir Poncho me arrastando pelo braço em direção ao banheiro masculino. Quando chegamos lá, não havia nada incomum, estava vazio.
– O que foi? – Perguntei chateado.
– É o Christian, ele não quer sair daquele cubículo. – Respondeu meu irmão, apontando para o único cubículo fechado.
Eu podia ver os pés de Christian. Então, bati na porta.
– Qual o problema, Christian?
– EU NÃO QUERO MAIS SAIR DAQUI! – Gritou ele.
– Conta logo o motivo Christian, eu estou ficando impaciente. – Disse Poncho aproximando o ouvido da porta.
– Minha calça rasgou na*******– Respondeu Christian, num fio de voz.
Poncho e eu nos encaramos e as gargalhadas ecoaram pelo banheiro.
– O que? Como assim? – Perguntei ainda rindo.
– Eu fui paquerar uma garota no bar. Quando me sentei… a costura da calça apertada de Victor cedeu e minha*******está quase todo à mostra.
Eu não podia aguentar, me curvei, quase passando mal de rir.
– Cara, sai daí pra nós vermos. Talvez não esteja tão ruim assim. – Interviu Poncho.
– Eu não quero, vocês vão rir mais ainda.
– Deixa de ser idiota Christian, você não vai poder ficar aí para sempre. – Falei batendo novamente na porta.
– Nem pensar, eu não tenho mais coragem de sair daqui. E se continuarem rindo, eu juro que vou espancar vocês até a morte.
Não adiantou. Aquilo nos fez rir ainda mais.
Recuperei o fôlego e me obriguei a manter uma voz firme e altiva, na tentativa de acabar com a infantilidade do meu irmão mais velho.
– CARA, SAI LOGO DAÍ! SE NÃO SAIR, NÓS VAMOS ARROMBAR ESSA PORTA. DEIXA A GENTE VER SUA BUNDA! – Gritei.
Poncho pigarreou sério, gesticulando em direção à porta atrás de mim. Virei-me e me deparei com um senhor que, provavelmente, só ouviu a minha última frase. Ele parecia assustado.
– Oh, não, não… não é nada disso que o senhor está pensando! – Disse constrangido.
– Ele é nosso irmão, a gente só quer dar uma espiadinha! – Completou Poncho. Isso fez o senhor arregalar os olhos e sair quase correndo.
– GRANDE AJUDA, ALFONSO. VIU SÓ, CHRISTIAN? AGORA VAMOS FICAR CONHECIDOS COMO OS TARADOS DO BANHEIRO. – Gritei chateado.
– Sai logo, não vou passar a noite toda aqui! – Reclamou Alfonso.
– Vocês prometem não rir? – Perguntou ele, envergonhado.
– Prometemos.
Christian saiu cabisbaixo do cubículo e, lentamente, virou-se para nos mostrar seu “pequeno acidente”.
O que posso dizer? Não era nada pequeno, era um rasgo enorme na bunda, deixando à mostra uma cueca com estampa de oncinha.
Poncho e eu nos encaramos. Sabíamos que iríamos apanhar de Christian, mas a gargalhada foi impossível de controlar.
Demoramos cerca de um minuto para nos recuperar. Christian continuava cabisbaixo.
– Tudo bem, tudo bem. Não é o fim do mundo. Eu tenho um plano. – Falei calmo, tentando contornar a situação.
– Que plano? Tirar toda a roupa dele e dizer que ele é um stripper com essa cueca de oncinha? – Brincou Poncho.
– Não. É o seguinte, Alfonso, você vai no bar e traz uma garrafa de tequila e uns copos, Christian bebe algumas doses, o suficiente pra ele ficar desinibido, daí podemos sair daqui. Afinal, já vi Christian bêbado fazer coisas piores do que sair por aí com a calça rasgada. – Respondi, me sentindo um gênio.
– Vai funcionar! – Afirmou meu irmão mais novo já saindo do banheiro.
Encarei Christian e não resisti a pergunta.
– Mano, pra que essa cuequinha de onça?
Ele já ia abrindo seu típico sorriso tarado, quando o interrompi…
– Deixa pra lá, eu prefiro nem saber!
Não demorou até que Poncho voltasse. Christian esvaziava os copos de tequila que nós os servíamos.
– Ei, já que estou aqui enchendo a cara, vamos fazer um brinde? – Perguntou o bizonho do meu irmão.
Dei de ombros. Afinal, a noite não podia piorar. Nós enchemos três copinhos e os erguemos no ar.
– Um brinde a Itália. – Falou Poncho sorrindo.
– NÃO, UM BRINDE A*******DE CHRISTIAN! – Gritei brincando.
– Posso brindar a*******também?
Olhamos surpresos o homem, ou melhor, a*******vestida de rosa na porta do banheiro.
EU ESTAVA ENGANADO, A NOITE PODIA PIORAR.
Dulce’s POV
Eu estava muito P... da vida. Não havia me conformado com o fato de Victor ter colocado o idiota do Christopher como responsável por nós, como se eu precisasse de um responsável. Como se eu precisasse de proteção. Ridículo.
Todos haviam sumido na pista de dança. Eu estava entediada na mesa, bebendo minha cerveja como se fosse água, na tentativa de me anestesiar. Era um saco ficar vendo casais se esfregando na pista de dança. Qual era a graça afinal de ficar com caras que nem lembrariam seu nome no dia seguinte?
– Te deixaram sozinha, amore? Vi você chegando com um grupo de americanos.
Sobressaltei ao perceber um cara grande, careca e tatuado, sentando-se ao meu lado.
– Não estou a fim de companhia. – Respondi ranzinza.
– Tudo bem, percebi o lance entre você e a moreninha de cabelo espetado. Eu não me importo, curto uma lésbica. – Disse ele, tocando meu cabelo.
Porra! Vou ter que escrever na testa “não sou lésbica”? Esse babaca só pode estar querendo apanhar.
– Cai fora, King Kong! – Falei, levantando-me para dar o fora, já perdendo a paciência. O palhaço segurou meu braço com força.
Avistei Anahí e Maite a poucos metros de mim, pálidas, achando talvez, que eu não dava conta do grandalhão. Elas estavam enganadas.
– Vem cá, docinho, eu te acalmo.
DOCINHO? ELE ME CHAMOU DE DOCINHO?
Ele estava ferrado.
– Toma o docinho na cara! – Falei, socando-lhe com toda a minha força.
O King Kong gemeu, colocando as mãos no nariz. Só aí, vi mais quatro grandalhões mal encarados aproximando-se de nós.
Oops!
(...)
Christopher’s POV
Christian já estava bem zuado, e nós já podíamos sair do banheiro. Eu estava louco para retornar a minha dança com Maite, não queria mais momentos constrangedores naquela noite.
– Rápido! Precisamos de ajuda! – Gritou Anahí adentrando no banheiro, aflita com Maite em seu encalço.
– O que foi? – Perguntou Poncho confuso.
– Anda, é a Dulce! – Disse Maite alterada.
Corremos para fora do banheiro e, ao longe, já podíamos avistar Dulce cercada por cinco homens grandalhões.
CARA, MAIS ESSA AGORA? DROGA DE NOITE!
Ela parecia os xingar, peitando-os como se fosse páreo para eles. Quem essa pirralha pensa que é? Uma vampira?
– Que vamos fazer? – Perguntou Alfonso.
– Christopher, pelo amor de Deus, faz alguma coisa. – Berrou Anahí no meu ouvido.
– Tudo bem, eu vou resolver isso, fique aqui com Maite. Eu mesmo vou matar Dulce. – Resmunguei para Annie indignado por saber que Dul havia aprontado.
Christian, já alterado pela bebida, me acompanhou estalando o punho. Poncho parecia tranquilo.
– Com licença, qual o problema, senhores? – Perguntei, tentando ser amistoso.
– Não é da sua conta, sai fora, moleque! – Respondeu o homem careca me menosprezando.
– É, sai fora Uckermann, eu dou conta desses King Kongs! – Gritou Dulce.
A encarei, furioso. Que garota mal agradecida! Mas eu não podia deixar ela ali, Victor me responsabilizaria.
– Vamos embora! – Falei, puxando-a pelo braço, mas foi inútil, já que o grandalhão mantinha suas mãos no outro braço dela. Pela minha visão periférica, vi os homens que o acompanhavam, se posicionar como se fossem nos atacar.
– Aí, cara! Solta a menina! – Disse Christian, e eu sabia que ele ia avançar no homem a qualquer momento.
– Ela vai ficar comigo, vocês são burros ou o que, seus americanos bichas?
AMERICANOS BICHAS? PERDI A NOITE MESMO, VOU CHUTAR O BALDE.
– VOU TE MOSTAR QUEM É BICHA! – Gritei lhe dando um gancho de esquerda.
A confusão estava armada.
Tudo aconteceu tão rápido que eu não conseguia assimilar todos os fatos. Socos e chutes foram trocados entre nós e eles, que estavam em vantagem numérica. Garrafas voaram e uma delas acertou minha cabeça, abrindo um pequeno corte. Christian jogava um dos italianos contra uma mesa, Alfonso se esquivava de um soco e eu juro que vi Dul pendurada nas costas de um cara, lhe batendo com uma garrafa. Peguei uma cadeira e acertei o sujeito careca prepotente que revidou, me dando um soco no estômago. Não sei de onde Christian surgiu, mas o chutou entre as pernas. Dois idiotas agrediam Poncho. Me joguei em um deles e o espanquei com força. Ouvia ao longe os gritos de Maite e Annie que imploravam pra que parássemos. Ainda bem que elas não se meteram na confusão, ao contrário da insana da Dulce que, mesmo pequenina, engatinhava no chão, fugindo das garrafas. Então, mordeu a perna de um cara que estava preste a me atirar uma cadeira.
Resultado da briga: eu, com corte na cabeça e vários hematomas. Christian, com um olho roxo, calça rasgada e, agora também a camisa. Poncho, despenteado e com o lábio cortado. Dulce, com um corte no braço e o supercílio ferido. Maite e Annie, com a maquiagem borrada de tanto que choraram, e todos nós jogados no chão da cela de uma delegacia qualquer de Verona.
Os grandalhões italianos também foram presos, mas os policias os colocaram em uma cela distante, já que eles eram mais barulhentos.
– Porque estão aqui, hermanos? – Perguntou o homem que aparentava ser latino ao meu lado, em uma mistura de nossa língua com espanhol.
Ele vestia uma jaqueta velha de couro, uma calça frouxa e um lenço vermelho amarrado na cabeça. O cara ao lado dele, que usava um chapéu de cowboy sorriu simpático para mim. Ele também tinha uma fisionomia latina.
– Entramos numa briga! – Respondeu Christian sorrindo. Ele era o único cara que eu conhecia que conseguia ficar feliz com uma briga.
– Oh, e vocês ganharam la lucha? – Perguntou o homem de chapéu.
– Acho que sim, pois os caras em que nós batemos ficaram bem piores que nós. – Respondeu Dulce se intrometendo na conversa.
– E vocês, porque estão aqui? – Perguntei curioso.
Eles, os latinos, olharam-se e riram.
– Foi la danadita que nos colocou aqui. – Respondeu um deles, alisando o bigode.
– La danadita? Será que posso conhecê-la? – Perguntou Christian sorrindo. Deveria estar ainda sob o efeito da tequila.
– Si, si, compadre. Quando todos nós sairmos daqui.
Fiquei confuso, ‘‘la danadita’’ não me parecia ser uma mulher.
– Nosotros viemos de Colômbia e fuemos barrados en el aeropuerto quando acharam la danatida em la mala. – Falou o homem de lenço na cabeça.
Vi Dulce e Poncho arregalaram os olhos pra mim, e eu já sabia o porque da reação deles.
NARCOTRAFICANTES. Constatei.
– Como ela coube dentro da mala? – Perguntou Christian. O que eu podia fazer? Baixei a cabeça, lastimando por ter o irmão mais burro do mundo.
– Uckermanns e Saviñóns, já podem sair, seus pais estão aqui. – Avisou o policial, abrindo a cela.
– Nós vamos nessa! – Falei, apertando as mãos dos colombianos, enquanto via as garotas Saviñón e Alfonso sair rapidamente.
– Poxa, vocês são tão gente fina, meus hermanos! – Disse Christian ainda bêbado, abraçando os narcotraficantes.
Eu o puxei pelo que sobrou da camisa, enquanto ele gritava melancólico.
– Eu encontro vocês compadres, quero conhecer la danadita.
EU MEREÇO?!
(...)
Estávamos todos cabisbaixos sentados à mesa de jantar. Me sentia constrangido naquele momento e parecia que eu não era o único. Minha mãe nos fitou tristonha.
– Fazem apenas alguns dias que estamos na Itália. Alguém pode me explicar como vocês já conseguiram ser presos? – Perguntou Victor altivo, com uma expressão incrédula.
Todos nós sabíamos de quem era a culpa e encaramos, furiosos, Dulce.
– O que? – Perguntou ela confusa.
Autor(a): Anna Uckermann
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Capítulo 7 - Inversão de Papéis Dulce’s POV Percebi que eles estavam me culpando pela briga. Tudo bem que eu havia enfiado a mão no King Kong, mas foi altamente necessário. O rosto de Victor estava rígido, eu sabia que levaria uma tremenda bronca, mesmo sendo uma bronca injusta. Então, comecei ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23
Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34
posta por favor
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22
posta amore
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10
ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56
chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08
se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41
comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14
possta
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05
postta
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lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56
postaa