Fanfics Brasil - 4ª FASE Capítulo 4: RECAÍDA Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: 4ª FASE Capítulo 4: RECAÍDA

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4ª FASE


Capítulo 4: RECAÍDA


Dulce PDV


Sentia o corpo quente de Christopher aquecer minha pele e, por mais que minha mente lutasse para dominar a matéria, cada fragmento de mim desejava incessantemente aquele abraço. Meu coração tripudiava dentro do peito, declarando-se vivo e feliz.


Com os olhos fechados, vacilei entre a realidade e os desejos inconscientes e inconseqüentes.


Jesse McCartney - Why don't you kiss her


Christopher PDV


Como um viciado prestes a se deixar dominar pelo vício que o torna frágil e incapaz, deslizei minhas mãos, das costas da Saviñón até seu cabelo. Contra toda a racionalidade, permiti que meu corpo desfrutasse do êxtase de tocá-la, consciente que, depois, me arrependeria mil vezes e, ainda assim, não seria o suficiente para deixar de desejá-la por mais mil vezes diariamente.


Meus dedos subiram por sua nuca, envolvendo-se nas mechas de cabelo. Ela ergueu a cabeça em resposta, encarando-me com seus olhos ilegíveis.


No momento em que suas mãos tocaram minhas têmporas, minha respiração ficou contida na garganta. Quando consegui voltar a respirar, o ar, ao menos para mim, parecia rarefeito, como se estivéssemos em uma altitude muito além do normal.


Dulce PDV


Acariciei o rosto do Uckermann, desejando que o meu tato pudesse guardar a sensação de tocar aquela pele pálida. A mistura de cobre e verde nos olhos dele distraía-me totalmente.


Incapaz de deter minhas mãos, deixei-as livres para derraparem da face de Christopher até sua cintura, onde, incontroláveis, entraram por sua camiseta, deslizando pelas costas quentes. Gélidas, procuraram aquecer-se.


E foi nesse momento que as pernas de UCKERZINHU cederam. Ele ficou de joelhos. Em uma sincronia impossível de se compreender, meu corpo obedeceu ao dele, repetindo o ato. Ambos estávamos, agora, de joelhos no meio do corredor. Não havia nenhum som, nenhum vestígio de que, lá fora, o mundo continuava a girar. Estava tão envolvida assim?


Com minhas palmas ainda procurando calor em suas costas, observei ele desviar o olhar do meu e fitar meu ombro esquerdo, parcialmente coberto pela regata preta.


Para o meu total desespero, ele deslizou um pouco a alça da regata, deixando meu ombro a mercê de seus lábios.


Christopher PDV


Minha boca, por vontade própria, beijou o ombro de Dulce. Foi apenas um único, singelo e satisfatório beijo. Mantive meu rosto à centímetros de seu ombro. Pensei em me afastar, porém, o ímã que sentira antes, próximo à porta do apartamento, dominava-me agora e resistir era impossível. Fascinado, assisti a pele dela arrepiar-se, quando o ar que saía da minha boca tocava-lhe.


Minha cabeça inclinou-se lentamente e minha boca ficou rente à orelha do meu frango. Não foi preciso beijar aquele local para ambos suspirarmos. Fechei os olhos ao sentir uma das mãos dela arranhar minhas costas.


Existia algo nos dominando além do desejo físico, estávamos envoltos em uma espécie de aura, de casulo só nosso, onde nada fazia muito sentido. Infelizmente, esse casulo era extremamente frágil, como se qualquer movimento brusco o pudesse romper e o menor dos sons, o dissipar.


Dulce PDV


O magnetismo entre nós era quase gritante, porém, aquele momento, após tudo que passei longe de Christopher, mais parecia um sonho e eu tinha quase certeza de que acordaria a qualquer momento. Mas, se fosse realmente um sonho, porque não aproveitá-lo? Sem a menor pressa, retirei minha mão esquerda das costas do Uckermann e a coloquei em seu peito. Ele afastou-se suavemente e baixou a cabeça para fitar meus dedos, no meio do seu tórax, que se mexia com o respirar pesado.


Inesperada e delicadamente, ele tomou minha mão, afastando-a para longe de si. Nossos braços penderam, até que ele voltou a erguer vagarosamente nossas mãos, levando-as a altura de nossos ombros. Em um movimento, abriu minha palma com a sua. Elas mal se tocavam. Aquela posição lembrou-me de minutos atrás, quando acariciava a porta. Quietos, ficamos observando a cena. Uma mão rente à outra, perfeitamente alinhadas, mesmo a dele sendo bem maior que a minha.


Fluía algo ali. Busquei uma palavra para definir aquilo e a única que encontrei, temi usá-la, pois, ela era, para mim, feita de alegria e dor. E, provavelmente, Christopher não sentia por mim algo assim tão grande, ou ele nunca teria me deixado.


Engoli seco, sendo atingida pelo conhecido espasmo no peito. O mais absurdo foi sentir Christopher entrelaçar os dedos nos meus, segurando-os forte. Por um segundo que negarei para sempre, cogitei a possibilidade de ele entender exatamente o que eu estava sentindo. Seu rosto ficou a milímetros do meu, fazendo minha pulsação me alertar de que aquilo não era um sonho. E, para o meu total delírio, seus lábios tocaram os meus.


Nenhum de nós teve coragem de se mover. As bocas permaneceram imóveis e minha respiração dava-me adeus. Aproveitei os três segundos de total insanidade, até que a atração explodiu. Agarramos-nos violentamente. Em um piscar de olhos, minha língua invadiu a boca do Uckermann, que a sugou com furor. O abracei, usando todas as forças, prendendo-o em minha loucura.


Christopher PDV


Segurava Dulce com tanta força que, certamente, a estava machucando e, mesmo tendo consciência disso, fui incapaz de parar, totalmente entregue ao vício. Não me socorram!


Amaldiçoei meu cérebro, limitado por não ter guardado na memória, com exatidão, o sabor da boca da pirralha. Era incrível sentir aquele beijo novamente. Não me permitira cometer o mesmo erro. Desta vez, me forçaria a guardar cada sensação.


Minhas mãos se recusavam a ficar em um só lugar. Percorri o trajeto da cintura dela até a nuca, apertando-a ainda mais contra mim. O roçar de nossas línguas deixava-me louco, como se eu já não me julgasse assim nos últimos tempos.


Dulce PDV


Estava em êxtase, meu peito começou a doer por falta de oxigênio. Que doa! Quem liga pra oxigênio? Agarrei os cabelos de Christopher, enquanto o sentia morder meus lábios.


Inspirei fortemente e, no momento em que expirei, meus olhos abriram-se.


Christopher PDV


Dulce expirou e isso me fez abrir os olhos. Com as bocas ainda coladas, senti o casulo romper-se. Minha mente foi bombardeada de pensamentos. E todos eles gritavam: Você está estragando tudo!


O silêncio hipnotizante de antes, causado, possivelmente, por nosso nervosismo e envolvimento, dissipou-se por completo. Agora, já conseguia ouvir os cachorros latindo na rua, a TV do vizinho ligada e, principalmente, uma Saviñón ofegante.


Ela pareceu tomar consciência de nossa loucura e ambos nos levantamos rápido demais. O movimento brusco fez nossas testas chocarem-se.


Dulce PDV


– AI! – Gemi com a mão na testa. O local latejava e precisei piscar os olhos algumas vezes para absorver a dor.


Christopher cambaleou para longe de mim, também esfregando o machucado.


AH, MEU DEUS! E AGORA?


Pensa rápido!


Ordenar isso para mim mesma não ajudou em nada. O que diria para UCKERZINHU? Como explicaria o que acabara de acontecer? Meu estômago embrulhou e temi vomitar de nervosismo ali mesmo. NOSSA! IA SER ROMÂNTICO!


Christopher PDV


Boa, Edward! Você conseguiu complicar ainda mais uma situação já complicada!


– Você está bem? – Murmurei, gesticulando em direção à Dulce.


De olhos arregalados, ela olhou estranhamente para os lados, antes de responder:


– Você está bem?


Ergui as sobrancelhas, confuso.


– Sim. – Respondemos ao mesmo tempo.


Xi...definitivamente, a pancada deve ter sido maior nela.


– Deixa eu olhar sua testa! – Dei um passo à frente.


– NÃO! – Quase gritou, afastando-se.


Realmente não era uma boa idéia tocar nela novamente.


– Isso que ... aconteceu...er... – Meu frango estava gaguejando? E por que ela mantinha os braços em volta da barriga?


Sabia que íamos falar do beijo e tudo mais, então, tratei de bolar um jeito de sair daquela situação constrangedora.


– Eu sei... isso que aconteceu... – Funguei, colocando as mãos nos bolsos da calça, na tentativa de parecer relaxado. – Foi... você sabe... uma recaída? – A frase soou como uma pergunta, mas eu queria que parecesse uma afirmação.


– Isso! – Sorriu, sem jeito. – Foi só uma recaída! Acontece, certo? Tipo, com ex-namorados?


Balancei a cabeça positivamente.


– Não combinamos de não falar sobre isso? – Apelei.


– SIM! – Sorriu fraco. – Não vamos tocar nesse assunto.


– Concordo.


– Só uma recaída, não significa nada.


– Concordo. – Repeti


– Nem foi um beijo direito. – Ela ruborizou com a voz trêmula.


 


– Ainda está falando do assunto! – Precisei ser direto. E discordava totalmente, havia sido um beijo abrasador.


– Não estou falando nada... – Dulce fitou o chão. – Ok, estou falando! Só que não mais no assunto que não deveríamos falar, e, só para deixar claro, o assunto que não deveríamos falar é sobre o beijo, mas só falar está liberado é, porque só falar...


– Cala a boca! – Implorei. Dulce tinha que tagarelar nesse momento? Estava deixando-me com um frio na barriga, eu não tinha mais argumentos para continuar aquele diálogo sem assumir que eu não me arrependia do beijo. Pelo contrário, estava querendo mais.


CALA A BOCA, VOCÊ, CHRISTOPHER! Berrei mentalmente para espantar os desejos.


A pirralha fechou os olhos, entendendo o quanto estava dificultando o momento.


– Tchau! – Entrou rapidamente no apartamento e bateu a porta.


Fiz o mesmo.


Dulce PDV


Após o estranho episódio com meu Uckermann no corredor, dormi perfeitamente bem. Se não fosse o despertador do meu celular tocando, provavelmente, teria dormido o dia todo. Cedinho, busquei minha moto na oficina e, com ela 100%, fui às lojas limitadas de Hanover comprar alguns móveis para meu novo quarto com o dinheiro do racha. Estava de bom humor, por isso, nem reclamei do prazo de entrega. Com o jornal nas mãos, fui procurar emprego nas proximidades. Fiquei surpresa quando li nos classificados, as mesmas vagas de dias atrás.


# RESTAURANTE #


Minha primeira tentativa foi o restaurante simples nos limites da cidade chamado Mary´s kitchen. A dona foi simpática, precisava de uma garçonete e resolveu me testar em um dos horários de mais movimento, quando os caipiras da cidade e estudantes lotavam o local para o café da manhã. Não me importei em cabular 1 dia de aula. Logo teria um emprego na parte da tarde e tudo se resolveria.


Uma garçonete veterana me instruiu cuidadosamente. Bobagem! Era só servir mesa, não tinha nenhum mistério. Eu podia fazer isso... Acho.


– NOVATA! – Gritou o cozinheiro no balcão, batendo na porcaria da sineta. – Mesa 8 e 11 prontos!


Fui até lá, amontoei os pedidos e, me achando a melhor garçonete do mundo, saí equilibrando a grande bandeja pelo local. Fui em cada mesa e deixei rapidamente a comida, pois o cozinheiro já berrava novamente por mim.


– Moça! – Gritou um homem barbudo. – Isso não foi o que eu pedi! – Virei-me para ele, surpresa.


– Como não? – Perguntei, olhando para o prato de sopa.


– Pedi um café grande e dois bolinhos.


Contra gosto, retirei o prato de sopa dele e fui atrás do maldito café. Na mesa 8, uma senhora já estava comendo os bolinhos do caipira.


– Minha senhora, eu troquei os pedidos, me desculpe. – Sorri.


– Eu sei. Essa sopa aí fui eu que pedi, mas estava com muita fome, então, os bolinhos caíram bem.


AH, MEU DEUS!


– Não tome o café! – Pedi, vendo-a se deliciar com ele.


– O que você disse? – Perguntou a velhinha enrugada, se fingindo de surda.


Desisti do café.


– Ainda vai querer a sopa?


– Não! – Sorriu satisfeita.


PORRA, ISSO VAI SAIR DO MEU SALÁRIO?


Voltei à mesa 11, que ainda esperava o café com bolinhos.


– Aquela velhinha... – Apontei. – Comeu seus bolinhos, não tenho culpa!


Ele me lançou um olhar negro.


– Sopa? – Sorri.


– Tudo bem, coloca na mesa!


Obedeci. Quando já me afastava, ele berrou:


– Ei, esse prato está trasbordando! Assim não dá para molhar o pãozinho.


FALA SÉRIO!


Estaquei diante da mesa, bufei, peguei cuidadosamente o prato e o levei à boca, bebendo um pouco da sopa, devagar para não derramar na minha roupa.


– Prontinho. – Recoloquei o prato sobre a mesa. – Vou querer gorjeta por isso.


Ele cruzou os braços, irritado.


– GARÇONETE, EU PENSEI MELHOR E VOU QUERER A SOPA. – Gritou a velhinha da mesa 8.


Nota mental: Cuspir na refeição dela!


– Já vou trazer, senhora. – Respondi, me dirigindo ao balcão. – SOPA, MESA OITO! – Pendurei o pedido.


– NÃO TEM MAIS! – Gritou o cozinheiro.


– AH, PELO AMOR DE DEUS, JUNTA ÁGUA, SAL E CORANTE, QUE NINGUÉM VAI NEM PERCEBER! EU VOU CUSPIR DENTRO MESMO! – Esbravejei chateada.


Ao notar que o ambiente ficou subitamente silencioso, virei-me em direção às mesas. Engoli seco, sendo fuzilada pelos olhares horrorizados dos clientes.


– Gente, eu estava só brincando, né?! – Sorri amarelo.


A dona do restaurante, carrancuda, próximo à porta, apontou em direção à rua e eu soube que não levava o menor jeito para ser garçonete.


# PETSHOP #


 


À tarde, consegui convencer o dono de um pequeno petshop a me contratar. Receoso, ele topou. Pareceu-me um ótimo emprego, só por não ter que trabalhar com o público. Segundo meu novo chefe, tudo o que eu precisava fazer era banhar os animais, secar, alimentar e mais algumas coisas que já nem me lembrava. Não podia ser difícil. Que tipo de problemas eu poderia ter com animais, afinal?


– Dulce, eu preciso ir ao banco antes que o expediente encerre. Você ficará bem sozinha? – Indagou o Sr. Fin.


– Lógico, chefe. Não se preocupe, está tudo sob controle.


Ele verificou o ambiente por alguns segundos. Como não havia nada para fazer, ele decidiu confiar em mim. Esse povinho de cidade pequena é muito preocupado.


Fiquei brincando com uma bolinha pra cachorro, totalmente entediada, vagando pela loja. Estaquei diante da vitrine, olhando, incrédula, para as roupinhas para animais.


– Que tipo de gente compra essas roupinhas escrotas? – Perguntei em voz alta, segurando uma mini fantasia de bombeiro.


Christopher PDV


– SOBEEEEEEEEE! – Falou o bisonhento, apertando freneticamente o botão do elevador.


– Pára com isso! – Interrompeu Poncho, puxando-o para longe do painel.


– Por que essa pressa toda? – Indaguei, curioso. Estávamos chegando em casa após horas de aulas. Era para relaxarmos!


– Comprei uma fantasia maneira pro Toicinho essa manhã. Quero fazê-lo provar para ver como fica. Ele vai arrasar na calourada hoje! – Respondeu, enquanto saíamos do elevador e nos direcionávamos para o apartamento.


– Você não vai levar aquele chiqueiro ambulante conosco, né? – Meu irmão mais novo abriu a porta, levemente irritado.


Assim que adentramos o local, o suíno rosado disparou em nossa direção. Poncho e eu nos afastamos e somente Christopher sorriu, agarrando seu animal esquisito.


– Toicinho, eu te trouxe um presentinho, cara! – Ele balançou a sacolinha.


Me joguei no sofá, cansado e Poncho também.


– Veste ele! – Incentivei só pra tirar onda.


O ex-virgem balançou a cabeça, reprovando-me. Dei de ombros. Por que eu não podia me divertir, observando dois animais irracionais interagindo?


Em questão de minutos, o porco já estava fantasiado de bombeiro. O capacetinho amarelo até que ficou engraçado, junto com a camiseta vermelha.


– Ficou muito louco! Toicinho, tu é o bicho! – Christian estava eufórico e o suíno também, correndo em volta dele.


– Mano, o que você dá para esse leitão? Ele é tão... – Procurei a palavra correta para descrevê-lo.


– Elétrico? – Poncho completou, fazendo careta.


– Acho que é o energético que o doidinho toma, ele está sempre querendo mais. – O bisonho sentou-se no chão para ajustar o capacete do seu mascote, que pendia para o lado.


– Cara, tu ainda vai matá-lo assim. – O adverti.


Meu irmão me fuzilou com o olhar. Então, disse:


– Deixa de ser ridículo! Só você pode ser viciado? Ao menos, meu chapinha aqui não fica por aí cheirando galinha.


Ignorei.


– Christian, se levar seu porco para a calourada, vai arrumar confusão. Ninguém vai querer chegar perto de você por causa da nova gripe! – Jasper falou, cheio de nojo.


– Mentira! Ele vai fazer o maior sucesso com a mulherada. Estou contando com isso, Toicinho precisa circular, caramba! É época de eleição, como você acha que ele vai ganhar o título de mascote de Dartmouth?


– Como? – O maluco bestificou, sendo o último a saber da mais nova peripécia de Christopher e seu porco. O bisonho gargalhou.


– Ei, Pollis, soletra eleição! – Pedi, bem humorado. Como poderia não estar, após o episódio no corredor, durante a madrugada?


– E-L-E-I-... – Ele parou e pensou um pouco. – ... S-S-...A-O-M. Eleissaom! Agora, Christopher, soletra VAI SE FU... – Joguei meu livro de biologia nele, antes que a anta terminasse a frase.


– Um porco numa eleição, nada poderia ser mais anticonstitucional. – Poncho reclamou.


– Quem liga para isso de anticoncepcional? Sou o líder da campanha do Toicinho. Comigo na parada, não tem pra ninguém! A universidade em peso vai votar do óink ou eu não me chamo Christian Uckermann – Pior é que ele estava falando sério.


– I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L! – Soletrou meu irmão mais novo, revirando os olhos.


– Hein? – Disse o bisonho confuso, semi-cerrando os olhos. – Do que ele me chamou?


– Eu acho que o bisonho consegue. – Afirmei, sabendo que a popularidade do capitão do UMass era imbatível.


– D-U-V-I-D-O! – Poncho soletrou outra vez.


– FAZ ELE PARAR. EU VOU BATER NELE, HEIN?! – Christian levantou-se, irritado.


O ex-virgem apenas gargalhou, dizendo:


– Cara, eu aposto que sua campanha não vai dar em nada!


– Eu topo! – O criador de porco sorriu interessado. – Se eu ganhar, você terá que abraçar e beijar o Toicinho.


– E dançar uma música romântica. – Ri, colocando mais lenha na fogueira.


– Mas se eu vencer, você terá que se livrar dele. – Poncho estava se aproveitando do entusiasmo do nosso mano.


Ele, porém, torceu a boca, refletindo por alguns segundos. Por fim, estendeu a mão em direção à Jasper dizendo:


– Está combinado!


Ambos sorriram durante o aperto de mão.


Desviei o olhar, me perguntando onde estaria meu frango, não consegui achá-la em lugar algum do campus.


Dulce PDV


Estava diante do meu primeiro cliente. Segundo a ficha de cadastro, um Labrador de 1 ano, amarelo. Espera, amarelo? Ele mais parecia um cãozinho branco encardido.


Atender o dono do animal foi fácil. Vê-lo ir embora é que foi difícil. Pois, o que eu ia fazer sozinha com o au-au?


Desajeitada, coloquei o cão na banheira própria para aquele tipo de trabalho. Ele rosnou, contrariado.


– Calminha... – Olhei pro nome na coleira. – Lup.


O cachorro ficou inquieto dentro da banheira. Sobressaltei, assustando-me com o latido alto. Eu nunca havia tido animais de estimação quando criança, por isso, não tinha o menor jeito com aquelas coisinhas peludas.


Ele me encarou e eu o encarei de volta, tentando intimidá-lo.


– Isso vai doer mais em mim do que em você... – O acalmei, armando-me de uma ducha.


No momento em que o jato frio espirrou, o maldito cachorro pulou da banheira, disparando para fora da sala de banho.


PUTA MERDA!


– Volta, cãozinho mau! Volta! – Berrei, correndo atrás dele pela loja.


Entre as prateleiras, parei, na tentativa de barrá-lo, mas o infeliz, rápido e audacioso, fugiu por entre minhas pernas. Desequilibrei-me, caindo por cima de um grande gaiola cheia de pintinhos barulhentos.


O barulho do aço chocando-se contra o chão fez o cão latir ainda mais. Arregalei os olhos ao constatar que voou pintinho para todo lado, pois o baque fez a porta da gaiola abrir-se.


PERFEITO!


Ok, Bella. São só animais, droga!


Levantei-me rápido, peguei um pacote de ração da prateleira. Usando os dentes, o abri com força demais e a embalagem rompeu, derrubando quase toda ração no piso.


Joguei-me no chão, ficando de quatro. Espalhei a ração, gritando:


– Aqui, Totó, vem comer!


O Labrador avistou ao longe a refeição e veio correndo, com tudo para cima de mim. Pelando-me de medo dos dentes grandes, afastei-me abruptamente. Não tive tempo de me equilibrar direito, então, caí sentada. Meus olhos quase saltaram para fora, no momento em que senti algo embaixo de mim e, pelo tamanho, só podia ser um...


Não consegui terminar o raciocínio.


Engoli seco, incrédula. ELE MORREU ESMAGADO?


A porta do petshop abriu-se e eu fechei os olhos, já adivinhando quem era.


– Dulce, o que aconteceu? – A voz era do meu patrão.


Incapaz de me mover, sussurrei:


– Ele morreu de causas naturais! – Me defendi inutilmente.


(...)


Meia hora depois, adentrei o apartamento da Barbie sem emprego e me sentindo uma assassina. Paralisei na entrada, encontrando Any, May e Marius, socados dentro de vestidos longos, brilhosos e com as bocas cheias de sorvete.


– Dul, o que foi? Por que essa cara? – A fofolete percebeu minha melancolia.


– Sentei num pinto!


– Repito! A draga se diverte mais que a gente! – Esbravejou a bichona. – Ê, saudade! HU!... OHOHOHOHOHOH!


– Que merda é essa? – Apontei para eles.


– Lutando contra a depressão! – Respondeu minha irmã, enfiando uma colherada de sorvete na boca.


Eles dividiam um pote de dois litros e, imediatamente, me interessei.


– Tem lugar pra mais uma? – Torci a boca, sentando-me no sofá grande, entre eles.


– Sempre tem, raxa! – Marius entregou-me uma colher.


Assim como eles, me entupi de sorvete, derrotada.


– Quer um vestido? – Perguntou a fofolete, balançando uma peça vermelha em minha direção.


– Isso ajuda? – Duvidei.


– Experimente! – Respondeu.


Em pouco tempo, eu já estava dentro da porcaria do vestido e me surpreendi com o efeito psicológico. Sentir-se bonita era um remédio muito eficaz contra o desânimo. Mesmo assim, o sorvete se tornava cada vez mais necessário.


– Ainda bem que hoje tem calourada. Do contrário, eu me afogaria nesse sorvete. – Comentou a sebosa.


– Vocês vão? – Me surpreendi.


– BEM DOIDA! – Marius alisou seu ridículo vestido azul com luvinhas combinando. – Tem bofes escândalo? Estamos dentro... ou vice-versa!HU!...OHOHOHOHOHOHOHOHOH!


Esfreguei a mão no rosto, lembrando-me do encontro com Vincent. Realmente, não estava a fim de aturar o playboy.


– AAAAAAAHHHHHH! – O grito de Any me assustou.


– O que foi?


– Está passando Moulin Rouge! – Ela apontou para a TV.


– Rápido, aumenta o volume, eu babo por essa parte! – O pavão ficou de pé em um pulo.


Moulin Rouge Sparkling Diamonds Film Version


Eu já conhecia aquela cena, apesar de não ser fã daquele tipo de filme. Nicole Kidman descia de um balanço, cantando animadamente. Para meu terror, Any obedeceu o comando do viado, deixando a música altíssima.


– Ah, por favor, me poupe! – Resmunguei.


O gayzão começou a cantar alto, chegando ao nível máximo da viadagem desorganizada:


– A kiss on the hand Maybe quite continental


But diamonds are a girl's best friend ... (Um beijo na mão pode ser bonito e sofisticado. Mas os diamantes são os melhores amigos da mulher...)


– Pare! – Implorei.


May cantou:


– A kiss may be grand
But it won't pay the rental On your humble flat or
Help you feed your um pussy cat… – (Um beijo pode ser elegante mas não paga o aluguel ou a comida do gato...)


– Canta, Dul! – Incentivou Alice.


– BEM DOIDA! – Respondi, levantando-me pronta para dar o fora dali. Logo, percebi que Marius chocou-se. Mas, para minha surpresa, ele deu de ombros, pegou minha mão e me fez girar ao som da música. Ri da idiotice.


Any cantarolou:


– Men grow cold as girls grow old


And we all lose our charms in the end... (Homens ficam frios e garotas ficam velhas E todos perdemos o charme no final...)


Gargalhei. Então, eles berraram em coro:


– But square cut or pear shaped


These rocks don't lose their shape


Diamonds are a girl's best friend... (Mas em forma de pêra ou quadrados


Essas pedras não perdem a forma


Diamantes são os melhores amigos da mulher...)


Os três patetas saíram dançando pela sala. Tudo bem que o ritmo da canção era legal, mas eu que não ia pagar aquele mico. Tá bom, só um pouquinho. Já estou na merda mesmo!


Acompanhei, girando pela sala e puxando a barra do vestido.


– ESSA PARTE É MINHA, MUNDIÇA! – A bicha gritou, subindo em cima da mesinha de centro.– Because we are living In a material world


And I am a material... (Porque estamos vivendo em um mundo materialista


E eu sou uma garota materialista...)


Subimos todas em cima do sofá, chacoalhando as barras dos vestidos, cantarolando juntas:


– Diamonds are a girl's best… Diamonds are a girl's best...Diamonds are a girl's best friend ...


Eu estava me divertindo e a culpa era toda do pintinho morto. Balançamos as mãos para cima e eu ia negar que tinha feito aquilo até a morte.


– O final é meu! – Exigi, empurrando Marius com a mão direita e May com a esquerda. Eles caíram sentados, levando Alice junto. – 'Cause that's when those louses…Go back to their spouses…Diamonds are a girl's best friend! – Praticamente berrei e as gargalhadas vieram logo em seguida.


Virei-me em direção à porta e quase tive um AVC ao dar de cara com Chris, Pollis e Poncho morrendo de rir da nossa performance.


ALGUÉM ME MATA AGORA! SÉRIO!


Eles tinham que aparecer justo no meu momento mais mulherzinha?


– Onde...você...estava? – Indagou o Uckermann entre arfadas, sem conseguir parar de rir.


Nervosa, respondi sem pensar:


– Sentando num pinto!


Os rapazes ergueram as sobrancelhas, chocados. Eu tinha que piorar a situação? Mandou bem, Dulce!


Horas depois...


Para a minha tortura, Vincent buzinava sem parar, enquanto eu passava pela entrada do prédio. Sorri, louca para ver a reação dele ao meu visual. O playboy saiu de dentro do carro, vindo ao meu encontro.


Ele não conseguiu disfarçar a decepção ao me fitar. Meu cabelo estava engraçado, com duas tranças mal feitas e não foi só isso que pareceu não agradá-lo. A calça xadrez vermelha larga, a camiseta velha do Bon Jovi e o tênis detonado, também.


– Está bonita. – Mentiu, desanimado. Prendi o riso.


Lógico que a mochila em minhas costas, continha outra roupa mais bonita para que, quando chegasse o momento de ir para calourada onde Edward e os demais estavam, eu arrasasse. Mal sabia Vincent que também estava levando ali, coisas que fariam da noite dele, um inferno.


– Vamos? – Falei, de olho no carrão do cara. Um Audi R8 vermelho incrível. – Achei que fôssemos de moto.


– Hoje não. – Respondeu, abrindo a porta do passageiro para mim.


O idiota achava que eu era burra? Eu já havia sacado o porquê do carro. O babaca estava planejando me pegar ali no final da noite.


Sem questionar, me acomodei na máquina invejável.


FILHINHO DE PAPAI!


Demorou 40 minutos para chegarmos à Manchester. No cinema, Vincent comprou os ingressos deixando-me escolher o filme. Eu havia feito o dever de casa. Uma hora antes do encontro, peguei o leptop da sebosa e li a sinópse dos filmes em cartaz. Quando li o nome Disney em um filme chamado “Encantada”, soube, na hora, que era exatamente o que eu precisava. No Youtube, assisti várias cenas do filme, para estar um passo à frente.


A sala de cinema estava lotada de crianças e mulheres românticas, loucas para assistirem o conto de fadas. O playboy começava a ficar mal humorado. O fiz sentar em um dos piores assentos.


– Eu estava louca para ver esse filme. – Disse, descarada.


– Eu também, desde que me recompense gostoso depois! – Relaxou na poltrona, maliciosamente.


Revirei os olhos no momento em que passavam os trailers.


– Eu quero pipoca! – Exigi em voz alta.


– As luzes já estão apagadas, o cinema está lotado. Vai demorar para chegar à saída.


– Não tem graça sem pipoca, poxa. Deixa de ser pão duro! – Rebati.


– Compro depois.


Cruzei os braços, ranzinza.


– Tá bom! – Irritado, levantou-se, tendo que pedir licença às pessoas já acomodadas. Estas murmuravam, chateadas, pois eu tinha escolhido poltronas de difícil acesso.


O tempo que ele levou para voltar foi o suficiente pra que eu subornasse as três adolescentes atrás de mim. Elas concordaram em ligar para o meu celular durante o filme e jogar pipoca na cabeça do Vincent a cada 10 minutos.


O musical já havia começado quando o babaca retornou.


– O que eu perdi? – Perguntou, entregando-me a pipoca e uma coca.


– A mocinha que era um desenho foi parar no mundo real através de um bueiro, agora ela está perdida na cidade.


– Que interessante... – Bocejou.


E foi nesse momento que as meninas começaram a jogar pipoca na cabeça dele.


– Ei! – Reclamou, virando-se para elas.


– Desculpe, foi sem querer. – A de cabelos cacheados riu baixinho.


– Odeio criança! – Murmurou ele para mim.


O playboy prestou alguma atenção ao filme. Aproveitei e, disfarçadamente, retirei do bolso da mochila um dente de alho. O masquei enjoada, só para ficar com um bafo insuportável.


BATATA! Não deu cinco minutos e, em uma cena tristinha, Vincent aproximou-se, roçando o nariz no meu pescoço.


– Sinto cócegas! – Sussurrei, jogando o máximo possível de bafo no rosto dele.


O cara desviou a face, fazendo careta.


Só eu sei como foi difícil segurar a gargalhada.


– QUE MASSA! – Gritei, vendo a mocinha da história cantar, rodeada de ratos, baratas e Cia. Acompanhei com palmas, chamando a atenção de algumas pessoas próximas a nós. – ELA É TÃO LEGAL! – Falei o mais alto que pude.


– Shhhh! – Reclamou um homem à nossa frente, acompanhado da filha pequena.


– SHHHHH O CARAMBA, SEU MAL EDUCADO! – Esbravejei. – OLHA, VINCENT, QUE CARA GROSSO! NÃO POSSO NEM CURTIR A MUSIQUINHA!


– CALA A BOCA GAROTA, TEM GENTE AQUI QUERENDO VER O FILME! – Falou alto o homem, encarando-me.


Mostrei minha língua e o dedo médio.


– QUE BESTEIRA! – Berrei ousada. – A PRINCESA VAI MORRER MESMO NO FINAL, DEPOIS DE COMER A MAÇÃ ENVENENADA! – Menti e umas duas meninazinhas começaram a chorar.


Observei Vincent afundar na cadeira, escondendo-se totalmente constrangido. Para completar, as adolescentes jogaram mais um punhado de pipoca na careca dele.


Quando eu achei que não podia me sair melhor em meu plano, o celular começou a tocar alto em um dos momentos mais românticos e silenciosos do filme.


Deixei a música “Bad reputation” tocar mais do que o necessário.


– Pelo amor de Deus, atende esse telefone! – Implorou, bravo, meu acompanhante, já que os murmúrios revoltados vinham de todos os lugares da sala.


– ALÔOOOO! – Atendi, ouvindo as garotas atrás de mim passarem mal de rir. – AMIGA, QUANTO TEMPO! ESTOU NO CINEMA VENDO A ENCANTADA, AQUELE FILME QUE A MOCINHA MORRE ENVENENADA!


Agora, mais crianças choravam, acreditando na minha mentira.


– ALGUÉM, CHAME O LANTERNINHA PARA TIRAR ESSA MOÇA DAQUI! – Berrou uma mulher chata, à poucos metros de nós.


– CALE SUA BOCA! – Quase xinguei, derramando o refrigerante no colo de Vincent, fingindo ser acidental.


Ele não agüentou e saiu, irado.


– Calma, benzinho! – Pedi, irônica.


O segui, rindo silenciosamente.


O vi entrar no banheiro masculino, deixando-me para trás.


EU SOU UM GÊNIO!


Estava me divertindo muito enlouquecendo o playboy. Corri para o banheiro feminino a fim de me arrumar, pois, certamente, nós iríamos dali direto para a calourada.


Christopher PDV


– Repete, porque eu acho que não entendi! – Pedi, revoltado, para Poncho.


– É isso que você ouviu. Any me falou que Dulce e Vincent saíram juntos.


Virei a caneca de chopp de uma vez só. Nem todo o zumbido de conversas e risadas em volta de mim ou a banda tocando um rock bacana na festa, foi capaz de me distrair da visão de Vincent e meu frango juntos.


O bar Hippy Shake estava lotado. A maioria dos rostos já eram conhecidos por mim e alguns calouros tentavam se enturmar. Bufei, encostando-me na parede.


– Fica frio, Christopher, logo ela deve aparecer por aqui. – Meu mano tentou consolar-me.


Any, May e Marius voltaram do banheiro e tentei disfarçar minha frustração.


– Onde está meu bonequinho? – Perguntou a bichona.


Me limitei a apontar para o círculo de garotas perto do palco. Christian estava certo, o porco fantasiado de bombeiro fazia o maior sucesso com a mulherada.


– BEM DOIDA! – Berrou a bicha. – Que bofe uÓ! Já está me traindo! Eu vou lá discatitar legal em cima desse pokemon! – O viado foi empurrando os estudantes para chegar até sua vítima.


Marius PDV


Meu muso rodeado de dragoas uÓ tagarelou, sem perceber minha purpurinada presença.


– Toicinho é um bombeiro mais quem tem a mangueira sou eu!


Empurrei as catirobas e me joguei nas costas dele.


– PODE DEIXAR, GOSTOSO, QUE, NA SUA MANGUEIRA, SEGURO EU!


O bichinho assustado afastou-se rapidamente.


– Não rala a mão em mim não, sem pregas!


– Aiiii! – Coloquei a mão no peito. – Meu coração está palpitando de dor. Pisa em mim, pisa no chicletinho que te DÁ... – Respirei fundo vendo as raxas encara-lo, pasmas. – ...todo o amor! – Completei.


– Eu não conheço essa bicha! – Mentiu, passando um braço em volta de uma marmotinha feiosa.


Me tremi todinha de raiva. Parecia uma britadeira.


– E nossa história na Itália? – Tirei forças do útero para continuar. – Foi tão lindo... – Girei na ponta do pé para que ele lembrasse do meu corpinho. – Sinto saudades dos velhos tempos, como no blackout da pegação em que a gente brincou de cavalinho, ou quando corremos juntos por todo o hotel no dia dos namorados... – Funguei dramática. – Só porque eu estou pobre, você não me quer mais? Que injusto!


Rapidinho, as dragas se mandaram.


– EU VOU TE PARTIR EM DOIS! – Ameaçou, ficando vermelho.


– POLLITOZINHO, ME FERE TODAAAA! EU ADORO UM BOFE VIOLENTO! HU!...OHOHOHOHOHO!


Era hora de ir correndo pros braços do caçador, antes que Christian me batesse. Disparei, feliz por ter acabado com a alegria das gobiras.


– CHRISTOPHERRRRRRRRR! – Pulei nos braços dele.


Dulce PDV


Sentei no banco do motorista do Audi. Com meu novo visual, foi fácil convencer Vincent a me deixar dirigir de volta a Hanover. O corselet vermelho junto com a sainha de pregas preta, praticamente, fizeram o trabalho sozinhos. Só precisei ficar falando “por favor” da forma mais melosa possível.


Dei uma última checada na maquiagem pelo retrovisor e tirei da mochila um CD de Any, meticulosamente, selecionando para o playboy. Fui logo colocando dentro do aparelho.


– Vamos escutar meu CD até Hanover, ok? – Sorri.


Ele deu de ombros, mais interessado nas minhas coxas. Bye Bye Bye do N´Sync começou a tocar no volume máximo.


Vincent tapou os ouvidos, enojado. Eu sabia que a reação dele seria essa. Homens reagem mal a bandinhas de rapazes bonitinhos que dançam.


Gargalhei dando a partida no veículo. O metido a gostosão seria torturado lentamente com a música pra menininhas.


Arranquei forte e, ainda no estacionamento, dei um cavalo de pau. O coitado ao meu lado empalideceu, preocupado com seu carro.


– Vá devagar. – Pediu.


– Claro, benzinho! – Respondi, saindo do estacionamento do cinema. – Espero que você tenha seguro!


Pisei no acelerador e praticamente voamos rua acima. Em pouco tempo, o ponteiro do velocímetro correu para 120 km/h e eu pretendia esticar mais.


Diverti-me testando a potência do Audi. Meu acompanhante reclamava ao meu lado. Felizmente, eu não entendia nada do que ele falava por causa da música alta e o ronco do motor.


Foi hilário ver a expressão do playboy, sempre que um foto-sensor nos flagrava. Ele começava a perceber que o encontro estava saindo mais caro do que o esperado.


O baita carro derrapava nas curvas. Mas quando cheguei à auto-estrada, quase atingi os 220 km/h. Achei que Vincent fosse me matar a qualquer momento, ele estava furioso.


Pouco me importava, estava louca pra chegar à festa. Algo me dizia que coisas boas iriam acontecer.


(Continua...)


***



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Autor(a): Anna Uckermann

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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