Fanfics Brasil - Inversão de Papéis Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação

Fanfic: Dulce Problema X Christopher Solução - Adaptação | Tema: Vondy / Ponny / Meio chaverroni


Capítulo: Inversão de Papéis

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Capítulo 7 - Inversão de Papéis


 


Dulce’s POV


 


Percebi que eles estavam me culpando pela briga. Tudo bem que eu havia enfiado a mão no King Kong, mas foi altamente necessário. O rosto de Victor estava rígido, eu sabia que levaria uma tremenda bronca, mesmo sendo uma bronca injusta.


 


Então, comecei a apelar.


 


– Gente, calma aí, sempre existe um motivo para esse tipo de coisa acontecer. – Sorri amarelo.


 


– Sim, você! – Resmungou May.


 


– Espera! – Gritei, levantando-me. – O LUIZINHO ali não vai levar culpa alguma? Afinal, ele também socou o King Kong, todo sensívelzinho por ter sido chamado de bi/cha!


 


– Oh, te chamaram de bi/cha? – Perguntou Alexandra incrédula.


 


– LUIZINHO, AHAHAHA, LUIZINHO! VOCÊ NÃO É CHAMADO DE LUIZINHO DESDE... – Christian parou de falar colocando as duas mãos na boca, tampando-a quando recebeu um olhar assassino do irmão.


 


Hum, havia alguma coisa de bom ali. Christopher deveria odiar ser chamado de LUIZINHO. Mesmo eu não sabendo o motivo, ia usar aquilo ao meu favor.


 


O Uckermann suspirou e virou-se para encarar Victor.


 


– Ela tem razão Victor. A culpa de tudo foi absolutamente minha, pois você me deixou responsável pelas garotas menores de idade, e eu falhei. Me desculpe.


 


HEIN?


 


É AGORA, VICTOR VAI BRIGAR COM ELE, ALEXANDRA VAI BRIGAR COM VICTOR E EU VOU VIVER FELIZ PARA SEMPRE!!!


 


– Tudo bem, Christopher, não se preocupe. O importante é que estão todos bem, e os ferimentos não são graves. – Falou meu pai, colocando uma mão no ombro do Uckermann.


 


O QUÊ? Meu pai pirou?


 


Eu ia explodir, não era possível que Victorfosse bancar o paizinho compreensivo para aquele retardado.


 


– Obrigado, Victor, isso não vai se repetir.


 


Eu fiquei tão sem ação que me sentei, olhando os dois que pareciam muito amigos. Como isso foi acontecer?


 


– Só houve uma coisa que me preocupou mais do que o fato de vocês terem sido presos. – Afirmou Victor.


 


– O quê? – Perguntou May.


 


– Como Christian rasgou as calças?


 


Todos riram. Exceto eu.


 


Sentei-me e coloquei a cabeça na mesa.


 


Eu não aguento!


 


# Dul Sonho #


 


Eu estava em Forks, em uma clareira que nunca estive antes. Era tão lindo, os raios de Sol gentilmente tocavam a minha pele, mas eu não estava só, Christopher Uckermann, um Christopher vampiro estava lá comigo. A adrenalina pulsou nas minhas veias quando eu me dei conta do verdadeiro perigo. Ele conseguia sentir isso, não importava onde ele se sentasse. Seu sorriso se tornou zombeteiro.


 


– Eu sou o melhor predador do mundo, não sou? Tudo em mim é convidativo pra você: minha voz, meu rosto e até meu cheiro. Como se eu precisasse disso!


 


Inesperadamente ele estava de pé, ele circulou a clareira em meio segundo.


 


– Como se você pudesse fugir de mim – Ele sorriu amargamente.


 


Ele levantou uma mão e, com um crack alto, ele arrancou uma árvore de dois metros de altura com raiz e tudo, sem esforço. Ele segurou ela com uma mão por um momento, e então jogou ela pra longe com uma rapidez impressionante, fazendo com que ela se chocasse contra outra árvore enorme, ela caiu no chão com um barulho incrível, fazendo o chão tremer.


 


E ele estava na minha frente de novo, a dois passos de distância, como uma pedra.


 


– Como se você pudesse me vencer. – Ele disse gentilmente.


 


# Fim do Sonho #


 


– AAAAAAAAAAHHHHHHH SOCORROOOO! – Gritei saltando para fora da cama. Meu coração estava disparado, a pulsação descontrolada e me senti zonza. – Cruzes! Que pesadelo horripilante. – Sussurrei, colocando a mão no peito e implorando para minhas pernas pararem de tremer. Então me dei conta de que tudo não passava de um sonho sinistro.


 


Só o que me faltava agora era ter pesadelos com Christopher Uckermann! Ainda mais ele sendo um vampiro!


 


Nota mental: Nunca mais ler contos sobre vampiros na internet.


 


Respirei fundo, já recuperando o controle do meu corpo, deitei-me na cama e relaxei sob os lençóis. Sorri satisfeita, sendo embalada tranquilamente pelo sono. Então...


 


– Near, far, wherever you are (Perto, longe, onde quer que você esteja) I believe that the heart does go on (Creio que o coração continua...)


 


Coloquei rapidamente um travesseiro nos meus ouvidos numa tentativa de fugir daquela cantoria horrível. Infelizmente, a cantoria continuou.


 


– Once more, you open the door (Uma vez mais, você abre a porta) And you`re here in my heart (E você está aqui, no meu coração) And my heart will go on and on… (E o meu coração continuará e continuará…)


 


– Ah meu Pai! Quem é esse mala cantando a essa hora? E que Droga, logo essa música tenebrosa do Titanic que eu ODEIO! – Falei, me debatendo na cama e pegando o relógio no criado mudo que marcava 7 horas.


 


Levantei furiosa e escancarei a janela do meu quarto, me inclinando para fora, só para me deparar com Christian, ao pé de sua janela que fica vizinha à minha, ao meu lado esquerdo, movimentando os braços, com olhos fechados e grunhindo feito um porco.


 


– Near, far, wherever you are. I believe that the heart does go on...


 


Eu não mereço, cara, eu devo ter jogado pedra na cruz com um estilingue.


 


– CALA A BOCA CHRISTIAN, CALA A BOCAAAAAAAA!!!!! – Gritei em vão, já que o bizonhento estava com fones de ouvido e um IPod na mão esquerda.


 


Oh meu Deus. Eu quero dormir!


 


– Once more, you open the door (Uma vez mais, você abre a porta) And you`re here in my heart (E você está aqui, no meu coração) And my heart will go on and on... (E o meu coração continuará e continuará...)


 


Breve ele não terá coração algum se não parar de cantar essa porcaria.


 


Virei à cabeça para o lado direito, onde a janela do quarto de Christopher estava aberta.


 


–CHRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISTOPHER, CHRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISTOPHER, PORRA, CHRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISTOPHER! – Gritei, já perdendo o controle com a cantoria do  Uckermann burro.


 


– Droga Dul, são 7:00h da manhã, para de gritar! – Respondeu ele colocando a cabeça para fora, sonolento e com cabelo bagunçadíssimo.


 


– Diz isso pro bizonhento do seu irmão. Faz ele parar de berrar!


 


– Near, far, wherever you are. I believe that the heart does go on...


O babaca do Christopher riu ao ouvir a voz do irmão desafinadíssima.


 


– O que foi Saviñón, não gosta de música? – Perguntou ele com aquele sorriso torto, filho da mãe.


 


– Chama isso de música? Parece o som de alguém sendo esquartejado! Faz o animal parar! – Reclamei.


 


– Ei, não chame ele assim! Só eu posso fazer isso! – Falou ele chateado, colocando ainda mais o peito desnudo para fora da janela.


 


Por um momento lembrei do pesadelo onde Christopher era um vampiro. Senti calafrios, tentei tirar aquilo da minha cabeça, mas a cara brava dele só incentivava a minha memória.


 


– Christopher? – Chamei em um fio de voz.


 


– O que?


 


– Tem alguma chance de você… bem… de você ser…– Não consegui terminar a frase. Ele iria rir de mim pelo resto da minha vida.


 


– Fala, Saviñón. – Insistiu ele.


 


– Nada não!


 


– And my heart will go on and on... (E o meu coração continuará e continuará..)


 


– Vou dar um tiro no seu irmão se ele não parar. Vai lá dar um chute nele, LUIZINHO! – Provoquei sorrindo.


 


Juro que ao ouvir a palavra LUIZINHO, o olho esquerdo dele tremeu em nítido ódio e eu adorei.


 


– Não me chame assim, por favor. – Pediu ele com uma voz rouca.


 


O que vocês acham que eu faria?


 


– Oh, não chamar você de que? LUIZINHO , LUIZINHO, LUIZINHO? – Gargalhei zombando.


 


– Você que pediu pirralha... – Ele bufou e, para o fim da minha sanidade mental, começou em alta voz. – Near, far, wherever you are. I believe that the heart does go on...


 


SACANAGEM!


 


Rosnei querendo esganá-lo, voltando para a cama, enquanto podia ouvir os dois caras mais antas da história humana cantando...


 


– Once more, you open the door (Uma vez mais, você abre a porta) And you`re here in my heart (E você está aqui, no meu coração) And my heart will go on and on... (E o meu coração continuará e continuará...)


 


– AAAAAAAAAAAH, MEU DEUS! EU MORO EM UM HOSPÍCIO! – Gritei, me jogando na cama e tapando os ouvidos com os travesseiros.


 


Por fim, desisti de ser racional e saí do quarto, marchando em direção ao quarto de ChRISTOPHER. Bati na porta com as duas mãos, com toda a minha força e por várias vezes.


 


– O que está havendo? – Perguntou meu pai, saindo de seu quarto com Alexandra ao seu lado, provavelmente verificando o barulho que eu produzia e que, ainda não havia parado de produzir.


 


Finalmente, Christopher abriu a porta risonho.


 


– Esse babaca não me deixa dormir! – Afirmei, apontando para o motivo do meu ódio.


 


– Foi você que me acordou aos gritos! – Se defendeu, alterando a voz.


 


Eu estava com meu termômetro de estresse atingindo o último grau, e chutei a canela de Christopher, que gemeu colocando as mãos nela. O Uckermann estava ficando vermelho e eu percebi que ele ia explodir, quando a mosca morta da Alexandra se pôs entre nós.


 


– Vocês não percebem que estão agindo como criança no jardim de infância? – Sua expressão parecia preocupada, mas não dei importância.


 


– Criança é ele, que fica cantando na janela só pra passar atestado de débil mental. – Respondi cruzando os braços.


 


– Olha só quem fala a senhora “resolvo tudo no chute”. – Argumentou o infeliz.


 


Victor alisou seus cabelos loiros e com uma voz pacífica, perguntou:


 


– Vocês não podem ser amigos e conviverem em harmonia?


 


– NÃO! – Ambos falamos em uma só voz.


 


– Eu não entendo todo esse desafeto, os outros estão se dando muito bem, se familiarizando, exceto vocês. Tem que haver uma solução, uma terapia ou coisa assim. – Victor colocou uma mão no meu ombro e outra no de Christopher.


 


– Espera, eu acho que tem algo que pode ajudá-los, Victor. – Disse a mosca morta, se achando esperta. – O problema aqui é que vocês não estão vendo o lado do outro, precisam se colocar na posição do outro. Assim, poderão ser flexíveis e a convivência poderá ser tolerável.


 


– Como assim, mãe? – Perguntou o burrão. Tudo bem, eu também não havia entendido nada.


 


– Vou explicar da forma mais simples possível. Dul, você será Ucker por 24 horas. E, Ucker, você será Dul.


 


O QUÊ?


 


Alexandra passou cerca de 30 minutos tentando nos convencer a aceitar seu plano bizarro. Pensei que Christopher não fosse ceder, mas o que aparentou foi que ele simplesmente não conseguia dizer não para a mosca morta. Comigo foi diferente, me mantive em posição de defesa, nunca iria ficar 24 horas fingindo ser um tapadão como Christopher, mas no final, Victor fez sua tão famosa chantagem “sem cartões de crédito” e eu acabei aqui. Na frente do espelho do meu quarto, analisando a visão apavorante de mim vestida com roupas formais, emprestadas de Victor(bem estilo Christopher), fingindo ser o próprio Uckermann.


 


Já que eu estava sendo obrigada a fazer aquilo, ia fazer bem feito, expondo para Christopher, todos os seus defeitos irritantes. Ia ser moleza.


 


A calça preta ficou frouxa e horripilante em mim, camisa social azul de gola com as mangas dobradas até os cotovelos, sapatos pretos de uma grife qualquer (que ficaram grandes) e, por fim, a característica principal de Christopher. Seu cabelo ensebado.


 


Era triste ver meu cabelo tão bagunçado, coloquei quase todo o pote de gel. Estava uma nojeira, todo repuxado para cima, mas eu achei que isso expressaria bem o visual de LUIZINHO.


 


MEU PAI, 24 HORAS DISSO? SERÁ QUE AGUENTO?


 


Christopher’s POV


 


CARA, COMO É QUE ALGUÉM CONSEGUE SE VESTIR ASSIM?


 


Eu tinha medo de ser assaltado pelo cara refletido no espelho. Eu mais parecia um delinquente. Tive que cortar uma das minhas calças jeans, deixando as panturrilhas à mostra. Detonei a calça o máximo que pude, bem estilo Dulce. Achei uma camiseta velha larga do Guns n’ Roses, puxei para cima as meias brancas até a altura do tornozelo, calcei um tênis preto e enfiei um boné vermelho na cabeça. Sim, eu era uma versão masculina de Bella Swan.


 


Por um segundo, imaginei como seria engraçado expor os defeitos irritantes de Dul. Isso sim iria ser divertido.


 


Saí do quarto, me preparando para um dia sinistro, graças à péssima ideia da minha mãe. Infelizmente, não consegui lhe dizer “não”, ela me lançou um de seus olhares de cortar o coração. Ale é uma pessoa muito generosa, e eu faria tudo para vê-la feliz, inclusive ser Dulce Saviñón por um dia.


 


Quando coloquei um pé no corredor, percebi que Dul também estava saindo do seu quarto. Ela estava muito engraçada e com a cara vermelha de raiva. Mas o que era aquilo na cabeça dela? Minha nossa!


 


– O que você fez com seu cabelo? Está… ensebado?


 


– Acredite, eu me faço essa mesma pergunta sempre que te vejo.


 


Prendi o riso. O cabelo da Dul mais parecia um ninho e nunca a vi tão engraçada.


 


– Olha só a sua roupa, você nem parece mais um almofadinha. – A coisinha irritante gargalhou.


 


– Isso era pra ser um elogio? – Perguntei já caminhando pelo corredor, mas não do meu jeito, e sim do jeito que Dul anda.


 


– EI, EU NÃO ANDO COMO SE TIVESSE UMA PERNA MAIOR QUE A OUTRA! – Gritou ela brava me seguindo.


 


– Você que pensa! – Zombei.


 


Ela passou por mim batendo no meu ombro com violência, descemos as escadas quase juntos e paralisamos ao sentir que éramos o centro das atenções.


 


– Ai-Meu-Deus! – Anahí embasbacou.


 


– Nós já sabemos da ideia da mamãe, Ucker. Como se sente sendo uma garota de 17 anos? – Perguntou Poncho prendendo o riso.


 


– Estão vindo muitas piadas ao mesmo tempo... – Berrou Christian, com as mãos na cabeça revezando olhares entre mim e a pirralha ao meu lado. – Estão vindo muitas piadas ao mesmo tempo, minha cabeça vai explodir!


 


Eu sabia que ia perder a paciência a qualquer momento.


 


– Pode fazer suas piadinhas sem graça, Christian. – Dulce falou imitando uma voz masculina que com certeza não parecia a minha. – Faça piadas, que vou fingir rir porque não tenho coragem de dizer na sua cara o quanto você é burro!


 


Fiquei pasmo. Ah, ela quer jogar? Vamos jogar!


 


Me joguei no sofá da sala emburrado e revirando os olhos.


 


– Se rirem de mim, eu vou bater em todo mundo até a morte. Porque eu realmente acho que tenho força pra isso no meu mundinho egoísta chamado Dullândia. – Contive a risada.


 


Annie, May, Poncho e Christian riam a nossa volta descontroladamente.


 


– Eu adoraria ter entendido sua piada Dul, infelizmente eu não tenho cérebro suficiente para isso. Porque eu uso o meu único neurônio tentando “pegar” sua irmã só para depois jogá-la fora. – provocou a pirralha, dando um tapa na*******de May que arregalou os olhos.


 


Se ela ia apelar, eu também iria.


 


Levantei-me e coloquei um braço em volta de Poncho, que já me olhou assustado.


– Eu tenho uma confissão a fazer. – Todos pararam pra ouvir, inclusive Dul. – Esse meu jeito implicante, infantil e violento é porque eu tenho uma enorme carência sexual. Poncho, por favor, pode me ajudar com isso?


 


Vi Alfonso corar envergonhado. Já Dul não estava corada, ela estava era ficando roxa de ódio e eu temi que ela revidasse.


 


Victor e Ale aproximaram-se rindo de nossas aparências, e percebi que algo de ruim ia acontecer, quando Dulce segurou a mão de minha mãe.


 


– Mãe, preciso lhe contar um segredo. – Falou Saviñón engrossando a voz.


 


– Sim... – Respondeu minha pobre mãe, confusa.


 


– Eu sou gay!


 


O QUÊ?


 


Christian enrolava de rir no sofá, eu queria espancá-lo.


 


– Caraca Christopher, eu sempre desconfiei. – O bizonho dava gargalhadas ensurdecedoras.


 


Eu ia matar Christian, mas principalmente Dulce. Trinquei os dentes e cerrei os olhos, queimando em fúria.


 


A maior parte do dia foi um caos. Ser Dulce foi mais difícil do que eu imaginei, e não tivemos progresso algum, muito pelo contrário, conseguimos discutir ainda mais.


 


À noite, todos saíram para jantar fora, Dulce e eu recusamos por motivos óbvios: nossas aparências bizarras. Ela estava sentada no sofá da sala vendo TV e eu já sabia o que ia aprontar para provocá-la.


 


Dulce’s POV


 


Eu tentava assistir TV, mas estava chateada demais para conseguir me concentrar em qualquer coisa. Tudo que eu queria era que o restante das 24h acabasse logo, já não suportava meu cabelo e, principalmente, as piadinhas bobas de Christopher sobre mim. No entanto, o que foi mais engraçado foi ver a cara dele quando disse à sua mãe que “eu” era gay, ou melhor, o Luizinho disse.


 


IMPAGÁVEL!


 


Sobressaltei ao sentir um corpo enorme se jogar contra o meu, em um abraço violento, que nos fez cair no chão. Só aí percebi que era o retardado do Uckermann.


 


Fiquei tão chocada que não movi um só músculo, apenas fiquei observando-o gargalhar. Nunca fiquei tão próxima a Christopher o suficiente para notar o quanto seu corpo era quente, ou quanto ele era forte e, muito menos, que seu hálito tinha cheiro de menta. Balancei a cabeça na tentativa de racionalizar meus pensamentos e reagir. O peso daquele brutamonte já estava me machucando.


 


– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Gritei em protesto.


 


– Você deveria perguntar o que a Dul está fazendo. – Respondeu ele com o sorriso torto de filho da mãe.


 


– Sai de cima de mim, imbecil! – Falei, tentando tirar ele de cima do meu corpo, mas era impossível já que ele era muito grande.


 


– Christopher, estou fazendo exatamente o que eu sempre quis fazer, mas nunca tive coragem. Você é tão irresistível, lindo e sexy. – O retardado falou, se sentido muito esperto.


 


– Ei! Eu nunca faria isso, você está quebrando as regras, eu não sou assim, e nunca falaria isso! – Bufei contorcendo meu corpo, quase totalmente imobilizado pelo abraço prisioneiro de Christopher. Ele pareceu ignorar minhas tentativas de me desvencilhar e minhas palavras.


 


– Ucker, por favor, acabe com minha carência sexual. Quem sabe eu finalmente viro uma garota normal. – Disse Christopher, piscando para mim.


 


Se ele ia ser irracional e idiota, eu também seria.


 


– Eu não posso Dul, eu sou gay! – Respondi sorrindo satisfeita ao ver o sorriso do Uckermann desaparecer totalmente, dando lugar a uma carranca.


 


– Eu não sou gay! – Christopher falou parecendo ofendido. – Para o seu azar, você não faz nem um pouco meu tipo, porque se fizesse, eu te mostraria quem é o gay aqui e agora, de um jeito que você jamais esqueceria.


 


Por algum motivo engoli seco e pisquei os olhos, tentando me concentrar. Então, a gargalhada de Christopher voltou com força total e eu realmente não entendi o motivo. Ele parecia está rindo da piada mais engraçada do mundo.


 


– O que foi? – Perguntei baixinho.


 


– Eu não transaria com você nem que você fosse a última mulher do mundo. –Disse ele, rindo descontroladamente, soltando-me e sentando no chão com uma mão no rosto como se enxugasse lágrimas de riso.


 


Levantei-me rapidamente, me sentindo levemente ofendida.


 


– Lógico que eu não faço seu tipo, não sou nenhuma loira promíscua sem personalidade e sem cérebro. Eu é que jamais transaria com você! – Respondi agressiva, me direcionando as escadas que levam ao andar superior.


 


Ele continuou lá, rindo e rindo. Subi as escadas correndo e me tranquei dentro do quarto. Não entendia o motivo de me sentir ofendida, mas eu simplesmente não gostei das palavras de Christopher, nem de ser menosprezada.


 


(...)


 


Cerca de uma hora depois, eu já podia ouvir as vozes no andar inferior, mas não tinha a menor vontade de descer para interagir com minha “futura nova família”.


 


Revirei-me na cama algumas vezes tentado dormir, mas o cabelo bagunçado estava me deixando impaciente.


 


– Ei Dul, o que está fazendo aí sozinha? – Perguntou Anahí adentrando no quarto sem bater.


 


– Sai fora Fofolete, eu não quero conversar! – Respondi ríspida.


 


– Oh, para de me chamar de Fofolete, é chato. – Pediu ela, sentando-se na cama.


 


– Não posso. Você parece mesmo uma daquelas bonequinhas fofolete.


 


Mesmo querendo fazer piada com Annie, eu não estava no clima para isso, só queria ficar sozinha.


 


– Vamos lá para fora, estamos todos na sala, conversando, bebendo, rindo. Anda, você precisa se enturmar um pouco, só briga com todo mundo. – Pediu ela, me puxando pelo braço. Nem me movi, não estava nem aí para as pessoas na sala.


 


Anahí continuava puxando meu braço e eu sabia que ela não iria parar, até que déssemos um ponto final naquela conversa.


 


– Me dá apenas um motivo para descer. – Pedi, sabendo que ela não poderia falar nada que me fizesse levantar da cama.


 


Annie me lançou seu sorriso de fadinha encapetada e disse...


 


– Christopher está imitando você lá embaixo.


 


– Ok, eu vou! – Pulei da cama e marchei em direção à sala, pronta para enfrentar mais uma vez o Christopher palhação Uckermann.


 


Annie tinha razão, quando cheguei lá, todos estavam sentados, uns no chão, outros no sofá, e todos rindo de Christopher, que imitava o meu jeito de andar.


 


A ira estava subindo como fogo pelo meu corpo, ninguém nunca me irritou tanto como aquele rapaz de cabelos acobreados. Anahí saltitou para o meio da sala e eu fiquei ali, parada próximo a escada, decidindo se me jogava em cima do infeliz para espancá-lo ou se ia para o jardim começar a cavar sua cova. De repente, tudo ficou escuro, tão escuro que não consegui ver absolutamente nada.


 


– O que foi isso? – Perguntou Alexandra.


 


– Deve ter sido uma queda de energia, não se preocupem. – Respondeu Victor.


 


– Ah, não! Justo agora que Ucker ia imitar o jeito da Dul brigar. – Falou a anta da minha irmã May.


 


– Fiquem todos aqui. Eu vou com Ale até a garagem tentar achar uma lanterna ou coisa do tipo. Deve haver algo lá. Comportem-se. – Disse Victor saindo lentamente, arrastando a mosca morta com ele.


 


Eu fiquei imóvel, não sabia o que fazer. Tinha medo de me mexer e esbarrar em alguma coisa naquele escuro assustador.


 


– EI! QUEM PASSOU A MÃO NA MINHA BUNDA? – Gritou furiosa Maite.


 


(Continua...)



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Autor(a): Anna Uckermann

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • loucas Postado em 14/12/2016 - 23:05:23

    Essa fanfic é perfeita demais pra ficar abandonada então por favor postaaaa mais

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 11:13:34

    posta por favor

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:22

    posta amore

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:37:10

    ENTÃO VE SE POSTA LOGOOOOOOOOOOOOO

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:56

    chantagem? BEM DOIDA, não seria capaz ^_^ MENTIRA! SIM! É UMA CHANTAGEM!

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:36:08

    se postar de novo deixo você com 280 coments ^_^

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:41

    comentei bastante linda agr pode postar hehuheuheuheuheuehuehe

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:14

    possta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:35:05

    postta

  • lalavdlove Postado em 18/02/2016 - 01:34:56

    postaa


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