Fanfic: Feiticeiros da Lua | Tema: Vondy

◊Versão da Ray:



 ALGUMAS HORAS ANTES....



 -Vovó, só me explica uma coisa...por que a gente precisa começar a treinar agora? O sol mal nasceu poxa- falo com manha e vovó revira os olhos sem se dar o trabalho para responder, ela sabe como eu sou na parte da manhã, antes do meio-dia pra mim ainda é e madrugada.

 -Vc devia ter vergonha Ray, são oito da manhã e vc ainda estava esparramada igual as suas coisas quando vc chega da escola- fala com a voz severa mas eu n deixo de soltar um riso, sono pra mim era sagrado poxa.

 -Ok, vamos começar logo vovó, quem sabe eu ainda consigo ver o canal da Victoria Secret`s as 10, hoje vão fazer uma entrevista mostrando toda a coleção de outono-inverno, vai ser MARA! - falo empolgada enquando alongava um pouco.

 Eu n fazia a menor idéia do que a vovó ia me ensinar, então eu tinha que estar preparada para qualquer doideira dela, afinal... eu tinha decidido arriscar e aprender um pouco mais sobre a minha familia.

 -Olha aqui menina, é bom vc levar os ensinamentos desta familia a sério, pois se n eu me recuso a ensinar vc a usar qualquer que seja o seu dom- fala em um tom de dar medo e eu me encolho no lugar com a reprimenda- Vc entendeu?- pergunta séria e eu concordo rapidamente com a cabeça- Ótimo, primeiro precisamos descobrir qual é o seu dom, cada pessoa da familia tem um dom diferente, nunca se repetiu, mesmo que a diferença entre eles fossem minimas.

 -Nunca ninguem na nossa familia teve o mesmo dom? Nunquinha?- pergunto incrédula e ela nega- Ual, então é dom pra caram/ba.

 -Sim, eu já lhe mostrei o meu ontem, eu consigo recriar imagens ou lembranças, sejam elas verdadeiras ou n. Minha mãe conseguia falar com os mortos e lhes ajudava em sua passagem final para o grande paraiso, a tia Dilá consegue ver o passado, enquanto a tia Rosa consegue ver o que esta acontecendo no presente, com qualquer um e em qualquer lugar, como eu disse, pequenas diferenças que mudam tudo.

 -Então era por isso que ela sempre sabia quando eu e a Dul estavamos roubando biscoitos antes do jantar- sussurro pra mim mesma pensativa e vovó cai na gargalhada, n era pra rir, eu pensava que aquela mulher me espionava dia e noite, n que tinha poderes.

 -Os poderes são úteis cada um de sua forma- diz ainda rindo e eu sorrio pensando em quanto isso deve ter pertubado os filhos da tia Rosa, nunca podendo aprontar.

 -Como vamos saber qual é o meu?- pergunto curiosa e ela aponta para o seu escritório e eu fico surpresa por ter permissão de entrar lá.

 A segui até seu escritório ansiosa, nunca tinha entrado lá e a primeira vez era emocionante, principalmente pelo motivo que me levava lá. Quando entramos vi a mesma decoração que preenchia a casa toda, tons leves de laranja, vermelho e roxo, madeira envelhecida e varios e varios bugigangas que usava em suas consultas para ler a sorte, cartas de tarô, mapas astrais, flores para poções e frutos que ninguem parecia conhecer.

 -É vc em um comôdo vovó- falo empolgada e sei que ela sorri apenas pelo seu tom de voz.

 -Obrigada querida!- diz e dá a volta na mesa e se sneta em uma grande poltrona de couro marrom- Sente-se Ray- diz e eu sento com rápidez, espero que ela pegue algo na gaveta e quando ela tira é uma pequena bola transparente, do tamanho de uma bola de baisebol.

 -É uma bola de cristal?- pergunto sem ar e ela revira os olhos.

 -Ray, eu já disse que essa coisas n existem- fala com paciência e eu fico bufo baixinho- Mas sim, é um objeto magico, bem poderoso, nossa familia o usa para identificar os dons das crianças, como sua mãe n me deixou usar em vc eu nunca soube qual era o seu dom- fala, mas isso eu já sabia, e sabia tambem que mamãe ia ficar uma fera quando voltasse de viajem e descobrisse que eu escolhia a magia da familia.

 -E o que eu tenho que fazer? Segurar ela e bum?- pergunto confusa e ela pega a minha mão com suas duas mãos e eu n sei de onde, mas ela tira uma agulha e fura meu dedo indicador direito com força me fazendo dar um pulo- Ai vovó, ta maluca? Bateu a cabeça ou comeu alguma coisa estragada?- perugnto tentando precionar o dedo, mas vovó o pegou rapidamente e o virou de ponta cabeça o deixando posicionado em cima da ``bolinha que n era de cristal e sim magica``.

 -Se precisa de uma gota de sangue de seu dedo intocavel, pra minha sorte esse foi o único que vc conseguiu n quebrar quando era pequena. Toda vez que vc quebrava um dedo eu resava para que fosse o último- fala negando com a cabeça e eu coro fortemente, eu e a Dul sempre formos muito ativas.

 Assim que a pequena gota vermelho pulçante cai na bola e retiro o dedo e vovó me dá um paninho que eu envolvo no dedo com todo cuidado. Esperamos e depois de alguns segundos a bolinha começa a clarear até ficar branco, a olho com duvida e quando pisco a bolinha branca transborda em circulos de azul celeste, como se fosse agua do mar e vovó sorri.

 -Parabéns querida, vc consegue manipular a água- dia alegre e eu lhe olho espantada.

 -Tipo um avatar?