— Hein? — Ela despertou e se concentrou em mim. — Ah, tudo bem. Lutando contra os dragões do departamento de física, como sempre. E você?

— Estou ótima. — E estava mesmo. Com exceção da Anahi e da Maite, todas as minhas pessoas favoritas estavam na minha casa. Eu me inclinei mais para perto dela. — Meu namorado não é lindo? — sussurrei, curiosa para saber se minha tia ainda pensava nessas coisas. Seus olhos se arregalaram, e seu olhar disparou pela sala até o Ucker, que estava mostrando ao Easton onde se sentar à mesa.

— Ah! Acho que sim. Ele certamente é o epítome da masculinidade, e as fêmeas são feitas para achar atraentes os machos mais fortes, para garantir que a futura cria tenha mais chances de sobreviver.

Uau. Isso era um jeito totalmente não sexy de pensar em namoro.

— Exatamente — falei, desistindo. Na minha opinião, isso fazia sentido. Eu era completamente fascinada pelos músculos do Ucker. Só não queria pensar nesses termos evolucionários clínicos. Eu queria ser uma garota e me sentir tonta e romântica. Não havia perigo de eu me tornar a tia Molly, afinal. Eu me sentei entre o Tyler e o Ucker à mesa, e o Easton à esquerda do Ucker, mexendo de um jeito nervoso no guardanapo de tecido.

— Por que tem tantos garfos? — Tyler me perguntou.

— Este é para a salada, este para o jantar e este para a sobremesa. — Apontei cada um enquanto falava.

— Nossa... — Ele parecia tenso.

— Não se preocupa, Ty — disse o Ucker. — Usa um só, se for mais fácil.

— Não, não. Eu consigo fazer direito. — Decidido, ele pegou o garfo de salada e começou a comer o mix de verduras da tigela que a Susan tinha colocado no prato dele. A refeição foi muito mais tranquila do que eu imaginara. O Bob e a Nancy eram be falantes e pareciam gostar de encher os meninos de perguntas. Isso lhes deu mais opções de conversas, porque normalmente eles tentavam tirar uma frase ou duas da tia Molly e depois desistiam.