No domingo, ele me mandou uma mensagem:

U: ME DIVERTI COM VOCÊ ONTEM

Surpresa, digitei a resposta idiota:

D: OBRIGADA, EU TB.

U: QUER VIM PRA CASA DO NATHAN? TAMO VENDO FUTEBOL.

D: TENHO QUE ESTUDAR. VAI BENGALS!

U: OS BENGALS SÃO UMA MERDA. VENDO OS GIANTS

E eu não respondi. Eu não dava a mínima para nenhum dos dois times de futebol, e não tinha nada para estudar, a menos que eu resolvesse começar o próximo livro da aula de literatura, o que eu definitivamente não queria. Eu só queria que ele me deixasse em paz. Na segunda, ele me mandou outra mensagem:

U: VAI FAZER O Q HJ A NOITE?

D: TRABALHAR

Só até as cinco, mas ele não precisava saber disso.

U: QUER SAIR DEPOIS?

D: TENHO TRABALHO DE QUIMICA PRA FAZER, MELHOR NÃO.

De novo, eu não estava mentindo. Empurrei a quesadilla no prato com um nacho e o enfiei no guacamole. Anahi, Zora e
Christian estavam conversando sobre um filme que eu não tinha visto, e eu estava analisando todas as coisas sobre o Ucker que não faziam sentido. Por que ele ainda estava me mandando mensagens? Se seu objetivo era apenas receber o dinheiro, por que ele se esforçava tanto para ser meu amigo? Por que ele ainda se importava, a essa altura? Mas, principalmente, por que ele não tinha me levado para a casa do Christian e me comido quando eu claramente desejava isso? Ele insistiu que a gente só ia dar uns amassos. Que eu poderia interromper tudo a qualquer momento. Não tinha lógica. Mas todo dia eu descobria que as pessoas não se comportavam de um jeito lógico. Elas eram aleatórias e imprevisíveis e nem sempre escolhiam o caminho mais rápido para chegar a um objetivo.