Fanfic: ♦ Paixão Inesperada ♦ | Tema: Vondy - Adaptada
— Foi numa noite, fazia umas cinco semanas que a gente tinha terminado e eu estava muito mal. Tinha encontrado uma foto nossa, daquele feriado que a gente passou na Florida, lembra? Aí eu procurei o Ryan, precisava conversar com alguém e ele estava me ajudando tanto nas últimas semanas. A gente foi para o quarto dele e ficamos deitados na cama escutando a chuva enquanto eu alternava entre chorar e desabafar.
Poncho escuta atentamente cada palavra de Annie, ele não se mexe nem um milímetro, toda sua atenção no que ela está contando. Provavelmente está decidindo se ele vai matar ou não o idiota, que por sorte está de boca fechada.
— A gente ficou horas daquele jeito, conversando ou então em silêncio enquanto eu chorava. Eu estava tão triste, eu estava morrendo de saudades e queria correr de volta para os seus braços, mas sempre que eu pensava em fazer isso a imagem de você com aquela mulher seminua se beijando voltava a minha cabeça. Várias vezes eu pensei se eu teria me precipitado em não te ouvir, talvez você realmente fosse inocente, pensando bem, eu sabia que aquele cara não era o Poncho de verdade. Mas eu estava machucada demais somente com a possibilidade de ter me enganado tanto com relação a você e aquela imagem de vocês dois no seu quarto não saia da minha cabeça. — Annie começa a chorar e poncho a puxa para seus braços, ele a abraça firme e apoia o queixo no topo da sua cabeça.
— Shhh, baby, está tudo bem. Eu te amo. — Ele diz para ela e ela chora mais.
Quando ela se recompõe, se afasta e limpa as lágrimas, respira fundo e continua.
— Logo nossa conversa foi indo em outras direções, Ryan foi me distraindo da minha dor e era por isso que eu estava andando muito com ele nas últimas semanas, ele sempre conseguia me distrair nem que fosse por um momento. Fomos conversando sobre diversos assuntos até que em um momento, não sei exatamente como, surgiu um clima. Nós nos aproximamos e ele me beijou, fiquei surpresa mas não o afastei, e acabei retribuindo. O beijo foi se tornando cada vez mais intenso e menos inocente, até que quando me dei por mim, eu estava deitada de costas na cama e o Ryan estava em cima de mim me beijando.
Poncho e eu escutamos o relato de Annie sem emitir som nenhum, os dois muito interessados em saber o que de fato aconteceu entre eles.
— Mesmo pensando que você tinha me traído, eu estava me sentindo péssima, muito culpada por estar beijando outro. Quando ele começou a me acariciar eu me senti doente, sabia que não podia continuar com aquilo, então pedi que ele parasse. Ele parou e eu pedi desculpas por ter deixado aquilo ir longe demais, ele pediu desculpas e disse que tinha sido um momento de fraqueza e que não queria se aproveitar do meu estado, mas que não pode resistir. Eu disse que estava tudo bem, mas o problema era que eu ainda te amava. E foi isso, depois disso eu deitei em seu braço e nós conversamos até ambos cairmos no sono.
— Um nos braços do outro? — Poncho pergunta com dor na voz.
— Sim. — Annie diz tão baixo que mal a escuto, ela olha para o chão envergonhada.
— Sinto muito, Poncho. Mas eu te amo, por favor, me perdoe.
Poncho encara o chão e não diz nada.
— Poncho...Você vai me deixar? — Annie pergunta engasgando com as próprias lágrimas.
O silêncio perdura, o ar carregado com tensão.
— Acho melhor você ir embora, antes que eu me arrependa por não acabar com você por ter beijado e acariciado a minha noiva. — Poncho diz e eu, o idiota e Annie o olhamos com os olhos arregalados em surpresa.
— Noiva? — O idiota e Jane perguntam ao mesmo tempo. Mas eu rapidamente compreendo o que ele quer dizer.
Poncho já havia falado diversas vezes sobre a vontade de pedir Annie em casamento. Ele disse que queria comprar um anel lindo e fazer algo especial, e que isso seria muito em breve, mas aí todo esse mal entendido aconteceu. Acho que o meu amigo não quer perder mais tempo.
— Sim, noiva. Quer dizer, se você aceitar se casar comigo, é claro. — Annie cobre a boca aberta em surpresa com as mãos e começa a chorar, mas dessa vez de felicidade.
Ela começa a balançar a cabeça freneticamente e pula nos braços de Annie.
— Sim, sim, sim, sim...Mil vezes sim, meu amor. Eu aceito me casar com você, Poncho. Eu te amo tanto. — Ela diz apertando-o forte e descendo sua boca na dele. Poncho a envolve com seus braços e a beija tão intensamente e apaixonadamente que eu sinto a necessidade de desviar o olhar.
— Ah meu Deus, estou tão feliz. — Annie diz sem fôlego quando eles param de se beijar.
— Eu também, meu amor. O que eu mais quero é que você seja minha mulher para sempre. Eu te amo mais que tudo, Annie Portilla. — Eles sorriem um para o outro e se beijam apaixonadamente de novo.
Por um momento, e eu disse apenas por um momento, sinto uma dor aguda no peito. Por um momento, por um breve momento, que assim como rapidamente surgiu rapidamente foi embora, eu senti no fundo da minha alma o desejo de ter aquilo que Poncho e Annie tinham, junto com o desejo veio à dor, por saber que eu nunca encontraria aquilo.
A verdade é o seguinte; Eu vivo falando que não acredito no amor, mas na real, eu acredito. Eu digo que não porque eu tento convencer a mim mesmo que eu sou o único normal e o resto do mundo é que tem algum problema. Mas isso é uma grande e deslavada mentira. Eu sou o que tem problemas.
O fato é, eu simplesmente não entendo o amor, e não consigo senti-lo – o amor que um homem sente por uma mulher, eu quero dizer – porque é claro que eu amo meus pais, irmãos e amigos. Eu não consigo querer amar alguém, o que eu quero mesmo é desejar o sentimento de querer amar alguém. Dá para entender?
Eu sei, é confuso. Eu também muitas vezes não entendo. E apesar de 99% do tempo eu estar bem com o fato de não conseguir amar uma mulher e ter um relacionamento sério, de não sentir falta disso e achar que tudo bem se eu nunca me apaixonar, tem 1% do meu tempo, quando eu presencio momentos como esse entre meus pais, ou os pais de Poncho, ou meus tios, ou meus primos ou meus amigos, que eu sinto uma dor muito forte em meu peito.
Uma dor que dói não pela falta de amor, mas por ser uma pessoa incapaz de amar, ou de pelo menos sentir falta de possuir a capacidade de ter esse sentimento.
Poncho se afasta de Annie e se vira, encarando o idiota. Limpo as lágrimas dos meus olhos antes que elas caiam me denunciando ou que alguém perceba meus olhos marejados. Agradeço a Deus por a dor sempre chegar e ir embora tão rápido, não sei se aguentaria ela por mais que um breve instante, e morro de medo que um dia ela chegue e não vá mais embora.
Não sei se tenho mais medo dessa dor, ou da dor que eu sentiria se eu pudesse amar e tivesse meu coração despedaçado, como Poncho.
Talvez essa incapacidade de amar seja uma benção disfarçada de desgraça.
— Pelo amor de Deus, Ucker. — Poncho diz meu nome me trazendo de volta à realidade. — Tire esse cara da minha frente antes que eu mude de ideia e termine o que eu comecei.
— Você ouviu. Se mande, cara. — Digo me abaixando para pegar a máscara do idiota e lhe entregando.
Acompanho-o até um pedaço do caminho e depois volto para ficar ao lado de Annie e Poncho. Olho para ver se o idiota está mesmo indo embora e alivio percorre minhas veias quando vejo que ele de fato se foi.
— Você tem certeza que quer casar? Você não precisa tomar essa decisão agora e...
Poncho a cala com um beijo, quando se afasta aposto que Annie não se lembra mais o que estava falando.
— Eu quero me casar com você, quero muito. E eu não decidi isso assim, de uma hora para outra.
— Ah não? — Ela pergunta enlaçando seu pescoço e sorrindo apaixonadamente.
— Não. Já faz um tempo que eu venho pensando nisso, eu até cheguei a olhar alguns anéis, e só não comprei um porque não achei nenhum que fosse perfeito o suficiente para você.
— Oh Poncho. Eu não preciso de nada disso, você pode amarrar um barbante em meu dedo que eu serei a mulher mais feliz do mundo. — Ela diz e o beija de novo.
“Talvez eu deva ir embora.”
— Nada disso, você terá o anel mais lindo do mundo, e eu não medirei esforços para encontra-lo. Sinto muito não poder te dá-lo agora, sinto muito também por esse pedido nada romântico. Eu estava planejando algo muito mais perfeito, mas eu meio que tive que improvisar. — Ele ri e a beija na ponta do nariz.
— Ah meu amor, isso foi perfeito, pode apostar.
— Quer curtir o resto do seu baile, só que com o acompanhante certo dessa vez? — Poncho lhe pergunta.
— Eu gostaria. Você faria isso por mim?
— Minha Annie, você ainda não percebeu que eu faço tudo por você? — Ele pergunta a olhando com amor enquanto acaricia sua bochecha.
— Percebi, mas eu ainda pergunto por que às vezes acho que estou sonhando, e que alguém tão perfeito como você só pode ser fruto da minha imaginação.
Poncho ri e a abraça. Já estava com saudades da risada do meu amigo, fazia muito tempo que não a escutava.
— Então vamos. Vou rodar você por aquela pista até você ficar tonta. — Ele repousa o braço nos ombros dela e ela enlaça a cintura dele com o braço.
— Ucker, você vem ou vai ficar parado aí a noite toda? — Annie para, se vira e me pergunta.
poncho me olha e o sorriso no rosto dele é contagiante. Permito deixar pela primeira vez em alguns meses o peso da culpa escorregar de meus ombros e cair no chão. Sinto-me muito mais leve. Eu não arruinei a vida do meu melhor amigo para sempre. Ele está feliz de novo, e eu ajudei isso acontecer. Sorrio largamente para os dois e pisco para Poncho quando digo:
— Eu vou com vocês. Tem duas garotas a quem estou devendo uma dança
Autor(a): Ally✿
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Acordo e a primeira coisa de que tenho consciência é do corpo quente aconchegado em mim. Ainda com os olhos fechados, aperto o meu braço que esta repousado na cintura dela e a abraço apertado. Enterro meu rosto no seu pescoço e inalo o delicioso aroma que ela tem enquanto esfrego minha ereção em sua bunda. Dulce geme ainda dor ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 471
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
julia_souza_ Postado em 23/07/2018 - 11:53:11
Dias anos já :(
-
julia_souza_ Postado em 25/03/2018 - 19:57:48
De boa esperando você voltar a posta 💔
-
livy Postado em 12/02/2017 - 23:58:21
saudades daqui :/
-
taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:57:57
ei 4 meses sem poste cade vc? :( nao abandona a fic....
-
taina_vondy Postado em 26/04/2016 - 21:06:39
vem aqui..to com saudade desse fic e da outra.
-
taina_vondy Postado em 26/04/2016 - 21:06:06
ei cade vc quase 2 mesea sem postar em....
-
taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:06
cade vc....vouta aqui......quero mais... continua. ..
-
SweetPink💖 Postado em 22/03/2016 - 19:50:35
Ally assim não aguento! To morrendo de saudades da web :( volta logo, nunca te pedi nada!!!
-
thaysaantana Postado em 20/03/2016 - 16:42:04
Cadê vc????? Meu Deeeeeeels estais me pondo louca!!!
-
candydm Postado em 11/03/2016 - 02:08:43
Cadeeeeeeeeee, preciso, necessito, quero