Fanfic: Refém De Um Amor AyA [ Cancelada ] | Tema: AyA | Ponny

Capítulo 12 - Sabemos De Tudo

A saída do Chris do galpão foi muito rápida e aguardada por todo grupo Rebelde. Chris juntou as poucas coisas que haviam dado a ele e outras que pediu para trazerem e nos despedimos como meros conhecidos, se quer parecíamos aqueles dois amigos tão unidos. Passamos momentos muito bons que eu esperava poder guardar, pois seria a única coisa que sobraria.

-- Fica bem cara. Prometo que nos encontraremos em breve. -- Chris disse pegando uma mochila e colocando nas costas sendo esperado por Salsicha.

-- Boa sorte ! Aproveite. -- disse a ele e apertei sua mão

Logo Salsicha o levou ao lado de fora onde um carro os esperava para irem até o local onde o Chefe estava e lá Chris receberia sua nova função. Agora eu ficaria sozinho naquele galpão apenas com Anahí, que por ainda estar dentro da salinha, era praticamente como estar sozinho já que a mesma mal me olhava e eu não a via muito durante o dia. Apenas sabia que tinha melhorado mais um pouco da fraqueza e sua febre passou. Permanecia ainda muito magra. De resto pouco vi de sua aparência.

Permaneci ali sozinho sentado em uma das cadeiras da velha mesa pensando no que faria. Ficar ali estava me matando mas também a oportunidade dada a Chris poderia me salvar de ter um futuro enfiado nas empresas de Seu Eric, coisa que não queria de forma alguma. A solidão ali até fazia se enfurnado na empresa algo maravilhoso, pois pelo menos teria liberdade para fazer o que quissesse. Demorou muito até Salsicha voltar me dando instruções rápidas.

-- A parti de hoje Alfonso você será responsável não apenas por continuar as ameaças e conseguir o resgate, mas também impedir que Anahí Portilla saia daqui e receba somente o que for estipulado pelo Chefe. Sua obrigação manter ela aqui. Caso alguém venha perguntar algo, deve expulsar imediatamente e nos avisar. -- Salsicha dizia e apenas assenti. -- Precisamos da sua resposta a respeito da Proposta. O Chefe não vai esperar muito. E mais uma coisa : Não banque o engraçadinho porque sabemos de tudo que se passa aqui. Faça bem feito, por que se descobrirmos Deus tenha piedade da sua alma. Preciso ir agora. Receberá notícias minhas e de Scooby em breve. -- falou bem direto e saiu em seguida.

Minha situação não poderia ter ficado pior. Agora além de repassar as negociações ainda teria de manter Anahí lá. Por enquanto ela não conseguiria fugir pois estava meio fraca. E quando melhorasse ? Tentaria sair dali com toda certeza. Resolvi ver como ela estava, tinha os últimos remédios para dar a ela.

Entrei na pequena sala e a vi deitada de costas para a porta tão quieta que parecia estar dormindo. Me aproximei a chamando e ela virou para minha
direção me olhando sem aquele brilho habitual que existia nos olhos azuis mais claros que muito mar que já havia visto na vida.

-- Como está ? -- perguntei sem esperar resposta devido a forma com a qual me olhava

-- Bem. -- Anahí apenas respondeu e virou o rosto parando de me olhar.

Levantei do seu lado e fui pegar os remédios para dar a ela. Tentou fugir para não tomar porém gritei com ela, coisa que na hora me pareceu boa saída, e a fiz tomar o comprimido. Anahí se virou de costas para mim novamente e percebi lágrimas nos seus lindos olhos. Tentei me aproximar outra vez e ela reunindo a pouca força que tinha me deu um chute bem dado na canela.

-- AI ! Doeu ! -- exclamei passando a mão pelo local. minha raiva aumentou e voltei a gritar com ela. -- POR QUE FEZ ISSO ? -- gritei e Anahí finalmente falou alguma coisa, pois ultimamente estava sempre calada

-- Você... mereceu. Espera eu sair daqui. Vou matar você. -- falou com muita raiva que pouco me abalou na hora mas sabia a mágoa que aquelas palavras carregavam.

-- Estou apenas cuidando de você. -- falei controlando minha raiva

Anahí me fulizou com os olhos.

-- Me prender aqui não é cuidar de mim. -- respondeu muito séria agora sem lágrimas nos olhos. mal conseguia respirar. estava nervosa além de fraca.

-- Não tenho culpa. Apenas cumpro ordens. -- falei sem a olhar e fui esconder as caixas dos remédios outra vez. -- Mais tarde eu volto. -- disse a ela e que voltou a ficar calada. ouvi apenas uns barulhinhos que não faziam sentido.

Saí da salinha a deixando deitada lá. Colocando as mãos na cabeça, sentei no velho sofá e me pus a xingar baixo pela maneira que falei com ela. Nunca fui assim mas na hora me pareceu injusto ser tratado daquele jeito, afinal se não tivesse conseguido os remédios estaria morta a essas horas, pois como que iria levar ela a hospital ou médico ? Minutos depois vi que apenas pelo fato de estar ali naquele lugar imundo era motivo mais do que suficiente para alguém querer se matar. Que atitude poderia tomar ? E se vissem eu a ajudando e fossem atrás de mim ? Os riscos eram grandes.

De noite tudo estava no mais profundo silêncio. Apenas meus pensamentos ecoavam na minha mente. Era um perfeito idiota mesmo. Se tivesse fugido a tempo e impedido o sequestro dela, talvez tudo estaria como antes. Ocorreu uma ideia que poderia nos salvar. Bastava eu conseguir fazer ela cooperar comigo mas para isso teria de ganhar uma das coisas que havia perdido dela : Sua confiança.