Fanfic: Refém De Um Amor AyA [ Cancelada ] | Tema: AyA | Ponny

Capítulo 14 - O Que Eu Ganho Com Isso ?

Anahí ficou vários minutos calada sem responder nem que Sim nem que Não. Me olhava com fogo nos olhos, derretendo todo brilho que a alguns meses eu via naquela imensidão azul. Já estava perdendo minhas esperanças quando ela se pronunciou.

-- Como eu vou saber que posso confiar em você se vim parar aqui por sua causa ? E você ainda espera que eu faça acordos com você ? Me poupe Alfonso ! -- ela disse jogando as palavras em cima de mim de forma violenta

-- Acontece que sem mim você não consegue sair daqui. Parou pra pensar nisso ? -- a olhei óbvio. -- É apenas um pequeno acordo. Assim saímos logo daqui e seu querido papai nem precisa abrir a carteira. -- falei tentando confirmar que minha palavra era verdadeira dessa vez

Seria muito difícil negociar com ela, porém não teria outra saída já que ela não conhecia o local onde estávamos, e sem minha ajuda demoraria para conseguir alguma saída naquele fim de mundo. Nos olhamos em silêncio por minutos a fio. Percebi que ela realmente não estava disposta a ceder porém estava sem alternativa e teve de concordar que sozinha corria muito mais riscos.

-- Vamos dizer que eu "aceite". O que eu ganho com isso ? Como vou saber que daqui a 5 segundos você não irá me enfiar num lugar pior que esse ? -- Anahí mantinha o olhar de ódio se dirigindo a mim

-- Você ganha sua liberdade e o alívio de se livrar de mim enquanto eu me livro de você. Acho que fica muito bom pros dois lados. -- disse a realidade dos fatos por que não havia outra.

-- Não sei Alfonso. Estou ainda um pouco doente, com medo, mal me alimento e minhas condições estão horríveis. Melhor você ir falar com seus amigos para te tirarem daqui e me deixar em paz. Sem você eu fico muito melhor. -- ela falou cheia de mágoa e rancor. e pior que não estava errada porque desde que nossos caminhos se cruzaram aconteceu de tudo. mas eu precisava reconquistar nem que fosse uma parte mínina da confiança dela

-- Faremos assim então : eu solto você durante o dia para que não fique presa nessa sala e toda vez que um dos bandidos voltarem você volta aqui para dentro outra vez. A noite faremos algum plano baseado nas coisas que acharmos aqui. Deve ter algo nesse lugar esquecido por aí que possamos usar a fim de abrir buraco, explodir paredes ou algo parecido. -- disse e ela pareceu concordar. num lugar tão grande alguém deve ter deixado algo para trás que poderia ser usado como fuga.

Anahí suspirou e novamente disse.

-- Tá bem então. Vou "confiar" em você por 2 dias. Se nesse tempo conseguirmos sair daqui penso em te perdoar, caso contrário quero ficar o resto da vida sem saber nada sobre você. Nem minha amizade te darei. -- falou me olhando de forma séria e bem decidida.

Concordei com ela e logo soltei suas mãos e pés, aos quais ela mexeu bastante a fim de sentir as articulações outra vez. Fizemos um pacto provisório que eu esperava conseguir cumprir. Minha intenção era apenas ajudar meus amigos, os quais pelo visto acabaram saindo e eu fiquei nessa confusão toda. O mínimo que poderia fazer era amenizar a situação de nós dois e nos livrar logo disso. Algo me dizia que no final acabaria agradecendo por isso tudo. "A males que vem para o bem", como dizia o ditado. Pelo menos para mim, não sei se Anahí pensava assim.