Fanfic: Refém De Um Amor AyA [ Cancelada ] | Tema: AyA | Ponny

Capítulo 21 -  O Reencontro de Anahí Com Sua Família (Parte 1) *

* Esse e o próximo capítulos serão narrados por Anahí.

Anahí

Ao deixar Alfonso, após o beijo que demos, me deixou com várias sensações entranhas inclusive a de imaginar que pudesse ter me encantado por ele novamente. Durante os dias que fiquei naquele galpão, cheguei a pensar que nunca mais confiaria nele outra vez. Tudo que me fez passar, a forma carinhosa como me tratou nos 2 únicos encontros que tivemos, havia me deixado uma boa impressão dele. Porém após o sequestro, as coisas que ouvi e vi lá, me fizeram criar uma armadura e nunca mais querer olhar para ele. Apenas depois de ter me dado os remédios, quando fiquei doente, e me ajudado a sair de lá sem me criar mais nenhum mal é que minha mente voltou a ficar confusa.

Teria de escutar as broncas de meus pais, o alívio por verem outra vez e encarar o fato de entregar todos a polícia incluindo Alfonso. Esse seria um que não teria piedade por parte de ninguém. Mesmo assim estava com saudades de casa. Passar tanto tempo longe era horrível, pois estava sempre ligada a meus pais e minha irmã.

Dei o endereço a Alfonso da casa de meus pais, depois seguiria para a minha caso alguém deixasse. Provavelmente me pediriam para passar a noite por lá mesmo. Fui pelo jardim de entrada e não tinha ninguém ali. Quando pensei em tocar a campahia, uma das empregadas, Dona Isabel,uma senhora muito boa que trabalhava para nós desde minha adolescência, abriu a porta como se tivesse adivinhado que eu estaria ali. Levou alguns segundos em estado de choque como se acabasse de ver um fantasma. Saiu de seu transe me abraçando bem apertado, como a uma mãe que acaba de rever o filho após longos anos.

-- Menina ! Você voltou ! Você voltou ! -- disse D. Isabel emocionada me abraçando fortemente. Seus pequenos olhos castanhos já estavam as lágrimas. Me olhou da cabeça aos pés e notou minha magreza. -- Está tão magrinha menina. Entre que vou avisar seus pais e sua irmã e lhe fazer um lanche reforçado. Esses dias foram de pura angústia com sua ausência. Se sente ali no sofá que logo eles vem aqui te ver. -- Dona Isabel me fez sentar no sofá da sala e correu para avisar meus pais e minha irmã, a pequena Robin de apenas 7 anos. Meu maior xodó.

Não permaneci mais do que 5 minutos olhando a grande sala e todo o resto da casa que tanta falta me fez. A primeira a aparecer correndo foi Robin. Minha pequena irmã pulou em meus braços chorando. Partiu meu coração a ter deixado tão chateada e triste com minha ausência mas fugiu de meu controle. Abraçei minha pequena bem forte a acalmando e toda hora olhava bem para ela vendo como havia crescido.

-- Tá tudo bem meu amor. Sua maninha está aqui. -- falei baixinho apenas para ela ouvir e minha pequena me olhou tristinha.

-- Porque os homens mal te levaram ? -- Robin me perguntou passando as pequenas mãos no rostinho na tentativa de secar as lágrimas que não paravam de cair.

-- Não sei meu amorzinho, mas a maninha vai descobrir viu ? Fique tranquila. -- a abracei novamente e aos poucos ela foi parando de chorar. -- Cadê o sorriso lindo pra sua maninha ? -- falei apertando levemente o nariz dela. Robin abriu um sorrisinho e eu fiz cosquinhas nela e a doce risada infantil invadiu meu ser como um alívio de que tudo ficaria bem.

Logo ouvimos o grito de minha mãe e a mesma aparecendo na sala com as mãos na boca de espanto, seguida por meu pai igualmente espantado. Os dois ficaram parados me olhando emocionados. Fui ao encontro deles pegando Robin no colo e nós todos nos abraçamos juntos. Fui as lágrimas junto com meus pais e até Robin voltou a chorar também. Como senti falta deles. Lhes devia várias explicações. Mal sabia por onde começar a contar esse 1 mês horrível que passei refém de bandidos e de um amor impossível.