Fanfic: Refém De Um Amor AyA [ Cancelada ] | Tema: AyA | Ponny

Capítulo 22 -  O Reencontro de Anahí Com Sua Família (Parte 2)*

*Último capítulo narrado por Anahí

Anahí

Foram tantas emoções que mal poderia acreditar que estava em casa outra vez. Rever meus pais e minha irmãzinha era a melhor coisa de toda a minha vida. Me senti uma adolescente que fugiu de casa e foi levada de volta ao aconchego do lar. A primeira coisa que minha mãe notou, assim como Dona Isabel, foi a minha magreza. A todo momento me olhava com olhar atento maternal e comentava com meu pai e o mesmo concordava. Pediram para trazerem várias coisas para comermos todos juntos. Um grande banquete que a 1 mês eu não via e agradeci mentalmente por ser tão abençoada, pois no cativeiro até a menor coisa fazia falta. Comida por lá era raro. Só lembro de ter visto poucas vezes e mesmo após Alfonso conseguir nos tirar de lá, me alimentar foi o que menos fiz.

Meus pais se sentaram na grande mesa bem a frente de mim e Robin, que inquieta na cadeira de tanta felicidade por meu regresso, acabou em meu colo. Como senti falta das travessuras dela. A conversa fluiu para outros assuntos devido a presença de minha irmã ali mas sabia que assim que ficasse sozinha com meus pais o assunto seria super sério.

-- Você andou doente minha filha ? -- perguntou minha mãe observando como meu rosto e braços estavam mais finos

-- Um pouco mas já passou. -- respondi comendo o segundo pedaço de um bolo delicioso que Dona Isabel sempre fazia

-- Não pode fazer isso maninha. Faz mal. -- Robin disse me olhando séria chamando minha atenção. Assenti a ela dando um beijinho em sua cabeça.

-- Pode deixar minha pequena. Não vou fazer mais. -- falei a ela e a mesma sorriu voltando a comer seu sorvete que foi liberado aquela hora apenas por ser uma ocasião especial

Se passou mais 1 hora e Robin caiu no sono em meu colo. Pedi aos meus pais para eu mesma a deixar na cama e logo voltaria para conversarmos melhor. Fui com Robin em meu colo completamente adormecida e a deitei no quartinho dela. Finalmente estava de volta. Até olhar minha pequena dormindo havia me dado saudades. Dei um beijinho na cabeça dela e saí fechando a porta ou ficaria ali velando seu sono e chorando de saudade.

Quando retornei a sala percebi que havia interrompido a conversa que meus pais estavam tendo um com o outro. Não precisei se muito tempo para entender que se tratava da minha ausência ou melhor de meu sequestro. Me sentei novamente no sofá e eles dois ao meu lado.

-- Agora nos conte tudo Anny. Da onde e porque você sumiu. A polícia veio aqui diversas vezes e nossas esperanças estavam se esgotando. -- Minha mãe disse e meu pai com o olhar já demonstou que seu interesse por saber aquela informação também era de seu interesse.

-- Nos conte tudo filha. Tente não deixar escapar nenhum detalhe. Teria pagado o resgate se não fosse a notícia de sua fuga do tal lugar. Preciso saber o que houve. -- meu pai disse e se calou para que eu pudesse começar a contar tudo.

"Naquela tarde de Domingo, resolvi caminhar um pouco no parque aqui perto como havia dito a vocês.
Saí tranquila e ao chegar no parque ele estava bem vazio devido ao dia. Me lembro apenas de ter começado
uma pequena corrida. Logo um homem alto, de olhos escuros, veio em minha direção. Queria saber onde ficava
alguma rua. Mal começei a lembrar da tal rua, quando senti um pano sendo forçado em meu nariz. Algum cheiro
de alcóon, me fazendo desmaiar em seguida.

Ao acordar estava numa pequena sala. Não tinha nada além de velho colchão no chão. Ouvia vozes mas não sabia
se eram de homens ou mulheres e nem quantas pessoas poderiam haver ali. Logo visualizei um deles. Viu que eu
tinha acordado e avisou aos outros. O resto do dia passei totalmente perdida. Não sabia quando era dia ou
noite. Até que fiquei com muita febre, mal conseguindo manter os olhos abertos. Foi horrível.

(Nessa hora minha mãe ficou com uma expressão de total pânico e meu pai precisou acalmá-la um pouco, antes que eu pudesse continuar contando.)

Lembro apenas de ver 2 homens que nunca havia visto na vida. Um deles me levava um pouco de comida e água, que eu calculei acontecer durante o dia e o outro mais no fim da tarde. Acho que algum deles, deve ter ficado com medo de me deixar doente ali e me levou remédios durante o que me pareceu, 1 semana mais ou menos.

(Meu pai arregalou os olhos e fiquei na dúvida do que ele havia pensado da atitude de Alfonso. Não falaria que era ele pois o problema seria pior. Tinha tudo para o entregar mas me deu muito medo.)

Então consegui fugir e vim parar aqui."

Terminei de falar vendo meus pais com expressões vagas. Omiti vários trechos, inclusive de contar que quem me ajudou a fugir foi Alfonso.

Um silêncio baixou entre nós três até meu pai começar a dizer.

-- Como você conseguiu fugir ? Ninguém a viu ? Soube que um deles fugiu também. -- meu pai perguntou e outra vez tive de omitir boa parte da história

-- Na pequena sala tinha uma janela que eu logo percebi ser baixa. Pois o lugar tinha um andar só. Então consegui subir e fugi pelos fundos. Devem ter dado por minha falta algum tempo depois. -- respondi da forma mais simples possível. percebi que os dois ficaram relativamente satisfeitos com a explicação

-- Agora temos de cuidar da sua segurança. Esses bandidos podem voltar e tentar te fazer mal outra vez. Você ficará aqui conosco pelo menos essa semana filha. -- minha mãe disse e eu concordei. -- Irá contratar quantos seguranças a mais, José ? -- ela perguntou a meu pai.

-- Mais uns 3. Esses acompanharão Anahí em qualquer lugar fora de casa. E os outros 3 ficam aqui dentro mesmo. -- meu pai respondeu e percebi que ele já estava com tudo planejado.

Logo eu subi ao meu quarto, mantido aqui pois estava sempre com eles, tomei um banho decente me sentido muito mais leve. Enquanto me arrumava, me preocupei com a situação de Alfonso. Com toda certeza o pai dele não acharia nenhum pouco divertido, o filho metido nessas coisas. Deitei pensando como ele poderia estar agora. Adormeci sem perceber. Meus sonhos foram para todos os lugares e insistiram em parar num certo par de olhos verdes.