Fanfics Brasil - É só um drink. A Ordem do Prazer

Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time


Capítulo: É só um drink.

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Nem preciso dizer o quão difícil foi dormir. Flashes daquele beijo me atormentavam cada vez que o sono tentava me invadir. O beijo de Emma foi muito melhor do que eu poderia imaginar. O gosto esplêndido dos seus lábios impregnaram em mim de forma arrebatadora e isso me assustou. Eu não sabia como ia ser depois do que aconteceu, mas com certeza o clima entre a gente ia ficar muito tenso.


Não sei que horas exatamente consegui dormir, os pensamentos não deixavam, mas com toda certeza já era altas horas da madrugada.


 


                   ~~~~AODP~~~~


 


Acordei sentindo o peso da noite mal dormida. Fui abrindo os olhos lentamente até ver aquela figura ilustre sentada na poltrona em frente a minha cama me observando. O susto foi eminente. Automaticamente levei minhas mãos aos cabelos tentando ajeita-los.


Emma me olhava com uma expressão tranquila. Vestia uma calça jeans azul clara, um suéter branco e nos pés um vans cinza. Seu cabelo estava preso em um 'rabo de cavalo' alto. Mais uma vez aquela aparência despojada que ficava tão bem nela.


– Precisa de alguma coisa, Sra. Swan? – perguntei com a voz ainda embargada pelo sono. Emma sorriu com o meu estado, só então percebi que eu estava apenas de sutiã branco e um shortinho de seda preto. Fiquei um tanto envergonhada com isso, então rapidamente me cobri com o cobertor.


– Não, problema algum. – disse fazendo círculos imaginários com o indicador no encosto da poltrona. – A senhorita acordou tarde hoje. Dormiu mal? – percebi o tom de ironia na sua voz. Droga! Por que Emma tinha que ser tão convencida?


Peguei meu celular no criado-mudo e vi que já eram 1h15 da tarde. Logo notei que eu realmente deveria ter ido dormir muito tarde na noite passada. Aliviei-me ao lembrar que não tinhamos nenhum compromisso para aquele horário, ou melhor, naquele dia. – Vista-se, iremos sair. – Swan disse se levantando.


– Alguma reunião de última hora? – perguntei já saindo da cama com pressa.


– Não. É apenas um passeio. Irei lhe levar no meu lugar preferido aqui em Roma. – foi em direção a porta do quarto abrindo-a. – Seja rápida. – saiu me deixando pensativa.


Então ao contrário do que eu pensava eu iria conhecer um pouco de Roma. Seria um passeio com Emma Swan... Isso não era bom. Ou era, não sabia mais o que eu achava.


Tomei um banho rápido e vesti uma calça jeans cinza, uma camisa pólo lilás e meu amando all star azul. Deixei meu cabelo solto e peguei meus óculos escuro.


 


                               ~x~


 


– Aonde vamos? – perguntei já no carro sentada no banco do passageiro ao lado de Emma que iria dirigido o Cadillac CTS. Seria só nós duas e isso me deixava apreensiva.


– Vamos primeiro ao morro Palatino. – falou dando a partida no carro, logo já estávamos em meio ao trânsito nas ruas de Roma.


Assim que chegamos fiquei encantada com o local. A paisagem com direito a vista de boa parte daquela arquitetura magnífica da cidade. Eu estava extasiada com a beleza daquela vista.


Emma contemplava a paisagem ao meu lado. Dava para entender o motivo daquele ponto turístico ser o seu preferido. Era um lugar simplesmente esplêndido.


– Dizem que foi no aqui que Roma começou a ser construída. Os palácios dos Césares também ficavam nesse local, o que significa que você está pisando onde pessoas como Tibério, Calígula e César Augusto viviam. – falou olhando-me com um sorriso encantador no rosto.


– Uau! – falei. – esse lugar é realmente magnífico, Sra. Swan. – conclui ainda encantada pelo local.


Ficamos por mais um tempo alí, aquele passeio estava ótimo mesmo tendo toda aquela tensão entre eu e minha chefe.


Depois do Palatino, fomos para a Biblioteca Casanatense. Era biblioteca antiga criada por volta do século XVIII, fiquei totalmente encantada com a beleza do lugar. Fui direto para a sessão de poemas e poesias enquanto Emma falava alguma coisa com a bibliotecária.


Sempre fui apaixonada por literatura. Desde minha infância sempre costumava ir a bibliotecas e voltar pra casa com livros e mais livros de poemas.


– Gosta de poemas, Srta. Mills? – assustei-me com a voz de Emma atrás de mim. Virei-me rapidamente encarando-a.


– Muito. – falei.


– Também sou grande admiradora dessa literatura. – disse sorrindo. – Recite um poema para mim. – pediu e automaticamente fiquei nervosa. – Anda, Regi. Não precisa se envergonhar. – isso só fez com que meu nervosismo crescesse. Engoli a seco e resolvi recitar um dos meus preferidos.


– Leia-me a prece, Musa, e em voz alta
No cimo do Nevis, velado na névoa!
Miro os abismos, e uma mortalha
De vapor os encobre - tal qual
O conhecimento do homem sobre o inferno; ergo os olhos
E vejo a soturna neblina - tal qual,
Tão vago quanto o conhecimento do homem sobre si mesmo!
Aqui estão as pedras ásperas sob meus pés -
E tudo o que sei, eu, um pobre e tolo elfo,
É que piso sobre elas - tudo o que meus olhos veem
É neblina e rochas, não apenas nestas alturas,
Mas no mundo do pensamento e poder mental! – recitei ainda nervosa mas aos poucos ia me acalmando conforme as palavras iam saindo de minha boca.


– John Keats. Vejo que gosta de literatura inglesa. – falou Emma com um certo brilho nos olhos. Resolvi criar um pouco de coragem e falei:


– E a Sra, que poema recitaria para mim? – perguntei já ficando corada.


Vi na expressão de Emma que ela estava pensando. Depois de alguns segundos finalmente ela recitou.


– Ela era um Espírito da alegria
Quando a vi no primeiro dia;
Bela Aparição brilhante
Enviada ao encanto do instante;
Seus olhos, como o Crepúsculo sereno;
Como o Crepúsculo, seu cabelo moreno;
E tudo mais que a envolvia
À Aurora e à Primavera pertencia;
Forma dançante, imagem a alegrar?
A surpreender, assolar e assombrar.
Olhei-a de perto, lá estava ela,
Um Espírito, mas também uma Donzela!
Seu movimento leve, solto e frugal,
E passos da liberdade virginal;
No semblante se encontraram as nuanças
Das doces promessas e doces lembranças;
Criatura nem brilhante ou boa demais
Para os afazeres cotidianos e normais,
Ou a sofrer passageiro e simples desejos,
Louvor, culpa, amor, lágrimas, sorrisos e beijos.
Com os olhos tranquilos posso contemplar
Desta máquina o verdadeiro pulsar;
Um ser que, pensativo, respira forte;
Um Viajante, em meio à vida e à morte;
A razão firme, a vontade temperada,
Uma perfeita Mulher soberbamente forjada;
Paciência, visão, habilidade e poder,
Para alertar, confortar e reger;
E ainda um Espírito com fulgor magistral,
Com algo da luz angelical. – recitou majestosamente. Fiquei encantada pela escolha de Emma e acabei subentendendo o por quê daquela escolha.


– William Wordsworth! – falei animada por amar o poeta.


Emma sorriu. Um sorriso tão lindo que me hipnotizou. Aos poucos nossos rostos foram se aproximando, resolvi me deixar levar pelo momento e apenas fechei os olhos esperando o que já sabia que aconteceria e eu tanto queria. E então senti finalmente os lábios de Emma sobre os meus.


O beijo começou de forma lenta, apenas um roçar de lábios. Senti as mãos dela segurando minha cintura aproximando nossos corpos. Levei minhas mãos a sua nuca puxando-a para aprofundar o beijo. Então nossas línguas se encontraram causando-me as mais variadas e melhores sensações.


O beijo de Emma me enfeitiçava de forma inimaginável. Seu gosto era o melhor que eu já havia provado.


O ar se fez necessário e tivemos que separar nossos lábios. Ficamos com as testas coladas, nossas respirações ofegantes se misturavam. Vi um sorriso singelo brotar no rosto de Emma, então também me permiti sorrir.


– Eu senti falta dos seus lábios. – falou deixando-me derretida. Logo depois me deu um selinho demorado e se afastou um pouco. – Ainda quero te levar a mais um lugar hoje. – revelou.


Emma me levou até a Piazza della Republica, uma praça lindíssima onde se concentra a Basílica de Santa Maria dos Anjos. Já era noite e isso deixava o lugar ainda mais belo. A basílica estava toda iluminada, assim como a enorme fonte centralizada na praça.


Ficamos caminhando em silêncio pelo local, admirando-o. Não sei quanto tempo ficamos lá, mas com certeza passamos mais de uma hora na praça para depois voltarmos para o hotel que estávamos hospedadas.


 


                               ~x~


 


– Gostou do passeio? – Emma perguntou. Estávamos em frente a porta do meu quarto. Apenas assenti. Eu havia adorado aquele passeio! – Vamos para a minha suíte beber algo. – pediu.


– Acho que não seria adequado, Sra. Swan. – resisti sabendo que não seria uma boa ideia.


– Eu não vou fazer nada que você não queira, Regi. É só um drink. Vamos? – resolvi aceitar. Eu sentia que isso não ia acabar bem, mas não custava se arriscar um pouco. Afinal, era apenas uma bebida, não era?


Sentei no sofá de couro preto na suíte da minha chefe. Eu estava nervosa, muito nervosa.


– O que quer beber? – perguntou abrindo o frigobar e tirando uma cerveja para ela.


– Uma cerveja também. – falei. Ela pegou outra, abriu ambas e me entregou uma das garrafas.


– Então, Srta. Mills... – sentou-se ao meu lado no sofá. – Me fale sobre você.


– Tem alguma coisa que a Sra ainda não saiba sobre mim? – perguntei um pouco tensa com sua curiosidade.


– Quero saber tudo sobre você, Regina. Seus gostos, hobbys. Por exemplo, me fale o motivo de ter escolhido seguir a carreira de oncóloga. – pediu.


– Ah, é... Eu sempre amei medicina, optei pela oncologia por conta do meu avô que morreu por causa de um tumor no sistema nervoso cerebral. Isso me fez ter a vontade de poder ajudar pessoas que também sofrem com isso e tudo que abrange a área. – respondi sentindo-me triste por lembrar do meu avô.


– É um motivo muito nobre. – levou a mão direita ao meu rosto, acariciando-o, logo depois puxou-me para um beijo, lento a princípio, mas que depois se tornou mais exigente e cheio de desejo. Eu sabia como aquilo acabaria, sabia e queria mais do que tudo. Mas minha consciência alertava-me de que aquilo era um erro. Cessei o beijo tentando recuperar o fôlego.


– Emma, eu... – ela colocou indicador sobre meus lábios impedindo-me de continuar.


– Shh.. – selou meus lábios demoradamente. – Eu quero você, Regi. – droga! Como eu iria resistir àquilo? Emma beijou meu maxilar descendo com os lábios até meu pescoço e se demorando ali entre mordidas e beijos. Eu já ofegava. – Se entregue. – pediu com uma rouquidão na voz que fez todas as minhas defesas caírem por terra. Eu já estava entregue, irrevogavelmente entregue.



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Autor(a): swen

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Emma voltou a beijar minha boca, dessa vez de forma mais voraz. Levou suas mãos ao meu rosto puxando-me para aprofundar cada vez mais o beijo. Eu não tinha mais controle sobre mim, estava a mercê daquela mulher que eu tanto desejava. Isso me assustava e ao mesmo tempo era esplêndido. Swan parou o beijo e levantou-se do sofá estendendo a m&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • shinigami Postado em 21/04/2016 - 14:27:09

    oque será que a Emma está aprontando??? Agora fiquei curiosa

  • shinigami Postado em 01/03/2016 - 14:29:06

    oi sua fanfic é muito boa posta mais vai! eu nunca comentei aq nesse site, mas eu tinha q comentar dessa vez. Gostei muito da sua fic parabéns gostei muito dela mesmo. Posta mais vai, to adorando a história

  • vondyjemilaliter Postado em 05/12/2015 - 22:31:08

    oi bom eu estou me atualizando na sua fanfic porque tem muitos capítulos rs,mas eu gostei idéia da história continua postando eu vou acompanhar posta mais!!


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