Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

Dois dias se passaram e já era nosso último dia na Itália. Fui despertando aos poucos sentindo os braços de Emma me envolvendo. Eu estava deitada sobre seu peito, nossas pernas entrelaçadas. Estávamos completamente nuas, apenas um fino cobertor nos cobria. Olhei ao redor e vi nossas roupas espalhadas pelo quarto. Flashes da noite anterior vieram em minha mente, então sorri ao lembrar. Swan era uma mulher insaciável, quente, extremamente quente e muito boa no que fazia. Eu gostava disso, gostava até mais do que deveria e isso me preocupava.

Afugentei tais pensamentos rapidamente e fui me desfazendo do abraço de Emma com cuidado para não acordá-la. Vesti minha roupa e coloquei as de Swan em cima da mesinha. Ela dormia como um anjo, nem parecia aquela minha chefe imponente.

Tínhamos combinado de sair para jantar à noite. Antes disso Emma iria ao prédio onde seria instalado a filial do Empire Swan's Hospital, felizmente eu não precisaria estar presente, então iria tirar a tarde para descansar e ler. A algumas noites que durmo muito pouco, estava precisando repor pelo menos uma parte do meu sono. Claro que os motivos para eu não dormir eram muito bons, bons até demais, mas ninguém é de ferro.

Desci para o restaurante do hotel e tomei um café da manhã reforçado, depois passei um tempo admirando a paisagem que o hotel oferecia por um bom tempo. Por fim, fui ao meu quarto e tomei um banho demorado, vesti um shortinho de seda, uma regata folgada e deitei na cama. Assim seria a minha tarde.

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Acordei assustada com toque do meu celular, o livro que eu estava lendo estava jogado ao meu lado na cama, olhei para a varanda do quarto e percebi que já era noite. Droga! Rezei para  que eu não tivesse acordado tarde demais.

Peguei o celular e vi ser uma chamada de Emma, logo atendi receosa.

– Emma, desc...

– Na saída do hotel em meia hora, Srta. Mills! Não se atrase. – me interrompeu e logo desligou.

Pulei da cama e fui me arrumar correndo. Eu só tinha meia hora apenas, teria que correr, literalmente.

Vesti um vestido azul escuro de saia um pouco acima dos joelhos, colada ao corpo e mangas curtas. O decote era generoso mas nada tão exagerado. Calcei um Scarpin preto, fiz uma maquiagem marcante com o meu, agora inseparável, batom vermelho e deixei meus cabelos soltos.

Cheguei na saída do hotel já em cima da hora. Emma me esperava encostada ao carro, ela estava deslumbrante em um terninho branco fechado e uma calça de linho preta. Calçava um salto meia pata cinza escuro fechado, seus cabelos estavam soltos e usava uma maquiagem leve.

Por um momento fiquei apenas admirando-a, até que ela se aproximou de mim, depositando um beijo casto em meus lábios.

– Você está linda, Regi. – falou olhando-me da cabeça aos pés. – Vamos? – chamou. Assenti e ela me guiou até o carro, abrindo a porta do passageiro como uma perfeita cavalheira. Quando me acomodei no carro, Emma deu a volta se posicionou no lugar do motorista, mas uma vez, seriamos só nós duas.

Emma me levou para o restaurante Aroma, que fica em cima do hotel Palazzo Manfredi com uma vista incrível do Coliseu. As mesas ficavam no terraço que é coberto por painéis de vidro que, conforme a temperatura, abriam-se. O restaurante tinha um clima todo romântico e peculiar e eu realmente amei a escolha da minha chefe.

Emma fez nossos pedidos porque eu não fazia a mínima de como se pronunciava os nomes daqueles pratos e pediu o melhor vinho da casa. Começamos o jantar de início em silêncio, até que finalmente Swan se pronunciou.

– Então, Regi. Agora você pode me contar tudo sobre você? – perguntou sorrindo.

– O que você quer saber sobre mim, Emma? – questionei sem entender aquela curiosidade insistente.

– Sua vida, Srta. Mills. Me conte sobre sua vida. – falou simplesmente. Pensei um pouco no que eu falaria, então resolvi resumir.

– Bom, eu morava com meus pais em Boston desde que nasci, a quatro meses me mudei 'pra Vancouver porque a quatro anos atrás alguns amigos meus tinham ido morar lá por causa de uma bolsa de estudos que  tinham ganhado na faculdade que estudamos atualmente, então transferi meu curso 'pra lá, também porque já estava na hora de sair da casa dos meus pais, e nada melhor que morar perto dos amigos. – falei.

– Seus pais, em que trabalham? – perguntou.

– Meu pai é empresário e minha mãe advogada. – respondi tomando um gole do vinho. Emma só havia tomado meia taça pois iria dirigir.

– Então a Srta está muito bem de vida, financeiramente falando. – falou com um sorriso brincalhão.

– Eu sempre preferi me sustentar sozinha, Sra.Swan. desde os meus 18 anos. Apesar de ter morado com meus pais até os 23, todas as coisas que possuo foram pagas por mim. – expliquei.

– Muito independente, Srta. Mills. Gosto disso. – disse olhando em meus olhos com um sorriso lindo.

– Agora é a vez da Sra, conte-me também sobre sua vida. – falei divertida.

– Meus país eram os donos hospital, eles sempre foram muito apegados aos filhos, principalmente minha mãe, Mary. Por isso só sai de casa depois que me casei. Antes disso fiz curso de medicina e administração, herdando assim 80% das ações do hospital. Os outros 20% foram divididos entre meus dois irmãos, Graham e Elsa, pois decidiram seguir carreiras diferentes. O Graham é dono de uma empresa de turismo e Elsa é promotora. Quem sabe futuramente lhe apresento a minha família, tenho certeza que minha mãe irá adorar lhe conhecer. – disse calmamente. Engasguei assim que ouvi aquilo, por sorte, não estava com nada na boca.

– O que? Você só pode estar brincando,  Sra. Swan! – disse um pouco nervosa.

– Se acalme, Srta. Mills. – tentou conter o riso. – Eu não vejo problema algum em apresentar minha Assistente Pessoal a minha família. – respirei mais aliviada. – Mas me diga, o que mais quer saber sobre mim?

– A quantos anos a senhora é casada? – fui bem direta. Emma me olhou arqueando a sobrancelha direita. Continuei olhando-a firme, mostrando que realmente queria saber aquilo.

– 2 anos e meio, Srta. Mills. Mas não quero falar sobre isso agora, vamos mudar de assunto, okay? – pediu.

Continuamos o jantar em meio a uma conversa agradável. Swan sabia me envolver bem e me contou mais algumas coisas sobre sua vida, assim como eu contei sobre a minha.

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Voltamos ao hotel e avisei a Emma que iria apenas trocar de roupa, depois iria para a suíte dela.

Entrei em meu quarto e fui logo me despindo, ficando apenas de lingerie. Sentei em minha cama e me permiti pensar um pouco sobre tudo que estava acontecendo. Era nossa última noite em Roma, assim como também era nossa última noite juntas, pois eu sabia que quando voltássemos para o Canadá tudo seria diferente e isso doía em mim. Eu tinha me permitido viver essa aventura com Emma,  e de todas as loucuras que eu já havia feito na minha vida, essa era a pior delas. Porque por mais que eu dissesse para mim mesma um milhão de vezes que aquilo era só atração física, eu sabia que não era. Sabia que era bem mais que isso. Eu estava me apaixonando por Emma Swan.

Me encostei à cabeceira da cama e permiti que as lágrimas me invadissem. Por longos minutos apenas chorei em silêncio deixando que as lágrimas caíssem levando junto a dor que eu sentia naquele momento. Como eu pude ser tão idiota de me entregar daquele jeito? Mas não adiantava eu me culpar com aquilo porque eu já estava entregue desde o primeira vez que nossos olhos se cruzaram no hall do hospital.

Escutei a porta do meu quarto se abrindo, eu sabia que era ela. Eu tinha dito que não demoraria, no entanto já estava aqui a vários minutos. Fechei os olhos não querendo encará-la, não iria esconder minhas lágrimas, não adiantaria, ela só não precisava saber o motivo delas.

– Regi, voc... – parou subitamente, de certo havia notado meu estado. Foi então que abri os olhos novamente. – Porque você 'ta chorando, Regi? – eu vi preocupação em seus olhos, ela ia se aproximar de mim mas fiz um sinal com a mão para que ela não fizesse isso, aquilo só pioraria as coisas. – Eu te fiz alguma coisa? Me fala por que você 'ta chorando, Regi. Isso já ta me preocupando! – vi em sua expressão que ela realmente estava preocupada. Mas eu não podia falar, não iria deixar as coisas piores do que já estavam.

Minhas lágrimas começaram a cair com mais insistência, foi então que Swan se aproximou abraçando-me de lado. Mesmo eu resistindo ao seu toque, ela era mais forte que eu então seria em vão. Deitei minha cabeça em seu peito e chorei tudo que eu precisava. Emma apenas ficou lá comigo até eu me acalmar.

– Vamos para o meu quarto. – pediu enquanto depositava suaves beijos em minha nuca.

– Sem sexo? – perguntei, pois sabia que me entregar novamente seria mais um erro.

– Não foi o que eu falei. – claro, só eu mesma para achar que Emma não ia querer sexo. – Mas deixe eu cuidar de você, Regi. Não me negue isso. – sua voz suave me acalmou. Era nossa última noite, Emma queria cuidar de mim, por que não deixar?

Fomos para o seu quarto e tomamos um banho na banheira de hidromassagem. Foi um banho sem malícia alguma, apenas relaxamos por uns bons minutos. Quando saimos da banheira vestimos robes de cetim pretos, deitamos na cama e fomos assistir um filme qualquer.

Quando o filme acabou Emma desligou a TV e ficou me olhando. Em seu olhar havia desejo, mas não era só isso. Eu não conseguia decifrar o que aquele olhar estava me dizendo, mas parecia ser algo bom. Ficamos um bom tempo assim, viradas uma para outra presas por nossos olhares. Até que finalmente ela me beijou. Um beijo diferente de todos os outros, era apaixonado, cheio desejo. Ao poucos o beijo foi se desfazendo. Emma levou sua mão esquerda e acariciou meu rosto, fechei os olhos com tal ato. Ela se posicionou sobre mim e voltou a me beijar daquela forma apaixonante.

– Deixa eu te dar uma noite inteira de prazer. – pediu sussurrando em meu ouvido. Meu corpo inteiro se arrepiou com aquele pedido. – Vai ser diferente, eu prometo.

– Diferente como? – perguntei, de qualquer forma eu já estava entregue.

– Confie em mim. – falou e voltou a me beijar devagar, sua mão esquerda foi ao meu rosto e a direita a minha cintura.

Desceu os beijos para meu maxilar, depois para meu pescoço enquanto se livrava dos nossos robes. Quando nossos corpos ficaram totalmente livres, seus beijos desceram para meus seios, primeiro o direito, depois o esquerdo. Ela os beijava, mordia, circulava com a língua. Tudo de forma lenta. Suas mãos viajavam por todo meu corpo como se quisesse decorar cada parte de mim. Seus lábios trilharam o caminho até minha barriga, ela beijava cada cantinho do meu abdômen, eu já tinha ideia do que ela iria fazer, e ansiava desesperadamente por isso. Delicadamente Emma abriu mais minhas pernas e rodeou minhas coxas com os braços. Beijou a parte interna da minha coxa, aquilo parecia uma tortura, mas era a melhor das torturas, seus beijos foram descendo até chegar finalmente onde eu queria.

Emma passou a língua por toda extensão do meu sexo fazendo-me soltar um gemido manhoso, logo depois sua língua começou a rodear meu clitóris lentamente, ela fazia tudo devagar e eu realmente percebi que aquilo era diferente, eu sentia pela primeira vez que aquilo não era só sexo, eu me senti amada.

Os movimentos de sua língua aos poucos iam se tornando rápidos, eu gemia sem pudor e percebia que aquilo incentivava Emma. Ela começou a sugar meu pontinho de prazer enquanto apertava minhas coxas com vontade. Eu gemia descontroladamente, sentir seus lábios, sua língua em meu sexo, era demasiadamente delicioso. Emma não parava em nem um momento o que fazia e eu já estava no meu limite, então me entreguei de uma vez ao êxtase. Minha cabeça afundou no travesseiro, meu corpo inteiro convulsionava. Swan sugou cada gota no meu orgasmo para então voltar a me beijar e sentir meu gosto em sua boca era extremamente excitante.

Enquanto nos beijavamos, Emma deslizava toda a extensão do seu membro rijo sobre meu sexo que já dava sinais de excitação. Era incrível como mesmo depois de um orgasmo alucinante, ela conseguia me fazer desejá-la novamente.

Quando cessamos o beijo, Emma continuava a se movimentar sobre mim, gemiamos baixinho presas pelo nosso olhar.

– P-porque diferente? – perguntei.

– Eu não sei, realmente não sei... Hum.. – fechou os olhos jogando a cabeça para trás. –  Eu sou louca por você, Regi! – mordeu meu lábio inferior e entrelaçou nossas mãos acima da minha cabeça. – Olhe para mim, olhe em meus olhos o tempo inteiro. – pediu e então me penetrou lentamente.

Emma se movimentava vagarosamente dentro de mim, era muito gostoso, e eu realmente nunca tinha sentido algo parecido. Nossos olhos não desviavam um do outro em nenhum momento. Levou suas mãos até os meus seios apertando-os mas sem usar muita força. Ela movimentava os quadris  deliciosamente, eu estava prestes a ter meu segundo orgasmo. Eu sentia Emma pulsar dentro de mim, ela também estava tão perto quanto eu.

Quando estávamos no nosso limite, Emma não conseguiu mais manter o ritmo lento que estávamos, segurou em minha cintura enquanto me estocava forte e rápido.

– Ah, Regi! – gemeu alto.

Gozamos no mesmo instante, eu sentia seu corpo inteiro tremer, assim como o meu. Aquele segundo orgasmo conseguiu ser muito mais intenso que o primeiro e eu achava isso incrível. Ela desabou ao meu lado, ofegante. Depois que nossas respirações se normalizaram, ela se virou para mim olhando em meus olhos e sorriu. Aquele olhar dizia tantas coisas... Emma me beijou novamente e me puxou para sí abraçando-me por trás, beijou minha nuca e se aconchegou em corpo. Aos poucos o sono foi me invadindo até que finalmente dormi.