Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

Pela manhã Emma me acordou aos beijos e transamos novamente antes da viagem. Mais uma vez ela foi super carinhosa comigo, e isso só piorava as coisas, pois me fazia ter mais certeza dos meus sentimentos pela minha chefe.

Passei toda a viagem dormindo, uma forma de superar meu medo de avião. Enquanto isso Swan ficou concentrada em seu notebook, trabalhando.

Quando finalmente cheguei em casa, tudo o que eu queria era minha cama. Tomei um banho rápido e fui direto dormir, dessa vez bem mais confortável. Eu precisava descansar bem, pois no outro dia voltaria para a minha rotina  normal, contando com o fato de que eu teria que repôr todo o assunto perdido da faculdade desses cinco dias que passei viajando.

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Quando acordei pela  manhã, estava mais cansada que no dia anterior. Fui para a faculdade e, como eu já imaginava, havia uma montanha de assuntos para repôr. O que piorava ainda mais minha situação era que eu não tinha mais a presença dos meus amigos na minha sala, já que eu havia mudado de turno. Eu os via muito pouco depois disso, quase nunca, e isso me  entristecia.

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Depois de uma manhã cansativa, cheguei ao hospital. Fui direto para a copa almoçar e lá encontrei Ruby e Belle, que logo vieram me abraçar calorosamente.

– Finalmente, Gina! – falou Ruby. – Tenho tantas coisa 'pra te contar. Mas antes, você vai nos contar como foram esses dias em Roma ao lado da Sra. Swan. – concluiu.

Nos acomodamos à mesa e eu contei todos os detalhes da viagem, todos os lugares que fui em Roma. Omitindo, é claro, a parte do meu envolvimento com Emma.

Depois de responder todas as perguntas das minhas amigas, foi a vez delas me contarem as novidades.

– O Gold me pediu em casamento. – falou Belle toda animada apontando o anel de noivado no dedo anelar direito.

– Ai, meu Deus, Bel! Parabéns! – disse feliz por minha amiga. Eu sabia o quanto ela amava o Dr. Gold, mesmo que eu nunca tenha ido com a cara dele.

– 'Ta, agora é a minha vez de contar minha novidade. – falou Ruby toda animada. – Adivinhe. – pediu.

– Não faço a mínima ideia. Conta logo, Ruby! – falei já curiosa

– O Graham me ligou chamando 'pra acompanhá-lo em um jantar de família na casa dos Swan. – minha boca se abriu em um perfeito "O" quando ouvi aquilo.

– Não acredito! – falei incrédula.

– É, Gina. A Ruby fisgou mesmo o irmão da Emma. – Belle brincou.

– Eu queria mesmo era a Emma, mas me conformo com o irmão gato dela. – ironizou.

Tenho que dizer que me incomodei com o que Ruby falou, mas eu nada poderia fazer, então sorri, fingindo ter achado graça com aquilo.

– E quando vai ser esse jantar? – perguntou Belle.

– Amanhã. Ele pediu meu endereço e disse que me buscaria às 19hrs em casa. – dizia tudo com um sorriso bobo-alegre no rosto.

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Depois do almoço e de muita conversa, deixamos Belle na recepção e fomos para o último andar do hospital. Ruby se acomodou em seu balcão e eu fui em direção a sala da minha chefe. Respirei fundo e entrei.

– Boa tarde, Sra. Swan. – falei formalmente, vendo Emma em sua mesa trabalhando. No mesmo momento ela ergueu os olhos e sorriu ao me ver.

– Boa tarde, Regi. – levantou-se vindo em minha direção, então gesticulei com a mão para que ela parasse onde estava.

Emma me olhou  confusa, como se pedisse uma explicação para aquilo.

– O que houve entre a gente ficou em Roma. – falei. Minhas mãos suavam, eu estava nervosa mas precisava fazer aquilo. – Foi um erro que eu não quero mais cometer. – conclui. Eu estava quebrada por dentro, as palavras doiam quando saíam da minha boca.

– Você só pode estar brincando. – riu  sem a menor graça.

– Não, Emma. Seu casamento pode até não ter importância 'pra você, mas eu sei que você não pretende acabar com ele. – minha voz estava trêmula.

– Eu já lhe expliquei a situação do meu casamento, Regina. – vi raiva em seus olhos e por um momento estremeci, mas eu não podia me abalar com aquilo.

– Não importa. – não fitei seus olhos em nenhum momento. – Eu não vou ser sua amante, Swan! – eu sentia como se meu coração estivesse sendo arrancado do meu peito. Tive que me esforçar para não deixar as lágrimas me invadirem naquele instante.

– Já é um pouco tarde para você falar isso, não acha? – ironizou, mas tudo que eu conseguia ver em suas orbes verdes era raiva, toda sua expressão estava assim, cheia de raiva e decepção.

– Não, não é! Eu já me decidi, Emma. Você não pode me obrigar a fazer algo que não quero. – falei, mas já sentindo o peso do arrependimento. Pois eu queria mais do que tudo, mas minha consciência sabia que era errado.

– É, não posso. – foi para a sua mesa e voltou a trabalhar como se nada tivesse acontecido, menos pelo fato de que era bem perceptível em sua expressão que ela estava odiando tudo aquilo.

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O dia de trabalho foi uma tensão só. Emma não olhava para mim em nenhum momento e só me dirigia a palavra quando era realmente necessário. Aquilo estava me matando por dentro, mas era preciso aguentar, talvez ajudasse para que eu esquecesse todo aquele sentimento.

Quando o turno de trabalho acabou, fui para casa e passei algumas horas tentando estudar o que faltava do assunto da faculdade para repôr. Tentei, porque foi em vão. Minha mente a todo momento só pensava em Emma e tudo que a gente viveu na Itália. Todos os momentos, principalmente nossa última noite. O seu toque, seu beijo, tudo! Fez tudo de forma tão lenta e carinhosa que isso só fez com que eu me apaixonasse ainda mais por ela. Eu não iria chorar, não dessa vez. Fechei os olhos e respirei fundo, eu precisava arrumar um jeito de esquecer tudo aquilo. Foi aí que tive uma ideia. Peguei meu celular e liguei rapidamente para Tinker. Fui guardando os livros enquanto minha amiga não atendia a  chamada.

– Gina, finalmente! Tinha esquecido a amiga aqui? – brincou ao atender

– Mas que exagerada! – falei sorrindo, Tinker não tomava jeito. – Então, liguei pra te pedir que chame a galera 'pra ir a The Roxy daqui a pouco. Vocês já saíram da faculdade, não é? – perguntei.

– Que milagre! – ouvi seu riso irônico do outro lado da linha. – Sim, já saímos. Vou ligar 'pra o pessoal, passamos aí às oito horas. – informou.

– Okay, até lá então. – encerrei a chamada. Ainda era seis e meia da noite, então fui jantar antes de ir me arrumar.

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Assim que chegamos a The Roxy, Tinker foi logo puxando Neal para a pista de dança, Killian se perdeu no meio da multidão e Robin e eu fomos para o bar.

Perdi as contas de quantos copos de whisky eu bebi. Meu amigo apenas me fazia companhia, pois ele que iria dirigir o carro para nos levar para casa, por isso não bebeu.

– Você não parece estar bem. – segurava minha mão direita enquanto falava.

– Só estou cansada, o dia foi cheio mas eu queria sair com meus amigos, então... – menti, mas ele pareceu acreditar.

Depois de alguns  minutos, Tinker veio até nós e pediu para que Robin fosse fazer companhia a Neal, pois ela queria conversar comigo. Assim que meu amigo se afastou, Tinker não perdeu tempo.

– Anda, me fala. O que aconteceu? – perguntou. – e não adianta dizer que não é nada, eu te conheço! – advertiu.

– 'Ta, eu falo. – respirei fundo criando coragem e contei a minha amiga tudo o que havia acontecido entre eu e Emma na viagem e depois dela.

Eu confiava em Tinker de olhos fechados se fosse preciso, sabia que aquele assunto morreria entre a gente.

Depois de eu ter falado tudo o que  aconteceu, ela estava com uma expressão quase que chocada.

– E depois disso ela nem olhou mais na minha cara, só falou comigo quando precisou de algo relacionado a trabalho. – suspirei frustada.

– E o que você esperava? Se sabia que não ia suportar estar nessa situação não era pra ter cedido nem na viagem. – repreendeu.

– Okay, mamãe. – briquei. – Você 'ta certa.

– Mas agora não adianta falar isso depois que você já fez. Bom, o que você decidir fazer daqui pra frente eu vou estar ao seu lado. Só tenha cuidado 'pra não se machucar mais com isso, Gina. – pediu e no mesmo momento a abracei.

Tinker era minha melhor amiga, a mais importante delas. Ela sempre sabia o que dizer no momento certo quando eu precisava. Sempre estava ao meu lado em todos os momentos, como um anjo na minha vida, até quando passamos quatro anos longe uma da outra ela sempre dava um jeito de estar presente, mesmo que não fosse fisicamente.

Depois de muita insistência tanto de Tinker quanto de Robin que apareceu assim que terminamos a conversa, fomos para a pista de dança.

Minha melhor amiga estava dançando com Neal enquanto Killian dançava com uma garota que não conhecíamos. Robin me chamou para dançar e acabei aceitando. No começo estávamos meio tímidos, mas depois nos soltamos com o passar do tempo.

Em um certo momento, pelo envolvimento da música e todo o clima que estava naquela casa noturna, Robin tentou me beijar. Eu até pensei em ceder, mas a consciência falou mais alto, eu sabia que se deixasse acontecer algo a mais entre eu e meu amigo nossa amizade não seria mais a mesma, então apenas desviei o rosto e sorri para que ele não ficasse constrangido e continuamos dançando.

Depois de termos nos divertido bastante, resolvemos ir embora. Não era tão tarde pois tanto eu quanto Tinker e Robin tinhamos que acordar cedo algumas horas depois.

Saímos da The Roxy e quando vasculhei a rua com o olhar, vi, encostada a parede do outro lado da rua, a pessoa que eu menos queria ver naquele momento. Bom, infelizmente querer não é poder, pois não pude evitar o sentimento de felidade ao vê-la olhando para mim, mesmo que não fosse o melhor dos olhares. Era Emma, ela me encarava com um certo ódio no olhar, fiquei pensando se ela teria visto o que quase aconteceu entre eu e Robin dentro da casa noturna. Droga! Por que ela tinha que sempre estar em todos os lugares? Senti a mão da Tinker apertando a minha me passando confiança.

– Calma, ela não se atreveria a fazer nada aqui. – falou sussurrando.

Alguns segundo depois Swan foi em direção de um dos carros que, pelo nervosismo nem prestei atenção qual era, entrou no mesmo e saiu a toda velocidade.