Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

Puta merda! Eu estava cara a cara com a esposa de Emma. Ou melhor, a esposa de Emma estava cara a cara com a amante da sua própria mulher. Eu não sabia qual era a pior forma de pensar.

– O prazer é meu. – falei com um falso sorriso, afastando-me um pouco da mesa da minha chefe.

– Emma fala muito bem de você. – revelou calmamente. Fiquei um tanto sem reação ao ouvir aquilo. Por sorte (ou não), Emma entrou na sala naquele momento. Seu olhar intercalou entre Lily e eu parando por fim em sua esposa.

– Lily, que surpresa. – sorriu. – O que veio fazer aqui? – olhou em seu relógio de pulso. – E a essa hora?

– Ah, é que o Isaac conseguiu alguns resultados com... – se deteve por um instante. – Você sabe... Ele pediu que eu entregasse isto a você. – falou pegando um envelope amarelo em sua bolsa e entregando-o a minha chefe.

– Claro, depois eu dou uma olhada. – disse Emma pegando o envelope e se dirigindo a sua mesa colocando-o sobre a mesma.

Eu estava me sentindo completamente desconfortável em meio àquela situação. Logo Emma voltou seu olhar para mim, sorrindo.

– Finalmente você conheceu minha adorada esposa, Regi. – olhei-a incrédula no mesmo instante. Emma estava louca ou o quê?

As duas se olharam e caíram na gargalhada, me deixando completamente confusa.

– Ela sabe, Regi. – falou parando de rir.

– Sabe? – perguntei assustada.

– É claro que eu sei do envolvimento de vocês, Srta. Mills. – Lily falou sorrindo. – A única coisa que me torna casada com essa loira aqui é um simples documento. Fora isso, somos apenas amigas. – disse abraçando Emma de lado.

– Pois é, Regi. Não precisa se incomodar com isso. – Swan falou convicta.

Por mais que eu tenha recebido aquela confirmação de ambas, aquela situação era de extremo desconforto.

– Isso ainda é muito confuso 'pra mim. – falei encostando-me a minha mesa.

– Bom, agora eu tenho que ir. – Lily se dirigiu a Emma. – Te vejo ainda hoje? – perguntou.

– Não sei, vai depender da morena aí. – respondeu se referindo a mim.

Lily sorriu para nós e foi em direção a porta dupla, saindo da sala em seguida.

Emma se acomodou em sua confortável cadeira, deitando-se um pouco sobre o encosto da mesma. Parecia bem, por mais que o dia tenha sido cansativo.

– Vem cá. – chamou-me batendo a palma das mãos sobre suas coxas.

Fui até lá e me sentei em seu colo, de frente para ela. Suas mãos pousaram em minha cintura, pressionando-a de leve. Rodeei seu  pescoço com os braços enquanto me ajeitava o mais confortável possível no colo de Emma por conta do espaço limitado da cadeira

– A gente ainda precisa trabalhar, não? – perguntei.

– Não tem muita coisa, podemos deixar para amanhã. – sua mão esquerda foi subindo em minhas costas até chegar a nuca, fazendo um carinho gostoso alí, para depois me puxar para um beijo apaixonado.

O gosto daqueles lábios macios era totalmente viciante. O jeito como Emma me beijava, assim como tudo que ela fazia, me deixava mais e mais apaixonada por ela. Fazia-me esquecer todos os problemas que nos envolvia. Isso era bom, mas eu não sabia até que ponto.

Os lábios de Emma foram descendo sobre meu pescoço, causando-me arrepios constantes. Sentir sua boca em minha pele, mordendo, chupando, me provocando de todas as formas que queria era demasiadamente excitante.

Suspirei frustrada quando Swan parou suas carícias, ela sorriu divertida ao ver minha frustração.

– Quero sair com você hoje. Balada ou algo do tipo. – falou. Arqueei a sobrancelha em questionamento.

– Sério? – perguntei. Emma apenas assentiu. – The Roxy? – sugeri.

– Não, vou te levar ao Caprice Night Club. Dizem ser a melhor casa noturna daqui do Canadá. –falou. Lembrei-me que Tinker já havia me falado desse club.

– É aquele onde antes era um antigo cinema? – perguntei.

– Exatamente. – selou meus lábios. – Agora você vai deixar seu carro em casa e eu vou te busca lá assim que terminar de organizar tudo aqui e dispensar a Srta. Lucas. – avisou.

– E você sabe onde eu moro? – questionei.

– Sei. – respondeu simplesmente. Antes que eu perguntasse como ela tinha essa informação, me impediu colocando o indicador sobre meus lábios. – Sem perguntas, Srta. Mills. Agora faça o que eu estou mandando. – revirei os olhos e sai de seu colo.

 

                                ~x~

 

Quando guardei meu carro na garagem do meu prédio, Emma já me esperava na portaria. Fui até ela, que me recebeu com um beijo de tirar o fôlego. Entramos no carro (Um Aston Martin One-77 vermelho metálico) e seguimos rumo ao Club.

Não demorou muito para que chegássemos. Ficamos em um camarote privativo pois, segundo Emma, não poderíamos ficar no meio da multidão, e eu já sabia bem o por quê, mas preferi não pensar nisso no momento.

O Club era realmente espetacular, mesmo com a pouca luz do local, dava-se para perceber um pouco dos detalhes que lembravam um cinema antigo.

No camarote, tinha um sofá de canto branco, uma mesinha redonda com um balde de gelo em cima onde havia champanhe e whisky. E no canto oposto ao sofá havia um frigobar.

Por estarmos em um andar acima da pista de dança, conseguíamos ver toda a multidão que se concentrava alí. A acústica do local permitida que a música chegasse a um volume agradável, o que era ótimo, pois permitia que nós conversássemos sem precisar elevar muito o tom da nossa voz.

Por um momento agradeci por não estar na pista de dança no meio de tantas pessoas. Era bom estar com Emma ali, sentada ao seu lado no sofá, conversando. Tínhamos trabalhado muito hoje e eu estava realmente cansada, mas estar em um ambiente como aquele ao lado da minha chefe era a melhor forma de desestressar. Não estávamos bebendo, até por que não era o momento para isso, pois sabíamos que iríamos trabalhar no outro dia e, de qualquer forma, Emma iria dirigir no final da noite.

Depois de um tempo me levantei e fiquei encostada a grade do camarote, observando a multidão que se divertia ao som da música que o DJ tocava no momento. Logo depois começou a tocar Birthday sex - Jeremih, eu amava o toque sensual que aquela música tinha.

Aos poucos fui sentindo Emma se aproximar de mim, abraçando-me por trás. Segurou em minha cintura, colando-me mais ao seu corpo, logo depois começou a movimentar seu quadril junto ao meu no ritmo da música. Tenho que confessar que adorei aquilo. Suas mãos subirão pelos lados do meu corpo, segurou meus braços fazendo-me enlaçar seu pescoço. Foi beijando meu pescoço devagarzinho enquanto continuávamos movimentando nossos quadris sensualmente.

– Tem ideia do que você faz comigo? – perguntou sussurrando em meu ouvido e aquilo me fez arrepiar inteira.

– O quê? – perguntei quase sem fôlego. Emma sempre conseguia me excitar muito rápido.

Ela me puxou ainda mais contra sí, logo senti o sinal evidente de sua excitação. Fiquei deliciada com aquilo, tudo que eu queria era que ela me tomesse para sí naquele momento, mas infelizmente estávamos muito expostas alí.

– Ainda preciso dizer? – perguntou com a voz rouca, mordendo meu pescoço para logo depois passar a língua pelo local.

– Emma... Não faz isso. – fechei os olhos sentindo suas mãos viajarem pelo meu corpo.

– Não da para evitar. Você me provoca, Regi. Mesmo que sem querer. – suas mãos subiram sobre meu abdômem até chegar aos meus seios e os apertou de leve sobre o vestido.

Virei meu rosto em sua direção em um pedido silencioso por um beijo, que logo foi concedido por ela. Movimentávamos nossos lábios um contra o outro lentamente, logo ela pediu passagem com a língua, que foi concedido imediatamente. Toda aquela tortura era quase insuportável. Eu precisava de Emma, precisava senti-la em mim. A respiração ofegante dela em meio ao beijo mostrava o quanto estava excitada. Swan sugou minha língua se forma libidinosa, em seguida mordi seu lábio inferior puxando-o para mim.

– Vamos para o seu apartamento. – pediu ofegante. Assenti e logo saímos rápido do camarote indo para a saída do Club.

Não demorou muito para que chegássemos ao meu prédio, por todo o caminho Swan dirigia com uma das mãos no volante e a outra em minha coxa, apertando-a. Eu ficava fascinada com o quanto ela me desejava, e eu não ficava nem um pouco atrás quando a questão era desejo.

Entramos no elevador aos beijos, e nem nos importamos com as câmeras que haviam alí.

Na porta do meu apartamento, Emma não parava de distribuir beijos por minha nuca, descendo até meu ombro enquanto eu pegava a chave na bolsa. Assim que entramos no apartamento, Swan fechou a porta rapidamente e me imprensou contra a mesma, joguei minha bolsa no chão sem exitar. Antes que eu percebesse, já estava em seu colo, minhas pernas em volta da sua cintura. Abri seu colete e o tirei entre beijos, a mesma coisa fiz com a camisa que ela usava, deixando-a apenas com o top, que logo depois também foi tirado.

Minhas mãos voaram até seus seios e os apertei sem usar muita força. Emma tirou meu vestido juntamente com o sutiã. Não perdeu tempo e rasgou minha calcinha puxando-a de uma só vez. Não me importei nem um pouco com aquilo.

Logo ela me penetrou sem nenhum aviso, senti uma pontada de dor com seu movimento rápido, mas conforme ela ia me penetrando, a dor foi sendo substituída por prazer.

Era incrível sentir Emma dentro de mim, seja de forma possessivas ou lenta, não importava. O jeito como ela me satisfazia, me dava prazer, era sem igual. Eu me sentia de certa forma completa quando estava em seus braços.

– Você é gostosa demais, Regi! – falou entredentes em meu pescoço, ela me estocava com força apertando minhas coxas. – Vou fazer você enlouquecer de prazer. – isso eu não tinha a menor dúvida! Sua voz rouca me deixava completamente fora de sí. – Fala 'pra mim, diz que você é só minha, diz! – pediu entre  gemidos. E como negar a um pedido daquele vindo de Emma? Nem pensei duas vezes.

– Eu sou sua, Emma! – gemi entregue, enlouquecida em seus braços. Eu já estava quase no meu limite.

– Só minha! – afirmou. Ela mordia e chupava meu pescoço com força, aquilo com certeza ia deixar muitas marcas.

Segurei seu rosto com ambas as mãos fazendo-a olhar em meus olhos. Aquelas orbes verdes agora em um tom mais escuro mostrava todo seu desejo.

– Eu sou só sua! – falei fitando-a para que ela não tivesse dúvida alguma sobre aquilo. – Só você me deixa completamente louca de prazer. – deixei qualquer resquício de vergonha de lado. Tudo que eu queria era dar aquela certeza a Emma. E ver o sorriso que ela deu ao ouvir minhas palavras foi a melhor recompensa que eu pude ter.

– Goze 'pra mim. Goze bem gostoso só 'pra mim. – pediu, e assim eu fiz. Me entreguei totalmente àquele orgasmo avassalador. Emma enterrou seu rosto na curvatura do meu pescoço e gozou logo em seguida. Eu não sabia quem gemia mais alto naquele momento, era uma das melhores sensações sentir Emma se derramando dentro de mim.

Ela se segurou com as duas mão na porta para conseguir sustentar nós duas enquanto nossas respirações se normalizavam.

– Um banho agora seria perfeito. – falou me colocando no chão.

– Vem. – puxei-a pela mão até o banheiro do meu quarto.

Tomamos um banho demorado entre beijos e alguns amassos, mas nada além disso. Estávamos exaustas por conta do dia cansativo e do sexo incrível que havíamos feito a poucos minutos.

– Você não tem roupas aqui. – falei brincalhona ao sairmos do banheiro.

– Não preciso delas. – disse abraçando-me por trás, apenas as toalhas nos separavam.

– Sem gracinhas, Swan! – falei em uma falsa reprovação.

– Vou dormir aqui, e não quero roupa nenhuma me impedindo de sentir seu corpo. – respondeu em um tom malicioso.

– Vai dormir aqui mesmo? – perguntei sem acreditar muito.

– Claro que vou! – enfatizou. – E é melhor a gente ir logo porque temos que acordar cedo. E eu não quero que minha assistente se atrase. – brincou tirando minha toalha.

Logo já estávamos na minha cama sob os lençóis. Fiquei deitada sobre o peito de  Emma, nossas pernas entrelaçadas, e ela me apertava contra sí. Não demorou muito para que eu caísse no sono.