Fanfic: A Ordem do Prazer | Tema: Once upon a time

 não conseguia esconder minha ansiedade na frente da minha irmã. Felizmente, ela havia acreditado na minha desculpa de ir para o plantão da madrugada no hospital, o que foi um alívio.

Estávamos sentadas no sofá do meu apartamento assistindo um filme enquanto comíamos pipoca quando ouvi a campainha tocar. Eu havia chamado Tinker e Robin para passarem a tarde comigo e com a minha irmã. Infelizmente, Killian e Neal não puderam vim pois tinham que trabalhar.

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Meus amigos trouxeram pizza e cerveja, e estávamos conversando animadamente. Tinker sempre ficava ao meu lado pois, vez ou outra, queria saber das novidades entre Emma e eu, então, as vezes, conversávamos em um tom mais baixo para que Zelena e Robin não nos escutassem. E por falar neles, minha amiga eu percebemos um certo clima entre os dois e já começamos a armar a "operação cupido".

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Graças aos meus amigos, as horas se passaram bem mais rápido. Tinker me ajudou a escolher uma roupa e, no final, optei por um vestido cinza escuro colado ao corpo e de mangas curtas, claro que, por baixo, eu vestia a lingerie roxa de renda que Emma tinha me pedido. Calcei um meia pata preto e deixei meu cabelo solto. Fiz uma maquiagem leve e já estava pronta.

Quando saí, meus amigos e minha irmã continuaram no meu apartamento e, pelo que eu conhecia da Tinker, sabia que ela ia dar um jeito de deixar Zelena e Robin sozinhos.

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Quando cheguei ao estacionamento do hospital, logo vi Emma encostada a seu carro em sua vaga. Estacionei meu carro e, ao ver que não tinha ninguém por alí, corri para seus braços e Swan me recebeu com um beijo caloroso.

– 'Pra onde a gente vai? – perguntei curiosa.

– Surpresa. – respondeu abrindo a porta do passageiro para mim como uma perfeita cavalheira. Logo depois se acomodou no banco do motorista e deu a partida no carro.

Fizemos quase todo o percurso em silêncio, mas não era um silêncio incômodo, muito pelo contrário. A cada minuto eu ficava mais curiosa e ansiosa para saber onde iríamos.

Em certo momento, Emma ligou o som do carro e surpreendentemente começou a tocar Demons - Imagine Dragons. Olhei para ela sem acreditar.

– Mentira que você gosta dessa música! – falei animada.

– Uma das minhas preferidas. – disse. Quando chegou ao refrão foi impossível eu não cantar junto com a música, Swan olhou para mim e deixou que um sorriso lindo escapasse dos seus lábios.

Poucos minutos depois chegamos em um caís privativo cheio de seguranças, Emma parou o carro na entrada, identificou-se e logo o segurança deixou que entrássemos. Swan estacionou o carro e logo saímos do mesmo.

No caís, havia vários iates, um mais luxuoso que o outro, separados por passarelas de madeira. Eu estava impressionada com a beleza de cada um deles. Eu sabia que algum deles era de Emma, e eu realmente estava curiosa para conhecê-lo.

– Vem. – segurou minha mão, guiando-me até a passarela principal do caís, andamos na direção esquerda até pararmos em frente a um iate de dois andares, sua cor variava entre entre cinza e azul escuro, ambos metálicos. Era lindo! Andei um pouco pela passarela do lado direito da embarcação admirando-a por completo. Emma segurou minha mão, beijando-a em seguida.

– Gostou? – perguntou.

– Sim. É... Lindo! – falei admirada.

– Vamos entrar então. – puxou-me pela mão e subimos pela pequena escada da embarcação chegando ao convés da popa. Entramos no interior do iate e fiquei deslumbrada com a beleza. Todo em tons amadeirados, havia dois sofás extensos em cada lado com os estofados em couro branco e uma pequena mesa de centro. À frente, separado apenas por três degraus, havia um espaço com uma mesa redonda de vidro e algumas cadeiras. Mais à frente tinha uma escada espiral de madeira que levava para o primeiro andar.

A mesa de vidro estava montada com dois pratos, duas taças e talheres. Um pequeno balde de gelo no centro com uma garrafa de vinho e uma barca de comida japonesa.

– Eu pedi que arrumassem 'pra gente, gostou? – perguntou abraçando-me por trás.

– Muito! – girei em seus braços ficando de frente para ela e a beijei apaixonadamente.

– Mas antes... – falou cessando o beijo. Saímos da parte interior e caminhamos pela lateral da embarcação até entrarmos numa porta lateral onde ficava o leme do iate, que era o "volante" da embarcação, que logo Emma tomou postos.

– Você sabe dirigir essa coisa? – perguntei apreensiva.

– Claro que sei, Regi. Mas não precisa se preocupar, a gente não vai se afastar muito do caís. – falou, mas mesmo assim ainda fiquei um pouco apreensiva.

Como Emma havia dito, não nos afastamos muito do caís, ainda víamos as luzes da cidade de Vancouver não muito distante.

Voltamos para o interior do iate e nos acomodamos à mesa. Emma fez questão de me servir tanto a comida quanto o vinho. Jantamos em um clima romântico cheio de sorrisos e olhares apaixonados vindos de nós duas, ouvíamos apenas o barulho do mar, que não estava agitado naquela noite.

Quanto terminamos a refeição, Emma pegou o balde de gelo com a garrafa de vinho que ainda tinha mais da metade da bebida, as duas taças e subimos para o primeiro andar, onde ficava a suíte. O cômodo também era todo em tons amadeirados. Tinha uma grande cama encostada a parede bem no centro do local, em frete a cama, havia uma porta dupla de vidro que dava visão para o  convés superior da embarcação. Do lado direito havia um frigobar e uma pequena mesa de madeira com duas cadeiras. Do lado esquerdo, um divã vermelho com algumas almofadas da mesma cor. Ao lado do divã tinha uma porta que, por estar aberta, vi que era o banheiro.

Swan acomodou-se no divã e logo acomodei-me entre suas pernas. Ficamos tomando o vinho e conversando sobre assuntos variados por longos minutos.

Era bom estar assim com Emma, sem preocupações nem cobranças, não precisávamos fingir um relacionamento estritamente profissional alí, era apenas eu, Emma e todo o sentimento que nos envolvia.

– Você vem aqui com frequência? – perguntei, deitando-me em seu peito.

– Mais ou menos, venho 'pra descançar. Fugir de toda aquele trabalho que o hospital me dar. – respondeu, seus dedos percorriam meus braços delicadamente.

– Vem sempre acompanhada? – meu ciúme sempre falava mais alto.

– Não. Com exceção da minha família, que veio apenas uma vez, é a primeira vez que trago alguém aqui. – disse calmamente. Virei meu rosto em sua direção e selei seus lábios de forma demorada.

Levantei-me do divã, sorri de forma singela para emma e saí do quarto pela porta dupla de vidro. Andei pelo convés até encostar-me na grade de ferro, sentindo a suave brisa em meu rosto e o cheiro de maresia. Não demorou muito para que eu sentisse os braços de Emma envolvendo meu corpo por trás, depositando um leve beijo em meu pescoço.

– Mesmo agora, recordo o seu corpo ardendo de desejo, a sua pele colada à minha como roupa molhada. – recitou sussurrando em meu ouvido, e eu conhecia muito bem aquele trecho de poema. – Mesmo agora, por mais que me esforce, não me recordo de alguma vez ter contemplado um rosto como o seu. A sua beleza eclipsa a da deusa do amor e a da lua. – espalhou leves beijos em meu rosto. – Mesmo agora, recordo a embriaguez causada pelo mel que a minha língua sorvia da sua boca e as marcas das minhas unhas nos seus seios eriçados de prazer. – suas mãos percorriam as laterias do meu corpo. Fechei os olhos, apenas me deliciando com a voz suave e os toques desejosos de Emma. – Mesmo agora, se pudesse beijaria sem cessar esse rosto transparente como a lua de outono capaz de roubar o coração dum eremita como há de ter roubado o meu. – o significado daquelas palavras aqueceram meu coração, mesmo minha mente forçando-me a aceitar que aquilo era apenas trechos avulsos dos poemas de Bilhana. – Mesmo agora, neste mundo onde os sinais de beleza se defrontam encarniçadamente o meu coração, acredito que ninguém conseguirá eclipsar a beleza da minha amada. – meu corpo inteiro se arrepiava com cada palavra recitada, e os beijos depositados em meu pescoço depois de cada trecho. – Mesmo agora, recordo a beleza dourada do seu corpo sugerindo fadiga para não parecer impudica, perturbada pelos meus beijos apaixonados. – era incrível o poder que Emma tinha sobre mim apenas recitando aqueles versos. – Mesmo agora, recordo a minha amada cavalgando por cima de mim, o seu esforço de vaivém constelava a sua pele de cachos de pérolas, gotas claras e espessas de suor. – Swan sabia o quanto estava me excitando com aquelas palavras, e eu mesma sentia com quanto ela também estava. – Mesmo agora, recordo os seus olhos suplicando que a possuísse. Os membros trémulos da intensidade do prazer. Recordo, por detrás do véu caído, as curvas voluptuosas dos seios e nos lábios as marcas dos meus dentes. – virou meu rosto em sua direção, beijando-me apaixonadamente, mordendo meu lábio inferior ao finalizar o beijo. – Mesmo agora, recordo a minha amada exausta depois de uma noite de prazer, o discurso incoerente cheio de súplicas e rogos, as palavras que pronunciava entre suspiros. – prendeu-me mais entre seus braços, beijando e mordendo levemente meu pescoço e ombro.

– Não é muito justo você recitar Bilhana 'pra mim desse jeito. – falei, minha voz estava carregada de desejo e isso ficou bem perceptível.

– Regi... – girou-me em seu braços fazendo com que eu ficasse de frente para ela. – Eu sei que você sempre quis definir o que nós temos, que ser apenas minha mulher não é o suficiente 'pra você... – ia lhe interromper mas ela foi mais rápida que eu, pondo o seu indicador em meu lábios. – Deixe eu terminar. – pediu, então eu assenti. – É difícil definir o que sinto por você quando minha própria mente está confusa, quem dirá meu coração. – sorriu sem graça. – Mas eu sei que você é diferente, eu sinto isso. Você me acalma, me traz paz no meio de tantos problemas. Eu simplesmente não sei explicar o bem que você me faz, Regi, o quão bom é estar com você. É diferente de tudo o que eu já vivi e quanto mais o tempo passa mais eu tenho certeza disso. Você é a mulher que eu quero estar, que eu quero ter o poder de chamar de minha. Eu quero poder ver seu sorriso e saber que sou a causa dele. Quero te ter em meus braços e fazer amor com você todas as noites não por um simples desejo a ser saciado, mas pela vontade de poder te satisfazer e ver em seus olhos que fui capaz disso. Você se tornou meu porto seguro, Regi. E é por isso que, não só você, mas eu também sinto a necessidade de definir o que nós temos. Não como um rótulo, porque a gente não precisa disso, mas como uma certeza de que é algo que vale a pena. – percebi que Emma estava um pouco nervosa. – Então, Regi. Você quer ser minha namorada? – pediu. Eu estava sem palavras, completamente sem palavras! Nunca imaginei que Emma algum dia diria aquelas palavras para mim, nem sequer me fazer aquele pedido. Meu olhos já estavam cheios de lágrimas e uma emoção sem tamanho me invadiu.
– Emma, mas... Você é casada, como vai namorar alguém estando casada? – perguntei lembrando desse "pequeno" detalhe. Swan segurou meu rosto entre as mãos, olhando-me profundamente.
– Esqueça isso! Esqueça tudo isso que nos impede e pense só na gente, Regi! – olhei-a nos olhos e logo depois alcancei seus lábios em um beijo apaixonado. – Então, vai me deixar nervosa aqui sem saber sua resposta? – perguntou sorrindo.

– Sim, Emma! Claro que eu quero ser sua namorada! – Emma deu-me um sorriso lindo e, logo depois, nos beijamos novamente. E aquele beijo tinha um Q diferente. Agora estávamos namorando, era algo realmente sério, ao contrário do que antes eu pensava. E eu estava feliz com tudo aquilo, extremamente feliz!